O Retorno de Gui



Após o café, Harry voltou para o quarto a fim de checar as suas coisas. Não estavam muito desorganizadas pois não fazia muito tempo que ele havia chegado ali. Dentro da mochila que levara para Greelin, ainda estavam o relógio de Luna e a fotografia de Tia Petúnia. Harry olhava para a última quando ouviu um grito lá em baixo. Rony, que cochilava em sua cama, acordou assustado.

- O que foi isso?- perguntou ele a Harry.

- Não sei.- disse Harry sobressaltado.

- Vamos lá ver.- disse Rony se levantando e “caprichosamente despenteando” seu cabelo.

Enquanto desciam as escadas passou pela cabeça de Harry que os Comensais da morte houvessem invadido a ordem. Por esse motivo ele desembainhou a varinha e a manteve erguida até alcançar a porta da cozinha e ver que não havia acontecido nada de tão grave.

- O que foi?- perguntou Rony.- O que está acontecendo?

Na cozinha a Sra. Weasley chorava abraçada a Gina que tinha um brilho exagerado nos olhos. Fred estava com a cabeça pra dentro da lareira. Jorge girava a varinha entre os dedos e Hermione, que parecia estar bem melhor do que no dia anterior, estava assentada na mesa e toma um copo de suco de abóbora pensativa.

- Oh! Rony!- disse a Sra. Weasley.- Conte! Conte a eles Jorge, o que aconteceu!

Jorge prontamente obedeceu e quando ele terminou de contar a história para Harry e Rony a campainha tocou.

- Vou atender!- disse a Sra. Weasley saindo correndo da cozinha assim que Fred tirou a cabeça do fogo.

- Consegui avisar Carlinhos e ele aparatou no Ministério para avisar papai.- informou ele.

- E ele já avisou?- perguntou Jorge.

- Lógico né? Carlinhos não é tão lerdo quanto parece.- Disse Fred.- Ele mandou dizer a mamãe que arrumasse a cozinha, pois haverá aqui ao entardecer uma reunião com toda a ordem.

A última tarde de férias foi agitada. Tonks, que havia chegado logo após Fred dar o alarme. Se juntou ao grupo eles deram uma arrumada na grande cozinha. A Sra. Weasley nem fez o almoço. Eles comeram alguns sanduíches. E no meio da tarde todos ajudaram a deixar o jantar já mais ou menos pronto.

Às cinco da tarde a campainha tocou pela segunda vez. Tonks foi atender e voltou seguida por Mundungo. A partir daí ela tocou diversas vezes. Os próximos a chegar foram Lupin, Snape e a Profª. Minerva.

- Eu até agora não entendi direito o que está acontecendo.- sussurrou Rony para Harry e Hermione assim que os três recém chegados assentaram-se mais a frente na mesa.- O Malfoy disse aquilo à Gina, o que prova que Gui está realmente na mansão do pai dele, mas e daí? Parece que isto é uma festa para comemorar isso.

A campainha tocou novamente no momento em que Lupin se assentou junto aos garotos.

- Isso não é uma festa Rony.- disse Lupin.- Ouve uma grande reunião como essa cerca de uns sete meses antes do fim da Primeira Grande Guerra. Na verdade houve muitas antes, mas essa foi uma das únicas aonde estavam todos os membros presentes.

- Mas, para que?- perguntou Rony

- Havia uma reunião como essa marcada para três dias após o seqüestro de seu irmão.- explicou Lupin.- Conseguir o apoio dos Duendes foi muito importante, e nessa reunião seria discutido o rumo que a ordem tomaria a partir de então. Só que...

- Só que seqüestraram o Gui e então todas as certezas foram deixadas de lado.- concluiu Hermione a campainha tocou mais uma vez.

- É!- disse Lupin.

- Mesmo assim.- insistiu Rony.- Ele ainda não voltou.

- Antes não tínhamos certeza sobre o paradeiro dele. Só a carta, mas ela podia ser falsa.- disse Lupin.- Mas agora, com o que o filho do Malfoy deixou escapar, parece que ficou mais seguro montar uma operação de resgate.

A campainha tocou novamente.

- Uma operação de resgate!- repetiu Rony parecendo levemente fascinado.
A cozinha ia se enchendo. A Ordem da Fênix era muito maior do que Harry imaginava. Pessoas como o Professor Flitwick, Tobias Bones e até o Sr. e a Sra. Diggory apareceram.

- Os pais de Cedrico.- disse Harry ao vê-los entrar.

- Eles procuraram Arthur, no ministério logo depois que você deu aquela entrevista ao Pasquim. Dizem que vão vingar a morte do filho.- explicou Lupin.

E mais uma vez a campainha tocou.

- E o Monstro?- perguntou Hermione de repente.

- Ah, o maldito Monstro!- disse Lupin.

- Vocês não decapitaram ele, ou...?- perguntou Hermione parecendo aterrorizada com a idéia.

- Ah! Não.- disse Lupin dando um sorriso maldoso. Ele merecia algo pior.

- E o que fizeram?- perguntou Hermione.

