Promessar cumpridas
Harry se trocou e logo adormeceu. Teve alguns sonhos agitados. Ele seguia pelo velho corredor mas dessa vez ele não tinha fim. E então ele via Hermione em seu leito adormecida. Ele tentava se aproximar mas havia uma barreira invisível e então ele acordou.
Estava suado. Já era manhã e a cama de Rony já estava vazia.
Ele levantou e se trocou.
- Bom dia, Harry!- disse Gina quando ele se assentou para o café.- Rony me contou sobre o que vocês fizeram com o Malfoy.- riu ela.
- È!- disse Harry sorrindo.- Ele é um fresco!- completou dando uma mordida em uma torrada em seguida.
- Vejo que a fome voltou!- disse Gina.
- Não.- disse Harry.- mas eu não como nada direito a quase um dia. E hoje têm treino. Se não comer vou acabar doente.
- Lá vem o Rony.- disse Gina.- Ele tinha ido até a biblioteca.
- Vou falar com ele.- disse Harry se levantando.
Ele caminhou ao encontro de Rony e parou na frente dele.
- Dá pra dar licença?!- perguntou ele impaciente.
- Não!- disse Harry.
- O que você quer?- perguntou Rony.
- Sabe, eu sou o capitão do time e eu só aceito a demissão de um jogador se este for pessoalmente me pedir em um treino.- disse Harry.- Agora pode passar.- e então deu licença.
Pela manhã teve aula de Adivinhação e uma dupla de feitiços. Na hora do almoço engoliu qualquer coisa e foi para a biblioteca. Tinha aula de transfiguração na manhã do dia seguinte e um dever gigantesco a fazer. Já estava quase terminando quando viu Cho entrar e se assentar em sua mesa.
- Oi Harry!- disse ela.
- Oi!- disse Harry.
- Estudando? Nunca o vejo estudando na biblioteca esse horário....- disse Cho.
- È!- concordou Harry.- È que eu estou tendo que me virar com os estudos agora.
- Eu soube o que aconteceu com a sua amiga, sinto muito.- disse Cho.
- Mas não foi para me dizer isso que você veio até aqui, certo?- perguntou Harry com certa pressa.
- Eu estava passando aqui e lhe vi. Por que? Está com pressa?- perguntou Cho.
- È que eu tenho que terminar alguns deveres e ainda tenho História da magia e herbologia à tarde.- disse Harry.
- Ah!- fez Cho parecendo descontente.- Tudo bem. Eu ia perguntar sobre a AD mas com a sua amiga doente acho que não vão recomeçar as aulas tão cedo, certo?
- Certo.- disse Harry se levantando e juntando suas coisas.- Com licença.
Harry terminou o dever de Transfiguração de qualquer jeito mais tarde e foi para as aulas. Teve que segurar para não dormir durante a aula de História da Magia. E na aula de herbologia não conseguiu absorver muita coisa sobre os arbustos carnívoros. Após a aula Harry foi para o campo de quadribol. Gina já estava lá com uma quartanista japonezinha. Não demorou muito e outros alunos foram chegando. Collin e Dênis Creevey foram os próximos. Depois chegou um secundista chamado Euan Abercrombie e um pouco depois os três quintanistas: Dino, Simas e Neville.
- Vou me candidatar a artilheiro!- disse Simas.
- E você Dino?- perguntou Harry.
- Vou me candidatar à torcida.- sorriu o garoto enquanto acenava para a namorada mais atrás.- Prefiro manter os pés no chão.- completou.
- Bom, acho que a gente pode começar.- disse Harry se sentindo extremamente desajeitado. Queria que Rony talvez estivesse ali para ajudá-lo.
Começou separando os jogadores em suas posições. Algum tempo depois começaram a voar. Collin, Dênis e Neville eram os candidatos a batedor. Collin havia ficado realmente bom (ele substituíra Fred e Jorge no ano anterior) parecia Ter se aperfeiçoado durante as férias. Entre Denis e Neville Harry acabou escolhendo Neville. Ele tinha mais força física. Dênis era pequenino e magricela, e meio desajeitado, havia ao que parecia quebrado um dedo durante aquele treino. Era impressionante como Neville havia mudado em todos os sentidos de um ano para cá. Gina era realmente muito boa como artilheira. E para seus companheiros Harry selecionou Simas e a japonezinha chamada Ann Mishaky.
Após o treino Harry seguiu para o vestiário com o time.
