O último duelo




Harry foi obrigado a ouvir zoações do pessoal da Sonserina por todos os lugares que ele foi nos outros dias. Sua raiva com relação à Malfoy se multiplicaram por mil. Eles sempre se azaravam nos corredores. Somente Draco e Harry já haviam perdido mais de cinqüenta pontos para suas casas por causa desses duelos no corredor. A Grifinória ainda estava na frente no campeonato das casas, com 340 pontos, mas agora a sua diferença para o segundo colocado, a Sonserina, que tinha 330 pontos, estava agora de dez pontos de diferença. O terceiro colocado, a Lufa-Lufa, estava com 250 pontos, ou seja, oitenta e pontos atrás da Sonserina. A Corvinal tinha 220 pontos, trinta pontos atrás da Lufa-Lufa e a cento e vinte atrás do primeiro colocado, ou seja, a Grifinória. A Sonserina teria um jogo contra a Lufa-Lufa na próxima semana. Harry viu o dia do terceiro duelo chegar com mais rapidez que ele esperava. Hermione e Rony lhe ajudaram a praticar muitas azarações para usar contra Malfoy na água (o terceiro duelo seria realizado dentro do lago). No dia do duelo Dumbledore fez algum feitiço que fez todos na arquibancada verem os dois lá em baixo. Harry pediu Dobby um pouco de guelricho, coisa que ele já havia usado em seu quarto ano em Hogwarts, no Tribruxo, onde ele teria que sobreviver uma hora embaixo d’água. Foi ao vestiário com Rony ao seu encalço.

- Você não vai perder, Harry. Setenta e cinco por cento de todos que estão aqui torcem por você, cara. Nós estamos confiando em você. E não se esqueça que eu vou estar lá para ajudá-lo com unhas e dentes. Você vai vencer. – falou ele.

- Ok. – Harry murmurou. Agora lhe batia na cabeça que se ele perdesse, viraria motivo de zoação para o resto da sua estadia em Hogwarts. Entrou no lago, deu um pouco de guelricho para Rony e engoliu o seu. Começou a sentir falta de ar e mergulhou. Viu Malfoy do outro lado do que parecia ser um vidro totalmente encardido. Chegou mais perto e viu que Malfoy estava coberto por uma jaula. Ele foi se aproximando para ver melhor e foi surpreendido ao ver que a jaula se esgueirara, sem ele perceber, por baixo dele até prendê-lo também. Ali estava preso ele, Malfoy, Crabbe, que era padrinho de Draco, e Rony, que era seu padrinho. Olhou em volta e viu que a luta não iria ser embaixo d’água. O vidro agora subia até a superfície da lagoa, deixando todos os que estavam ali vê-los. Malfoy levantou a varinha e Harry também. Ouviu Lino Jordan dizer:

- Lembrando a todos vocês que esta luta durará exatamente quinze minutos, e logo depois os dois vão ter que nadar até a superfície para pegar a medalha. E os padrinhos terão que correr também para pegar a sua. QUE COMECE O DUELO!

Malfoy falou alguma coisa que Harry não entendeu, por estarem debaixo d’águe, e uma forte onda de água quente cortou seu rosto. Ele imediatamente pôs a mão e percebeu que estava sangrando. Berrou:

- Expelliarmus! - e um jato de água saiu da sua varinha, mas Malfoy a desviou e ela se virou contra Harry, que teve que se abrigar em um coral que estava no vidro para evitar o contra-feitiço de Malfoy. Se endireitou a tempo de ver outro jato voar contra ele.

- Protego! - o jato se voltou contra Malfoy. Harry aproveitou e lançou um outro jato mais à esquerda, para caso Malfoy se virar para lá. Malfoy, na ânsia de fugir do primeiro feitiço, arredou para a esquerda, sem perceber que outro já estava a caminho. O feitiço o acertou em cheio no peito. Ele deu cambalhotas na água e já ia falar outro feitiço quando Harry falou:

- Furúnculus! - e o rosto de Malfoy se encheu de furúnculos. Ele deu um grito de dor e pôs as mãos no rosto. Harry aproveitou e mandou outro jato de água fervente nele. Então ele sentiu a caixa subindo mais e mais, até que ela parou a uns dois metros da superfície da água. E abriu. Harry caiu com Rony atrás de si. Assim que bateu na água, se virou para o lugar onde estavam as medalhas. Sentiu Malfoy vindo em seu encalço e colocou a varinha de qualquer jeito em cima do ombro e berrou:

- Estupefaça! - mas não se virou para olhar se acertou ou não. Ele e Rony saíram da água juntos e Harry murmurou:

- Desilusions! - e correu até a medalha. Parou antes de colocar a mão nela e olhou para trás. Malfoy estava a uma boa distância dele. Rony estava chegando agora à sua medalha.