- Vocês devem se lembrar do velho malão do Moody.- disse Lupin.- Ele foi deixado lá, ao lado de inúmeras fotografias do seu querido Sirius.

- Ele merecia morrer.- disse Harry entredentes.

- Ele não durará muito, Harry.- disse Lupin.- Não há meio dele sair de lá.

- Seria melhor matá-lo de uma vez do que deixá-lo definhar durante um longo tempo, ou até enlouquecer. Que crueldade!- disse Hermione.- Como a cabeça das pessoas mudam rapidamente, Lupin! Lembro-me perfeitamente de estar discutindo sobre o modo como são tratados os elfos, e lembro-me também que você concordava comigo na maioria dos pontos que ressaltei. E agora me conta que foi a favor de trancar o pobre coitado do Monstro naquele malão!

- Foi por culpa do coitado do monstro que Sirius morreu Hermione!- trovejou Harry vendo com certo fascínio Fleur Delacour entrar.
Hermione abriu a boca para falar mas então seus olhos se arregalaram.

- Sra. Longbotton!- foi o que ela disse.

Harry, Remo e Lupin olharam imediatamente para a direção onde Hermione estivera olhando.

- O que ela está fazendo aqui?- perguntou Rony.

- Com licença.- pediu Lupin se levantando.

- Ei! Crianças.- Chamou a Sra. Weasley. O trio olhou para ela, e só então notaram que Gina havia se separado de Fred e Tonks e estava parada ao lado da mãe parecendo indignada.- Acho que está na hora de vocês irem para a cama.

- Aff!- fez Rony.- “Uma reunião da Ordem não é lugar para vocês!” Até quando vou ter que escutar isso?

- Andem! Dumbledore já deve estar chegando.- disse a Sra. Weasley ignorando a pergunta de Rony.

- Mas mamãe, porque Fred e Jorge vão poder assistir a reunião?- retrucou Gina.

- Porque eles já tem idade suficiente.- disse a Sra. Weasley enquanto os empurrava para fora da cozinha.

Ao chegar na porta eles passaram por Lupin, Moody e a Sra. Longbotton que conversavam sérios.

- Neville!- disse Rony assim que eles alcançaram a escada.

O garoto estava assentada no terceiro degrau da escada e olhava, parecendo desanimado, para um pedaço de pergaminho.

- Ah! Oi!- disse ele.- Como estão? Então é aqui que vocês têm se escondido durante as férias, não?

A campainha tocou novamente.

- Vamos subir, vamos.- disse Hermione começando a subir as escadas.

Logo eles estavam acomodados no quarto de Harry e Rony.

- Você parece desanimado, Neville, o que foi?- perguntou Gina olhando para o garoto que estava muito diferente desde o dia anterior.

- Veja.- disse ele esticando o pergaminho.- É o resultado dos meus N.O.N.s.

Gina olhou o papel e tentou não deixar escapar nada. E ele foi passando de mão em mão até chegar em Harry.


Adivinhação - Aceitável

Astronomia - Aceitável

Defesa contra as Artes das Trevas - Excede expectativas

Feitiços - Aceitável

Herbologia - Impressionante

História da Magia - Aceitável

Poções - Aceitável

Transfiguração - Aceitável

Trato das Criaturas Mágicas - Aceitável

Runas antigas- Aceitável


- Bom, ao menos você não tirou nenhum lamentável.- tentou consolar Harry.

- Hmm. Que carreira você pretende seguir?- perguntou Hermione.

- Acho que nada combina muito comigo, mas eu acabei me decidindo por me tornar um curandeiro.- disse o garoto ainda infeliz.

- Você precisaria de excede expectativas em Herbologia, Poções, Tranfigurações, Feitiços e Defesa contra as artes das trevas.- despejou Hermione.

- Você por acaso decorou os livretos de orientação vocacional?- perguntou Rony olhando pra ela com uma das sobrancelhas erguidas.

- Bom, quase.- respondeu Hermione.

- Parece meio impossível, não?- perguntou Neville olhando pra ela.

- Bom nada chega a ser impossível.- disse Gina.- Pense, você já tem trinta e trinta porcento da nota total que precisa.

- Mas você ainda tem dois anos pra recuperar.- disse Hermione.- Se fizer um bom N.I.E.N.s você irá longe.

- É!- concordou Neville.

- Mas porque você foi escolher logo Medicina bruxa?- perguntou Hermione.

- Vovó me perguntou a mesma coisa.- disse Neville.- Acho que ela não acredita que eu vá muito longe. Ela sempre diz que eu acabaria me dando bem como professor de Herbologia. Mas, quem sabe eu não conseguiria me dar bem como um curandeiro...

Ele fez uma pausa e olhou para o chão. Harry então se lembrou de quando eles encontraram Neville em uma visita aos seus pais. Hermione pareceu ter se lembrado disso também pois mudou de assunto rapidamente.

- Mas, eu não sabia que a sua avó fazia parte da Ordem.- disse ela.

- Ela não fazia.- disse Neville.- Ela sempre disse que o maior erro dela foi ter deixado papai se tornar auror e entrar pra ordem.

