Tudo Certo
- Harry...
- Hermione... –eles disseram ao mesmo tempo. Um chamando pelo nome do outro.
- Pode falar. –disse Harry educadamente.
Hermione respirou fundo, talvez sem querer olhou para os olhos verdes de Harry. E começou a falar:
- Harry, devo lhe dizer que não estou nem um pouco à-vontade com essa nossa situação e imagino que você também não esteja. E só estou aqui para resolver o que será feito de nós de agora em diante.
- De nós ou de nossos sentimentos? –disse Harry querendo tocar o coração de Hermione fundo- Eu sei que você também não me ignora ainda. –disse Harry- Eu sei que você pelo menos gosta de mim.
Harry parou um pouco, Hermione também, se olhavam ainda, mesmo não sabendo muito bem ambos gostariam de deixar tudo e começarem a se beijar, sem nenhuma restrição.
As cervejas amanteigadas chegaram, eles se recostaram nas cadeiras para que as garrafinhas pudessem ser colocadas na frente de cada um.
- Harry... Só para você ter uma idéia, nós nem temos nada ainda e já estamos quebrando uma regra de Hogwarts. –disse Hermione agora percebendo a Espada de Gryffindor em cima da mesa.
- Hermione, será que isso é assim tão ruim mesmo? –Harry disse- Se nós estamos quebrando regras de Hogwarts só para se ver acho que para ambos isso é muito importante.
- Harry não confunda as coisas! –disse Hermione rigidamente, porém insegura. Se é que dá para entender.
- Eu não estou confundindo nada, Hermione. –disse Harry ficando impaciente- Eu tenho certeza que amo você a muito tempo e que preciso de você, preciso beijar você, te quero como nunca te quis. Isso para mim é diferenciar as coisas.
Harry notou a mão de Hermione na mesa, ela não viu que ele olhava, então ele docemente foi colocando a sua próxima da dela, até a que segurou. Como se estivesse a apoiando a descobrir os seus sentimentos.
Ela olhou para ele, estava confusa, ele retribuiu o olhar, mas não era um olhar confuso era um olhar que ela nunca havia visto no rosto do garoto. Era como se ele estivesse pedindo para ela que ela fosse procurar os seus sentimentos, para que ela finalmente descobrisse o que sentia.
- Harry... –ela começou a falar, mas igual como quando estava na biblioteca foi interrompida por um beijo apaixonado dele.
- Não diga nada. –disse Harry que deu uma pequena pausa, mas logo continuou.
Ele se sentia realizado, ela também. Ambos estavam flutuando, não se importavam que algumas pessoas estavam olhando para eles, nem mesmo se lembravam que estavam no meio de um pub totalmente lotado.
Depois daquilo não precisavam de mais nada, tudo estava totalmente resolvido, eles tinham certeza, eles se amavam, eles precisavam um do outro. Não interessava o que as outras pessoas fossem fazer daquele
momento em diante, os dois sabiam disso.
Estavam tão envolvidos naquilo tudo que quase avançaram mais, não digo alguma coisa MAIS profunda, somente poderiam ter prolongado mais o beijo, mas não o fizeram, não. Hermione se afastou de Harry que quase a beijou de volta.
- Por favor, Harry, se você quer alguma coisa comigo não tente nada mais que isso. –disse ela que agora, ao contrario de algum tempo atrás sorria docemente.
- Hermione. Esse é o momento mais feliz da minha vida. –disse Harry que parecia poder explodir de felicidade.
- Mas ninguém pode saber, especialmente o...
- Rony. –terminou o Harry- Eu sei. Pode deixar, eu entendo.
Pronto, tudo estava resolvido, eles não se preocuparam muito com o horário, afinal de contas era um sábado um pouco frio, quando saíram do pub ainda deram umas voltinhas por Hogsmead, olhando vitrines e é claro, se entregando ao amor, e beijos envolventes.
Quando saíram de Hogsmead já era noite, seguraram a Espada de Gryffindor e quando viram estavam na sala de Dumbledore, igualmente sem ninguém como quando estava quando Harry havia saído de Hogwarts. Precisavam perguntar para Gina como ela conseguira fazer aquilo, mas aquilo não era o mais importante.
Harry andou até o Chapéu Seletor, o pegou de cima da estante de sempre, olhou para ele enquanto ele resmungava alguma coisa.
