R.A.B



Cap 12 – R. A. B.




Com a incrível animação gerada pelas reuniões da AD, as semanas foram se passando, quase como num piscar de olhos, para todos na escola.

A maioria dos alunos do primeiro ano que não tinham ida a primeira reunião, tinham aparecido nas reuniões seguintes. E em poucas aulas todos já sabiam conjuras os feitiços mais simples com perfeição

Como eram muitos alunos, Harry agora recebia ajuda dos velhos membros da AD, como Rony, Hermione, Neville, Luna e Gina. Que por muitas vezes deixavam de ser alunos para virarem professores.

E foi nesse clima que as festas de final de ano foram se aproximando, junto com o rigoroso inverno. Todos na escola pareciam mais felizes e com ainda mais animação, surpreendendo a todos, já que fora dos portões da escola dezenas de pessoas, bruxas e trouxas eram torturadas e mortas a mando de Voldemort.

Harry parecia ter recuperado um pouco da alegria de estar de volta a sua tão querida escola, e estava mais feliz do que poderia imaginar, mesmo depois da morte de Dumbledore. Tinha certeza de que essa felicidade ele devia a Gina, que não o deixava sozinho nenhum minuto, o que na maioria das vezes irritava Rony.

Mas mesmo com o ar alegre recuperado, algo ainda incomodava muito Harry. Perguntas que ainda não tinham respostas, e que ele não sabia quem poderia respondê-las. Quem era RAB? Onde estaria o medalhão e as outras Horcruxes? E se um dia ele as achasse como faria para destruí-las?

Pensamentos como esses sempre o invadiam quando estava sozinho, na maioria das vezes, deitado na sua cama no dormitório masculino. E novamente pesadelos voltaram a assustá-lo, dessa vez, não eram visões, ou vislumbres do que Voldemort andava fazendo, eram pesadelos, que por mais que não fossem reais o fazia perder o sono.

Foi em uma dessas noites, que ele resolveu abandonar sua cama e dar uma volta pela escola. Pegou a capa de Invisibilidade e o Mapa do Maroto e desceu as escadas lentamente, ao passar pelo retrato da mulher-gorda, pareceu ouvir um barulho, mais nem ao menos se virou para ver o que era.

A noite ainda ia alta lá fora, e a lua nova brilhava intensamente no céu. Andou quase que automaticamente em direção ao Grande Salão, mesmo sem perceber como, ele já estava nos jardins, se lembrava apenas de ter sacado a varinha, mas não soube lembrar se proferiu algum feitiço.

Já nos jardins, sentou-se embaixo de uma árvore, a mesma que um dia vira seu pai e Sirius azarando Snape, e tirou a capa de invisibilidade, a deixando de lado junto com o Mapa.

Não soube dizer quanto tempo se passou desde que deixou seu dormitório, sua mente apenas se concentrava no lago, logo a sua frente, tentando afastar de sua mente os seus tão costumeiros pesadelos, que mais uma vez havia lhe tirado o sono.

Sua mente só voltou à realidade, quando sentiu alguém sentar-se ao seu lado. Virou-se instintivamente já com a varinha em punho e viu Gina, com os cabelos despenteados, de pijama e com uma incrível cara de sono, mais Harry poderia jurar que nunca a tinha visto tão linda, como agora.

- Como você me achou aqui? – perguntou ainda espantado, guardando a varinha junto a sua capa e o mapa.

- Eu estava no Salão Comunal quando você passou, eu te chamei mais você não me ouviu, só colocou a capa e desapareceu. Ainda tentei te achar pelo corredor, mais como você estava invisível fica difícil, né? Então quando eu estava indo para o dormitório vi você pela janela e resolvi descer.

Harry não falou nada, somente se deitou na grama com a cabeça no colo da ruiva, como ele costumava fazer com ela, todas as tardes quando se encontravam no Salão Comunal.

- Porque você não estava dormindo? – perguntou a ruiva, passando as mãos carinhosamente pelos cabelos rebeldes do namorado.

- Eu tive um pesadelo e não consegui voltar a dormir – respondeu depois de algum tempo, sem encarar a ruiva – e resolvi dar uma volta no castelo para espairecer.

- Você voltou a ter pesadelos com Voldemort? – perguntou a ruiva, demonstrando grande preocupação na voz.

