Relacionamento perfeito?

Relacionamento perfeito?



Cap 23:Relacionamento perfeito?


“Ele estava na saída do Salão Comunal. Ele estava me esperando.”-falei, como se contasse uma história.


“Ah, meu Deus!”-berrou a Carmen, soltando um gritinho histérico.-“E o que aconteceu em seguida? Ele se declarou, mostrou um anel de brilhantes e te pediu em casamento?”


“Cale a boca, Carmen.”-foi tudo o que eu disse, irritada.-“Nós estamos em Hogwarts, se é que você não sabe.”


“Gina.”-ela disse, levantando uma sobrancelha.-“E você acha que eu não sei disso?”


“Ah, não sei.”-falei, de maneira bem cruel.-“Você poderia pensar que está no seu mundo cor de rosa com bolinhas azuis.”


Ela jogou o travesseiro em cima de mim.


“Você é tão cruel!”


“Eu estou falando a verdade. Sério mesmo, você acha que nós estamos onde? Porque é totalmente impossível que Draco Malfoy me peça em casamento.”


“E por que não? Você mudou a vida do cara, se é que você me entende.”


“Carmen, nós não estamos nem namorando, sabia? E eu acho que ele nem pensa nessa possibilidade.”


“Ah, Gina, não seja pessimista...”-e ao ver que eu não falara nada, a garota continuou.-“Apenas encare a realidade: você é uma Weasley e ele é um Malfoy!”


“Realmente, você faz tudo parecer muito mais fácil.”-ironizei.


Ela jogou o travesseiro e, então, perguntou:


“Mas o que aconteceu? O que o Malfoy fez?”


“Ele estava estranho.”-voltei, a contar a minha “história”.-“Ele estava mais monossilábico do que o normal.”


“Espera!”-falou a Carmen, alarmada.-“Você não está dizendo que ele estava estranho porque... ele queria terminar tudo.”


“Não.”-respondi, ouvindo a Carmen suspirar aliviada.-“E se ele fizesse isso?”


“Eu teria que aturar você chorando.”-falou a garota.-“Assim, eu não poderia sair com o Dino por sua causa.”


Rolei os olhos.


“Ele só falou: ‘essa sua mania de entrar em pânico enche o saco’ ou qualquer coisa do gênero”.


“E o que você fez??? Você o socou? Você falou que ele tinha problemas mentais?”-perguntou a garota.-“Mas espera! Você não pode falar que ele tem problemas mentais. Ele é lindo demais para ter problemas mentais, se é que você me entende.”


“Eu só ia falar que ele me beijou em seguida...”


“Você é que tem problemas mentais!!!”-berrou a garota se levantou.-“Por que você não falou logo??? Por que você deixou que eu entrasse em pânico por você?”


Dei de ombros.


“Ah, meu Merlin... ele te beijou. Ah, que coisa maravilhosa!”


“Já parou de me dar bronca?”-retruquei.


“Adiantaria alguma coisa? Sério, não adianta falar para você o que é o certo. Você nunca vai me obedecer.”


“Obrigada, Carmen.”-falei.-“Você realmente entendeu a essência.”


“Cruel.”-resmungou a morena.


“Sem broncas, esqueceu?”-respondi.


A garota apenas cruzou os braços, inconformada.


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Nós descemos para o almoço, crentes que seria um dia como qualquer outro. A Carmen voltara a falar comigo (perguntou se deveria passar um batom por causa do Thomas), mas quando nós chegamos no Salão Comunal nós percebemos.


Aquilo não era normal.


Podíamos ver as pessoas olhando apreensivas para os lados.


Algumas escrevendo cartas gigantescas. Outras apenas lendo um pedaço de papel, totalmente estarrecidas.


“Mas que diabos?”-falou a Carmen, tentando entender o que se passava.


“Não sei.”-sussurrei.-“Não é melhor nós sairmos?”


“Não.”-e apontou para Dino Thomas que estava sentado em um canto, ligeiramente verde.


“Ah, Merlin.”-falei, andando atrás da Carmen e vendo que o Thomas não estava nos vendo.


Isso é estranho.


Muito estranho.ape, totalmente estarrecidas.


“O que está acontecendo, Thomas?”-eu perguntei, cutucando o garoto.


Ele apenas viu que do meu lado estava Carmen Esperanza. Então, no instante seguinte, Dino a abraçou e disse:


“Ah, meu Deus!”


Desviei o olhar quando Thomas beijou a minha amiga. Eu realmente não merecia ver aquilo, merecia?


Porém, quando olhei para o lado, eu encontrei Harry me encarando de modo bem estranho.


“O que está acontecendo?”-perguntei, me aproximando do garoto.


Harry não estava mais com o olho roxo, porém, toda aquela apreensão ainda não desaparecera do seu rosto.


