capítulo 10



capítulo 10



Estavam sentados na plataforma da Estação de Hogsmead, esperando pelo trem, quando Draco começou a rir. Hermione virou-se para olha-lo.

- O que é engraçado? – ela perguntou franzindo a testa.

- Harry!_ disse Draco – Ele está vestindo minhas roupas e ele detesta isso... Ei!_ ele adicionou irritado – Eu gosto dessa camisa! Ela não é afeminada!

Hermione olhava para ele.

_Do que você está falando? – perguntou com raiva.

_Já falei que sinto o que ele sente! – respondeu ainda com tom alegre.

_Malfoy, por favor, então pare de sintonizar Harry! – ela disse – Isso me deixa loucamente nervosa!_ ela começou a amarrar uma tirinha de sua mochila – Ele pode ver o que você está fazendo?_ ela perguntou.

_Ele pode, um pouco._ disse Draco –Mas, pensa que está só sonhando.

- Por quê?

- não faço idéia... – disse pensativo. – Harry tem uma força de vontade maior que a minha. – continuou Draco de modo neutro – Ele se sobressai mais.

- Ele..._ começou ela amarrando a tira mais forte do que nunca – ele pensa sobre mim?

Draco olhou para ela. Seus olhos verdes estavam ilegíveis.

- Às vezes...

Hermione abriu sua boca para perguntar mais, mas nesse momento o trem chegou apitando na estação. Era um trem pintado de vermelho forte e havia escrito em seu lado em letras faiscantes HOGSMEADE ---- LONDRES. Ela e Draco subiram a bordo do trem. Eram os únicos passageiros na cabine em que estavam.

- Hermione..._ disse Draco quando eles se sentaram – Como você sabia que eu não era o Potter?

Hermione mordeu seu lábio. Por que ele estava perguntando isso para ela agora? Ela não tinha uma boa resposta, ela ia parecer boba se dissesse que ele não cheirava direito quando a beijou, que ele não cheirava como Harry. Ela estudou o rosto dele, mas não pôde ler sua expressão.

Talvez seja isso, ela pensou.

_Eu sempre soube o que Harry pensava. – ela disse – Ele não era muito de esconder o que sentia. Mas quando eu olhava para você, era como se eu estivesse olhando para o rosto dele, mas como se Harry não estivesse lá. Eu não conseguia dizer o que você estava pensando.

Draco não disse nada sobre isso, só começou a olhar pela janela. Eles estavam deixando a grande área arborizada ao redor de Hogsmead e entrando num lugar com campos escuros e pequenos sítios. Uma grande lua branca surgiu.

- Você quer saber o que eu estou pensando agora?_ ele finalmente perguntou.

- Não!_ disse Hermione –Tenho certeza que é algo bem desagradável.

Ela imediatamente se arrependeu de ter dito, mas não sabia como voltar ao assunto. Eles ficaram em silêncio.




**



Harry nunca pensou que uma reunião de Comensais da morte pudesse ser tão fantasticamente chata, como era. Havia homens assustadores, mesmo sem suas máscaras horríveis. Lúcio Malfoy presidia a reunião, na cabeceira da mesa; Harry reconheceu alguns dos nomes: Crabbe e Goyle estavam lá, tão grandes e feios como seus desagradáveis herdeiros; também lá estava Nott, Zabini, Rosier, e Franz Parkinson.

Ele esperava que houvesse alguma conversa sobre Sirius, mas não houve. Parecia que Macnair e o pai de Draco eram os únicos que sabiam sobre o plano. E Rabicho, claro. Mas eles provavelmente não queriam compartilhar a glória.

Harry sentou-se espremido entre Hugo Zabini (irmão do Zabini que tentou enviar a Harry uma vassoura explosiva) e Eleftheria Parpis (a única comensal, além de Belatriz, mulher), uma enorme mulher que vestia vestes de cetim preto e era provavelmente muito chegada a Lúcio: ria de tudo que ele dizia e ficava inclinando-se na mesa para dar a ele uma boa visão de seus fartos seios. Narcisa, ocupada carregando bandejas de comida para dentro e fora da cozinha, nem notou.

Zabini, por outro lado, estava mais interessado em falar com Harry sobre como ele devia estar se divertindo sendo um sonserino em Hogwarts. Harry, para quem a idéia de diversão agora parecia só uma fraca e distante memória, estava ocupado inventando todo o tipo de atividades para Draco e seus companheiros sonserinos.

- Bem, nós estudamos muito, é claro!_ ele disse – E nós brincamos com os instrumentos de tortura nas masmorras, e, hã... Alguém nos deu um ovo de basilisco e estamos tentando chocá-lo.

- Isso é prudente?_ perguntou Rosier, um velho e alto homem cujas sobrancelhas eram muito finas.

Harry, alertado com o fato de que alguém tinha realmente prestado atenção ao que ele disse, gaguejou:

- Bem, Macnair disse que ele mataria se ficasse muito grande.