- Não são visões como antes, Gina – respondeu o moreno se lembrando contra sua vontade do pesadelo, ele e Gina estavam em uma pequena casa, conversando, rindo, então de repente Voldemort invadia a casa e lançava a maldição da morte em Gina, fazendo com que a garota caísse em um baque surdo no tapete, morta, então quando Voldemort se preparava pra lançar a maldição nele também, ele acordara. Era sempre isso todas as noites – são apenas pesadelos…

- Se fossem somente pesadelos você não estaria assim tão perturbado. Esta até parecendo a Luna – falou Gina colocando as mãos na cintura, num gesto que lembrava muito a Sra. Weasley.

- Não se preocupe Gina… - retrucou – não é nada de mais, são apenas pesadelos…

- Se você está dizendo – falou a ruiva dando de ombros – mas sempre que tiver esses pesadelos bobos você pode me chamar!

- Obrigado – agradeceu segurando uma das mãos da ruiva e levando em direção aos próprios lábios – eu não sei o que faria nesses últimos tempos, se eu não tivesse você – sussurrou beijando levemente a ponta dos dedos da ruiva, para depois erguer-se e capturar os lábios da ruiva em um beijo calmo e apaixonado.

- E nem eu sem você – respondeu a ruiva em um sussurro que nem mesmo Harry pode ouvir, assim que os dois se separaram.

- E você, ruiva, o que fazia acordada há essa hora? – perguntou curioso, brincando com um graveto jogado no chão.

- Eu? Não consegui dormir a noite inteira – respondeu a ruiva – estou preocupada com os meus pais, sabe? Pelo que eu soube é só questão de tempo até Voldemort tomar o ministério e começar a ter total controle sobre todos os feitiços de proteção feitos e aos meios de transportes mágicos, e eu nem quero pensar no que ela vai fazer quando conseguir isso. Com certeza a primeira coisa, vai ser matar os traidores do sangue, como eles nos chamam.

- Parece que não sou só eu que estou com coisas de mais na cabeça – falou Harry, ainda se divertindo com o graveto.

- É, acho que todos nós estamos preocupados de mais – concordou Gina pesadamente – é o pior é que não vai ter ninguém para protegê-los.

Harry não respondeu, apenas continuou segurando o graveto bobamente, sem se preocupar em solta-lo.

- Às vezes até me sinto culpada, por estar sempre protegida por feitiços e aurores em Hogwarts e eles sem nenhuma proteção.

- Não se preocupe, Gina, com certeza a Ordem vai cuidar da segurança deles – disse Harry, finalmente soltando o graveto, e olhando docemente para a ruiva.

Ao fundo o sol ia aparecendo timidamente, deixando no céu uma linda coloração vermelho-alaranjado. Gina fixou seu olhar no horizonte, e Harry ao observá-la percebeu que algumas lagrimas brilhavam tristemente nos seus olhas, lagrimas, as quais a garota não deixou que caíssem.

Harry passou a observá-la mais atentamente, seus cabelos vermelhos se destacavam ainda mais por causa da coloração do sol, e sua expressão, agora mais serena, a fazia parecer um anjo caído do céu.

- É lindo não é? – falou Gina ainda com os olhos vidrados no sol nascendo.

- É – concordou Harry, observando a ruiva, que ao olhar pra ele e ver a quê ele se referia corou levemente.

- Eu estava falando do sol nascendo, Harry – falou a ruiva em tom divertindo, o fazendo despertar de seu transe.

- Acho melhor agente entrar – falou sorrindo encabulado – daqui a pouco os alunos vão acordar, e eu estou quase congelando aqui.

- Certo – concordou Gina – Vamos.

Os dois se levantaram lentamente e tiraram a grama presa à roupa, e Harry os cobriu com a Capa de Invisibilidade. Os dois andaram silenciosamente pelo castelo, que apesar do sol já ter nascido ainda estava praticamente vazio, por ser domingo.

Chegaram ao Salão Comunal, onde havia apenas alguns alunos, mais a maioria deles sonolento demais para perceber o retrato se abrir e ninguém entrar por ele.

Harry acompanhou Gina até a ponta da escada do dormitório feminino, e tirou a capa de cima dos dois, a garota fez menção de subir, mas Harry segurou-a pelo seu braço.

- Espero que não esteja com essa cara de sono no nosso primeiro treino de Quadribol do ano – falou sorrindo.

- Nossa Harry, eu tinha esquecido do treino – respondeu a ruiva, batendo na própria testa.

- Percebi – falou Harry rindo – Agente se vê daqui a pouco, então?

