Nostálgico



Ela ria alto. Paris. Seu sonho. Lua de mel. Draco. Paris. Perfeito. Seu sonho. Ela ria mais. Mais e mais. Uma foto. Torre Einfel. Um casal. Beijos. Risos. Ela ria mais. Virginia. Paris. Um sonho? Ela beijava. Acariciava. Enlouquecia. Ela. Ele. Amor. Paixão. Lascívia. Paris. Virginia. Draco. Perfeito. Lago. Banheira. Cama. Amantes. Uma foto. Virginia. Ela ria alto. Cada vez mais. Olhares. Risos. Manhã. Tarde. Noite. Beijos. Proibido. Permitido. Virginia. Virginia. Virginia. Sozinho. Mentira. Loucura. Vontade. Linda. Draco. Lua de mel. Draco. Paris. Paris. Paris. Draco. Neve. Frio. Frio. Quente. Quente. Quente. Muito quente. Paixão. Toque. Aqui. Ali. Em todos os lugares. Fantasmas. Lembranças. Lua de mel. Romance. Amor. Virginia. Draco. Eterno.
Ela ria alto.
-
As lembranças da lua de mel povoaram minha mente ao ver um esboço de sorriso na minha filha. Minha filha. Quase Sarah. Vitória. O sorriso dela seria igual ao de Virginia. Isso era quase uma certeza. Virginia ria com a vida. Como se fosse seu ultimo sorriso. Era assim que ela estava marcada em minha memória. Sorrindo.
-
Ela apareceu ofegante na sala.
-Me atrasei – ela falou tentando controlar a respiração.
-Percebi.
Vê-la melhorava meu humor, mas eu não conseguia suportar seus atrasos, não por eles serem inadmissíveis de alguma forma irritante - nada em Virginia era inadmissível – mas porque cada atraso significava menos tempo juntos, quando nós já tínhamos tão pouco tempo.
Ela sorriu.
-Não fica assim, meu loiro lindo, foi por um bom motivo – ela se aproximou lentamente e tocou meu rosto.
-Que bom motivo – tentei parecer bravo, mas só consegui parecer apaixonado.
-Mais tarde... – e me beijou.
-
-Meu senhor, camas preparadas e moças verdes lá em cima, mas onde está senhora de Mikki?
A voz de Mikki invadiu meus ouvidos e minha cabeça voltou bruscamente a terra. Onde estava Virginia? Normalmente em meus braços, mas não. Agora ela não estava lá. Não mais. Como isso tinha acontecido? Senti um frio que nunca havia sentido na Mansão. O frio de Virginia. Da falta que ela fazia. Tudo lá parecia tão vazio sem ela. As paredes. Os quadros. As rosas. Tudo parecia chorar uma dor que não ia passar. Mas eu não podia chorar. Embora todo meu corpo implorasse por isso, eu tinha que ser forte. Por Vitória. Eu não podia derramar uma só lagrima mesmo com minha alma dilacerada, com meu coração em pedaços. Por Vitória.
-
-Calma, calma. – eu ria e ela ria também.
-Pra onde você ta me levando, Draco?
Seus olhos estavam vendados e eu a conduzia. Eu estava segurando suas duas mãos nas minhas e estava de frente pra ela. Olhando seu sorriso e seus passos. Ela ria de felicidade e excitação. Parecia com uma criança encantada com uma surpresa. Nada me pareceu mais lindo que aquele minuto.
-Agora tem só mais esse degrau. – ela levantou o pé e subiu o degrau.
-Posso tirar a venda?
-Não. Ainda não. – Abri a porta e a fiz passa na minha frente. Fechei a porta e abracei-a por trás, soltando a venda – Bem vinda a sua nova casa, futura Senhora Malfoy.
-
-Dispense as enfermeiras. Avise ao escritório que eu não irei trabalhar nas próximas semanas e diga que hoje tudo que me pertencer ficará parado. Nem os seguranças devem estar nas empresas Malfoy. Todos os elfos estão dispensados também. Eu não quero ser incomodado por ninguém e não pretendo sair de meu quarto. Virginia se foi.