- Harry, e o goleiro?- perguntou Ann Mishaky depois de ouvir Harry fazer aquele mesmo discurso de início de ano que ele próprio escutara durante 5 anos.
- Ele está aqui!- disse Rony que vinha entrando no vestiário.
- Atrasado.- disse Harry impaciente.
- È que o goleiro veio se demitir.- disse Rony.- Pessoalmente como o ilustre capitão do time deseja que seja.
- Isso quer dizer que estamos, agora, sem goleiro?- perguntou Collin.
- Não!- disse Harry.- Isso quer dizer que o nosso goleiro estava muito indisposto para treinar hoje. Mas que assim que a “indigestão” com a qual ele está, passar, ele se juntará a nós durante os treinos.- completou olhando para Rony. Gina também fazia o mesmo e tinha um olhar de sensura.
Rony não respondeu, ficou vermelho, mas calado. Encarava Harry com os olhos cheios de fúria.
- Bom, acho que já disse o que tinha que dizer, podem ir.- disse Harry.
O novo time foi saindo aos poucos do vestiário. Restaram Gina, Rony e Harry.
- Acho que esse ano finalmente vamos Ter uma “vitória brilhante”!- disse Gina.
- È!- respondeu Harry.
- Você viu o Neville jogando?- perguntou Gina.- Ele é realmente bom! È fantástico!
Rony tossiu.
- Porque ainda está aqui?- perguntou Harry extremamente mau humorado com o amigo.- Deveria Ter vindo na hora do treino não agora!
Rony caminhou até Harry, como se precisasse dizer algo importante, mas ao invés disso lhe acertou um soco no nariz. Harry caiu para trás, no banco do vestiário. Gina puxou Rony pelo braço.
- Porque tinha que me dar aquela resposta na frente de todo mundo?- perguntou ele.
- Para com isso Rony!- disse Gina o empurrando para trás.
- Eu só quero que ele me responda porque!- disse Rony.
- Eu mesma posso responder Rony!- disse Gina.- Porque você tem que ser tão infantil, ein?
Rony se deixou cair encostado na parede. Harry se levantou e levou a mão ao nariz que sangrava.
- Será que você não consegue sequer separar as coisas?- perguntou Gina olhando para o irmão de um jeito que lembrou a Harry a Sra. Weasley.- Você não joga quadribol por fazer um favor ao Harry! Você joga quadribol porque gosta! E porque é um aluno da Grifinória! Para com essa coisa de querer se vingar de qualquer forma!
- Agora eu não tenho escolha, Gina!- disse Rony.- Vou Ter que continuar no time.
- Você não tem que continuar no time!- disse Harry que tinha agora uma toalha no nariz.- Como amigo eu lhe digo isso! Porém como Capitão do time eu lhe digo que você é fundamental a ele. Você é um bom goleiro, Rony! Pode Ter os seus defeitos, mas é um bom goleiro! E não existe outro melhor do que você na Grifinória!
- Você sabe muito bem o porque do soco que eu lhe dei, Potter!- disse Rony se levantando.
- Porque?- perguntou Harry.- Pela Mione? Imagine o que ela diria se assistisse a uma cena dessa, Rony?
Harry ia falar mais alguma coisa mas Dênis, com o dedo enfaixado, entrou correndo no vestiário.
- Harry! Harry!- disse ele.- A sua amiga monitora acordou!
Rony olhou para Dênis e em seguida voltou a encarar Harry.
- Vocês vêm comigo?- perguntou.
Rony deu uma risada falsa.
- Depois eu vou.- disse Gina.
Harry mais do que veloz seguiu com Dênis até a enfermaria. Ao entrar viu Hermione meio sentada em sua cama. Encostada na cabeceira.
- Mione!- disse ele que correu até ela e a abraçou.
- Potter!- gritou Madame Pronfey.- Eu prometi que iria avisá-lo mas não era pra sair do treino e vir para cá sem sequer se trocar.
- Desculpe.- disse Harry sorrindo se afastando de Hermione.- Como está se sentindo?
- Mole.- disse Hermione que ainda estava muito pálida porém não mais com aquela aparência arroxeada.- Onde estão os outros? Rony, Gina?
O sorriso de Harry desapareceu.
- O Rony está com raiva de mim, e acho que de você também.- disse Harry.
- Porque?- perguntou Hermione sem entender.
- Descobriram que a seringa foi mandada por comensais.- disse Harry.
- Nossa!- disse Hermione.- Mas mandaram para a pessoa errada, não?