- Acho que isso é seu... –disse Harry com a Espada de Griffyndor na mão.
- Não, jovem Harry Potter, é seu. –disse o Chapéu Seletor- Fique com ela.
- Mas... Por quê? –perguntou Harry não entendendo.
O Chapéu estava em cima da mesa de Dumbledore, Harry juraria que se o Chapéu fosse uma pessoa ele estaria sorrindo pacientemente.
- O tempo dirá tudo para você, jovem Harry Potter. –respondeu o Chapéu.
- Mas, Dumbledore não sentirá falta dela. –disse Harry admirando a espada em sua mão.
- Ele entenderá. –disse o Chapéu Seletor- Ele mesmo quer muito que isso aconteça.
Harry sorriu, a espada basicamente o havia hipnotizado, até que ele sentiu uma mão em seu ombro, virou para trás calmamente, era Hermione que sorriu docemente para ele e disse:
- Vamos, Harry. Antes que o Dumbledore chegue.
- Claro, Hermione. –disse Harry que já andava junto dela para a escada de pedra.
Quando eles finalmente saíram pela entrada secreta, tudo estava um tanto quanto deserto, e eles foram andando, não falaram nada, só que então Harry notou que a sua mão estava relando ligeiramente na de Hermione, até que bem devagar ele a segurou.
Ele olhou para ela, ela olhou para ele, ambos sorriram sem jeito, estavam gostando daquilo, mesmo que estivessem com vergonha até de suas próprias sombras. Afinal estavam somente começando...
Harry parou de repente. Hermione estranhou e parou somente alguns passos há frente dele.
- O que houve, Harry? –perguntou ela preocupada.
- Eu esqueci de uma coisa. –disse Harry.
- O quê?
- Disso. –e ele beijou Hermione, estava incrivelmente apaixonado, deu uma pausa e sussurrou no ouvido da garota- Esqueci por um momento que sou o homem mais feliz do mundo. –e voltou a beija-la.
- Harry... Por que isso? –disse Hermione sem entender aquele beijo tão repentino.
- Três motivos, Hermione: Eu te amo, eu te amo e porque eu te amo. –disse Harry- Você não tem idéia de quanto tempo eu esperei para isso, Hermione.
Hermione não disse nada, agora entendia o comportamento de Harry, e até começava a entender o comportamento que Harry estava tendo há algum tempo atrás tão mal humorado, irônico e até mesmo, pode-se dizer, grosseiro.
Eles então voltaram a andar rumo ao Salão Comunal da Grifinória, conversavam sobre muitas coisas, até que um assunto começou por intermédio de Hermione que disse:
- Harry, quando você descobriu que... Me amava?
- Há muito tempo, Hermione. –disse Harry- Desde o ano passado quando eu quase perdi você graças aqueles Comensais da Morte. E então... O Sirius morreu... E eu descobri que a única pessoa que poderia fazer diferença para mim daquele momento em diante era você, Hermione. Apesar de que... Sempre te amei. Você sempre me ajudou, sempre foi a única pessoa em quem eu confiei de verdade, e que às vezes eu também sentia medo... Respeito... Isso tudo fazia com que eu não pudesse deixar de perceber como te amava.
- Isso é tão bonito. –disse Hermione- Sabe, Harry, antes mesmo de entrar para Hogwarts eu me surpreendia com as histórias que eu lia sobre o famoso Harry Potter, mas nunca pensei que iria realmente conhece-lo. Pensava que você seria todo metidinho por ter sobrevivido do Avada Kedavra, mas quando o conheci, descobri que era tudo diferente.
- Pelo menos isso eu devo aos meus tios. –disse Harry com um sorriso sem jeito- Se eu tivesse desde o começo sabendo da verdade eu não precisaria perguntar quem eu era realmente, não precisaria me perguntar sobre o meu verdadeiro passado. Assim iria falar para todo mundo. Sendo metido.
- Realmente. –exclamou Hermione.
Eles estavam totalmente absortos naquela conversa, esse era outro motivo pelo qual Harry gostava tanto de Hermione, ela o entendia, ela o escutava e ela era maravilhosa, linda, era quem o ajudava e ajudaria nos momentos que ele mais precisasse, ela era perfeita.
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