Lílian Potter?



N/A: Sim, aqui está a tão querida e amada Padfoot (sorri). Esse capítulo será voltado para o ‘verdadeiro casal’, James e Lily, mas diferentes dos outros, onde o Potter é quem sofre de amor, é a vez da Lily, afinal a ruiva é humana, e como tal também tem que sentir certas dores. Apenas isso que eu queria lhes dizer.
Padfoot
PS: no final do capítulo não irei responder reviews, apenas no capítulo nº 22 eu acho... é que eu quase não tenho reviews... e isso ta me dando uma descrença... mas deixa pra lá!
TE AMO BIA! SEI QUE ESTÁ CONOSCO!
(como eu disse, ela sempre será lembrada aqui)


O amanhecer em Hogwarts nunca fora tão frio antes, em plena primeira, para uma certa ruiva, dos olhos muito verdes, que permanecia deitada em sua cama aconchegante, pensativa, ouvindo a respiração pesada de cada uma das suas adormecidas amigas.
Laila e Alice, a última com ar de certo desapontamento, apareceram por volta das quatro e meia da manhã da festa do Slug. Quando entraram no quarto, pensando que veriam Lily no décimo quinto sono, se surpreenderam com a menina sentada no parapeito da janela, conversando com suas fadinhas, mas por estarem exaustas nem se deram ao trabalho de falar com ela.
Lily não dormira direito, desejando fortemente que uma das garotas levantasse, do nada, para conversar... desabafar, na verdade. A comparação feita por Remo ainda vagava sua cabeça, como um fantasma que não sabe que morreu.
‘Serei parecida mesmo com o Potter? Se sim, então porque o desprezo tanto? Espera... eu não o desprezo, apenas finjo. Afinal minha imagem...’, uma lágrima rolou, ‘Imagem! Será que vivo só disso?! Parece que sim...’
Lílian se levanta, anda até a janela e se senta no parapeito, dando um profundo suspiro. Precisava ver o sol. Pensava que assim, as idéias se tornariam claras em sua mente.
‘Se me importo tanto com o pedestal que criei, como aluna exemplo, filha dedicada, amiga querida por todos... é porque de fato, não conquistei nada, apenas títulos. Serei tão fútil?’, Lílian não conseguia conter as lágrimas. Sempre acreditara ser perfeita, a garota ideal, mas nunca se descobriu a fundo, como agora fazia. Julgava que autodescoberta era algo desnecessário para alguém como ela.
‘Sou uma simples menina mimada, sedenta de atenção, rude, sarcástica, falsa quanto demonstrar sentimentos, fraca, incapaz de lutar, defender, seus próprios sentimentos, tentando inutilmente escondê-los’, Lily soluçava, mirando os terrenos da escola, lembrando-se do sorriso de Tiago, da noite passada, que a fez delirar, ‘O que ele vê em mim? O que Tiago consegue enxergar? Sou um lixo... um lixo!!!’, solta um gritinho reprimido, ‘Ele merece alguém melhor, uma das suas diversas fãs... não uma ruiva que vive pisoteando seu pobre coração!’
--Ta tudo bem, Liloca? – Evans sente um abraço dado por trás, meigo e preocupado, e virou-se, se deparando com Laila, que a olhava docemente.
--Diga-me, Lalita... sou uma pessoa ruim? –seus olhos suplicavam a verdade.
--Não! Mas por que essa pergunta, cabelo de fogo? –pega a escova de uma cabeceira próxima e começa a escovar o cabelo da amiga.
--Por nada. –baixa a cabeça, deixando cair mais algumas lágrimas.
--Olhe para mim, Lily. – a menina o fez—Me conta a verdade! Eu te vi ontem, tão pensativa quanto agora. Eu te conheço, foguinho. Tem algo que te consome por dentro.
Evans volta a olhar o gramado, enquanto tornava a chorar. Deu um suspiro.
--Remo me disse que sou parecida com o Potter.