- Não!- disse Harry.- Gina descobriu com o Malfoy que os comensais nos viram juntos naquele bosque em Greelin.
Hermione arregalou os olhos levemente.
- Tivemos que contar.- justificou Harry.
Hermione ficou calada olhando pro nada.
- Você ficou chateada?- perguntou Harry.
- Com você?- perguntou.- Não.
- Com a Gina?- perguntou Harry.
- Também não.- disse ela.
- Então o que foi?- perguntou ele.
- Nada.- disse ela.- è que eu não queria que as coisas acontecessem dessa maneira. Gina!
Harry se virou. Gina vinha entrando na enfermaria ainda com o uniforme de quadribol, também.
- E o Rony?- perguntou Harry.
- Disse que vai continuar no time mas que depois vai acertas as contas contigo.- disse Gina. Harry suspirou.- Como está, amiga?
- Como disse ao Harry, mole.- disse Hermione.- Não me lembro bem do que aconteceu. A enfermeira disse que eu recebi uma carta de Krum que havia sido interceptada por comensais e que eles colocaram um embrulho com uma seringa enfeitiçada com veneno Violeta.
- È!- disse Gina.- Aí a seringa voou em você e eu a quebrei. Aí você vomitou e os garotos a trouxeram para cá.
- Lembro-me apenas que peguei as anotações em meu quarto e desci.- disse Hermione.- Eu sonhei com Belatriz Lestrange.
- Ainda bem que desceu.- disse Harry.- Se tivesse lido a carta em seu quarto talvez não estivesse aqui agora.
- Ela estava bonita.- completou Hermione que parecia levemente dopada.
- Mais visitas?!- disse Madame Pronfey que voltava agora trazendo uma poção fulmegante.- Aqui querida. Beba isso para poder descansar.
Hermione logo obedeceu e mal acabara de beber a poção quando caiu em sono profundo.
- Porque ela não se lembra?- perguntou Gina.
- Não se lembra?- perguntou a enfermeira.
- È! Ela disse que não se lembra de quando leu a carta ou abriu o embrulho.- disse Gina.
- Ela não se lembra de muita coisa ainda.- disse a enfermeira.- mal fazem 48 horas que tudo aconteceu. Ela ainda está sob o efeito do veneno.
- E até quando vai ficar assim?- perguntou Harry.
- Por mais uns dois dias.- disse Madame Pronfey.- depois deve começar a melhorar.
- Mas ela parecia ciente do que falava enquanto conversamos.- disse Harry.
- Ela se lembra de bastante coisa.- disse Madame Pronfey.- Eu conversei com ela antes de vocês chegarem. Ela sabe aonde está apesar de não se lembrar bem o que faz aqui. Ela se lembra de vocês, do outro Weasley. De alguns professores. Mas essa perda de memória não é definitiva, não se preocupem.
- E quando ela acorda?- perguntou Harry.
- Não deve dormir muito. Creio que amanhã pela manhã ela já estará acesa.- disse a enfermeira.- Mas aconselho que você não fique aqui esperando como fez na primeira noite. Vá descansar.
Harry obedeceu. Seguiu com Gina para a torre da Grifinória.
- È deprimente ver a Mione naquele estado.- disse Harry.
- Eu me lembrei dos pais do Neville.- disse Gina desanimada.
- Eu me lembrei da pilha de deveres que vou Ter que fazer sem ela.- disse Harry.- Mas e o Rony? Para onde ele foi?
- Disse que iria estudar. E tem reunião de monitores agora à noite. Eu vou me trocar e ir.- disse Gina.
- Ah!- Fez Harry.
O resto da noite foi chato. Harry se juntou a um Neville empolgado para tentar fazer um dever de feitiços. No final, a redação sobre feitiços convocatórios não ficou tão boa quanto teria ficado se tivesse um toque de Hermione mas dava para o gasto. Harry viu quando Rony chegou. Gina não veio com ele que parecia extremamente estressado e subiu direto para o dormitório. Meia hora depois Harry foi dormir também.
****
- E como vai a sua amiguinha Sangue Ruim?
Gina olhou para trás, era Malfoy.
- Melhorando.- disse Gina- Obrigado.
- Pelo que?- perguntou Draco.
- Você não Ter mandado a notícia de que Hermione sobreviveu aos comensais.- disse Gina.
- Como você tem certeza de que eu não mandei?- perguntou Draco.
