Prógolo



Antes de começar a contar pra vocês está historia, tem duas coisas que gostaria de dizer:
A primeira é que agora estou postando apenas um trechinho do prólogo pra ver a aceitação dela e continuar escrevendo.
A segunda é que eu gostaria de me apresentar. Meu nome é Eileen Potter e como vocês podem imaginar sim sou ligada ao famoso Harry Potter por sangue, ao longo da historia vocês descobrirão nossos laços e como nossos caminhos se cruzaram, porem por agora leiam o prólogo pra entender como tudo começou, logo apos o final de uma grande historia.
Espero que gostem!
Sinceramente,
Eileen.

_______________________________________________________________

**Prólogo**


O inicio dessa historia se deu a muitos e muitos séculos atrás, na criação de três objetos extremamente poderosos, sobre os quais lendas foram contadas de pais para filhos, alegando que esses tais objetos poderosos tinham sido forjados das mãos da própria morte. Verdades e mentiras a parte dessa historia que viajou pelos séculos passou e resultou ascensão e queda de vários bruxos e bruxas poderosos e maus, cujos nomes ainda são lembrados e nos ensinados até hoje.
Mas não é a história desses objetos que vim contar e sim a historia do mestre deles, entre muitos que já houveram, o único que foi capaz de manter os três objetos unidos sob os desejos de apenas um mestre, o ultimo mestre desse objetos, aquele que se recusou a usar os poderes quase inimagináveis contido neles, aquele com o coração humilde e cheio de coragem. Essa é a Historia de Harry Potter, como muitos, ou melhor, todos vocês já ouviram.
Porém não entendo ficar no comum e conhecido, todos conhecem as façanhas feitas por Potter, desde quando ele se tornou o menino que sobreviveu até finalmente ser conhecido como o homem que matou Lord Voldemort, um dos piores inimigos que o mundo dos bruxos e trouxas possuiu. O bruxo que entrou em nossas casas, ameaçou nossa família e torturou queridos a nós.
Como eu disse todos nos conhecemos de cor a historia de uma das maiores batalhas mágicas do nosso mundo, posta sobre o teto mágico de Hogwarts entre seguidores do bem e do mau que teve como final a tão esperada morte do Lord das Trevas. Batalha essa descrita por muitos e em muitos livros sobre a bravura e forca daqueles que botaram sua vida em risco pelo bem, pelo próprio Potter. Mas não é essa historia que venho contar e sim a história depois da conhecida, a historia do homem que derrotou o Lord das Trevas, o ultimo mestre dos objetos forjados pela própria morte, O escolhido, o menino que sobreviveu, a historia de Harry Potter a partir momento em que ele decidiu que já tinha lidado com a morte muitas vezes para seus quase 18 anos, o momento que ele decidiu que a partir dali, a partir do momento que a paz havia sido restaurada entre o mundo dos bruxos, naquele exato momento ele seria uma pessoa comum, nada de batalhas e grandes feitos ele decidiu. Ele seria apenas Harry James Potter, o ultimo descendente da família que a tanto viveu em Godric's Hollow, ele seria apenas mais um menino de 18 anos que teria recém saído de Hogwarts, porem ele nunca havia completado seus estudos, ele havia deixado a escola antes do começo do ultimo ano letivo para lutar contra o mal e isso ele nunca esqueceria.
Os rostos daqueles que morreram tentando salvá-lo ou daqueles que morreram em prol da causa dele. A vida de Harry havia mudado drasticamente as marcas de todo o sofrimento, de todas as perdas que eles tinham tido, seria isso "O Bem Maior" que tanto intrigava Dumbledore quando ele tinha a idade de Harry? Ele nunca saberia a resposta, afinal como próprio irmão de Dumbledore havia dito, muitos segredos dele haviam morrido com ele e Harry jamais entenderia, porem ele ainda podia lembrar da sua ultima conversa com o Diretor, a beira de sua morte, morte essa para qual Harry havia se entregado de peito aberto, morte essa que passou por Harry mais uma vez e que não o havia levado consigo. Porem ela havia deixado marcas bem profundas nele.... James... Lily... Sirius... Dumbledore... Dobby... Snape... Lupin... Tonks... Fred... Todos se foram, mas a dor ainda rondava Harry nas noites mais longas que ele não conseguia dormir.
Já fazia quase um ano que a batalha entre bem e o mal havia chegado ao fim, fazia quase um ano que ele finalmente conseguiu acabar com o Lord das trevas, fazia quase um ano... E ainda assim Harry continuava como se tudo tivesse ocorrido a apenas dias atrás.