“Isto.”-e mostrou o pedaço de papel que muitas pessoas seguravam.


“Mas isto é o Profeta Diário.”-falei, lentamente.-“Edição Especial?”


“Apenas leia.”


Me sentei e pude ver que anunciavam na manchete principal:


Primeiro Ministro é encontrado morto.


Olhei para o garoto, estupefata e comecei a ler a notícia.


Rufo Scrimgeour é encontrado morto em sua casa. Os aurores receberam uma denúncia anônima, na noite de ontem, e foram confirmar. O Primeiro Ministro que ocupava desde o ano passado o cargo máximo, no lugar de Cornélio Fudge, era visto como a pessoa mais capacitada de ocupá-lo, tendo em vista o momento em que nos encontramos.


Os aurores afirmam que na casa de Scrimgeour não há nenhum sinal de arrombamento, também não foi encontrado nenhum sinal de violência, porém, ainda não foi revelada a causa da morte. A vizinhança está apreensiva e...”


“Ah, Merlin.”-falei, em um sussurro, não conseguindo terminar de ler.


“Eu sei.”-disse o garoto, tocando a cicatriz.


“Ela está doendo, não está?”


Harry desviou o olhar.


“Eu não posso me preocupar com isso, Gina.”-disse Harry, cruzando os braços.-“As pessoas estão correndo risco, agora.”


“Você fala como se soubesse alguma coisa.”-retruquei.


“Você viu quem é o novo Ministro?”


“Não. Não consegui ler a matéria inteira.”


“É Lestrange. Rodolfo Lestrange.”


Senti um grande arrepio. E uma grande revolta.


“Mas como assim?”-perguntei. -“Ele é um COMENSAL DA MORTE. Um comensal estúpido que ficou preso por não sei quanto tempo.”


“E daí?”


“Harry, você não está entendendo. Um Comensal da Morte é o nosso querido Primeiro-Ministro.”-falei, irônica.


“Você não entendeu.”-disse o garoto, sombriamente. -“Isto mostra que Voldemort...”-e nesse momento, eu prendi a respiração. -“... está no comando. Ele dita as ordens. Ele decide o que vai ser melhor para a população.”


Fiquei quieta.


“Você vai sair, não é?”-perguntei, encarando os meus próprios joelhos. -“Você, Rony e Hermione vão abandonar Hogwarts.”


“Nós não podemos continuar em Hogwarts, Gina.”-ele explicou, amargurado. -“Lestrange, ou melhor, Voldemort no poder vai fazer com que todos os mestiços, nascidos trouxas e os que defendem estes saíam de Hogwarts. Só que você sabe o que vai acontecer com essas pessoas.”


Apenas olhei para os meus joelhos, então, Harry continuou:


“Não tenho mais nenhum motivo de continuar aqui, Gina.”


“E as pessoas de Hogwarts que contam com você?”


“Eu não posso, está bem? Eu tenho que sair. E não é só por mim.”


Cruzei os braços, contrariada.


“E seria melhor se você saísse também.”


“Você acha que eu REALMENTE faria isso, Harry Potter?”-falei, descontrolada. -“Nós simplesmente não podemos deixar que eles entrem em Hogwarts e façam o que eles bem entendem com os alunos.”


“Eu tenho uma missão.”-ele falou, tentando encerrar o assunto. -“Se despeça de Rony e Hermione hoje.”


“Vocês...”


“Amanhã de manhã.”-ele falou.


“E se eu fosse?”


“Você o largaria?”-perguntou Harry, levantando a sobrancelha. -“Ou você acha que você poderia levá-lo com você?”


“Harry, por favor!”-eu falei, exasperada.


“Seria muito surreal se ele fosse, não acha?”


“Ele não iria.”


“Por quê?”-perguntou, Harry. -“Você faz tudo por ele... ele não pode fazer alguma coisa por você?”


Encarei o garoto, por um momento, para depois dizer:


“Você não entende.”


Harry apenas balançou a cabeça e se levantou.


E antes que eu pudesse fazer mais alguma coisa, ele pegou a Capa de Invisibilidade e a vestiu.


Suspirei e afundei mais um pouco na poltrona.


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“Você e o Harry...”-começou a Carmen, me encarando de maneira esquisita.


“Não comece.”-falei.


“Eu só ia dizer que ele parecia bem infeliz com você.”-explicou a garota. -“Vocês brigaram?”


“Ele não entende.”-disse, dando de ombros.


“Por causa do Malfoy?”-perguntou a garota, bem baixinho.


“Harry, Rony e Hermione vão sair de Hogwarts.”-sussurrei de volta. -“E eu perguntei se eu não poderia ir...”


“Você não me abandonaria em Hogwarts, Gina Weasley!”-ameaçou a garota.


