Brigas e Desentendimentos
Rony cometeu o maior erro de sua vida: subestimar Fred e Jorge. E o ruivo não se cansava de lastimar:
- Isso não está acontecendo... É um pesadelo! – tentou convencer a si mesmo, que tudo não passava de sua imaginação. - O que vai ser de mim?
- Conte tudo, Rony. – disse Harry tentando ajudá-lo.
- Tá maluco?
- Bom, se prefere ficar com isso, pelo resto de sua vida... – disse, apontando para a testa do amigo.
- Claro, que não.
- Então, diga a verdade... O casamento do seu irmão está chegando. O que você vai responder quando te perguntarem: “Rony, o que é isso?”
- Grande ajuda, hein, Harry?
- Rony, a única pessoa que pode te ajudar é você mesmo. Abre o jogo de uma vez por todas. Afinal, o que você tem a dizer, não é nenhum segredo. – disse com sinceridade.
- O que você quer dizer com isso?
- Ah, Rony. Acorda, deixa de ser lerdo!
- Olha quem fala! Como se você fosse um especialista nesse campo.
- Vejo que você não é tão bobo quanto parece.
- Vou fingir que não escutei o que você falou. – disse, meio bravo. - Não seja ingrato, deixei você namorar com a minha irmã e você retribui me chamando de bobo?
- Eu que vou fingi, que você não falou isso!
Rony enverganhou-se. Ele não estava sendo justo para com Harry. Ele era seu amigo, estava tentando lhe ajudar. – Foi mal, cara. Eu não...
- Tudo bem. Vamos descer pra tomar café.
Não se demoraram em ir. Já à mesa, degustando de torradas com geléia de laranja e suco de melão, Fleur fez um careta de nojo e perguntou ao futuro cunhado:
- Crede! O que é este em seu testa?
- Tatuagem – disse Rony, com tanta seriedade, que Fleur parecia realmente ter acreditado. Fazendo com que todos os participantes do, “Verdade ou Feitiço”, rissem abertamente.
- Nada não. – Gina antecipou-se a explicar, antes que a Sra. Weasley lhe perguntasse por qual motivo eles estavam rindo, mas não foi necessário, a bruxa parecia estar em outro mundo.
- Molly, algum problema?
- Ah, não querido. – respondeu ao seu marido. - Deve ser o casamento, faltam três dias e acho que não temos bebidas o suficiente.
- Querida, não irá faltar nada. – riu-se o chefe da família.
Um pouco mais aliviada com o conforto de seu marido, a Sra. Weasley pegou sua varinha e apontou para a louça que, em questão de instantes, desapareceu de vista; mas a família Weasley e seus convidados permaneceram à mesa, conversando:
- Diga, Harry, como você está? – perguntou a Sra. Weasley.
- Bem.
- Você já pensou aonde vai morar?
- Ah, não. – disse ele, um pouco desconfortável com aquele assunto.
- Se você quiser ficar aqui, considere-se convidado.
- Muito obrigado, Sra. Weasley. – ele agradeceu.
- Não há de que, querido. Então, Harry, por que você não disse que estava namorando a minha Gina? – disse a bruxa, mudando de assunto drasticamente. Pelo olhar da bruxa parecia que
- Mãe!!! – interveio Gina.
- Mãe o quê? Eu tenho o direito de saber o que acontece com os meus filhos, não tenho?
Todos ficaram quietos. Eles sabiam que, quando Molly Weasley ficava nervosa, era melhor não falar nada.
Mas, Harry se sentiu na obrigação de dar uma explicação plausível a Sra. Weasley.
- Er... É que aconteceu muita coisa no ano passado – explicou o garoto, tímido.
- Por que você não briga com o Jorge, que arranjou uma namorada trouxa e não contou pra ninguém? – disse Gina, na tentativa de não ser o motivo da conversa.
- Ah, como você é, hein? – disse Jorge, enfurecido.
Vendo a cara que a Sra. Weasley fez, Jorge tentou tirar o seu da reta, dizendo: - A sra. tem que brigar com o Rony, que está apaixonado, e não contou pra ninguém!
A confusão estava armada. Não se conseguia distinguir nada que cada um falava. Os únicos a ficarem quietos eram Harry e Hermione que se olhavam assustados e sem saber o que fazer. Aquela situação durou até que a Sra. Weasley explodiu...
- CHEGA! – vociferou a Sra. Weasley.
Silêncio. A bruxa de repente se rompeu em pratos, desabafou.
- Se acalme, Molly. – disse o marido da bruxa. - Vocês deviam se envergonhar de omitir fatos da vida de vocês com seus pais. Olhem para mãe de vocês.
Os garotos abaixaram a cabeça, em sinal de constrangimento, Arthur Weasley não era de brigar, pelo contrário, o bruxo era uma pessoa agradabilíssima, porém, quando ele os repreendia soava ainda pior que uma bronca.
- Desculpe, a gente não queria....
- Tudo bem. – disse Sra. Weasley enxugando a lágrima com a palma da mão.
A conversa aos poucos voltou ao tom normal, a hora tensa tinha passado. E a conversa sobre o casamento de Gui e Fleur continuava todo vapor, o que deixava Gina ainda mais irritada. Não ficaram ali por muito tempo, os garotos decidiram dar uma voltinha em Londres, o que para Rony era bem melhor do que um outra rodada de um Verdade ou Feitiço. Jorge aproveitaria para se encontrar com Anette, sua namorada.
- E você Fred, vai se encontrar com quem?
- Com o Allan.
- O seu namorado? – perguntou Rony. - OUCH! Doeu. – disse Rony, colocando a mão na cabeça, após ter recebido um belo tapa de Fred.
- Isso é pra você aprender a não falar bobagem.
- Mas quem é esse tal de Allan? – perguntou Rony, ainda com a mão na cabeça, massageando o lugar onde recebera o golpe.
- É o irmão caçula da Anette – explicou Jorge.
- Como o Jorge começou a namorar, ele não participa dos nossos negócios em tempo integral, por isso, tive de arrumar um assistente.
- Então, Jorge, você parou de fabricar os produtos? Rony perguntou, a seu irmão.
- Nada disso, eu não parei de fabricar, só não tenho tempo para realizar os...
Jorge não terminara de dizer, aliás, nem precisava, pois Hermioone era suficientemente inteligente para entender o que ele evitou dizer.
- Não me digam que vocês estão usando esse menino, como cobaia, estão? Fred e Jorge não contiveram as gargalhadas que despertou a ira da garota.
- NÃO riem! Vocês não sabem que é proibido realizar feitiços em trouxas?
- Ah, Mione, dá um tempo.– disseram os gêmeos.
- Eu vou ter que contar para sua...
- Rony, vê se da um jeito nela. – disse Fred cutucando o seu irmão mais novo.
Os dois pareciam não saber onde enfiar a cara, cavar um buraco no chão não seria o suficiente; mas era tudo o que ele queria: dar um jeito em Hermione, no bom sentido, é claro.
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