--E...
--Só isso.
Laila saiu de trás da Lily, e sentou-se na sua frente.
--E você ser parecida com quem você ama é ruim?
--Não sei! –se debruça em lágrimas –É que isso me fez ver o quanto sou superficial! Não que o Tiago seja, talvez um pouco, mas não tanto quanto eu. Me diz... quem sou eu?
--Lílian Evans? –Laila estava confusa.
--Não! Quem sou eu? –batia em seu peito.
--A queridinha dos professores? A garota ideal? –aquele jogo de adivinhação estava começando a ficar compreensível.
--NÃO! Quem eu sou?
Laila percebeu onde Evans queria chegar.
--É minha amiga, uma pessoa comum, que tem seus problemas e momentos de depressão, de auto-conhecimento!
Lílian abraça Laila e começa a chorar descontroladamente.
--Eu não sou nada... nada!!! Como o Potter pode gostar de mim? O que ele vê?!
--A mesma coisa que eu vejo! –a morena pega o rosto da outra e sorri –Uma menina linda que ainda não se descobriu, vivendo, assim, com que conseguiu no decorrer do tempo, com medo de mudanças e, principalmente, medo de admitir certas coisas, de se arriscar sem hesitar... apenas isso!
--Apenas? Isso já me parece suficientemente ruim.
--A primeira coisa que você deve fazer para ser feliz e saber o que é, é se aceitar e jamais se menosprezar, pois assim as mudanças necessárias não acontecerão. Não se tenha como a melhor, mas, menos ainda, como a pior. E siga sabendo que sempre terá quem te ama por perto, independente de seus erros e acertos. –dá um beijo na testa, coloca a escova no lugar onde estava, pega um livro preto e sai do quarto dando uma piscadela.
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No café da manhã, Lílian sentou-se ao lado de Laila, e de frente para elas, respectivamente, Alice e Lua.
--Como foi a festa? –quis saber Lua.
--Ótima! –respondeu Laila, passando geléia em sua torrada – O Sirius e eu ficamos andando a noite toda juntos. – sorriu bobamente, recordando-se.
--Só andando?
--Sim, Lua, só andando. Não me renderei aos encantos dele tão fácil, ok?
--Ok. E Alice, viu o Frank lá? –bebe um pouco de suco de abóbora.
--Não. Estava ocupada demais andando com Tiago.
Lílian pára de comer seu ovo.
--E como foi... o passeio? –quis saber a ruiva.
--Péssimo! Ele não falava nada, ficava suspirando, olhando a lua. –responde irritada, Lily ri.
--Normal. – diz Laila, terminando de comer sua torrada – Ele não sai do planeta Evansóide. –ri.
Alice pareceu não gostar da brincadeira, e quando ia revidar, Frank se senta ao lado de Lua.
--Acho que está no lugar errado, Longbottom. –disse mirando-o com raiva –A mesa da Corvinal é outra.
--Sei disso, Alice. –responde corando –Mas o pessoal de lá não me quer mais por perto.
--Por quê?! –Laila arregala os olhos, baixando sua taça de suco de abóbora. Era tão curiosa!
--Lembram-se do jogo? –todas afirmaram com a cabeça – Pois bem, a Lana estava torcendo pela Grifinória, e nem fez questão de esconder isso. Daí o povo anda tratando-a muito mal por causa disso, pela traição de torcer contra sua própria casa.
--Que ridículo! –diz Lua indignada—Cada um torce para quem quiser!
--Sei disso, Lu. E foi exatamente por isso que a defendi, tomando seu partido. Agora nenhum dos corvos gosta mais de mim. Apenas Lana, Lety e Carla que falam comigo. –se serve de salsichas.
--Então quer dizer que está pra lá e pra cá com essa Lana? –quis saber Alice. Estava com tanta raiva que poderia explodir um dos banheiros! (De preferência o da Murta)
--Sim. –Frank lhe lança um olhar de quem pede desculpas.