- Claro capitão – concordou Gina batendo continência com um sorriso maroto e subindo as escadas.

Quando Harry chegou ao dormitório masculino, Dino, Simas e Neville já estavam saindo do dormitório e Rony estava sentado na ponta de sua cama, já com as vestes de quadribol, polindo distraidamente sua vassoura.

- Onde você estava Harry? – perguntou assim que notou a presença do amigo no dormitório.

- Estava colocando alguns pensamentos no lugar certo – respondeu colocando o Mapa do Maroto e a Capa de Invisibilidade de volta em seu malão.

- Harry, Harry, se você continuar pensando tanto, um dia sua cabeça vai explodir – resmungou Rony, quando o amigo entrou no banheiro.

Harry demorou pouco menos de vinte minutos no banho e logo já estava com suas habituais vestes de Quadribol e sua Firebolt no ombro.

- Vamos? – perguntou abrindo a porta – ainda tenho que fazer testes para os lugares vagos da equipe.

Logo que chegaram ao Salão, viram Gina e Hermione conversando na mesa da Grifinória, Gina assim como os dois usava suas vestes de quadribol. Ela o recebeu com um beijo doce e um ‘bom-dia’ mais animado do que o normal, o que passou despercebido por Hermione e Rony.

Os quatro tomaram café da manhã rapidamente e depois se dirigiram ao campo de Quadribol, Hermione se reuniu aos outros grifinórios e se dirigiu para as arquibancadas, enquanto Gina, Rony e Harry foram para o centro do campo, onde já se encontravam vários alunos dispostos a fazer o teste.

- Bom –dia – falou Harry animado – Acho que devemos começar com os testes para artilheiro, os outros por favor, esperem nas arquibancadas.

Mas da metade dos alunos continuaram no campo, enquanto uma pequena porção foi para as arquibancadas.

- Rony, vá para as balizas – falou Harry e o ruivo montou na vassoura e levantou vôo – façam duplas – falou assim que Rony se postou no centro dos aros – cada dupla terá direito a quatro jogadas, com dois arremessos para cada um, os que se saírem melhor, ficaram no time.

Ouve alguns murmurinhos de aprovação, e algumas pessoas na arquibancada gritaram o nome de seus candidatos favoritos.

- Quem serão os primeiros? – perguntou e dois garotos do terceiro ano se adiantaram e levantaram vôo meio desajeitadamente.

Os dois deixaram a goles cair duas vezes, e nenhum conseguiu sequer fazê-la chegar perto de um dos aros, assim como a maioria das duplas, apenas duas duplas se saíram bem, tanto nos arremessos como no entrosamento das jogadas. Uma das duplas era Simas e Dino e a outra era Angélica Blitz e Felipe Garshi, dois quinto-anistas.

- Já que temos um empate, os dois artilheiros serão escolhidos por um teste de vôo, porque não adianta fazer gols sem saber se equilibrar na vassoura. – falou Harry – vocês vão voar e fugir dos balaços que eu vou lançar em vocês.

Os quatro afirmaram com a cabeça e levantaram vôo, enquanto Harry soltava os balaços e lançava a goles para o alto.

Eles começaram a trocar passes entra si, o que foi ficando mais complicado, a medida que Harry lançava neles os balaços, e em pouco mais de cinco minutos Felipe já tinha sido atingido por um balaço e Angélica tinha batido em um dos aros, tentando se livrar de um dos balaços, Dino tinha se esquivado de um que passou a milímetros de sua cabeça e quase caiu. Com isso Harry deu os testes como encerrados e fez a decisão mais obvia, colocando Dino e Simas no time.

A escolha do batedor, já que Peakes, não tinha voltado para a escola esse ano, foi mais fácil, já que haviam apenas quinze candidatos e apenas seis que conseguiam continuar em cima da vassoura depois de acertar um balaço. Mas no fim Harry optou por Amélia Jones, uma sextoanista colega de quarto de Gina.

Depois ainda realizaram um pequeno treino, mais para a integração da equipe do que para ensaiarem jogadas. O treino foi bom, e o time se entrosou rapidamente, o que na visão de Harry ajudaria muito no campeonato das casas.

Depois do treino Rony, Harry e Gina tomaram um banho nos vestiários e se encontraram com Hermione para voltarem para a Sala Comunal, já que o frio do começo do inverno, não permitia que ficassem nos jardins.