Senti uma faca atravessar meu peito. Virginia se foi. Era triste, cruel, devastador admitir, mas era a única realidade, mesmo que minha mente se recusasse a admitir essa era a verdade e antes de minha morte eu teria de me conformar com ela.
Subi as escadas lentamente. Toneladas de lagrimas não derramadas me puxando para baixo, querendo me derrubar. Entrei no quarto. Virginia ainda estava lá. Nas fotos. Nos quadros. Na janela. No espelho. Nos lençóis. Rindo. Chamando-me. Me abraçando. Beijando-me. Dizendo que me amava em meu ouvido.
-
O quarto estava escuro, iluminado apenas pelos abajures ao lado da cama. Tudo parecia meio vermelho, mas a única coisa vermelha eram os cabelos de Virginia, que estava sentada na cama com pequenos papeis parecendo fotos. Cheguei mais perto e percebi que, de fato, eram fotos. Minhas e de Virginia. Virginia vestia apenas minha camisa e olhava pra cada uma como se as analisasse. Separando-as.
-O que você ta fazendo?
Sentei na beirada da cama. Tirei os sapatos e as meias. Atrás de mim peguei uma das fotos. Uma onde nós dois acenávamos bem agasalhados e abraçados nos protegendo do frio. Soltei a foto, tirei a gravata e o paletó. Levantei-me e olhei pra ela enquanto tirava o cinto.
- Um álbum – ela me respondeu ainda concentrada nas fotos.
Tirei a camisa e sentei perto dela abraçando-a.
-Um álbum pra que? Por que?
Ela olhou para mim e disse meio infantil:
-Porque eu te amo. – e beijou minha bochecha.
-
Coloquei Vitória na cama, ela ficou deitada com o olhar meio curioso voltado para mim e os braçinhos agitados no ar. Olhei ao redor. Tudo parecia muito “Virginia”. Eu estava acostumado a chegar e vê-la lá. Esperando-me. Irritada ou feliz. Ela estava sempre lá. E tudo lá me dizia “ela te ama”. Mas agora os objetos só diziam “ela não está aqui” como se eu ainda não o soubesse, como se pudesse doer mais. Tirei a camisa amassada e os sapatos. Permaneci de meia e calça. Deitei ao lado de Vitória e a olhei. Ela tinha olhos enormes e inquisidores.
-Então, Vitória, você quer saber sobre sua mãe?
Olhei para ela meio esperando uma resposta, mas ela não respondeu. Só continuou a me olhar com seus olhos de chocolate.
-Eu vou falar sobre ela. Você vai gostar de ouvir. Sua mãe era sensacional. O nome dela era Virginia e ela era ruiva como você e tinha olhos grandes e de chocolate como os seus e era pequenininha como você. Não tão pequenininha assim, cabendo na palma da minha mão. Mas ela cabia certinho nos meus braços. E ela tinha que se levantar para alcançar meu ombro. Ela era realmente pequenininha. Eu a chamava de pequenininha. Mas eu a chamava de muitas coisas. De bombom. De pequenininha. De minha rainha. Ela era muito magrinha também. E eu gostava de envolvê-la pela cintura num beijo. E o beijo dela era muito bom.
Peguei Vitória e a coloquei deitada em cima de mim. A cabeça encostada no meu peito.
- Às vezes parecia que ela ia morrer se não me beijasse e às vezes parecia indiferente a isso. A boca dela tinha gosto de tudo que existe de gostoso no mundo. E a voz dela? Era a melodia mais linda já ouvida. Se ela estivesse aqui você ia gostar até de tomar bronca dela de tão bonita que a voz dela era. Se ela estivesse aqui...
E novamente me lembrei do fato de que ela não estava. E me toquei de que eu e Vitória estávamos sós no mundo.Eu teria que cuidar dela sem saber de praticamente nada. Percebi que talvez fosse precisar de ajuda.