Ele jamais agradeceria o suficiente àqueles que haviam lutado lado a lado com ele, aqueles que tinham sofrido com ele... Ele jamais esqueceria Hermione Granger e Ron Weasley, os dois melhores amigos que alguém poderia pedir por na face da terra, eles que haviam lutado, sofrido e levantado novamente junto com Harry. Mas a dor que ele sentia por todas as vidas que haviam sido perdidas por conta dele jamais poderia ser partilhada com os outros, eles não poderiam entender, nem Harry entendia, mas ele não podia deixar que os outros carregassem seu fardo mais uma vez.
E com isso ele Partiu, deixou Hogwarts, seu primeiro e mais feliz lar, deixou todos que amava e que comemoravam a vitória do bem, deixou tudo e foi embora. Fazia quase um ano que Harry havia se instalado de volta em Grimmauld`s Place e Kretcher, o antigo elfo da casa havia se juntado a ele para prover seu mestre todas as suas necessidades. As primeiras semanas após a sua chegada Harry permanecia na casa, constantemente haviam vistas para ele tentando entender o que havia se abatido sobre ele, por que ele havia decaído logo agora que ele finalmente havia vencido e nenhum perigo o rondava mais, Harry apenas dava os ombros e os rostos das pessoas perdidas rondavam novamente sua mente. Freqüentemente agora Harry podia ser visto andando pelas ruas desertas da manha ou da noite em Godric’s Hollow, visitando as ruínas da casa que uma vez ele havia morado com os seus pais e na qual ele parecia indescritivelmente feliz, ele também visitava as sepulturas dos seus pais, as pessoas o viam sentado na frente delas conversando aos sussurros e tranqüilamente com eles e antes de partir tirava sua varinha do bolso e fazendo alguns floreios com a mão surgia uma cama de lindos lírios estendidos sobre onde os corpos dos seus pais jaziam era a ultima homenagem que ele podia fazer a própria mãe. Estudantes também o viam a beira da tumba branca de Dumbledore, porem perante essa ele passava apenas longos momentos sentado em silencio admirando-a como se a conversa entre eles acontecesse dentro de sua própria cabeça, então ele ficava admirando Hogwarts e os seus estudantes, lembrando como ele se sentia feliz lá.
Então ele seguia para a ultima sepultura a qual ele visitava, ficava sentado no meio do jardim de pernas dobradas admirando o mar através da costa como se Dobby, seu elfo favorito em todo mundo, tivesse sentado ao seu lado dividindo uma caneca de cerveja amanteigada enquanto admiravam o sol se por ao horizonte no mar. Harry ergueu-se de onde estava sentado dando uma ultima olhada na sepultura, onde ele pode ler as palavras que ele próprio tinha escrito, Aqui jaz Dobby, um elfo livre.
Perdido em seus pensamentos sobre Dobby Harry não a viu chegar, ela veio correndo pelos barrancos que levavam o jardim do chalé ao mar, seus longos cabelos ruivos que nessa época já cobriam todas as costas dela até a cintura em grandes cachos abertos formados nas pontas, seus lindos olhos azuis focalizados nele, enquanto ele estava de costas, ela nem acreditava que o havia encontrado ali, há dias que vinha o procurando para conversarem, e lá estava ele parado aos pés da sepultura de Dobby, a qual ela tinha o mais profundo respeito e para o qual ela deixava as mais lindas rosas que conseguia conjurar com sua varinha. Mas lá estava ele, com feições abatidas e cansadas, ela se preocupava desde o dia que o viu saindo pelas portas de Hogwarts o que ainda o assombrava, o que o torturava depois de tudo que ele havia passado, ela continuou correndo em sua direção.
“Harry!”
Ele virou-se depois de um momento, tinha sido arrancado de seus devaneios, e lá estava ela, Ginny Weasley com seus cabelos cor de fogo e o rosto lindo que Harry adorava observar. Às vezes, as lembranças fugiam de sua cabeça e ele esquecia como ela era bonita e o simples ato de vê-la correr em sua direção fez o coração de Harry disparar. Ela foi diminuindo o ritmo quando ia chegando mais perto dele e então parou frente a frente fitando-o serenamente, concentrada nos olhos verdes dele, e Harry se perdeu em pensamentos dentro daqueles olhos azuis tão claros e profundos. Ele sabia que se existia uma pessoa no mundo que pudesse um dia entender o que ele sentia era ela, Ginny, sua ex-namorada. Sem pensar direito no que estava fazendo ele deixou sua mão levantar no ar e pousar delicadamente no rosto dela enquanto a ponta de seus dedos escorregavam suavemente por ele. Ele podia sentir o vento forte do fim de tarde passar por eles, trazendo os longos cabelos dela em sua direção e o cheiro agradável de flores que emanavam deles invadir o seu peito, a sensação era maravilhosa.