- Quanto a mim,_ falou Eleftheria – eu gosto de ver as crianças aprendendo por si mesmas. Foi por isso que eu mandei os meus filhos para Durmstrang, onde eles já dominam o Nível Cinco de Magia Negra.

- É verdade que eles mandam os alunos de Durmstrang para geleiras por dias se eles forem mal em seus NOM’s?_ Harry perguntou com muita curiosidade.

- Não durante a noite! – disse Eleftheria balançando seu garfo como um leque.

Zabini virou-se para Harry.

- Severo Snape ainda é o chefe da Sonserina?_ ele perguntou.

- Sim! – disse Harry.

Lúcio de repente virou-se e cuspiu no chão.

- Draco_ ele disse entre dentes – é bastante amigável com Severo. Ele menospreza o fato de que Severo nos traiu. Eu disse a ele que isso é inconveniente, mas ele não me escuta.

Harry olhou para o seu prato.

- Severo vai ter o que merece, Lúcio!_ disse Rosier numa voz que fez o sangue de Harry gelar – Quando nós pusermos o plano em ação.

Harry nunca pensou que se sentiria mal considerando a possibilidade de algo ruim acontecer a Snape, mas sentiu.

- Pai_ ele disse, antes que pudesse se impedir – Eu não estou me sentindo bem.O senhor me dá licença para que eu volte ao meu quarto?

Essa foi a coisa errada a dizer. Lúcio ficou gelado e olhou firmemente para Harry, cheio de raiva. Contudo, quando ele falou, sua voz estava serena:

- Certamente, Draco.

Harry empurrou sua cadeira e começou a caminhar para sair do salão. Quando ele passou por Lúcio, entretanto, o pai de Draco agarrou seu braço. Seu toque estava frio.

- Você irá encontrar-se comigo na sala de estar depois do jantar, Draco. – ele disse disfarçadamente – E não se atrase!

- Sim._ disse Harry mecanicamente, e, soltando seus braços, ele saiu do salão.

Assim que saiu, ele esbarrou numa parede no corredor, batendo a cabeça. A voz de Lúcio Malfoy dizendo sala de estar reavivou sua memória, e ele repentinamente lembrou-se do dia, há quatro anos, quando ele escutou Draco Malfoy contando a Crabbe e Goyle que sua família mantinha seus objetos de Artes das Trevas mais poderosos debaixo do piso da sala de estar. Na época, Harry pensou que deveria existir uma espécie de compartimento secreto debaixo do piso. Agora, ocorreu a ele o que Draco realmente quis dizer, embora não tivesse certeza de por que sentiu isso, mas ele sentiu que a entrada para os aposentos na parte inferior da Mansão Malfoy ficava na sala de estar. Talvez a entrada do calabouço fosse lá também.

Era uma chance pequena, mas valia a pena investigar.

- Anton!_ ele chamou suavemente – Anton!

O fantasma materializou-se na sua frente, carregando um pano de prato e perguntando o que Harry desejava.

- Anton_ disse Harry num sussurro – Como eu chego na sala de estar? Eu esqueci!

Como Harry esperava, o fantasma não mostrou nenhuma surpresa.

- Siga-me, jovem mestre Malfoy!_ Anton disse e começou a flutuar pelo corredor.

Ele deixou Harry num aposento enorme, cheio de macias cadeiras de veludo. O quadro de uma mulher vestindo uma suntuosa gargantilha de rubis estava sobre a lareira, enquanto um largo tapete persa cobria o chão.

- Muito obrigado, Anton._ disse Harry desatento.

Harry abaixou-se e empurrou o tapete persa para o lado. Sob o tapete, havia um alçapão bem delineado com um puxador de ferro. Harry segurou o puxador com força e puxou.

A porta abriu facilmente. Harry teve a breve visão de um lugar de pedras acinzentadas desaparecendo na escuridão, antes que sua cabeça foi quase rachada pelo barulho mais ensurdecedor que ele já havia ouvido.

- MESTRE LÚCIO! MESTRE LÚCIO!_ era a mulher do quadro, com a boca aberta enquanto ela berrava – O ALÇAPÃO ESTÁ ABERTO! MESTRE LÚCIO! A SALA DE ESTAR!_ Harry deixou a porta cair quando ele colocou as mãos nas orelhas, mas mesmo com a porta fechada, a mulher continuava a gritar – MESTRE LÚCIO, VENHA RÁPIDO!




**



No trem, Draco abriu seus olhos em sobressalto.

- Ah, não!_ ele disse – Harry, seu pirralho idiota, o que você fez?



nota da "autora": olá pessoal, eu tô meio duentinha, só cum 39, 5 de febre e agora, mesmo de férias, se eu não melhorar, vai ficar meio difícil eu postar capítulo novo................ buá, e eu que estava tam impolgada cas férias...... ah, e depois que acabar a draco dormiens eu vo colocar aki a draco sinister ok? bjks! e comentem

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