-
Cheguei em casa bem tarde e perguntei a Mikki onde Virginia estava quando não a encontrei no quarto. Ele disse que a senhora estava na sala lendo. Quando entrei na sala vi que ela estava povoada de livros. Tinham livros na mesinha perto da entrada, no centro, na estante, em cima da lareira, no tapete e em todo o sofá exceto num pequeno espaço onde Virginia estava sentada com um pequeno livrinho na mão.
-Sobre o que você ta lendo?
-Sobre bebês.
-E por que você ta lendo sobre bebês?
-Porque se eu vou cuidar de um bebê eu tenho que saber tudo sobre ele.
-E você vai cuidar do bebê de quem?
-Do seu.
Ahhhh, ela tinha mesmo que saber cuidar de bebês pra cuidar do bebê do...
-Do meu?
Ela olhou pra mim como se estivesse explicando pela milésima vez uma coisa muito fácil. Apontou para a própria barriga e disse:
-Do seu.
Eu olhei pra ela e ao redor. Peguei um dos livros no sofá e sentei.
-Esse aqui fala de que? – perguntei mostrando o livro na minha mão.
-Nomes.
-
Um barulho me trouxe de volta ao mundo real. Um barulho de confusão no andar de baixo. A porta se abriu e Blaise entrou. Eu deveria imaginar que ele estranharia o fechamento das empresas. Blaise era meu amigo há muito tempo. Ele era alto e tinha os cabelos castanhos e grandes e às vezes deixava a barba por fazer. Isso irritava muito Luna, sua esposa.
- Desculpe o barulho, mas seus elfos não me deixavam subir.
-Fui eu que dei essa ordem.
-Por que?
-Eu estou de luto.
-Então era verdade? O que eu ouvi sobre Virginia?
-Você ouviu alguma coisa?
-Uns boatos no ministério. Eu ainda não fui em casa... Eu acho melhor ir pra lá. Luna deve estar arrasada.
-Blaise...
-Fala, cara. Ta precisando de alguma coisa? Se quiser ir dormir lá em casa hoje, a Luna não vai se importar. Virginia ainda parece estar em tu...
Eu tinha me afastado e Blaise podia ver um pequeno bebê na cama.
-O que é exatamente aquilo? – ele falou apontando para Vitória.
-O que não, quem.
-Isso é seu?
-Foi o que Virginia disse quando me contou que tava grávida?
-É a Sarah?
-Vitória.
-
-Bom dia, Luiza! O Senhor Zabini já chegou?
-Sim, senhor, mas ele ta naquela reunião com os franceses que o Senhor marcou e disse que era muito importante. Então ele disse que eu não o interrompesse por nada.
-Mande-o ir à minha sala imediatamente.
-Mas senhor, ele está na reunião e eu não posso interromper, ou ele vai me demitir, senhor.
-Nesse caso eu interrompo.
Saí andando em direção a sala de reuniões. Abri a porta e entrei. Luiza, a secretaria de Blaise ia ao meu encalço, repetindo que ela seria demitida caso eu interrompesse a reunião. Luiza era baixinha e tinha cabelos pretos um poço abaixo dos ombros. Ela usava óculos grandes e tinha acabado de se formar. Ela queria muito crescer na empresa, mas tinha começado por baixo, como faxineira. Ela tinha muito medo de ser demitida, por isso chamava todo mundo de senhor e cumpria rigorosamente as regras.
-Blaise, eu posso falar com você?
-Desculpa Draco, mas é que eu to em reunião aqui com nossos amigos franceses.
Eu olhei a sala e lá estavam muitos senhores com cara feia e terno cinza.
-A nossa vice-presidenta pode cuidar disso.
-Que vice-presidenta? Nós não temos uma vice-presidenta.
-Como não? A Sra. Luiza já chegou e ela pode resolver isso por nós.
Luiza fez uma cara de espanto e ia dizer algo, mas eu saí antes de ouvir, puxando Blaise.
Ao entrar na minha sala o Blaise parecia espantado e pronto para chamar o St. Mungos.
-Draco, você...
-Eu vou ser pai – interrompi.