- Mas então...?- perguntou Gina.

- Ela decidiu procurar Dumbledore ontem à noite.- interrompeu Neville.- Depois que partimos do Beco Diagonal fomos a St. Mungus, para que eu pudesse ver meus pais antes de voltar a Hogwarts. Sabe, sempre que os visito eu conto uma história a eles. Às vezes histórias de livros trouxas. Às vezes histórias que eu ouvi de outra pessoa. Às vezes as histórias sobre o Harry, só que dessa vez foi diferente.- Neville sorriu todos o ouviam atentamente.- Dessa vez eu tinha A MINHA história pra contar, mesmo que eu não fosse um herói, mas eu contei a eles sobre a nossa ida ao ministério.

Ouviu-se mais uma vez a campainha tocar.

- Estranho!- disse Gina.- Achei que a reunião já tinha começado.

- Continue Neville.- disse Hermione que estava séria.

- Sabe.- recomeçou o garoto.- Eles nunca prestam atenção nas histórias que conto. Quer dizer. Papai às vezes presta, principalmente quando falo de você, Harry, mas dessa vez foi diferente. Mamãe parou de brincar com a cortina ou com qualquer outra coisa e ficou me olhando, como se prestasse atenção em cada palavra minha. Aconteceram várias coisas estranhas, desde quando cheguei lá.- informou ele.- Comecei contando a eles como andava o mundo, como eu sempre fiz, contei que a Segunda guerra havia sido declarada. Quando disse isso vovó colocou a mão em meu ombro como se fosse um sinal para que eu não entrasse no assunto, e então papai tirou a mão dela dali, como se pedisse que eu prosseguisse.

“Assim eu comecei a contar a história, fiquei lá por algumas horas. O curandeiro já estava lá fazendo a sua visita vespertina quando eu terminei. E até ele se assustou quando mamãe falou.- ele sorriu novamente.- Há sete anos eles não faziam progresso.- completou.

- E o que ela falou?- perguntou Rony.

- Foram coisas sem muito nexo. Mas ela falou alguma coisa.- disse Neville.- Hm. Ela disse “Hogwarts, Ordem, Alvo Percival, varinha, Potter.”

- Que estranho.- exclamou Harry ao ouvir o próprio sobrenome.

- Vovó então procurou Dumbledore através do flu, e ele aconselhou que ela comparecesse a essa reunião.

TAC.

Todos se viraram para a direção de onde tinha vindo o barulho. Era Fred.

- Vocês não vão acreditar.- Disse ele parecendo exageradamente feliz.

- No que?- perguntou Rony.

Fred atravessou o quarto e abriu a porta. Encostado nela, do lado de fora estava um rapaz de rabo de cavalo ruivo e sardas no nariz.

- GUI!- gritou Gina que pulando por cima da cama de Rony correu até a porta e dependurou no pescoço do irmão.

- Oh! Gina!- disse ele, sua voz estava rouca e grave.- Que saudade eu estava de você!

- Como, como?- perguntou a garota.- Eles te libertaram? Como foi que você saiu de lá.

- Espere-o ao menos se assentar.- disse a voz da Sra. Weasley que vinha trazendo uma bandeja com uma sopa e um enorme copo de suco de abóbora.

Os dois entraram no quarto. Gui estava com uma aparência péssima. Estava bem mais magro do que na última vez que Harry o vira, os cabelos pareciam sujos, a barba estava grande e a roupa em farrapos.

TAC

Jorge também apareceu.

- Estão esperando você para recomeçar a reunião, Mamãe.- informou ele.

- Se precisar de alguma coisa, querido.- disse a Sra. Weasley beijando a testa do filho mais velho, e em seguida saiu fechando a porta do quarto.

- Senta aqui, Gui.- ofereceu Neville, se levantando da poltrona onde estava.

Gui assentou-se ali e ajeitou a bandeja no colo. Deu uma grande golada no suco de abóbora. Parecia muito cansado.

- Pensei que vocês logo me perguntaria como escapei.- disse ele.

- Não seja por isso maninho.- disse Fred sorrindo.- Como você escapou?

- Vou contar exatamente como foi para vocês ok?- disse ele. E então depois de tomar mais um pouco do suco ele começou sua narração.


Era um lugar sombrio. Parecia uma imensa masmorra. Não havia janela ou entrada de luz por ali. Talvez fosse simplesmente um imenso corredor subterrâneo que passava entre inúmeras celas. No começo do corredor havia uma escada que dava para um alçapão. Por este, naquele momento entrou um garoto de uns dezesseis anos. Muito parecido com o pai, o dono daquele lugar. Era alto, magro, pálido e louro, um ar imponente e impotente. Ele já havia se acostumado com aquilo. Às vezes era aquele garoto que lhe levava algo de comer.

Normalmente o insultava, falava mal de seus irmãos. Mas geralmente, depois das visitas do garoto, ele recebia visita de comensais da morte que o torturavam esperando extrair qualquer informação, mas estas, raramente saíam.