Hermione, como sempre, logo deixou de prestar atenção na conversa dos amigos para ler um de seus muitos livros sobre Defesa Contra a Arte das Trevas, enquanto Harry e Rony jogavam uma partida de xadrez, observada por Gina.

- Se você demorar mais um pouco pra jogar, Ronald, acho que vai dar tempo de dormir – alfinetou Gina olhando friamente para o irmão.

- Não enche, eu preciso me concentrar, por isso sou tão bom – retrucou Rony de forma pomposa, fazendo seu bispo estraçalhar uma das torres de Harry.

- Meu Merlin, como essa coisa pode ser meu irmão? – falou Gina olhando para cima com as mãos erguidas – o que foi que eu fiz para merecer isso? – completou dessa vez colocando os braços em volta do pescoço de Harry, dando um beijo carinhoso no namorado.

Rony fechou ainda mais a cara e Harry tentou em vão controlar o riso, deixando o amigo ainda mais emburrado, como se isso fosse capaz.

- Ah, me poupem vocês dois, eu vou embora – falou Rony se levantando.

- Estressado – resmungou Gina ainda abraçada a Harry.

- Volta aqui, Rony – falou Harry agora mais serio – e a nossa partida de xadrez.

Mas Rony nem ouviu, já estava subindo o último degrau da escada do dormitório masculino, quando Harry tentou o chamar de novo. Hermione pela primeira vez baixou o livro e olhou para os dois com uma expressão bem severa no rosto.

- O que foi que eu fiz? – perguntou Harry preocupado.

- Você não fez nada – respondeu Hermione – pelo menos não propositalmente, Harry.

- Não entendi – comentou Harry ainda com o semblante preocupado.

- Rony está, como sempre, com ciúmes da Gina – explicou Hermione – mas dessa vez ele está se sentindo um pouco culpado, já que o namorado da Gina é o Harry, e ele não quer estragar a amizade de vocês por causa das crises bobas de ciúmes dele.

- Bem que eu percebi que ele está sempre com cara de quem comeu e não gostou, quando está com agente – comentou Gina – Mas, foi ele quem te falou isso? – perguntou, deixando o ar brincalhão de lado, e ficando ainda mais seria do que Hermione.

- Não, desde quando o seu irmão fala alguma coisa relacionada a isso, e ainda por cima comigo? – respondeu Hermione sabiamente – mas é o que ele tem demonstrado ultimamente.

Harry e Gina se encararam com expressos parecidas no rosto enquanto Hermione voltava sua atenção a seu livro.

- Eu vou lá falar com ele – falou Gina se levantando – e não se atreva a me atrapalhar – completou quando Harry fez menção de se levantar.

- Certo – concordou Harry voltando a se sentar – mas ainda acho que eu deveria fazer isso.

Gina ignorou o ultimo comentário do namorado e foi atrás do irmão no dormitório. Entrou sem nem ao menos bater na porta, Rony, que estava deitado na sua cama, se levantou rapidamente pra ver quem estava entrando.

- Qual é o seu problema afinal, Ronald? – falou Gina nervosa se aproximando da cama do irmão, com uma expressão que lembrava muito a Sra. Weasley – Você endoidou de vez, foi?

- Do que você está falando? – perguntou Rony sem entender nada, olhando para a irmã bobamente.

- Estou falando do seu ciúme idiota e sua mania de sempre querer manda na minha vida - explicou Gina com as mãos na cintura, parecendo ainda mais com a matriarca dos Weasley.

Rony pareceu finalmente entender do que ela falava mais nem por isso sua expressão melhorou, pelo contrario ficou ainda pior.

- Não é porque você é meu irmão que pode mandar em mim. Sinceramente achei que você pegaria leve comigo já que é o Harry, o seu melhor amigo, mais não você continua com esse seu ciúme idiota.

- Ciúmes? – falou Rony ironicamente – eu não estou com ciúmes. Se você não percebeu eu não disse nada sobre o namoro de vocês, como você mesma disse a vida é sua.

- Pare de ser irônico Rony – falou a ruiva ainda mais irritada – você nem ao menos precisa dizer nada sobre o meu namoro com o Harry, já que você foge da gente como Voldemort fugia de Dumbledore, não é mesmo?

- Não é verdade – respondeu o ruivo, tentando convencer mais a si mesmo do que a irmã.

- Então o que foi aquilo lá em baixo? – perguntou a ruiva ainda mais irônica, mas dessa vez um pouco mais calma, vendo que o irmão estava baixando a guarda.