--Ótimo! –se levanta com os olhos cheios de lágrimas – Fique com ela, Frank! Faça como o Tiago! Me troque por alguém! –sai do salão.
--O que o Tiago tem haver com isso? –Frank coçou a cabeça, confuso.
--Nada, Frank. –riu Lily – Lice está estressada, e como sempre, descontou em você.
--Sinceramente, estou me cansando disso. –suspira bebendo suco de abóbora.
--E por que não desiste? –pergunta Laila, lançando um olhar significativo à Lily. Era o mesmo caso que o dela.
--A amo demais! Desde o primeiro dia, no vagão do trem.
--E que vagão! –riu Lua –Lembro-me que Lily foi a primeira a se instalar lá, depois eu, Lice e Remo. Tiago e Laila apareceram e nos esprememos ali. Sirius, você e o Pedro aparecem logo depois para ver se a cabine estava ocupada, e tiveram que procurar outra, mas logo voltaram.
--Claro que voltaram! –ri Lílian –Aquilo estava uma bagunça!
--Foi aí que tudo começou. O meu amor por você. –Lily ouviu alguém sussurrando ao pé de seu ouvido. Tiago sentou-se ao seu lado.
--Amor? Obsessão! –riu gostosamente.
--Bem humorada hoje, ruivinha? –sorriu.
--Sim. E espero que continue. – voltou-se para um livro que trazia consigo.
--Hoje é sábado, Lily!!! –fala Sirius, que se senta do outro lado de Lua.
--Sei que é. Estou apenas revisando.
--Nem o Aluado está fazendo isso! –pega o livro.
--Porque você não deixa. –Remo revira os olhos, sentando-se ao lado de Laila.
--Isso mesmo! O Alulu tem mesmo que me obedecer! –ri.
--Devolve o meu livro, Sirius! –pede Lily.
--Me prometa que não vai estudar!
--Sirius!
--Pelo menos esse fim de semana!
--Ta bom! SÓ esse fim de semana!
--Ótimo! –entrega o livro – Depois você me conta, Lalita se ela estudou ou não.
--Ok, ficarei de olho.
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Estava perto da hora do almoço quando a professora McGonagall aparece no Salão Comunal da Grifinória para pregar o bilhete da próxima visita à Hogsmead, e procurar por Lílian.
--Senhorita Evans, Tenho algumas detenções para serem vistoriadas. –informa com seu jeito severo de ser.
--Sim, senhora, professora. De quem são? –pergunta, comendo uma peça de xadrez de bruxo, que jogava com Lua.
--Os senhores Potter, Black e Pettigrew. –cara de quem não está nem um pouco surpresa.
--O que eles fizeram? –revira os olhos. Haviam tomado café juntos não fazia muito tempo, e já tinham arranjado encrenca?
--Azararam um garoto da Corvinal. Alegaram que ele estava importunando a senhorita Jordan.
--Tudo bem. Qual o horário da detenção? –pega um caderno pequeno de um dos bolsos internos das vestes, onde anotava as infrações.
--Sete da noite. Obrigada, Evans. –sai pelo buraco do retrato.
--Tinha que ser os marotos! –ri Laila, que lia um livro de capa negra, com o título dourado.
--Que livro é esse? –pergunta Alice, que acabava de notá-lo.
--Ainda é cedo para vocês saberem. – marca a página e volta a capa do livro para si.
--Que mistério! –brinca Lua, dando xeque-mate em Lily.
--É que eu ainda tenho que descobrir, para depois contar. –sai da sala, subindo as escadas, decidida.
--Deve ser algo sério. –Alice se vira para as outras duas.
--Com certeza. –concorda Lua.
--Hey, Lice! Venha ver uma coisa! –Lene grita da janela da sala.
Alice se levanta para ver o que é, e fica boquiaberta. Lílian e Luanna, que a vigiavam dos acentos que estavam, ficam curiosíssimas.
--O que houve, Licinha? –pergunta Luanna.