- Você não teria vindo atrás de mim e se fosse cara de pau a ponto de vir a sua cara estaria marcada.- disse Gina.
- Bom, ela está.- disse Draco.- como pode ver esses malditos hematomas ainda não sumiram.
- Não é disso que estou falando.- Disse Gina.
- Fiquei sabendo que agora você é artilheira.- disse Draco
- E eu fiquei sabendo do que aconteceu na detenção.- disse Gina rindo.
- Não tem graça.- disse Draco.
- Queria estar lá para assistir você lavando as privadas.- disse Gina.
- Queria Ter visto o seu irmão quebrar pias por dor de cotovelo.- disse Draco.
- Cala a boca.- disse Gina.
- Tudo bem.- disse Draco.- Mas diga que ele não está com dor de cotovelo, ele gostava da sangue ruim só que como é um merdão não soube nem chegar nela direito. Acabou perdendo pro Potterzinho!
- Eu falei pra você calar a boca!- disse Gina.
- Tudo bem!- disse Draco.- Mas e aquele seu namorado?
- O que tem?- perguntou Gina impaciente.
- Porque não termina com ele?- perguntou Draco.
- E porque eu faria isso?- perguntou Gina.
- Pra ficar comigo.- disse ele.
- Há! E você acha que eu ia terminar com o Dino pra ficar com você?- perguntou ela.
- Sim!- disse Draco.- Eu te mereço mais que ele.
- Ah é? Porque?- perguntou ela.
- Porque ele é um otário e porque já faz um tempo que eu estou apaixonado por você.- disse Draco.
Gina riu mas não conseguiu deixar de corar.
- E você diz isso pra todas?- perguntou Gina.- Porque eu sei muito bem o galinha que você é.
- Que eu era.- disse Draco.- E sim, eu já disse isso pra outras garotas antes mas pra você eu digo de verdade, não é lábia minha!
- Você fala como se eu acreditasse em qualquer coisa que me digam.- disse Gina.
- Não! Eu sei que você não acredita! Sabe, de todas as meninas que eu já quis ficar até hoje você foi a mais difícil, e acho que foi isso que fez-me apaixonar por você.- disse Draco.
- Ah! Que poético você!- disse Gina.- Está apaixonado!
- Eu já lhe dei inúmeras provas disso.- disse Draco.- Eu levei uma surra por ajudar seu irmão a fugir. Caraca eu meio que salvei a vida dele! E com a sua amiga sangue ruim! Eu lhe dei uma informação importante a respeito dela.
- Certo, você tem sido até bonzinho ultimamente, tem feito coisas bonitinhas.- disse Gina.- Mas agora vamos ver o que mais você fez: Você foi caçar briga com os meus amigos e tem mais, você xinga qualquer um deles a toda oportunidade.
- Gina, esse é o meu jeito!- disse Draco.- Eu sei, você me proibiu de lhe chamar pelo nome, mas como eu vou deixar de chamar uma garota tão bela pelo nome tão belo que ela tem?
Gina ruborizou.
- Olha, eu sou Draco Malfoy. Meu pai é um dos maiores comensais da morte e você sabe bem disso. A minha mãe vem da família Black, que também não sai perdendo em ser uma família tosca como você deve achar. Ser mau foi a minha criação! Eu não consigo simplesmente mudar isso de uma hora pra outra.
- E é exatamente por isso que eu não dou bola pra você.- disse Gina.
- Porque você não consegue me aceitar como sou?- perguntou Draco.
- Porque você é Draco Malfoy e por todas essas coisas que você acabou de dizer.- disse Gina.
- E se eu te provar, que sim! Que pode dar tudo certo entre a gente?- perguntou Draco.
- Eu não quero lhe garantir nada.- disse Gina.
Eu vou conseguir! Eu vou lhe conquistar. Escreve isso.- E depois de dar um desajeitado beijo na bochecha de Gina, pra surpresa da mesma, ele saiu correndo pelo corredor.
- Ela não acordou?- perguntou Harry. Eram pouco mais de seis da manhã. Ele havia madrugado para visitar Hermione.
- Ela acordou durante a madrugada mas eu dei a ela uma poção mais forte de sono.- disse a enfermeira.
Harry olhou, impaciente, a namorada que dormia imóvel.
- Ela tem que descansar Potter!- disse a enfermeira ao ver a aflição do garoto.- E agora ela deve dormir por muitas horas.
Harry deu ombros.
- Eu preciso ao menos vê-la um pouco, Madame Pronfey.- disse Harry.