O garoto seguiu pelo corredor escuro segurando um prato com um pão e um copo de leite. Ele geralmente deixava o prato e o copo próximo à grade para que o prisioneiro, um Weasley, pegasse, mas dessa vez ele enfiou o braço pra dentro da sela e ficou esperando que Gui Weasley fosse apanhar. Este não se mexeu. Estava jogado a um canto e observava o recém chegado com os olhos cheio de ódio.

- Não vai pegar o seu jantar?- perguntou Draco Malfoy entredentes.

- Pode deixar ele aí.- respondeu Gui no mesmo tom de voz do garoto.

- Como você é otário!- disse Draco.- Ande! Pegue o prato na minha mão.

- Já disse pra você deixar aí.- insistiu Gui.

- Por Merlin! Como você é tapado!- disse Draco.- Antes eu achava que o seu irmão Rony Weasley era o campeão, mas vejo que você é pior!

- O que você tá querendo garoto?- perguntou Gui estranhando.

- Eu ainda estou na esperança de que você note que a minha varinha está quase caindo para fora da manga da minha roupa!- disse Draco.

Gui olhou para o braço dele ainda esticado com o prato, era verdade, a varinha dele estava visível ali.

- Porque você não a pega logo e me deixa dar o fora daqui antes que papai perceba o que estou fazendo?!- disse Draco.- Como você é lerdo!

Gui se levantou rapidamente. Era verdade, aquela era uma excelente oportunidade de fuga, mas e se fosse uma cilada?

- Como vou saber que não há comensais lá em cima me esperando?- perguntou Gui.

- Estão todos trancados no escritório!- disse Draco finalmente repousando o prato e o copo no chão.- Em reunião! Só mamãe está lá em cima.

- E se você der o alarme? Eu posso ser morto pela tentativa de fuga.- disse Gui.

- Eu se fosse você pegava a varinha logo antes que mamãe dê por minha falta.- disse Draco agora esticando a varinha para Gui.

Ele hesitou por um momento e então apanhou a mesma.

- Mas eu não sei como sair daqui.- disse Gui com sinceridade enquanto girava a varinha e murmurava Alorromora.

- Eu sei!- disse Draco.- Você vai me levar como refém.

- Então vamos logo.- disse Gui.

- Calma aí!- disse Draco, ele deu um passo pra trás e então deu um soco no nariz de Gui.

- AU!- fez Gui levando a mão ao nariz.

- Se eles nos pegarem tem de achar que ao menos eu tentei me defender.- disse Draco.- Agora vamos.

Depois de esfregar o nariz mais uma vez Gui entrou no espírito da coisa. Deu uma chave de braço em Draco, colocando a varinha em sua cabeça e os dois seguiram pelo corredor sombrio até a escada.

- Draco!- gritou uma mulher loura que estava assentada em um dos sofás da grande sala onde dava as escadas do alçapão. Parecia uma sala de visitas.

- Não se mecha ou o seu filinho vai sofres as conseqüências.- disse Gui apertando mais o pescoço de Draco.

- O que você quer?- perguntou ela meio que imóvel.- Deixe-o em paz.

- Estupefaça!- gritou Gui e Narcisa Malfoy caiu imóvel no chão.

- Não precisa apertar tanto!- gemeu Draco.

- Por onde a gente vai?- perguntou Gui.

- Atrás daquela tapeçaria tem uma passagem que dá no jardim!- disse Draco.

Gui prontamente caminhou até lá, assim que levantou a tapeçaria uma porta de pedra se abriu revelando um comprido corredor. Ele seguiu arrastando Malfoy por este até que algum tempo depois eles estavam em um enorme jardim.

- Me estupore aqui!- disse Draco.

- E como eu vou sair daqui?- perguntou Gui.

- Minha vassoura está atrás daquela árvore.- disse o garoto indicando uma figueira pouco a frente.- Vou dizer que você me arrastou até o quarto das vassouras e apanhou essa daí. Então me estuporou e fugiu.- completou.

Gui afrouxou a gravata, Draco ficou novamente ereto de pé.

- Estupefaça!- gritou Gui e Draco voou até colidir com a parede da casa e cair no chão, um filete de sangue escorria de sua cabeça.

- Conte à sua irmã sobre isso.- gemeu ele antes de desmaiar.

Gui mais do que rapidamente correu até a árvore, apanhou a Nimbus 2001 de Draco e ganhou os ares.


- E foi isso.- concluiu Gui.

- Caraca!- disse Jorge.- Então o babaca do Malfoy estava falando a verdade quando propôs pra Gina soltar você, Gui!

- Aquele otário!- concordou Rony.

- O Malfoy disse a você que faria isso, Gina?- perguntou Gui enchendo a boca de sopa em seguida.

- Sim.- disse Gina. E contou resumidamente o encontro que tivera com o garoto no mesmo dia.

- Garanto a vocês que ele está encrencado com o pai.- disse Gui depois.- Lucius Malfoy não vai aceitar facilmente que o filho dele deixou o prisioneiro fugir.