--Nada. –se volta horrorizada para a amiga, olhando dela pra Lily, e novamente pra Lua, com um olhar significativo.
--Vou ver o que é! –Lílian se levanta.
--Não! –fala Lua, se pondo de pé e segurando a ruiva pelo braço.
--O que é? Não posso saber o que está havendo?—se desvencilha da outra, e caminha para a janela-- Sou monitora, Lua! É meu dever...
A menina pára abruptamente de falar com o que viu: Lúcio Malfoy, Régulo, Narcisa e Bellatrix Black, Rodolfo Lestrange, acompanhados de Severo Snape, tinham as varinhas erguidas, enfeitiçando uma enorme faixa que dizia: LÍLIAN POTTER: A SANGUE-RUIM MAIS RIDÍCULA JÁ VISTA!!! A ‘ABERRAÇÃO’!!!
Lágrimas encheram os olhos da ruiva, e uma onda de vingança e vergonha a invadiu de tal maneira que ela se viu saindo correndo, desabalada, para o local onde aquela turma estava. Ela não via nada, excerto as chamas que trazia em seus olhos, tamanha era sua fúria. Como aqueles sonserinos nojentos tinham a audácia de fazer aquilo?!
--Lily! Que houve?! –Frank perguntou quando a menina quase o derruba, passando desesperada pela escada.
--HOJE, ALGUÉM MORRE!!! –berrou em resposta.
--Como? –pergunta Remo, que chegava acompanhado pelos outros marotos –Quem quer matar quem?
--A Lily! –fala Frank preocupado –Acho que fizeram algo com ela, deixando-a furiosa!
--Para onde ela foi, Frank? –quis saber Tiago, pronto para ajudar sua amada.
--Para os terrenos. –aponta para o portão aberto.
Tiago faz sinal com a cabeça e os outros o seguem. Saindo do colégio eles olham em volta, nem sinal da ruiva.
--Vamos nos dividir: Remo vá para perto da cabana de Hagrid, Pedro, para trás do castelo. Sirius, venha comigo. –e começou a andar para perto do lago.
--Pontas! –Sirius avista uma pequena confusão alguns metros depois do lago, e aponta na direção. Ele e Tiago correm para lá, e ao se aproximarem, escutaram berros.
--É a Lily. Certeza. –fala Tiago, correndo ainda mais rápido.
Não deu outra. Lílian estava azarando a turminha do Lúcio, a fim de se vingar da brincadeira tosca que tinham feito.
‘Espera um minuto! Lílian azarando alguém?!’ pensa Tiago ao chegar ao local, vendo o grupinho no chão.
--Lily! –fala Sirius admirado.
--O que foi?! –pergunta agressiva –Não viram o que eles me fizeram?! Eu tinha que revidar!!!
--Jamais pensei que você faria isso! –diz Tiago, misturando surpresa e orgulho. Finalmente Lily mostrava, depois de muito tempo, seu lado maroto.
A menina, arfando de raiva, voltou a si, percebendo o que fizera.
--Meu Deus! Eu... eu...
--A influência do seu namorado sobre você está fazendo efeito, não é, Evans? –fala Lúcio, se erguendo. Lily se vira para ele.
--Cale a boca, Malfoy!
Tiago olha pra o chão, e vê a faixa. A fúria também o invadiu.
--COMO SE ATRAVE A BRINCAR COM A MINHA LILY?! –pega Lúcio pelas vestes –VAI ME PAGAR CARO!!!
--NÃO, TIAGO! –grita a garota –EU JÁ ME VINGUEI! DEIXE-O IR! –se interpôs entre os dois.
--MAS... –Tiago não queria soltá-lo.
--Escute sua namoradinha sangue-ruim, Potter. –desdenhou Lúcio.
--COMO OUSA CHAMÁ-LA ASSIM NA MINHA FRENTE!!! –Tiago se descontrola.