- É só que eu não preciso ficar vendo o meu melhor amigo agarrando a minha irmã – retrucou Rony venenoso.

- Rony, você realmente é um imbecil – falou a garota sentando-se ao lado do irmão na cama, se acalmando – Pra começar, me diz, quando você viu o Harry me agarrar?

Rony pareceu refletir por um momento, se tinha uma coisa de bom em Harry ser namorado de sua irmã, é que ele era bem discreto, ainda mais na sua frente.

- No dia em que vocês começaram a namorar – falou irônico, ele era um Weasley, não se renderia assim tão facilmente.

- Ele não me agarrou – se defendeu Gina – ele apenas me beijou.

- Grande diferença – zombou Rony.

- Meu Merlin! Me ajude! Ronald, eu e o Harry somos NAMORADOS, e é normal que agente se beije. NAMORADOS, entendeu? – falou a ruiva como se explicasse que um mais um é dois – Quando será que isso vai entender isso?

Rony pareceu desanimar.

- Eu já entendi – respondeu – mais ainda não consegui aceitar. É difícil ver sua irmãzinha mais nova, aquela pra quem você contava historias antes de dormir, namorando.

- Eu até que te entendo, mais entende o meu lado, você também, eu não vou ser pra sempre a garotinha que não dormia sem sua historinhas – respondeu a ruiva docemente – só te dou um conselho, enquanto você não se acostumar com isso, você vai ser o maior prejudicado com tudo isso, vai perder o seu melhor amigo, e ainda vai conhecer a fúria de uma ruiva.

Rony sorriu pelo canto dos lábios e Gina o abraçou.

- Me promete uma coisa? – pediu a ruiva e ele fez que sim com a cabeça – Para de ser tão cabeça-dura e começa a ver o meu namoro com o Harry como uma coisa boa, afinal ele é seu melhor amigo, antes ele do que alguém que você não gosta.

- Vendo por esse angulo, até que você tem razão – respondeu o ruivo sorrindo – mais você vai ter que me fazer um favorzinho em troca.

- Você finalmente largou de ser besta e vai me pedir pra ajudar você a ficar com a Mione? – respondeu a ruiva rindo da cara do irmão.

- Claro que não, de onde você tirou essa idéia – respondeu Rony mais vermelho que um pimentão.

- Você quem sabe – respondeu Gina dando de ombros- mais afinal o que você quer me pedir?

- Por favor, pede pro seu namoradinho se controlar – respondeu o ruivo rindo – não agüento mais acordar todo dia mais cedo do que o normal porque ele teve que ir tomar um banho gelado.

Gina riu e voltou a abraçar o irmão bagunçando os cabelos do garoto. E se levantou em direção a porta, mais quando estava com a mão na maçaneta falou, sem nem ao menos olhar para o irmão.

- Você é o melhor irmão do mundo, mesmo quando implica comigo.

E dizendo isso voltou para o Salão Comunal sendo seguido um pouco depois por Rony.






- Acho que é só isso por hoje – falou Lupin enquanto recolhia as tarefas dos alunos do sétimo ano – Estão dispensados.

Todos os alunos se levantaram e saíram rapidamente da sala.

- Harry – chamou Remo quando ele já estava na porta da sala – posso falar com você um minuto?

- Claro – concordou Harry fazendo sinal para Rony e Hermione irem à frente.

Remo contornou a sua escrivaninha e ficou de frente para Harry, e como sempre acontecia quando olhava para os olhos do garoto, ele se lembrou de Lílian.

- Como vai à busca pelas Horcruxes? – perguntou serio.

- Na verdade, depois que voltei pra escola não tive mais nenhuma pista sobre elas – respondeu passando as mãos nervosamente pelo cabelo, gesto que já tinha virado um habito – RAB é tudo o que eu tenho. E eu não faço idéia de quem seja.

- Mas acho que eu posso te ajudar – falou remo com um sorriso maroto, que o fazia parecer muito mais jovem.

- Como? – perguntou Harry animado, como se tivesse tomado uma injeção de animo.

- Eu acho que eu sei quem é RAB – respondeu Remo abrindo um sorriso maior ainda, se isso era possível – As iniciais, o perfil, tudo se encaixa, não sei como não pensei nele antes.

Remo começou a andar pela sala pensativo, fazendo Harry se lembra de Hermione, quando acabava de ter uma grande idéia, mais que poderia os colocar em uma grande encrenca.