Gui ainda contou sobre o que passara na mansão dos Malfoy. Mais tarde um pouco, porém, a Sra. Weasley foi chamá-lo para a reunião, que acabou apenas duas horas mais tarde.

- Hora de jantar!- disse Fred pouco antes de aparatar.

A maioria dos bruxos que tinham participado da reunião já haviam partido. Restaram apenas Quim, Pordome (ele havia se safado de Azkaban assim que os dementadores deixaram a mesma.), Tonks e Moody, além dos Weasley, é claro, e de Fleur que agora estava a um canto conversando com Gui.

Harry jantou calado enquanto escutava a discussão de Hermione e Rony sobre o que é ser um bom monitor e quando finalmente Rony desistiu da briga Hermione voltou a explicar para Gina o que ela devia e o que não devia fazer. Algum tempo depois Harry pediu licença e foi para seu quarto.

Sentia muita falta de Sirius agora. Todos estavam alegres pela volta de Gui mas não parecia ter sentido ficar naquela casa sem Sirius. Começou a se lembrar de vários momentos ao lado do padrinho. De quando o conheceu, na casa dos gritos. Das conversas que eles tiveram durante o verão passado. Quando Sirius foi encontrá-los em uma caverna em Hogsmead. Das vezes em que Harry se arriscara para falar com o padrinho pela lareira de Umbridge. Do natal. Lembrou-se então do espelho que Sirius lhe dera na partida para se ele tivesse algum problema com Snape. “Se eu tivesse aberto aquilo antes.” Pensou. “Eu poderia tê-lo usado antes de ir para o ministério.” E então ele começou a se lembrar dos fatos mais recentes também. Do quarto de Sirius. Da notícia de Carlinhos sobre a possível inocentização de Sirius. E lembrou-se de Hermione e da noite anterior. Se ela tivera coragem de mexer nas coisas de Sirius porque ele também não teria?

Ele se levantou e se dirigiu para o quarto de Sirius, mas a porta estava trancada.

- Droga!- disse Harry. Não podia usar magia e sua varinha estava no quarto, resolveu tentar derrubá-la. Se jogou contra a mesma duas ou três vezes. Mas não obteve sucesso.


- Que barulho é este lá em cima?- perguntou a Carlinhos ao ouvir um baque.

Moody girou o olho mágico e viu Harry no corredor mais a cima.

- Harry parece estar querendo arrombar a porta do quarto de Sirius.- Respondeu Moody. Os dois estavam assentados em uma das pontas da mesa.

- Remo não a tinha destrancado?- perguntou Carlinhos.

- Sim.- disse Moody.- Mas ao que parece a penseira de Sirius andou trazendo problemas.

- Ah! Mamãe me contou, sobre Hermione não foi?- disse Carlinhos.- Sabe, eu tenho pena de Harry.

- Ele vai se conformar.- disse Moody fixando o olho mágico novamente para cima após ouvir um novo baque.

- Eu sei.- disse Carlinhos.- Mas não é só por isso. Sabe, eu nunca convivi muito com ele. Por estar sempre na Romênia. Mas ele não parece ser muito feliz. Acho que talvez pelo fato de ele ser órfão.

- O problema atual de Potter é Sirius.- disse Moody.- Sobre Tiago e Lílian ele já se conformou a muito.

Houve outro baque.

- Acho melhor alguém ir lá em cima ver o que está acontecendo.- disse Moody.

- Eu vou.- disse Carlinhos se levantando.

- Entrega isso a ele.- disse Moody tirando do bolso um envelope.- Diga que é uma coisa que Sirius me entregou pouco antes de morrer.

- Pode deixar.


Harry se jogou pela porta uma quarta vez e então viu Carlinhos aparecer pelo corredor.

- Você já está chamando a atenção das pessoas lá em baixo.- disse ele.

- Ah! Oi Carlinhos.- disse Harry.- Será que você poderia abrir essa porta pra mim?

- Bom, eu até poderia.- disse ele sorrindo.- Mas acho que mamãe não me deixaria vivo se eu fizesse isso

- Ela não precisa saber.- disse Harry.

- Prefiro não arriscar.- Disse Carlinhos.- Mas o que você quer aí?

- Nada.- disse Harry.

- Ah! Alguma coisa você quer.- disse Carlinhos.- Ou não estaria tentando entrar atoa.

- Tá! Tudo bem! Eu queria...- Harry hesitou, não sabia exatamente o que queria. Talvez quisesse levar algo dali, para lembrar de Sirius quando sentisse saudades.- Qualquer coisa...

- Qualquer coisa?- perguntou Carlinhos.

- È! Uma foto.- disse Harry.- é isso! Uma foto. Agora você pode abrir pra mim?

- Ainda não, pois se é uma foto o que você que acho que Moody leu seus pensamentos.- disse Carlinhos esticando o envelope para Harry.

- Ah! Hmm. Obrigado.- disse Harry.- Bom, eu acho que eu já vou indo ok? Boa noite. Sabe, tenho que terminar de arrumar as minhas coisas.- completou dando um jeito de sumir de vista rapidamente. Quando chegou em seu quarto, Rony ainda não estava lá.