--NÃO!!! TIAGO!!! –berra Lílian, ainda no meio dos rapazes.
--SAIA DA FRENTE, SUA SANGUE-RUIM!!! DEIXE QUE ESSE MAGRICELA VENHA ME ENFRENTAR!!! PENSA QUE TENHO MEDO DE VOCÊ, POTTER?!
--PARE COM ISSO, LÚCIO!!!—Lily não queria mais brigas.
--CAI DENTRO, NÃO É, SIRIUS?!
--É, Pontas! –concorda empunhando a varinha, apontando para os outros do grupo que tinham se levantado. Cuidaria da retaguarda.
--SIRIUS!!! NÃO CONCORDE COM ELE!!! ME AJUDE!!!
--Desculpa, Lily, mas o Pontas está com a razão. Ele deve proteger quem ama.
--ENTÃO, QUE VENHA DEFENDÊ-LA!!!
Lílian estava sendo esmagada pelos dois. Tiago ia tirá-la do meio quando um feitiço o atingiu nas costas, fazendo-o cair de dor.
--TIAGO!!! –gritaram Lílian e Sirius juntos.
Nesse meio tempo, Remo, Luanna, Laila, Alice, Marlene, Endora, Pedro e Frank aparecem e ajudam Sirius manter os outros sonserinos contidos.
Lily estava debruçada sobre Tiago, enquanto Lúcio ria. A menina se volta contra ele.
--Não ria dele!
--É tão impressionante como os namorados são parecidos... –debocha.
--Não somos namorados!—empunha a varinha.
--Não é o que ele diz. –fala com veneno na voz, olhando maliciosamente a menina –Uma vez, um aluno da Grifinória que nos contou, o Potter disse que era fácil pegar você, que qualquer um podia... era só dizer o quanto você é especial que pronto, já te tem.
--MENTIROSO!!! –Lílian se sentia corar cada vez mais.
--É verdade! –dá um sorriso malicioso.
--NÃO! NÃO É!!!
--Acredite-me, Evans. Não tenho nada a ganhar mentindo para uma sangue-ruim.
--N-não... a chame... desse jeito... seu sonserina nojento... –Tiago se colocava de pé.
Lily virou-se para ele. Sabia que não era verdade.
--Olha só, o defensor dos trouxas! –ri Régulo.
--Cale-se! –ordena Sirius entre dentes, e Régulo o fez, com medo de contrariar o irmão.
Lúcio e Tiago se encaram. Pareciam prestes a matarem um ao outro, enquanto Lílian tinha uma briga interior. Tiago poderia ser fofo e tudo o mais, mas ainda sim era um exibido, que não aceitava uma resposta negativa. Seria verdade esse boato?
--Diga à sua ruiva, Potter, que você já espalhou por todo o castelo o manual MMPLE: as ‘Mil Maneiras de se Pegar Lílian Evans’.
A ruiva e o moreno se entreolharam. Nisso a garota soube o que precisava. Ou pelo menos julgou isso.
--IDIOTA!!! –berrou dando um belo, e bastante dolorido, tapa na cara do maroto –COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COMIGO!!! MAS EU SOU MUITO TAPADA POR CONFIAR EM VOCÊ!!!
Aquelas palavras feriram mortalmente o menino, bem mais do que o bofetão.
--Saiba, raio de sol, que eu estou ofendido com isso que acabou de me dizer.
--OFENDIDO?! E EU?! SEU CAFAJESTE CARA-DE-PAU!!!
--ESPERE UM MINUTO, LILY! VOCÊ NÃO ESTÁ...
--NÃO ME CHAME DE LILY!!! VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO!!!
-- OK, EVANS... MAS NÃO ME DIGA QUE...
--NÃO ME CHAME DE EVANS TAMBÉM!!! EU NÃO QUERO QUE VOCÊ DIRIJA A PALAVRA A MIM, ENTENDEU?! NÃO QUERO!!!
