Começando a Interpretar (Dias
-A besta dupla pode se referir ao número da mesma. É o 666 – informou Jill, sumida em um livro enorme – mas não tenho idéia do que significa “A besta dupla se consuma”. Talvez tenha sido mal traduzido.
-Não! Isso é impossível! – exclamou Hermione, começando a se frustrar de novo e lendo outro grosso livro – Não foi mal traduzido. Bem, aqui temos algo mais. “A escuridão avança geralmente tem a ver com um período de escuridão interna, mental ou com magia negra”. – leu ela.
-Aqui tem algo. A corrente em quem tem duas energias pode ser clarividente ou escolhido com duplo sangue. – Harry leu.
-As jovens almas; se refere a crianças ou jovens. Agora o que eu penso, o Babylonnium complicou as coisas. Isto estava simplificado.
-Hum... – Hermione disse – Acho que você tem razão Jill. Além do mais... Esperem! Rony, abra a porta pra eu entrar quando voltar, por favor. Acho que tenho uma idéia!
-Hey! – exclamou Rony. Mione ia sem a capa invisível. Filch a encontraria, era o mais provável. E estar passeando no castelo às três da manhã era considerado grave. Mas não a alcançou para alertar: Hermione já tinha saído, batendo a porta. – Você não se dá conta de quantos problemas poderia ter!
-Você se preocupa muito com Mione – comentou Harry, irônico. De uns tempos pra cá, Rony repetia até em seus sonhos pra si mesmo que não gostava de Hermione, que eram somente amigos. Mas como ele não podia mentir pra si mesmo, Harry notava que ele ficava olhando abobado Hermione. Mesmo que Harry não dissesse nada, não podia. Estes dias sem Gina estavam sendo insuportáveis... Queria ouvir sua voz o chamando... Ela acariciando seus cabelos...
-Harry? Está aí? Olá? Está vivo? – começou Jill, ao ver Harry tão abobado, ela passava as mãos diante de seus olhos.
-O quê? – ele perguntou ainda desnorteado.
-Hermione já chegou com se livro. – anunciou Rony, escutando um golpe que vinha do alto da escada (Quanto tempo Harry ficou dentro de seus pensamentos?). Ele subiu as escadas e abriu a porta. Ela estava com o cabelo mais desajeitado do que o normal e notava-se que ela tinha corrido.
-Filch... Quase... Me pega... – começou – Madame Nor-r-ra... Me seguiu... Consegui sumir de vista dela nas masmorras.
Hermione entrou e eles desceram. Lá embaixo, Hermione pegou uma cadeira e estendeu um livro sobre a mesa. Ela começou a folheá-lo, procurando algo. Jill perguntou de que livro se tratava e Hermione, sem deixar de ler, levantou ele para que eles o vissem.
-Técnicas trouxas de espionagem internacional? E pra quê isso vai nos servir? – perguntou Rony, com um olhar cético.
Cinco da manhã... Rony e Harry acabaram dormindo na cadeira mesmo. Somente Hermione e Jill continuavam lutando contra o cansaço, procurando algo naquele enorme livro.
-Acha que devemos dizer-lhes para que abandonem a busca? – perguntou Jill – não podem continuar... Não tem pique pra madrugar, nota-se isso. Estão mortos de cansaço.
-Hum... – respondeu Hermione, enquanto pensava. – Tem razão. Menos mal que hoje é... Que dia é hoje?
-Segunda-feira. – respondeu Jill. As duas se olharam assustadas, segunda-feira... Snape na primeira hora – ai mãe... Snape!
De repente, Mione pareceu lembrar de algo que levava desde alguns dias em seu bolso. Os tirou do bolso e para surpresa de Jill, um sorriso apareceu em seu rosto.
-Por quê sorri? – assombrou-se Jill – Isso não é pra rir!
-Poção Requivem. – sussurou Hermione – Uma dose vale por oito horas de sono.
-Óóóóóóó! Grande! – exclamou Jill, admirada – e eles? – perguntou apontando pros garotos dormindo.
-É só lhes dar uma dose. Eles precisam. Depois você toma uma e deixe que eu durma.
Jill pegou o pequeno frasco e foi até os garotos, lhes dando uma dose, cada um. O grande problema foi que só sobrou poção pra uma pessoa no frasco.
-Tome você – disse Jill – eu estou mais acostumada a não dormir nada.
-Mas você já tem muitos problemas com Snape. E se você dormir durante a aula?
-As aulas começam as nove e meia. Posso dormir um tempinho. E enquanto a Snape... Não tenho medo. – Hermione mordeu um lábio ao escutar isso.
-Não se meta com um professor Jill. É... Perigoso, dizendo de alguma forma. Ele pode te expulsar.
-Que o professor não se meta com Djilah Sadjib e será melhor pra você tomar a poção Mione. – retrucou Jill, um pouco furiosa, mesmo sabendo que Hermione tinha mais razão que ela.
Elas fizeram como Jill propôs, mesmo que Mione não gostasse da idéia de deixar uma amiga com problemas. Quando desceram ao refeitório, já era mais tarde do que o normal. Foram para as masmorras depois, pra aula de Snape e parecia que Jill ia dormir enquanto caminhava, ou algo assim. Abriram a porta da masmorra e...
-Bom dia alunos. Vocês chegaram dois minutos atrasados, mas os deixarei passar dessa vez. Vamos.
O professor Camus lhes indicou que entrassem e depois que cada um se sentou em seu lugar, começou a aula. Mione tinha uma dúvida e levantou a mão.
-Sim Hermione? – perguntou o professor.