-Como?
-Bem... Quando um homem e uma mulher se amam... – comecei com um sorriso a minha explicação sobe de onde vem os bebês.
-Não, não. Não foi isso que eu perguntei. Eu perguntei: como assim você vai ser pai?
-Bem, vai sair um bebê de dentro da Virginia e como fui eu que o coloquei lá, ele vai ser meu filho.
Blaise me olhou sorrindo de um lado a outro do rosto.
-Isso quer dizer que eu vou ser titio?
-Parece que quer.
Levantei e eu e Blaise nos abraçamos. Ele deu tapas amigáveis nas minhas costas dizendo:
-Parabéns, cara!
-
Eu e Blaise sentamos na cama e eu peguei Vitória no colo.
-E você pretende deixá-la longe da família materna por quanto tempo?
-Para sempre. Eles mataram Virginia e nem tiveram a decência de me avisar nada. Por mim, a Vitória nunca vai saber sobre eles.
-Cara, - Blaise olhava meio bobo para Vitória – ela é muito pequena!
-Eu também achei. Mas bebês devem ser mesmo desse tamanho.
-Oi, boneca. Você ta gostando da nova casa? – Blaise falou para Vitória – Bem melhor que a casinha dos seus avós não é? – ele virou pra mim – Por que ela não responde?
-Não sei, ela não fala muito. Acho que ela é tímida.
-Pode ser. Ela parece com a Gina. Os olhos, o cabelo.
-Eu sei. Ela me lembra a Virginia.
-Será que a Luna já sabe que é titia?
-Não sei. Avisa a ela. Pede pra ela vir pra cá. Isto é, se não for incomodar muito.
-Claro que não vai! A Loony adora crianças. Ela não vê a hora de ter filhos.
Blaise foi ate a lareira e pegou um saquinho em cima desta. Jogou o pó no fogo e disse:
-Mansão Zabini
Poucos minutos depois o rosto de Luna apareceu nas chamas.
-Oi, paixão! Tava com saudades!
-Oi, meu amor! Eu to em Londres. Desculpa não ter ido direto pra casa, mas eu precisei resolver umas coisas no ministério e agora to aqui na casa do Draco.
A expressão de Luna mudou de repente.
-Você já sabe o que aconteceu?
-Sei, mas acho que você não sabe o que aconteceu.
-Como assim? A Gina não morreu?
-Vem pra cá!
A cabeça de Luna sumiu da lareira.
-
Estavam Virginia e Luna sentadas embaixo de uma grande arvore. Quando eu e Blaise finalmente terminamos a prova escrita de transfiguração. Saímos do castelo e fomos até elas. Elas estavam entretidas falando de algo.
-Eu quero uns quatro filhos, mas não sei se o Blaise daria conta de tantos. Sabe, ele não parece muito o tipo pai. Ele não deve nem saber dizer se o bebê é menino ou menina.
-E o Draco então? Ele tem todo aquele jeito durão e eu acho que vai ser praticamente impossível convencê-lo a ter UM filho imagina cinco ou seis. Mas se eu tiver um filhinho só já vou ficar satisfeita.
-Do que vocês tão falando meninas? – Blaise chegou e sentou perto de Luna, eu sentei encostado na arvore e Gina sentou entre minhas pernas aconchegada em meus braços.
-Filhos. – Luna respondeu e eu e Blaise fizemos idênticas caras de nojo.
-Crianças fedem e choram e tiram toda a liberdade dos pais. – Blaise disse – Eu não quero filhos.
-Eu também não. – me apressei em concordar.
-Ta bom, – Virginia olhou pra mim com sua cara mais inocente – então eu vou procurar um outro pai pros sete filhos que eu vou ter.
-Outro pai? – olhei alarmado.
-É, Draco, eu não posso fazer bebês sozinha.
-Você ta querendo dizer uma pessoa pra... Fazer... Hm... Bebês com você?
-É.
-Eu posso fazer bebês. Eu adoro fazer bebês. Isso é. Eu adoro bebês.
Todos riram.