- Você está se saindo um belo Percival Weasley!- disse a enfermeira impaciente.
- Porque?- perguntou Harry sem entender.
- Aquele rapaz quase morou na enfermaria enquanto a namorada esteve petrificada.- disse a enfermeira.
- Não seria má idéia.- disse Harry dando um sorriso maroto.- Mas seria melhor se ela estivesse ao menos acordada.
- De que adiantaria?- perguntou a enfermeira.- Ela ainda não está conseguindo processar muito bem as informações. Agora me dê licença, eu tenho de ir.- completou fechando o cortinado da cama.
Harry se assentou ao lado da cama e abriu um pedaço do cortinado para ver Hermione novamente. Ficou ali observando-a dormir por uns vinte minutos. E então começou a ter idéias. Percival Weasley, não é mesmo?
Ele desceu correndo os corredores ainda vazias do castelo até o saguão principal. Logo ele ganhou os gramados secos pelo outono e então avistou quem procurava.
- Hagrid! Hagrid!- gritou Harry.
- Oh, Harry! Bom dia!- disse o gigante que aguava sua horta.- Que pressa é essa? Aconteceu alguma coisa? Com Hermione?
- Não! Não! Ela está na mesma.- disse Harry recuperando o fôlego.- Aonde eu consigo algumas flores?
- Flores? No outono?!- disse Hagrid.- Se fosse primavera ou verão eu lhe diria para se servir do jardim, mas...Pra que?
- Sei lá.- disse Harry.- Acho que Hermione iria ficar feliz em ter flores em sua cabeceira.
- È difícil arrumar flores em pleno outono, mas hoje à noite vou visitar o Growp, posso ver se na floresta encontro alguma.- disse Hagrid sorrindo.
- Obrigado.- disse Harry.- Agora eu tenho que ir! Tenho alguns deveres. Até mais!
- Até Harry! Quando puder venha tomar um chá.- disse Hagrid.
Harry voltou correndo para o castelo e ia subindo para a torre da Grifinória quando passou na porta da sala de Lupin uma coisa lhe veio à cabeça. O que a Sra. Weasley teria dito ao saber do ocorrido? Será que ela ainda gostava de Harry como dizia?
- Entre!- disse a voz de Lupin.
- Com licença professor Lupin.- disse Harry entrando.
- Harry! Você tão cedo aqui, aconteceu alguma coisa?- perguntou Lupin.- Sente-se.- completou indicando uma cadeira.- O que deseja?
- Sabe, eu estava me perguntando, vocês mandaram as notícias para a Ordem?- perguntou Harry assim que se sentou.
- Notícias de Hermione e do ocorrido?- perguntou Lupin.- Lógico.
- Ah! E o que eles disseram?- perguntou Harry.
- Como assim? Todos ficaram preocupados oras!- disse Lupin.
- Tá certo, mas e sobre...- ele engoliu em seco.- sabe...
- Sobre o seu namoro?- perguntou Lupin sorrindo.
- È!- disse Harry sem graça.
- Você está com medo de que, Harry?- perguntou Lupin.- De que Molly ou algum dos Weasley não gostem mais de você?
- Na verdade...- disse Harry.- é isso mesmo!
- Ah Harry!- disse Lupin.- Tome como exemplo a Gina, ela mudou o comportamento dela com você?
- Não!- disse Harry.- Mas a Gina é diferente. Ela é meio que a melhor amiga da Mione, e ela já sabia de tudo!
- È lógico que ninguém vai sacrificá-lo por isso!- disse Lupin.- Molly adorou a notícia, é lógico que ela ficou preocupada com o Rony, mas o tempo cuidará dele, Harry. O que é isso no seu nariz? Andou brigando de novo?
- Foi o Rony.- disse o Harry sem jeito.
- Um dia ele vai acordar, Harry, e ele vai ver que não adianta ele ficar emburrado por aí, porque a vida continua!- disse Lupin.
- E como vão as pessoas? E o Gui?- perguntou Harry.
- Vão bem. Gui partiu ontem.- disse Lupin.- Ele já se recuperou do susto do seqüestro. Foi pra Amazônia.
- Amazônia?- perguntou Harry.- Mas e Gringotes?
- Er...- fez Lupin como se tivesse falado demais.- Contatos com o banco americano.
- Ah!- fez Harry.
- Acho que o café já está servido.- disse Lupin consultando o relógio.- Vamos descer.
- Ok.- disse Harry.
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