“Você é sangue-puro, tolinha.”-retruquei. -“Você não corre perigo.”


“Você é sangue-puro também, idiota.”


“Eu sou amante de trouxas.”-falei, com uma careta. -“Isso é igual a ser nascida trouxa e ‘conseguir’ ser bruxa.”


“Eu acho que posso ser chamada de amante de trouxas, Gina.”-disse a Carmen, preocupada.


“E posso saber por quê?”-perguntei. -“Por acaso, o seu pai tem uma coleção de objetos trouxas? Como motores de carro, de moto ou sei lá o quê?”-ao ver a cara da minha amiga, eu lembrei. -“Ops, desculpe, Carmen. Eu esqueci do seu pai.”


Ela fez um sinal de indiferença.


“É o Dino.”


“E o que diabos tem o Thomas?”


“Ele é trouxa.”


“Ah, mas você acha que ele vai...”-só que antes que eu pudesse falar ‘fugir’, a garota me interrompeu e disse:


“Ele não pode fazer isso.”-gemeu a garota. -“Justo agora que o nosso relacionamento está chegando a um patamar considerado perfeito!”


“Você não está entendendo.”-eu falei, exasperada. -“As pessoas estão pensando em sobrevivência. E não em relacionamentos quase perfeitos!”


“Você é que não está entendendo, Gina.”-disse a garota, também exasperada. -“Eu morro se o meu relacionamento não for perfeito.”


“Não existem relacionamentos perfeitos.”-falei, categoricamente.


“Se você é traumatizada por causa dos seus relacionamentos, eu não posso fazer nada.”


“Eu não sou traumatizada...”


“Miguel Corner...”-começou a garota.-“Te trocou pela Cho Chang.”


“Carmen, ele não fez isso!”


“Ah, não. Ele só a consolou um pouquinho porque eles perderam a partida de quadribol.”


“Ótimo.”-eu falei, amargurada. -“Talvez ele tenha feito isso.”


“Dino Thomas... você o largou porque ele não era Harry Potter.”


“E também porque ele é um egocêntrico, idiota e imbecil.”-completei. -“Agora, pense, Carmen, se eu não tivesse terminado com o Thomas, eu poderia estar com aquilo, ainda. Então, nada de Dino, Carmen e relacionamento perfeito na mesma frase.”


“Você é tão má.”-falou a garota, estreitando os olhos. -“Mas vamos continuar a explicação de: Gina não tem uma vida amorosa perfeita, ok? O próximo é Harry Potter. Vocês terminaram por que mesmo?”


“Porque ele não pode salvar o mundo enquanto estivermos em um relacionamento porque ele acha que Você-Sabe-Quem pode me seqüestrar ou qualquer coisa do tipo.”-respondi, enojada.


“Ah sim, o típico comportamento de um herói.”-falou a Carmen, revirando os olhos.-“Sério, você fez uma péssima troca.”


Lancei um dos meus olhares raivosos.


“E o melhor de todos...”-falou a garota, ignorando o meu olhar e tentando fazer um suspense.


Como se eu não soubesse quem era o melhor de todos.


“Draco Malfoy.”-continuou a garota, ao ver a minha cara apática.-“Ah, qual é? Não me diga que você já sabia.”


“Ah, não.”-ironizei.-“Você estava apenas contando a minha vida. E você sabe que eu tive um surto e não lembro de mais nada e...”


“Não seja irônica, Weasley.”-interrompeu a garota.-“OK. Você pode estar a caminho de um relacionamento perfeito.”


“Eu não estou a caminho de um relacionamento, Carmen.”-argumentei. -“Eu não acho que eu posso falar que eu tenho num relacionamento com ele. E se eu não tenho um relacionamento, eu não posso considerá-lo perfeito.”


“Você se preocupa com esses pequenos detalhes.”-disse a garota. -“Pense apenas que você e ele estão se agarrando nas últimas semanas.”


“Mas isso não diz que estamos em um relacionamento.”


“Acho que diz que vocês podem TER um relacionamento.”


“Eu não consigo discutir com você.”-eu falei.-“Está certo. Eu sou um fracasso. E quer saber? Eu duvido que o meu relacionamento com o Malfoy tenha algum futuro.”


“E posso saber o porquê?”


“Responda: se eu falasse para Draco Malfoy lutar contra Você-Sabe-Quem, você acha que ele faria isso?”


Carmen hesitou.


Mas eu já sabia a resposta.


E isso não me agradava nenhum pouco.


“Mas você acha que o Dino fugiria?”-perguntou a garota, desviando de assunto.


Dei de ombros, porém, eu logo saberia.


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“O que você está tramando?”-eu perguntei, entrando na Sede do Jornal e fechando a porta.