Ela fechou os olhos ao simples toque da mão dele em sua pele, era bom poder vê-lo novamente depois de alguns meses, era bom sentir-se perto dele novamente. Depois de quase um ano atrás ele ter fugido, se refugiado em seus próprios pensamentos de devaneios, ela podia sentir que o que quer que fosse que ele andava pensando e sentindo não era muito bom, afinal depois de tudo o que ele passou, ela só não conseguia entender porque essa tristeza abateu-se sobre ele agora, depois que tudo passou. Afinal ele era..., ela abriu os olhos lentamente enquanto seus pensamentos vagavam por ele e a primeira coisa que ela reconheceu foi à cicatriz marcada em sua testa, afinal ele era Harry Potter, o menino que sobreviveu. Agora foi a vez de ela se perder dentro dos olhos dele, aquele verde que parecia vivo estava todo em volta dela, enquanto ela buscava tão fortemente entender o que se passava com ele. Afinal ele era Harry Potter, o menino pelo qual ela se apaixonou desde a primeira vez que o viu em King’s Cross, era Harry Potter o menino que heroicamente lutou contra o mau, o menino que salvou a vida dela e de metade de sua família, era Harry Potter, quem ela sempre amou e escondeu, amou e esperou. Era Harry Potter quem ela sempre amou e quem a amou também, Harry Potter que ela queria de volta.
Então ela finalmente tomou coragem para perguntar por que ele havia sumido o que ele estava sentido.
“Harry” começou ela o olhando determinada. Enquanto ele a fitava seriamente, a menina que ele amava, mas que tinha medo de confessar o que ele sentia. Como ele poderia dizer que ele queria que tudo tivesse sido diferente, então um a um os rostos daqueles que ele havia perdido apareceram na sua frente: James... Lily... Sirius... Dumbledore... Dobby... Snape... Lupin... Tonks... Fred... Tudo por culpa dele, tudo porque ele nasceu e depois tudo porque ele resolveu lutar e outros o seguiram como ele poderia explicar que queria tudo diferente, que nenhum deles tivesse morrido, quando ele sabia que não havia outro jeito, que era para ser assim, mas se ao menos ele tivesse feito alguma coisa diferente...
Se ao menos ele tivesse deixado eles a salvo, o afilhado dele teria um pai e uma mãe. Se ao menos ele tivesse deixado eles a salvo, não tivesse se aproximado. Então uma onde de horror invadiu seu corpo, u horror causado um suposições, se ele tivesse deixado eles em paz ele jamais teria conhecido e se apaixonado por ela, e desviando seu olhar para costa e para as ondas quebrando ele pensou, se tudo aquilo valia a pena, se era egoísta da parte dele desejar que tudo tenha sido exatamente como foi só para ele ter ela por perto. Só para ele amar ela, valia a pena tantas vidas perdidas?
“Harry”, ela tentou novamente e dessa vez os olhos dele se moveram em direção aos dela, mas ela não conseguia entender o que ele estava sentindo.
“Harry, o que é que...”
E com um ultimo olha para ela, ele baixou a mão do seu rosto e segurou a sua mão,
“Eu... eu não...” – E as palavras simplesmente não conseguiam sair da boca dele. E como se sentisse o que ia acontecer ela segurou a mão dele firmemente, mas não foi o suficiente para que depois de um ultimo olhar significativo ele não soltasse e olhando com um profundo pesar nos olhos para a sepultura de Dobby se afastasse em direção ao chalé.
Quando Ele finalmente alcançou a porta do chalé ele vira mais uma vez para vê-la, estava sentada aos pés da sepultura do elfo, com a cabeça abaixada apoiada nas pernas, ele podia sentir que estava chorando, ele sentia o próprio coração apertando. Soltou um suspiro triste enquanto a observava e nesse momento ele sentiu uma mão pousar levemente no seu ombro, virando para ver quem era ele reconheceu os longos e castanhos cabelos bufantes da bruxa que ele acreditava ser uma das melhores de sua época, lá estava Hermione Granger, sua melhor amiga que esteve com ele em todos os perigos dos últimos anos e nem por um segundo mesmo quando ela não conseguia entender o que ele pensava, e como tantas vezes antes sem entendê-lo ela deu um olha de compreensão e seguiu para o jardim ao encontro de Ginny.
Ela tinha o rosto coberto de lagrimas que não paravam de escorrer, a deixando tão vermelha quanto seus cabelos, ela tinha tentado de todas as formas se aproximar dele, cuidando discretamente a distancia seus movimentos quando ela sabia onde ele estava, tentando falar sempre que possível, não tocando em assuntos passados, tentando passar confiança e ele parecia sempre ter um jeito de se afastar dela. Mas por quê? Por quê?
“PORQUE ELE É ASSIM?” – Gritou ela olhando para as rosas sobre o chão onde o corpo de Dobby descansava.
