O penhasco, a floresta, a poça
No dia seguinte, Sírius levantou Harry duas horas antes do que ele queria.
-Levante garoto! Temos muitas coisas a fazer hoje!
Harry olhou Sírius mais detalhadamente do que na noite anterior. Sim, seu padrinho estava mais jovem do que na última vez. A liberdade parecia lhe fazer bem.
-Fazer o que Sírius? Hoje é sábado!
-Primeiro, tomar café da manhã, logo depois, terá a honra de conhecer o Vale comigo.
-Irá sair à luz do dia? – perguntou ele esquecendo da coruja que Sírius lhe mandara – Como cão, se é o que você quer dizer.
-Não, assim como você me vê mesmo. Já te disse que aqui sabem que sou inocente. Agora vá a sala de jantar que eu vou ao quarto despachar uma coruja para alguém.
-Para quem? – perguntou Harry curioso
-Desculpe, essa pessoa me pediu para não dizer quem é... Mas é coisa boa, em breve saberá.
Depois de Sírius despachar a coruja e eles tomarem café, Sírius mostrou a Harry todo o vale. Na luz do dia, a visão do vilarejo vista do penhasco era enorme, nos campos que se viam do alto do penhasco se viam algumas manchas escuras, provavelmente de brejo. Se escutava um barulho de água corrente e o canto de muitos pássaros.
-Esse é o penhasco e lá tem o vale. – começou a explicar Sírius – Vamos a floresta, como todo lugar mágico que se respeite... Tem um clima muito especial, próximo as montanhas que rodeiam o vale, há uma enorme floresta de clima tropical-frio, já sabe disso, com pinheiros e arvores cuneiformes... E se caminhar a oeste verá o Rio Anduin que ninguém sabe onde nasce, exceto eu. Agora, vamos até lá!
Eles caminharam um pouco até que chegaram a uma parte da floresta, onde Sírius se transformou em um cão negro para passar sem dificuldades entre as Trepadeiras. Harry passou pelas Trepadeiras e viu diante de si um “túnel” feita com a própria vegetação.
-Este “túnel” fui eu que fiz. Venho freqüentemente aqui, quando quero pensar e ficar sozinho. – disse Sirius – Mesmo que não acredite, às vezes eu me canso de ficar lá em casa. Acho que me acostumei a viver sem muita companhia.
Seguindo pelo túnel, caminharam por umas duas horas até que chegaram a uma clareira na floresta. Era um local lindo. Tinha um lago de água cristalina que descia de uma pequena cascata. E era rodeada de flores e ao lado do lago tinha uma pequena poça um pouco menor que o lago.
-O que está vendo é a Poça de Godric. De acordo com as lendas, aqui nasceu há mais ou menos mil anos Godric Gryffindor.
Um vapor saía da Poça. Harry meteu a mão na água da poça e notou que a temperatura estava agradável “Pena não ter aprendido a nadar” pensou. No momento em que ele pôs a mão na água, esta por uma fração de segundo adquiriu um leve resplendor, um brilho. Sírius o viu, mas não disse nada. Descansaram conversando durante um tempo. Sírius olhou em seu relógio (Harry instintivamente olhou para o seu e lembrou que ele não funcionava) e disse que era já de tarde. Fez aparecer do nada uns sanduíches e duas canecas de cerveja amanteigada. Ficaram no local até as cinco da tarde e fizeram o caminho de volta.
-Sírius, por que demorou muito? Pensei que poderia mostrar a Harry o novo colégio ainda hoje – Lhe disse Remus, meio seriamente, meio brincando mesmo, quando Harry e Sírius chegaram de volta as seis e meia da tarde.
-Remus, eu estava mostrando a Harry os arredores. Pode mostrar o colégio amanhã, certo?
-Vai ter de ser – suspirou Remus – Vão descansar, sei que demoraram muito, caminharam até demais.
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