-
Vitória começou a chorar.
-Mas eu tenho certeza que esse cheiro estranho vem dela.
-Você a magoou. Não era pra dizer que ela tava fedendo tão alto. Agora ela ta com raiva de você e ta triste.
Blaise olhou para o pequeno bebê na cama.
-Ow coisinha, para de chorar vai. Eu não disse por mal. Só falei pra ver se você não queria ir ao banheiro. Uma coisa assim.
-Ai Blaise, como você é burro. Ela ta muito arrasada com a perda da mãe dela. Eu tive que trazer ela nos braços até aqui. Ela nem consegue andar de tão triste.
-Ah! Então acho que alguém vai ter que levar ela até a porta do banheiro.
Blaise pegou a menina no colo e foi até a porta do banheiro da suíte. A deitou lá e disse apontando a porta:
-Pode entrar, a gente espera aqui.
A menina continuava a chorar desesperadamente.
-Draco, me ajuda aqui. Ela não quer ir.
Draco levantou-se e pegou a menina nos braços. Entrou no banheiro e tentou colocá-la no vaso sanitário, mas ela não sentava. Ao ouvir um grito, sem querer, Draco deixou que a menina caísse dentro do vaso. Ela parou por um instante de chorar. Olhou para os lados. E voltou a chorar ainda mais alto que antes.
-O que vocês estão fazendo? – Luna gritou ao ver a criança esperneando.
-Ela tava fedendo. – Blaise começou a explicar enquanto Luna me afastava e tirava Vitória do vaso sanitário – Aí a gente sugeriu que ela viesse ao banheiro. Mas ela ta triste porque a Virginia morreu e não consegue vir sozinha, aí o Draco foi colocar ela sentada ai pra fazer suas necessidades, - Luna levantou Vitória que ainda chorava, colocou-a em cima da pia do banheiro, tirando o macacãozinho que ela vestia – mas ai ela caiu.
-Vocês dois, são loucos! – ela virou para Vitória e começou a falar com ela – Pobre de você menininha que vai ficar com esse pai louco. Mas não se preocupa não, a tia Luna vai ta sempre aqui pra te ajudar. Você vai ser minha princesa Sarah.
-Vitória.
-Ham?
-O nome dela. É Vitória.
-Essa não é a filha da Virginia!?
-Claro que é. O nome dela só não é Vitória.
-Eu não acredito que você fez isso, Malfoy!!! Você sabia que a Gina sempre quis que a filha dela se chamasse Sarah!!!
-
-Olá!
-Oi!
As mulheres trocaram beijinhos. Eu e Blaise nos abraçamos meio encabulados. Não éramos muito fãs dessas demonstrações de afeto entre homens.
-Entrem! Como foi a visita ao medico, Virginia?
-Péssima! – Virginia respondeu mal-humorada. Tinha sido nessa visita que o medico tinha dito que era melhor que ela ficasse em constante repouso. – Aquele medico quer que eu fique presa numa cama por sete meses.
-Ow, querida! Isso é péssimo! Mas não se preocupa, eu vou te visitar, levo umas coisas pra você comer, umas coisinhas que eu sei que você adora, posso levar umas revistas também. Não vou te deixar sozinha lá não ta?
-Ai Luna, você é uma amiga e tanto. Obrigada!
-Não há de que! Me diz, quando vocês vão saber se é menino ou menina?
-Só daqui a uns meses.
-Vocês já pensaram em nomes? – a Luna falava “vocês” por mera formalidade já que eu e Blaise não estávamos participando daquela conversa a um certo tempo.
- Se for menino, não, porque o Draco quer que ele se chame Draco II e eu não quero que meu filho tenha o mesmo nome do pai, mas se for menina tem que ser Sarah. Desde pequena eu quero ter uma filha chamada Sarah, sabe?
-Aiiiiiiiiii, que fofo! Minha sobrinha Sarah.
-Ahhhhhhhhh.