- Droga!- disse Harry dando um soco na porta ao fechá-la. Depois jogou o envelope na cama de Rony e foi conferir se suas coisas estavam, realmente, todas prontas.


****


Hermione ouviu mais um baque vindo lá de cima. O que estaria acontecendo? Acompanhou então Carlinhos entrar novamente na cozinha e se juntar a Moody. Este girou o olho mágico para cima e Hermione pode ler em seus lábios a frase que ele disse em seguida. “Harry ainda tem muito o que aprender!” O que Harry teria dessa vez? Ela se levantou e já ia sair quando Gina a chamou.

- Já vai dormir Mione?- perguntou Gina.

- Hmm. Sim.- disse ela.

- Ah! Acho que vou com você.- disse Gina.

Hermione então deu um chiado parecido com o que Gina dava as vezes. Um chiado de gato.

- Ah!- disse Gina de repente.- Desisti. Rony, mas me dê agora a sua versão sobre o que é ser um monitor.

- Ah lógico.- disse Rony olhando para Hermione e sorrindo.- Garanto que é bem mais fácil do que a Mione disse.

Esta por sua vez seguiu veloz até o quarto de Harry. Encontrando o ultimo polindo o cabo de sua Firebolt.

- Não vi você saindo do jantar.- disse Hermione se assentando na cama de Rony.

- Eu quis sair sem ser notado.- disse ele.

- Era você quem estava fazendo aqueles barulhos?- perguntou ela apanhando o envelope e o examinando.

- Hmm.- disse Harry.- O monstro não devia ser.

- Não precisa ficar irritado.- disse Hermione.

- Eu não estou irritado com você.- respondeu Harry.

- Com o que então?- perguntou a garota.

- Estou irritado com as pessoas que resolveram trancar o quarto de Sirius.- disse Harry.

- Aquilo era você tentando arrombar a porta?- perguntou Hermione abrindo o envelope.

- Oh! Como você descobriu?- perguntou Harry sem olhar pra ela esfregando o cabo da Firebolt com certa violência agora.

- Olha Harry, eu sei que você está se segurando para não soltar algo do tipo “ e a culpa foi sua!” mas...

- Parece que a viagem na penseira não afetou seu cérebro não é mesmo?- disse ele dando um sorriso amarelo.- Você continua inteligente como sempre!

- È!- disse Hermione.- Parece que eu não deixo que coisas tão frívolas afetem a minha cabeça.

- Você acha que é fútil sofrer com a falta de uma pessoa querida não é mesmo? Você nunca perdeu ninguém!- despejou Harry.

- Fico impressionada como nos últimos tempos você tem comprado brigas, Harry!- disse Hermione lendo atentamente o pergaminho que tirara de dentro do envelope.- Mas bem, você está certo, eu nunca perdi ninguém tão querido como o Sirius era pra você, mas eu não preciso passar pela experiência para poder lhe garantir que eu sei exatamente como você está se sentindo.

- Como você pode saber se nunca sentiu o que eu estou sentindo?- perguntou Harry.

- Eu observo as pessoas.- disse Hermione calmamente.- E acho que você está prolongando demais o seu estado de luto.

- Ah! Lógico.- disse Harry.- Bom, vamos lá. Eu sou um garoto órfão, moro com meus adoráveis tios trouxas. Até aí ainda está tudo bem. Tem um cara por aí montando um exército para me exterminar. A única pessoa que podia me tirar da casa dos meus tios era o meu padrinho e bom, ele foi morto por uma maldita mulher do exército do cara que quer me matar. Começou a piorar não é?

- Hm.- fez Hermione.- Continue, quem sabe você não me convence de que tem razão por sair atacando todos que chegam perto de você.

- Pois bem.- disse Harry largando a Firebolt e ficando em pé.- Vamos continuar. Já falei que estamos em guerra? Então, estamos em guerra. E as pessoas que não me olham com cara de quem diz “não acredito! Ele existe!” ou me odeiam ou sentem inveja de mim. Na verdade eu não sei como podem sentir inveja, pois minha vida é uma bosta.- Ele parou esperando um comentário de Hermione, como ela não se pronunciou ele continuou.- Ah! E tem o fato de que eu sem querer meti os meus amigos nessa fria também. E que eu tenho estado irritado com isso tudo a tal ponto que nesse momento estou brigando com minha namorada como se ela tivesse culpa de tudo isso.

Hermione não conseguiu deixar de escapar um pequeno sorriso. No final das crises de Harry sempre vinha alguma coisa como aquela última frase. Poderia talvez retribuir mas tinha outra coisa mais importante para dizer.

- Harry você leu isto daqui?- perguntou ela erguendo o envelope.

- Não.- disse ele se deixando cair em sua cama como que decepcionado por ela não ter correspondido.