“Porque ele é o Harry, nosso Harry.” Hermione fez uma pausa sentando-se ao lado de Ginny admirando o mar. “Com o coração corajoso e temeroso ao mesmo tempo... Ele já perdeu muitas pessoas das quais gostava nessa vida... Ele nunca deixou alguém lutar no lugar dele lembra?”
“Eu sei Hermione, eu sei”, ela soltou um suspiro cansado e exasperado. “Mas por que... Porque ele tem sempre que ser tão fechado?”
Parando um tempo para analisar as ondas quebrando como se elas fossem a resposta à pergunta feita “Acho que ele aprendeu e conviveu mais com Dumbledore do que ele imagina”.
Então era isso, ele aprendeu a não deixar muita informação com apenas uma pessoa, e isso deixava Ginny extremamente decepcionada, depois de tudo que eles passaram, depois de tudo o que aconteceu entre eles Harry ainda não era completamente honesto com ela. Então Hermione a levantou com a intenção de levá-la para dentro do chalé. Olhando uma ultima vez para Dobby ela pensava, por que ele passava tanto tempo com os mortos? Então a voz de Harry encheu sua cabeça numa lembrança, Eu perdi todos, todos que me amaram todos que eu amei, porque eles simplesmente tentaram me salvar ou me proteger... Eu nunca tive a chance de ter eles na minha vida, de proteger. Então ela compreendeu finalmente ela compreendeu, ele queria ter protegido, ter feito tudo sozinho sem que a vida de pessoas que ele se importasse fossem perdidas e agora que não tem como voltar atrás ele sofre com isso, colocando toda a culpa sobre os próprios ombros e fazendo o máximo para minimizar os danos disso....
“Claro”, fala ela baixinho, “É por isso que ele visita Dumbledore, Dobby e os pais sempre que pode e o mesmo com Ted Lupin.”
“Hum??” Olha Hermione para ela confusa, tentando entender o raciocínio.
“Nada, apenas tive uma idéia”, sentindo-se melhor ela segue até o chalé com Hermione secando as lagrimas do próprio rosto no caminho.
Ao entrar ela passou reto por Harry e Ron que estavam sentados a mesa da cozinha juntamente com Bill e Fleur que servia comida para eles. Ron e Bill estavam em uma conversa animada enquanto Harry concordava ocasionalmente, seu pensamento havia desviado da conversa e estava instalado no topo da escada pela qual Ginny havia entrado correndo em direção ao seu quarto. Algum tempo depois essa desceu e se juntou com Hermione a mesa, mantendo uma conversa sobre uma nova banda de bruxos que andava fazendo muito sucesso ultimamente, The Recks, enquanto Harry a observava discretamente pelos aros de seu óculos.
Quando a hora já estava mais do que avançada Harry levantou-se e decidiu que era hora de voltar para Grimmauld’s Place e Kretcher, apesar de muitos protestos de Bill e Fleur que ele deveria ficar com eles e não naquela casa vazia.
Harry deu um abraço em Ron e Bill, acenou para Fleur e Hermione jogou-se em seus braços dando um abraço reconfortante que a muito ele não sentia, depois se afastou e ficou parada ao lado do Ron que passou as mãos levemente pela cintura dela. Harry deu apenas um leve olhar na direção de Ginny e se retirou para os jardins para então aparatar.
Quando ele alcançou os jardins e preparava-se para partir ele ouviu Ginny correndo em sua direção. Ele parou e virou-se para ela que veio quase sem ar nos pulmões e colocou as mãos no rosto dele, eles ficaram um momento parados olhando-se nos olhos enquanto ela recuperava o fôlego, então ela desceu uma de suas mãos até a dele e colocou um pedaço de pergaminho na mão dele e ainda olhando disse:
“Você sempre me protegeu Harry.... E eu sempre vou estar com você!”
Enquanto ela afastava-se lentamente de volta para o chalé onde os outros olhavam, Harry desceu os olhos pelo pergaminho e virando-o pode perceber que era uma foto. Ele lembrava daquela foto, havia sido tirada em um dos seus últimos dias em Hogwarts, Nela estavam Harry e Ginny sentados no chão com ela sentada entre suas pernas enquanto Hermione estava parada de pé a frente deles com o rosto completamente vermelho apontando a varinha para Ron fazendo a capa de Hogwarts ficar enrolando toda a cabeça dele dentro do capaz enquanto ele gritava bravo com Hermione saindo atrás dela apontando a varinha em sua direção. A frase de Ginny veio à cabeça de Harry... Você sempre me protegeu Harry... E eu sempre vou estar com você... Com um sorriso no rosto e um animo renovado ele olhou na direção dela e então desapareceu.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.