Lílian sai correndo, aos prantos, pelo jardim, seguida de perto por Lua, Alice, Endora e Marlene. Nisso, a escola inteira já estava no local, e a professora McGonagall vinha em direção à baderna.
--O que houve aqui, senhor Potter? –pergunta observando a situação de todos.
Tiago estava tão abalado, com um nó do tamanho do Hagrid na garganta, e o coração miúdo, por causa da desconfiança da sua amada cabelo de fogo, que não conseguiu responder.
--Um pequeno problema, com os sonserinos, professora. –responde Sirius.
--Outro problema quanto azaração?! Se continuarem assim, serão expulsos!
--Foi aquela ruiva! –acusa Bellatrix, no que Ciça concorda com a cabeça.
--A senhorita Evans? –Minerva lançou um olhar de profundo desprezo às duas –Não digam idiotices! A senhorita Evans jamais faria algo do gênero.
Sirius e Tiago se entreolharam. Não deixariam Lily levar a culpa e manchar sua imaculada imagem de boa moça.
--Fomos nós mesmos, professora. –‘assume’ Tiago – Nos castigue.
--Não será apenas uma detenção, senhor Potter. Comunicarei seus pais. –lança à Sirius e Tiago um olhar extremamente severo –Já devia tê-lo feito há muito tempo, mas sempre tolerei cada uma de suas transgressões, que estão começando a lhes custar continuar a estudar em Hogwarts. Vamos para minha sala. –começa a andar pelo gramado, seguida por Black e Potter.
Remo e Pedro se viram para Laila.
--Lalita, a Lily está com algum problema? –pergunta Remo, cauteloso.
--Tem que estar! –intromete Pedro – Para acreditar no Malfoy, só com um problema catastrófico!
--Ela estava hoje pela manhã, mas conversamos e me pareceu tudo bem. –olha para o grupo de sonserinos que se afasta, satisfeitos – Se ele não tivesse brincado com a Liloca justo hoje... talvez ela não tivesse acreditado.
--Você tem que falar com ela, Lalita. Não pode deixar os dois brigarem.
--Agora é tarde, Remo. Viu a cara do Tiago? Está moralmente destruído!
--Mas tente falar com ela.
--Vou falar, não se preocupe. A foguinho só precisa de um tempo para pensar, se acalmar... apenas isso.
Enquanto todos estavam discutindo o ocorrido, ou ganhando detenções (Tiago e Sirius), Lílian foi para um corredor deserto, que ficava no sétimo andar. Começou a perambular de cima para baixo, em frente ao tapete dos trasgos dançarinos.
‘Vamos! Eu sei que você está ai! Aquela sala confortável! Eu vi como você desapareceu!’, pensava ao andar da esquerda para direita, e desta para a esquerda novamente, ‘Apareça pra mim! Preciso tanto de um lugar pra pensar!’
Ao virar-se para dar outra volta, ela se depara com a maçaneta da Sala Precisa. Abriu a porta, olhando para os lados, e entrou na mesmíssima sala, repleta de pufes, sofás e poltronas, com milhares de almofadas. Desta vez, tinha até uma cama com um cortinado rosa em volta, de aparência macia. Nela a menina se deitou, ainda chorosa.
‘Como você pode me trair desse jeito, Tiago?! E eu pensando, durante todo o dia, que quem não prestava, quem sempre te magoava e era uma pessoa completamente egoísta, mesquinha e falsa... era eu... acabei me desapontando, novamente!
Por que essa mentira? Depois que você me defendeu eu até cheguei a pensar em te dar uma oportunidade, mas... você estragou tudo... de novo... como no segundo ano, quando você me trocava para ficar com as outras.
Eu te amo tanto!!! Mas agora, tenho outro bom motivo para te esquecer de vez! Só porque eu não queria!!!’
Lily, chateada demais, adormecera na sala. Enquanto isso, Tiago não pregava os olhos, tamanha sua decepção com a ruiva que deixou se influenciar, pensando em como eram diferentes.

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