- Ontem a noite, quando estava vendo algumas coisas do tempo em que eu ainda estudava aqui. Encontrei algumas cartas, entre elas, tem uma que Sirius me mandou pouco depois que terminamos o sétimo ano. Na carta ele me falava que estava preocupado com o seu irmão.

- Ainda não entendi – falou Harry, fazendo Lupin se voltar para ele de novo.

- Na carta ele dizia que achava que o irmão estava estranho, que tinha quase certeza que ele estava pensando em se aliar a Voldemort. - explicou Remo.

- Ainda não compreendo professor – retrucou Harry.

- Harry, o nome do irmão de Sirius, era Régulos Arthur Black, RAB.

- É claro! Como eu não me lembrei disso – concordou Harry agora andando pela sala nervosamente como tinha feito o professor ainda a pouco – Sirius me contou que ele se alistou a Voldemort e depois de um tempo parecia arrependido e logo depois ele morreu. Tudo se encaixa, só pode ser ele.

- E não é só isso – continuou ainda mais animado – A Horcrux que provavelmente Régulos resgatou era um medalhão, não? – Harry concordou com a cabeça – Lembra-se de quando nós limpamos a Sede? Tinha um medalhão lá, um que ninguém conseguia abrir. Ele era igual ao que você encontrou na ilha, não era?

- Eu me lembro – concordou Harry – Com certeza era a Horcrux, mas o que fizeram com o medalhão? – perguntou se virando nervosamente para o lobisomem.

- Sirius jogou fora – falou Lupin desanimado – mais tenho certeza de que Mostro o pegou antes que nos o tirássemos da casa. O elfo era muito apegado a Régulos, até mesmo depois de sua morte.

- Então é provável que uma das Horcruxes esteja com Monstro? – perguntou Harry parecendo não acreditar no que ouvia.

- Parece que sim – concordou Remo.

- Então nós temos que chamá-lo agora mesmo e fazê-lo trazer o medalhão até aqui – retrucou Harry exasperadamente.

- Não acho que devemos fazer isso aqui – contrapôs Remo – devemos esperar até as Férias de Nata para ir até a antiga casa de Sirius, afinal ela está sendo usada pela Ordem. Ai chamaremos ele e faremos ele contar – completou – Acho que mesmo sendo Hogwarts um lugar seguro, ainda podem haver espiões por aqui.

- Certo – concordou Harry – esperaremos até as férias de Natal.

- Acho que estamos cada vez mais perto do que queremos – falou Remo sorrindo.

- É, eu também acho – concordou Harry.

- Eles ficariam orgulhosos de você, Harry – falou Remo colocando a mão no ombro do aluno – Tenho certeza que sim, Harry.

- Obrigado, professor, por tudo – respondeu o garoto sorrindo.

- Agora vá ou ficará sem jantar. – falou Remo divertido.

- Até mais, Remo – falou o garoto sorrindo e saindo da sala do tão querido professor.

Harry chegou o mais rápido que pode ao Grande Salão, passando despercebido até por Pirraça. Quando chegou lá, a maioria dos alunos já estava se retirando para seus Salões Comunais, mas pode ver que por causa de Rony, que ainda se servia Gina e Hermione ainda estavam ali.

- Então, o que o Lupin queria? – perguntou Hermione assim que Harry se sentou ao lado de Gina.

- Lupin tinha uma ótima noticia para nós – falou Harry animado, se servindo de uma generosa fatia de torta – Era sobre RAB – completou baixinho.

Rony engasgou com o pedaço de pudim que colocava na boca e Hermione soltou um gritinho de surpresa.

- Ele descobriu quem era? – perguntou Gina, tentando ajudar o irmão a recuperar o ar.

- Não – respondeu Harry, com sua atenção ainda no pedaço de torta que comia – ele lembrou quem era – completou.

- Como assim? – perguntou Rony – Remo conhecia RAB?

Harry fez que sim com a cabeça e os outros três ficaram ainda mais curiosos.

- E quem é? – perguntou Hermione exasperada.

- RAB, é Régulos Arthur Black, irmão do Sirius – revelou Harry.

Rony engasgou mais uma vez e as duas garotas fizeram cara de espanto.

- Irmão do Sirius? – perguntou Hermione descrente – aquele que era Comensal?

- É – concordou Harry – Sirius me contou que ele era Comensal mais que depois de algum tempo se arrependeu, mas ninguém pede ‘demissão’ da função de Comensal, então Voldemort o matou.