- Escuta.- disse ela.- Parece uma carta de Sirius. Está datada em 28 de fevereiro. “Caro Alastor, ando preocupado com Harry, você sabe, ele é tão cabeça dura quanto ao pai, e não acho que ele vá levar essa coisa de oclumência a sério. Tenho medo de que Voldemort possa levá-lo a fazer qualquer coisa impulsivamente. Você e Dumbledore sempre disseram que eu e Tiago nos parecíamos até nos defeitos. E bom, Harry puxou este de seu pai.“

- Eu não sabia que isso era de Sirius.- disse Harry se curvando pra frente.- Continue.

- “Tenho me preocupado com o garoto ainda mais após a fuga em massa de Azkaban. Temo também pela ordem. Belatriz conhece os segredos desta casa tanto quanto eu. E mesmo ela estando protegida por um segredo nada podemos garantir. E tem também o elfo doméstico de mamãe. Eu sou o parente mais próximo de sua antiga dona mas ele era uma espécie de fã de Belatriz.”- Hermione fez uma pausa.- “E voltando ao Harry, tem aquela Umbridge em Hogwarts. Da última vez ela não era um comensal, mas era como meus pais. A favor da purificação, porém temerosa a respeito do que seria o mundo quando Voldemort assumisse o poder. Talvez seja uma grande bobagem minha, mas acho que com ela em Hogwarts, a vida de Harry estará muito mais complicada do que parece. Digo isto pois as coisas podem se fundir em uma hora indevida. Após a fuga dos Comensais a Guerra parece cada vez mais próxima e real. E temo por todos nós, principalmente por Harry. Anexei uma fotografia. Sei que você gosta de guardá-las. Fique com ela pra você mas na condição de que, se algo me acontecer, não um ferimento tolo qualquer. Eu digo, se algo de realmente grave me acontecer, eu sei que Harry não se conformará facilmente. Então lhe dê a foto, como um consolo. Sei que estou parecendo um adolescente idiota que teme o dia de amanhã, que teme a morte. Não! Eu não a temo. Temo apenas por Harry. E alguma coisa nos últimos dias tem me feito pensar que eu não duro muito mais. Sempre, Sirius Black.”

- Deixa eu dar uma olhada nisso.- disse Harry meio boquiaberto.- é a letra de Sirius, mas, bem, pode ser falsa.

- Porque Moody faria uma carta falsa de Sirius?- perguntou Hermione.

- Sei lá. Todos parecem querer me obrigar a encontrar a conformação.- disse Harry.

- Eles não chegariam a esse ponto.- disse Hermione.

- Mas se isso for verdade...- disse Harry

- Era como se Sirius soubesse que ia morrer.- disse Hermione.

- Eu ia dizer isso.- disse Harry com certa simplicidade.

- E parece que ele já sabia exatamente como ia acontecer.- disse Hermione.

- Nem tanto.- disse Harry.

- È sim!- disse Hermione.- Veja, ele fala sobre a prática da oclumência, sobre a Umbridge complicar as coisas. Sobre o monstro.

- E sobre a maldita da Belatriz!- disse Harry no instante em que a porta do quarto se abriu.

- Pensei que já estivesse dormindo.- Disse Rony ao ver Hermione ali.

- Estávamos conversando.- disse Hermione. Rony fez cara de impaciência.- Mas agora eu vou mesmo.- completou Hermione se levantando.

- Vá com Deus.- disse Rony mal-humorado.

- Posso ficar com isso?- perguntou ela mostrando a carta.

- Sim.- disse Harry.

- Mas fica com a foto.- completou Hermione entregando a foto a Harry e saindo em seguida.

- Sobre o que vocês estavam falando?- perguntou Rony.

- Sobre os fatos recentes.- disse Harry.

- E o que era aquele papel?- perguntou Rony.

- Ah! Uma carta.- disse Harry.

- De quem?- perguntou Rony.

- Luna Lovegood.- mentiu Harry.

- Você se corresponde com ela?- perguntou Rony.

- Hm. Às vezes.- disse Harry.- Sabe, ela é uma boa pessoa.

- Lógico.- disse Rony meio incrédulo.


****


- Caraca.- disse Gina após ler a carta.- È como você disse. Ele definitivamente sabia que ia morrer.

- Harry não quis acreditar.- disse Hermione.- Disse que podia ser falsa.

- Moody não é pseudografico.- disse Gina.

- Eu pensei nisso. Você tem certeza?- disse Hermione.

- Bom. No verão passado ele me ajudou fazer uma lição sobre isso. E ele disse que conhecia um Pseudográfico.- disse Gina.- Acho que se ele fosse um teria dito.

- E quem era?- perguntou Hermione.

- A mãe de Neville. Alice Longbotton.- disse Gina.

- È um dom raro.- disse Hermione.- Tão raro quanto falar com cobras.

- Dizem que a fundadora da Corvinal tinha esse dom.- disse Gina.

- Lendas.- disse Hermione.- Bom, isso quer dizer que existem pouquíssimas chances da carta ser falsa.

- Mas, se Sirius realmente sabia que ia morrer, porque não fez nada para mudar isso?- perguntou Gina.

- Não são muitas pessoas que acreditam nessas coisas de premonição.- disse Hermione.- E Sirius não era uma dessas. E como ele próprio disse na carta: Ele não temia a morte.