-Mike, sabe onde foi Sna... O professor Snape? – perguntou a professora. A pergunta não incomodou o professor, mas o que incomodou o professor (Que estava de cara fechada) foi Sellers sussurrando: “Eu mesmo pergunto... O que faz esse sangue-sujo ensinando?”
-Vinte pontos a menos para Sonserina por ser tão implicante Franz. E Hermione, o professor Snape teve alguns problemas sérios... Contraiu uma doença trouxa, câncer se eu não me engano, e pediu umas férias.
-Ah – disse Mione – desculpe...
-Não tem importância – Mike sorriu amavelmente. Nesse momento se escutou um ruído de algo batendo na madeira. Todos se viraram. Era Jill que tinha dormido e deixou a cabeça cair na mesa, como se fosse uma almofada. Mike foi até ela e mexeu num braço dela, mas só conseguiu que ela se virasse pro outro lado. Sellers e os sonserinos estavam mortos de rir.
-Jill... Acorda... – disse Mione, a mexendo no outro lado.
-Hmmm? – ela disse sonolenta.
-Você dormiu. – disse Mione. Jill terminou de acordar e exclamou:
-Ai! Minha cabeça! – toda sala a olhava. O professor olhou-a na cara e comentou:
-Seu aspecto não é bom Jill. Está se sentindo bem?
-Não Mike – exagerou Jill – me sento horrível... Dói... Minha cabeça está partida em duas. – Sellers murmurou “Farsante”, mas Camus se preocupou.
-Melhor que vá para a enfermaria Jill. Fará a sua prova na próxima aula. Harry, a acompanhe.
Uma vez fora das masmorras, Harry comentou sorrindo:
-Levo você a enfermaria ou prefere ir dormir?
-Não, não... O da cabeça foi um truque baixo, eu adimito... – bocejou – Mas necessitava. Volte para a aula Harry, posso ir sozinha.
-Ok. Pode ir sozinha mesmo?
-Menti alguma vez pra você?
-Não, só “omitiu”, como você disse. A propósito, é uma boa atriz.
-Sério?
-É... Se não te conhecesse, acreditaria que você estava com dor de cabeça. Agora vá dormir – Harry deu um empurrãozinho nela.
-Até o almoço – respondeu Jill, lhe piscando um olho. Harry desapareceu entre as masmorras e a garota subiu até a Sala Comunal. No fim das aulas (Até o horário do almoço), Harry, Rony e Hermione foram ver o que aconteceu com Jill, aproveitando a hora do almoço. Esta estava deitada em um dos vários sofás da Sala Comunal, com aspecto de ter dormido uma longa siesta e ter acordado faz pouco tempo.
-Olá – saudou ela.
-Olá Jill. O que foi sua dor de cabeça? – perguntaram Hermione e Rony em uníssono, Harry tapava a boca pra não rir.
-Não sejam sarcásticos... Apenas dormi bastante, mas acordei há uma hora. A propósito Harry, preciso falar com você a sós. Vocês não se incomodam não é? – perguntou a Hermione e Rony.
Rony e Hermione disseram que não com a cabeça e foram conversar num sofá longe desse, nas escadas. Harry perguntou a Jill:
-Bem, o que você tem de tão importante pra falar comigo?
-Falei com Gina – Jill foi direto ao ponto – e expliquei tudo. Ela me disse que quer falar com você agora mesmo. Está no quarto dela.
-Obrigado Jill – Harry deu um suspiro aliviado – Te devo uma hein?
-Que seja então – lhe respondeu Jill, sorrindo – é melhor que suba e não a faça esperar, isso é fatal pra uma garota.
Harry subiu as escadas correndo o mais rápido que podia até a porta que tinha o letreiro de “4º ano”. Gina estava sentada em sua cama, lhe esperando, mas não estava mais furiosa como na ultima vez. Seu rosto tinha uma expressão mais calma e serena, e ela parecia ansiosa para vê-lo.
-É... Oi Gina. – ele disse meio sem jeito.
-Olá Harry. Bem... Jill me disse que seria melhor escutar de você tudo o que se passa. Poderia me explicar? – ela estava um pouco nervosa.
Harry contou tudo sobre a profecia e o que faziam ultimamente, interpretando-a. Quando ele terminou de dizer, Gina estava muito pensativa e também parecia não saber o que dizer. Finalmente disse num tom de voz um pouco baixo.
-Eu... Me desculpe Harry. Acho que não devia ser tão ciumenta. Mas o que Marta Hoplett me disse... – Gina disse – me disse que você saía da sala Comunal durante a noite com Hermione e Jill, que voltava de manhã, que talvez a coisa que iam fazer era...
-Duas coisas – a cortou Harry amavelmente – Primeiro: o ciúme é normal, mostra o quanto amamos a pessoa, só não pode ser um ciúme possessivo. E segundo – ele mudou o tom de voz – Foi um pouco culpa minha também. Eu teria que ter dito tudo desde o começo. – se incomodou Harry.
Ela ficou se titubeando se devia dizer ou não o que passava na sua cabeça nesse momento. Decidiu que sim e disse um pouco hesitante:
-Bem... Eu... Senti muito a sua falta, sabe Harry? E me perguntava se você...
-Sim? – perguntou Harry, desejando com todas as suas forças que fosse o que ele pensava.
-Quer que nós voltemos?
Harry não respondeu, estava feliz demais para dizer alguma coisa. Gina ia voltar atrás, vendo que ele não dizia nada, mas Harry a tomou nos braços e lhe selou a boca com um beijo.
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