“Por que você acha que eu vou fazer alguma coisa?”-ele falou. -“E sei lá, mas você não deveria estar almoçando, nesse momento?”


“Porque eu te conheço, espertinho.”-falei, sentando na cadeira em frente ao ‘editor’.-“E você não controla o meu horário de almoço.”


“OK.”-ele falou, se rendendo. -“É impossível manter uma discussão com você.”


“Eu sei.”-retruquei. -“Thomas, eu estive te procurando por não sei quanto tempo, então, é melhor você falar qual é o seu plano diabólico, OK?”


“E se eu falasse que eu não posso continuar aqui?”


“Você diz que você vai fugir?”


“Assim você me deixa com vergonha, Weasley...”


“Isso é vergonhoso!”


“Não veja desse jeito.”-disse Thomas, a voz bem fininha.


“Não veja desse jeito?”-eu repeti, incrédula demais. -“Você está dizendo que planeja fugir de Hogwarts e você acha que eu vou ver como?”


Thomas continuou sentado na cadeira, então, eu falei de modo mais calmo:


“E a Carmen?”


Dino apenas abaixou a cabeça.


“E se ela fosse junto?”-ele perguntou.


“Você está pirado.”-falei, indo em direção a porta.-“Você não pode simplesmente fugir só porque um cara lunático é o novo Ministro da Magia.”


“Você acha que eu deveria esperar?”


“É...”-eu falei, dando de ombros. -“Acho que o Lestrange não vai fazer nada.”


“Ah, não, Weasley.”-ironizou o editor. -“Ele só vai querer a cabeça dos estudantes de origem trouxa.”


“Então, você deveria ficar e lutar, não acha?”


“Você sabe qual é a probabilidade de, simplesmente, não existir mais Dino Thomas?”


“E você sabe qual é a probabilidade de você ser chamado de covarde a vida inteira?”


Thomas me lançou um olhar irritado.


“Já estou decidido.”


“Ótimo.”-falei, com a mão na maçaneta.-“Eu vou contar para a Carmen e...”


Só que antes que eu pudesse fazer mais alguma coisa, a porta se abriu.


E Carmen Esperanza entrou na Sede. Olhando para o Thomas com a expressão mais assassina que eu já tinha visto.


“Eu, ahn, acho que eu vou, é, como se diz mesmo?”-então, saí da Sede.


Nenhum dos dois notou.


Eu podia ver a cena se desenrolando. Eu podia sentir a raiva que Carmen Esperanza emanava, podia sentir todo medo do Dino Thomas.


E também podia ver toda a decepção no olhar da minha amiga.


“Não é bom andar sozinha pelos corredores.”-disse Draco Malfoy no meu ouvido, me puxando para uma sala vazia.


“Eu estou no meu horário de almoço.”-retruquei me distanciando de Malfoy.


“Ah, jura?”-e levantou uma sobrancelha.


Rolei os olhos como resposta.


“Que seja, Virginia.”


“Sério, o que você quer?”-perguntei. -“Por que eu estou precisando, desesperadamente, comer alguma coisa. E acho que ficar aqui, nessa sala com você, não vai tirar a minha fome.”


Ele só me encarou.


E então disse:


“Foge comigo.”


CONTINUA...


Escutando: Katharine McPhee- I lost you.


N/a: Olá pessoas!


Sim, eu sei, eu demorei muito, mas pensem assim:


EU ESTOU DE FÉRIAS!


Sim, eu não vou precisar pensar na minha escola até o dia 30 de janeiro.


Agora, voltando para a fic, por favor...


Foi um capítulo mais curto (peço as minhas desculpas), não tão engraçado, já que eu retomei a parte de: ‘nós estamos em uma guerra e tudo o mais’.


Ah sim, lembrando. Essa fic é ANTES de DH, assim, eu tentarei de todas as maneiras possíveis não colocar alguns fatos que apareceram em DH (não, não terá nenhum Escorpion e muito menos Alvo Severo ¬¬).


Ah, sim, por falar em DH, eu terminei o livro! Acabei comprando o traduzido (e a vergonha de ter TODOS os Harry Potters e faltar o sétimo?) e, até o epílogo, eu relevei as partes que eu considerei viajadas, mas no epílogo... eu tive um ataque histérico (e junto veio a vontade de voltar a livraria e pedir o dinheiro de volta oO).


Agradeço a Dóris Black (obrigada por AINDA acompanhar A espiã. Espero que você tenha gostado desse cap, OK? Beijooos!) e a Gabriela Slyterin (Eu também não sei como coloca fotos e capas no CAP, só sei colocar no menu mesmo XD. Bom, abandonar eu não abandono, mas demoro um pouquinho! Espero que você goste! Beijoos!)


Espero que vocês tenham gostado e espero, dessa vez, não demorar muito, OK?


Beijos


Anaisa

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