- Você tem certeza de que é ele? – perguntou Gina.

- Os fatos nos levam a ele – comentou Harry – se lembram de quando estávamos limpando a casa? Nos achamos um medalhão que ninguém conseguia abrir, ele era igual ao que eu vi na Penseira.

- Mas como teremos certeza?

- Fácil meu caro amigo – respondeu Harry – Monstro. Eu e Lupin vamos até o Largo Grimmauld nas férias de Natal e resolveremos isso.

- Eu vou com você – falou Gina – e nem tente me impedir, Sr. Potter.

- Nós também – concordou Hermione – Se precisarmos procurar o medalhão, quanto mais gente melhor, não acha?

- Acreditem, dessa vez eu não tinha nem a mínima intenção de ir sozinho, tenho certeza de que vocês só vão me ajudar – concordou Harry sorrindo para os amigos.






Os dias foram se passando ainda mais rápido, assim como o inverno foi ficando ainda mais rigoroso, deixando os jardins da escola com uma grande e espessa camada de neve.

Com a ultima reunião da AD realizada e o fim dos treinos de Quadribol, por causa do frio e do inicio das férias de Natal, Harry aproveitou a ultima noites no castelo para colocar as tarefas em dia.

Rony e Hermione estavam em um canto mais afastado do Salão Comunal, os dois pareciam bastante entretidos em uma conversa, e Gina devia estar perambulando pelo castelo com Luna, aproveitando sua ultima noite antes das festas.

Os quatro iriam passa o Natal na Toca, que foi novamente coberto de feitiços para a proteção de Harry, e iriam com Remo até o Largo um dia antes de voltarem a escola. Por escolha de Molly e Minerva, os garotos iriam para a casa via Flú, direto sala da diretora, escoltados por Lupin, Quim e Arthur.

Quando acabou suas tarefas, Rony e Hermione ainda conversavam do outro lado do Salão Comunal, parecendo totalmente alheios ao resto do mundo, e Gina ainda não tinha voltado de seu passeio pelo castelo. Guardou seu material no dormitório e consultando o Mapa do Maroto viu onde a garota estava, se afastando lentamente do pontinho que indicava Luna, em algum lugar perto do Salão Comunal da Corvinal, e voltava para o sue próprio Salão Comunal, mais ela não estava sozinha, Dinho Thomas a acompanhava, e na opinião de Harry o pontinho dos dois estava muito mais próximo do que ele gostaria que estivesse.

O monstrinho em seu peito rugiu contrariado e com cara de poucos amigos, ele voltou para o Salão Comunal. Sentou-se em um dos sofás e tentou se concentrar em seu livro, mas se perguntassem ele não saberia nem ao menos dizer do que se tratava.

Algum tempo depois a ruiva entrou no Salão rindo junto com Dino, o monstrinho pareceu querer sair de seu peito e pular no pescoço de Dino, para fazê-lo implorar por uma morte rápida e indolor.

Gina logo notou a presença de Harry e parou de rir vendo o olhar frio que ele lançava e se despediu de Dino rapidamente, que subiu para o dormitório masculino, e foi de encontro ao namorado.

- Achei que estava dormindo – falou a ruiva sentando-se ao lado do moreno e encostando a cabeça no ombro dele.

- É, mais eu não estou – falou rispidamente, tentando voltar a prestar atenção em seu livro, coisa que não tinha conseguido desde que o abrira, há mais de meia hora atrás.

Gina encarou o namorado que mantinha uma expressão assassina no rosto e começou a rir, quase que sem querer.

- Do que você está rindo? – perguntou fechando o livro com violência.

- De você, Harry – falou a garota ainda sem conseguir parar de ri – devo admitir que você fica muito engraçado quando está com ciúmes.

- Eu não estou com ciúmes – retrucou Harry ainda com uma expressão assassina no rosto.

- Mas para mim parece que sim, Harry – falou a garota sem conseguir parar de rir – eu não vejo outro motivo pra esse seu súbito mal-humor.

Harry não respondeu apenas continuou a fita-la mal-humorado.

- Harry, você não precisa ter ciúmes, eu e Dino somos só amigos – explicou a ruiva.

- Diga isso por você – retrucou o garoto – duvido que ele queira ser só seu amigo.

Gina voltou a rir.

- Harry, eu não sabia que você era tão ciumento – falou a ruiva ainda rindo.

- Eu já disse que não estou com ciúmes – repetiu Harry ainda mais emburrado, mesmo sabendo que não conseguiria enganar a ruiva.