As duas estavam com enormes sorrisos nos respectivos rostos e era impossível entender tudo que se dizia naquela conversa. Era uma “conversa de mulheres” nas quais eu e o Blaise nos limitávamos a ficar sentados olhando um pro outro e esperando pacientemente a tortura terminar.
-
-Draco pega a banheirinha dela, por favor.
-Que banheirinha?
-A banheirinha. Draco... Você não comprou uma banheirinha pra sua filha?
-Ai, esqueci! Eu sabia que eu e Virginia devíamos ter comprado tudo antes, mas Virginia dizia “Não, só depois!” E eu ficava obedecendo aos caprichos dela.
-Então eu vou dar banho nela aqui mesmo. Eu vou enchendo a banheira enquanto vocês tiram a fralda dela.
Luna dirigiu-se a banheira, preocupando-se em cuidar que a água estivesse na temperatura ideal para o banho dela. Ela sentou-se na beira da enorme banheira e ligou três torneiras. Ao notar que a água estava muito quente desligou uma e ligou uma outra e viu que a temperatura estava perfeita para sobrinha. Ela virou para onde estava à menina e viu que ela tinha sido virada de lado e agora Blaise segurava cuidadosamente uma tesoura.
-O que vocês vão fazer com isso? – ela correu ate a criança e a agarrou no colo, contra o peito.
-Tirar a fralda dela. – eu disse como se fosse bem obvio.
-Vocês piraram?
-A gente só tava te obedecendo! – Blaise disse agitando a tesoura.
-Eu mandei tirar a fralda, não matar a menina!
-Mas a fralda não saía! – dissemos em coro.
-A gente só ia cortar a lateral. – Blaise completou.
-Por que vocês não pensaram em puxar esses dois adesivos aqui de lado? – Ela mostrou o adesivo e puxou tirando a fralda da Vitória.
-Eca!!! – eu e Blaise gritamos juntos e saímos correndo do banheiro.
-E os dois se preparem porque nós vamos sair pra fazer compras hoje! – Luna gritou do banheiro – Com a Vitória!
-
N/A:Como vocês podem ver, proximo cap.: Compras!
Nostálgico: Que ou o que sofre de nostalgia. Em que há nostalgia.
Nostalgia: Sofrimento por pessoa ou coisa ausente, perdida. Saudade.
Só pra vocês saberem, como a Vitoria nasceu antes do tempo ela teve que ficar no hospital por uma semana, entao agora Vitoria tem uma semana de vida (e nao vai passar disso com um pai desse). No inicio do cap. eu tentei mostrar mais o sofrimento do Draco, no final eu tentei mostrar mais ou menos como vai ser a vida da pobre Vitoria.
Aí voces viram algumas pequenas cenas dos dois e deu pra sentir como vai ser a fic.:cheia de recordaçoes. Aí voces viram as meninas falando de filhos, o dia da primeira consulta (depois eles foram pra mansão Zabini), umas coisinhas da lua de mel(eu vo escrever mais no futuro), um encontro numa sala vazia em Hogwarts(houveram vários), odia em que Gina (já noiva de Draco) foi conhecer a mansão(houveram mais coisas nesse dia tambem), o dia em que ela preparava o album (o album existe e vai aparecer), o dia em que ele soube da gravidez e ele contando a Blaise que ia ser papai.
Eu chorei escrevendo algumas partes da fic(o inicio ate o meio) e ri em outras(do meio pro final) essa é mais ou menos a intenção da historia. Mostrar a tristeza de perder Virginia e a felicidade de ter Vitoria.
Ahhhh! eu queria deixar uma mínima observação: Como Virginia conseguia se concentrar para fazer aquele album com um homem daquele tirando a roupa na frente dela??? É muita força de vontade!
Ainda nao sei como Vitoria vai ser quando crescer a pequena princesa do papai, rodeada de luxos ou a menina que se suja toda e brinca de tudo com o papai como se fosse o "campeao" dele (sonho de todo pai).
Musica do capitulo: Ed Ero contetissimo de Tiziano Ferro (lua de mel), Quizá do RBD e Beaultiful girl de Paulo Ricardo
Feliz Natal

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