- Ele foi o primeiro.- disse Gina.

- De muitos.- completou Hermione.

- O que você quer dizer?- perguntou Gina.

- Oras Gina.- disse Hermione.- Você ainda não parou pra pensar que muitas pessoas ainda vão morrer?

- Já, quer dizer, mais ou menos.- disse Gina parecendo confusa.

- Praticamente metade da antiga ordem morreu.- disse Hermione.

- Mas dessa vez pode ser diferente. Quer dizer...- Gina fez uma pausa e engoliu em seco.- Você não está querendo dizer que...está?

- Talvez.- disse Hermione.

- Nada ruim vai acontecer Mione, deve-se sempre pensar positivo.

- Já aconteceu Gina.- disse Hermione séria.- E o Sirius?

- Foi uma coisa, uma acidente, apenas.- disse Gina.

- Não, não foi.- disse Hermione.- Sabe, eu tenho observado muito as pessoas nesses últimos quatro dias.

- Pessoas?

- Você, o Rony, os Gêmeos e o próprio Harry.- disse Hermione.- Acho que nem o Harry têm noção do que vai acontecer daqui pra frente.

- Do que você está falando?- perguntou Gina parecendo levemente apavorada.

- Eu vou lhe mostrar.- disse Hermione se levantando. Ela foi até o malão já arrumado e tirou um pequeno caderno de lá.- Eu estive colhendo alguns fatos. Desde o verão passado.

- Fatos?- perguntou Gina.

- Sobre a Ordem.- disse Hermione abrindo o caderno.- Moody me deu várias informações valiosas, e até algumas fotografias. Se eu organizar tudo isso terei um bom livro sobre o que é a Ordem da Fênix.

- Você...- disse Gina olhando o caderno.- Você está fazendo um livro?

- È! Mais ou menos.- disse Hermione.- Mas isso não importa agora, eu só queria te mostrar uma coisa.- e tirando a foto esfarrapada de Moody de dentro do caderno entregou-a a Gina.

- A Ordem possuía mais alguns integrantes, não eram muitos mais, mas era o que tinham, essa era como que a cabeça da Ordem. Como com Voldemort, ele tinha muitos seguidores mas havia um grupo restrito deles, os Comensais. Dizem que havia vinte comensais para cada membro da “cabeça” Ordem.- disse Hermione como se narrasse um documentário. Ela abriu o caderno.

- Papai e Mamãe não faziam parte da cabeça da ordem. Eram seguidores, porém já tinham seis filhos na época e esperavam o sétimo, Papai não quis arriscar a família.- disse Gina.

- Moody me contou isso também.- disse Hermione.- Vou ler os nomes das pessoas que estão na foto pra você, mas não está na ordem da foto, e sim em ordem alfabética.

- Hm. Ok.- disse Gina.

“Hm. Sirius Black, não foi morto durante a primeira guerra, mas não escapou dessa. Amélia Bones, ela ainda está viva, é a tia de Susana Bones, ela fazia parte da AD; O irmão dela, Edgar Bones, ele foi morto assim como toda sua família. Elphias Doge. Dédalo Diggle, Aberforth Dumbledore, Harry me contou que o encontrou em Greelin, e que ele era o barman do Cabeça de Javali. Alvo Dumbledore, Caradoc Deraborn, Benjy Febwick, foi morto e só encontraram alguns pedaços de seu corpo; Rúbeo Hagrid. Frank e Alice Longbotton, são os pais de Neville, você sabe o que aconteceu com eles...”

Hermione virou uma página.

- Remo Lupin, Marlene Mckinnon, foi morta junto de toda a sua família, Dorcas Meadowes que foi morta por Voldemort em pessoa. Alastor Moody, Pedro Petigrew, era um traidor. Estúrgio Podmore, Lílian e Tiago Potter, foram mortos também pessoalmente por Voldemort, Gideron Prewett, fora necessários sei comensais para matar ele e o irmão Fabian, morreram como heróis.- Hermione fez uma pausa.- Concluindo: metade da antiga ordem foi morta.

- Mas...- disse Gina.- Dessa vez é diferente, a ordem é bem mais numerosa!

- Não, Gina! Não é.- disse Hermione.

- Você viu quantas pessoas estiveram aqui hoje?- perguntou Gina.

- Aquelas são as pessoas que estão do lado da Ordem. Ou você realmente acha que a Sra. Longbotton vai arriscar a sua vida?- perguntou Hermione.

- Mas, você está tentando me dizer que os meus irmãos vão todos morrer?- perguntou Gina.

- Não sei.- disse Hermione.- Mas gostaria que você estivesse preparada. Não vai ser legal você ficar igual ao Harry.

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Comentários (1)

  • Lílian Malfoy

    Tive que para no meio da minha leitura pra comentar. Estou amaaaaaaaaaaando a fic! To lendo agora a parte quando o gui conta como escapou e meu coração ficou até apreensivo pra saber o que ele ia falar hahaha. Muito boa a fic meeesmo. Estou lendo ansiosa pra ler os proximos caps. tbm!

    2011-07-08
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