- Tudo bem, não está mais aqui quem falou – respondeu a ruiva levantando a mão em sinal de redenção – E então o que estava fazendo aqui em baixo? Lendo é que não era – completou a ruiva displicentemente.

- Ruiva, você tem que parar de me provocar – falou Harry tentando manter a voz firme mas não conseguindo, com a cara de inocente que Gina fazia.

- E porque eu faria isso? – perguntou a ruiva rindo – Já passou pela sua cabeça que eu goste de te provocar?

Harry riu e logo seus lábios foram capturados pelos da ruiva, em um beijo calmo e apaixonado. Harry logo tratou de retribuir o beijo com a mesma intensidade que a ruiva.

- Acho que é o que você mais gosta de fazer ultimamente – respondeu Harry quando seus lábios se desgrudaram dos da ruiva.

Gina soltou uma risada e se ajeitou no sofá onde estava ficando com a cabeça sobre as pernas do namorado e com as pernas jogadas pelo sofá.

- E então pronto para voltar para A Toca e ver todos os Weasley de novo? – perguntou Gina e Harry entendeu exatamente o que ela queria dizer com isso – Soube que até mesmo Carlinhos que estava na Romênia vai vir para o Natal, sem contar Gui, Fred e Jorge – completou.

- Carlinhos também vai vir? – repetiu debilmente – Então terei que enfrentar todos os cabeças de fogo de uma vez? O que foi que eu fiz para perecer isso?

- Não exagere Harry, não é tão ruim assim – falou a ruiva rindo ainda mais.

- Não é pra você – retrucou rindo também – prefiro enfrentar outro basilisco aos seus irmãos.

- É Harry, mais nem tudo na vida é fácil como enfrentar basiliscos – zombou a ruiva se divertindo com a cara que Harry fazia.

- Se bem que eu enfrentei o basilisco pelo mesmo motivo que eu enfrentaria seus irmãos – falou Harry carinhosamente – Por você. E por isso eu enfrentaria o mundo inteiro.

Gina pareceu ficar embaraçada com o que o namorado dizia, mas pelo fato de ser ele a falar, do que por ela ser tímida, já que Harry não costumava dizer coisas que revelassem seus sentimentos tão explicitamente, nem mesmo pra ela.

Ela sabia que ele gostava dela, como não tinha gostado nem mesmo de Cho, ou pelo menos era o que acreditava, já que ele nunca tinha dito isso a ela, e era raras às vezes em que ele expressava esses sentimentos em palavras. Gina preferiu não falar nas, como se quisesse manter o olhar que ele a lançava naquele momento guardado para sempre em sua mente.

Depois de algum tempo Rony e Hermione se juntaram a eles, e Gina fez questão de discretamente voltar a se sentar no sofá ao lado de Harry.

- E então animado pra achar mais uma Horcrux – perguntou Hermione quebrando o silencio.

- Bastante – respondeu Harry – mais um pouco preocupado também. E se ela não estiver com Mostro, e se realmente a jogamos fora?

- Tenho certeza de que vamos achá-la, Harry – falou Rony mais confiante do que Harry se lembrava de um dia ele ter sido.

- Eu espero, Rony – concordou Harry sorrindo.




Gentiii desculpa pela demOra do cap!! É que eu tive um surtO de FALTA de inspiraçãO e nãO cOnseguia escrever nada! Mais ta ai! EsperO que gOstem!! BjO e cOmentem!! Fl4v1nh4 Vê se nãO fika tantO tempO sem vir aki entãO! Ahshahshas Seu comentário é muitO impOrtante pra mim. Obrigada e beijãO!! DrBlack MuitO obrigada, pra mim é muitO bOm saber q tem algumas pessOas q gOstam da minha fic!! Desculpa ainda nãO ter cOnseguidO dar uma passadinha na sua! Com tOda essa cOrreria pOr causa dO Natal AnO nOvO, quase nem passei aqui na F&B! Mais prOmetO que passO lá quandO der! BjãO e cOntinua cOmentandO! NATALIA REISNão precisa mais esperar, o cap ta aki!! Ahshashahs! BjãO e obrigadO pelO cOmenti!! Daniela Paiva ObrigadO pelO comentário!! Tmabém adOrei escrever a vOlta da AD!! BeijãO i cOmenta!! Um pOucO atrazadO mais keria desejar Feliz AnO nOvO pra tOdO mundO!!! BjãO

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