Briguinhas entre si, parte 2

Briguinhas entre si, parte 2



Remo sai apressado pelo corredor em direção à biblioteca, onde Laila já estava esperando.
Ao entrar lá localiza a menina deitada sobre um livro pesado, dormindo.
--Am... Laila? –Remo passa a mão pelos cabelos escuros da jovem, apreciando a beleza da mesma.
Laila abre os olhos lentamente, levanta a cabeça e encara Remo por alguns segundos, até compreender o que se passava ali.
--Opa! Desculpe-me, Remo. Adormeci aqui, procurando alguns últimos dados.—fala ajeitando os cabelos e esfregando os olhos.
--Está aqui desde quando? –Remo se senta defronte para a garota, tirando algumas folhas de pergaminho da mochila, junto da pena e do tinteiro.
--Lembra que fiquei conversando com Sirius? –a menina folheia o livro, tentando se concentrar. O perfume de Remo chegava à sus narinas, de um modo doce.
--Hm... Vamos ao trabalho então? –Remo dá um sorriso nervoso. Não queria falar sobre Sirius, pois aquilo o irritava.
--Claro. Estava dando uma olhada aqui, e marquei algumas coisas interessantes. Não que falte alguma coisa na nossa pesquisa. Não pensei que você soubesse tanto sobre animagia. –sorri admirada.
--Bem... digamos que adoro ler. – sem jeito –Pelo o que soube, Lua e Pedro não estão se saindo muito bem nesse trabalho.
--É, Lua me disse que ela está fazendo o trabalho sozinha. Já Lily e Sirius, estão trabalhando divinamente bem, assim como Lice e Tiago.
--Pontas e Almofadinhas sempre foram ótimos em Transfiguração.
--Pontas, Almofadinhas, Aluado, Rabicho... não tinham apelidos piores, não? –pergunta risonha.
--Você tem que perguntar isso ao Tiago, o criador dos apelidos. –risonho.
Laila e Remo prosseguem conversando e fazendo a conclusão sobre a matéria.
Por volta das dez e meia eles terminam.
--Puxa vida! A professora McGonagall está de parabéns quanto trabalhos exaustivos. –comenta Laila.
--Pode ter sido exaustivo, mas que foi interessante saber mais sobre animagia, foi. –Remo guarda tudo na mochila e entrega o trabalho a Laila, que o guarda em uma pasta e a coloca dentro da mochila.
--Com certeza. –fala Laila sorrindo, se levantando da cadeira e colocando a mochila nas costas.
Remo faz o mesmo, sem tirar os olhos de Laila. A menina se senta novamente, um pouco tonta, e o maroto se próxima alarmado.
--O que você está sentindo, Laila? –pergunta aflito.
--Fome. Não jantei. –a menina se levanta com a ajuda de Remo.
--Vamos para a Cozinha. –Remo começa a andar, ajudando a amiga.
Saíram da biblioteca, seguindo para Cozinha de Hogwarts.
Remo aspirava o perfume de Laila, sentindo a fera que despertara no dia da festa acordar novamente.
--Por que você não quis ficar comigo, Laila? –pergunta Remo, não podendo mais controlar a si mesmo.
Laila para de andar e encara os olhos azuis de Remo, tão sedutores, sentindo o gostoso perfume que ele inalava.
--Porque conheço alguém que daria a vida por você, Remo. –olha para a janela do corredor.
--Se está falando da Marlene...
--Marlene? O que a Lene tem haver com isso? –a garota volta a mirá-lo.
--Bem... ela se declarou para mim quando fomos visitar a Lua. –Remo deu de ombros – Mas eu não gosto dela...
--Eu sei... você gosta é da Lua.
--E de você também. –ambos se olham por alguns segundos.
--Como pode gostar de duas pessoas ao mesmo tempo e com mesma intensidade? –quis saber Laila, fitando atentamente os olhos de Remo.
--Não sei se gosto, mas sinto que estamos diferentes um com o outro, e não é com a mesma intensidade porque... eu sempre gostei da Lua...
--Mas nunca tentou nada, não é mesmo?
--É vergonha. Um dia crio coragem.
--Está vendo! Você e eu amamos pessoas diferentes! Já fizemos planos de como ficar com elas! Não podemos jogar tudo fora e tentar algo que possa nos machucar e machucar terceiros!
Remo fita o chão. Laila estava certa, e ele tinha plena consciência disso, embora não pudesse esquecer aquele momento celestial, onde sentiu algo diferente despertar dentro de si. Seria isso o que Sirius e Tiago intitulavam de ‘o chamado para caça’ ? Se fosse, a sensação era boa.
--Compreendo, Lalita. Desculpe-me por abordá-la desse jeito nada sutil.
--Tudo bem, Remo. Melhor esclarecermos tudo de uma vez.
Laila sorri, no que Remo retribui, e eles seguem rumo a Cozinha.
Entram e são muito bem atendidos pelos elfos domésticos, comendo bolos, trufas e bebendo cervejas amanteigadas.
--Sirius me contou que vocês discutiram. –fala Remo entre uma dentada e outra no pedaço de bolo que estava saboreando.
--É verdade. Se ele sabia que gostava dele, por que não fez nada? –pergunta Laila mirando Remo através da garrafa de cerveja amanteigada que bebia.
--É que ele não sabe o que sente. Tente entender, Lalita. Almofadinhas sempre te viu como uma irmã que ele jamais teve, alguém que ele pudesse contar sem ter nada em troca.
--Mas não peço nada em troca até hoje! –indignada.
--Você não está cobrando dele uma resposta?
--Mas...
--Está ou não?
--Estou. –derrotada. Detestava não estar com a razão.
--Então. O Almofada se sente preso, e ele detesta isso. Sirius ama a liberdade que consegue ter nos terrenos da escola. Embora isso não signifique que ele não sinta nada por ti, pois vive morrendo de ciúmes, mesmo que não diga, quando te vê com alguém. Dê um tempo para que vocês dois saibam realmente o que querem.
Laila refletiu um pouco. Remo estava completamente certo. Não devia pressionar tanto assim Sirius.
Eles beberam e comeram mais um pouco, até que deu meia-noite no relógio da cozinha, e seguiram para o Salão Comunal da Grifinória, como amigos, simples amigos.
N/A: Este capítulo é a continuação do anterior. E o próximo também será.

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