- Juntos? – perguntou Harry

- Claro – respondeu Rony, feliz.

- Um dois e já. – e fechou os dedos sobre a sua medalha. Viu Rony fazer o mesmo. Imediatamente sentiu um solavanco e tudo começou a girar. Rony girava ao seu lado. O que estaria acontecendo? Será que aquilo era parte da prova? Harry não sabia responder. De repente tudo parou de rodar e ele caiu com um baque ao lado de Rony, e olhou em volta. Eles haviam usado uma chave de portal. Agora estavam em um lugar totalmente sinistro. Estavam em frente a uma grande e monstruosa casa. Harry olhou para Rony, que estava pálido. Ele fez que sim com a cabeça e eles entraram na casa. Estavam no hall da casa. Era gigantesca: não dava para se ver o teto, e tinham várias estantes e sofás ali. Eles começaram a andar, reparando que em cada intervalo de espaço havia uma espécie de símbolo japonês, ou chinês, Harry não soube dizer. Continuou andando como se soubesse exatamente onde ia. Andou pelo hall deserto e entrou em um grande corredor. Sentiu arrepios. Lembrou-se que ele sonhara com Voldemort torturando Fred Weasley bem no final deste corredor. Correu o máximo que pôde, e chegou ao final do corredor deserto também. Olhou para trás e sentiu um frio correr-lhe a espinha. Onde estava Rony? Estava bem atrás dele á pouco tempo. Voltou correndo até a entrada da casa e não achou Rony. Uma imensa sensação de pânico o invadiu. Começou a subir uma escada circular rapidamente. Chegando lá em cima deu de cara com Rony caído no chão. Correu até o amigo, mas antes de chegar nele, ele levantou a cabeça e berrou:
- SAI DAQUI! É UMA ARMADI... – mas não acabou de dizer. Olhou fixamente para um ponto atrás de Harry, que sentiu uma varinha encostar-lhe nas costas. Ele olhou, apavorado para Rony, que agora sorria debilmente. Harry não entendeu o que era aquilo. Sentiu a varinha atrás de si recuar e dizer alguma coisa. Rony imediatamente pegou fogo e deu uma pequena explosão quando desapareceu. Harry, com os olhos marejados de lágrimas, se virou para encarar a pessoa que fizera isso com Rony e sentiu sua cabeça rodar. Era Rony!

- O que? Como é que...

- Isso – falou Rony – é um bicho-papão, Harry. Não se preocupe. Eu só achei que poderia aproveitar a ocasião para passar um susto em você.

- Isso não tem graça, seu avacalhado.

- Tá, foi mal, mas vamos achar um jeito de sair daqui, não é mesmo?

- Claro.

Eles voltaram para o andar de baixo e Harry foi observando atentamente os pequenos simbolozinhos. Olhou para baixo deles e viu que todos estavam com nomes. Saiu lendo todos os nomes que viu pela frente, mas o seu não estava ali. Eles seguiram novamente o corredor e entraram em uma porta que tinha ali na frente. Harry entrou primeiro, com a varinha em punho. Seguiu por toda a enorme extensão da sala quadrangular e entrou em outra porta que havia nela. Encontrou um cofre imenso e tentou abri-lo. Não conseguiu. Se afastou e disse ‘alorromora!’ e imediatamente um raio infravermelho perpassou sua pupila e depois por sua varinha. A porta abriu-se com um clank e eles entraram. Ali havia muitos papéis embolados e muitos outros bem arrumados. Harry , inconscientemente, saiu fuçando todos os papéis até achar um símbolo com forma estranha, parecendo um HP, um D e um LV embolados. Harry olhou cada centímetro do objeto e falou:

- Rony, vamos voltar para o hall e lá agente decide o que fazer. Ou agente procura as medalhas para voltarmos à Hogwarts.
Os dois fecharam o cofre e saíram do quarto. Mas, antes mesmo de chegar no corredor, eles viram o que Harry mais temia que vissem. Havia uma enorme cobra parada no meio do hall, com umas trinta pessoas atrás dela. Havia chegado a artilharia de peso de Voldemort.

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