Hogsmeade
Já estavam a caminho da casa dos gritos e Hermione ainda não abrira a boca para dizer a Harry exatamente o que eles estavam fazendo. Harry tirou a capa que cobria os dois e guardou em uma mochila que Hermione carregava.
- Então, o que eu estou procurando?- finalmente perguntou Harry.
- Ah, sim- respondeu Hermione que parecia ter levado um susto- uma pequena planta com as folhas pequenas, finas e pontiagudas com flores amarelas. Ah, elas tem uma fraca lumionosidade, oque vai nos ajudar a achar.
-Ok. E onde vamos encontra-la antes de amanhecer?- perguntou Harry que não acreditava que tinha fugido do colégio no meio da noite para procurar uma planta.
- Em algum beco em Hogsmeade.
- Até agora não acredito que Hermione Granger me convenceu a fugir do colégio! Me belisque porque eu estou sonhando- disse ele rindo.
-Seu bobo!- disse ela beliscando de leve o braço de Harry.
Quando os dois chegaram a Hogsmeade as ruas estavam tão escuras e desertas que eles não precisaram usar a capa da invisibilidade. A noite estava tão fria que os dois tremiam igual gelatina.
Os garotos já deviam estar no sétimo beco quando uma pequena fonte de luz perto de umas latas de lixo chamou a atenção de Harry. Ele se aproximou e viu que a luz vinha de umas plantas pequenas.
- Hermione, eu acho que encontrei a planta.
A menina se abaixou e ficou olhando a planta por alguns segundos e disse:
- Parabéns, Harry. Você achou a planta. Preciso que você faça luz aqui para eu arrumar tudo.
Ela abriu a mochila e pegou uma pequena faca e alguns saquinhos de veludo e voltou a fechar a mochila. Harry sentou-se ao lado dela segurando na mão direita a varinha dele e na esquerda a dela.
Hermione parecia que estava na aula de poções pois separava as folhas e botava em um dos saquinhos, as flores em outro e as raízes em outro. Depois de vinte minutos fazendo isso ela limpou a faca em um lenço e começou a fechar os saquinhos. Tentou abrir a mochila para guardar as coisas dentro mas ela não abria.
- Droga! A mochila não quer abrir!
- Deixa eu tentar- disse Harry.
Harry tentava abrir a mochila mais o zíper havia emperrado. Como os dois estavam fazendo barulho alguém tinha ido ver o que era. Os dois ficaram tão nervosos com a idéia de serem encontrados ali que não estavam pensando direito.
- Quem está ai? perguntou uma voz que vinha na direção deles.
- Droga! Não consigo abrir para pegar a capa- sussurou Harry.
Os dois sem perceber se levantaram. Hermione segurava a mochila enquanto Harry tentava abrir. A voz cada vez mais perto e eles cada vez mais nervosos. Quando a voz parecia estar a poucos metros dali Hermione disse “atitude de emergência” e logo depois disso beijou Harry na boca.
Harry que não esperava por isso ficou sem reação. Sua cabeça funcionou muito rápido, ele pensou várias coisas, mas em uma fração de segundo se recuperou do susto e também a beijou. Ele não só a beijava mas também a abraçava como se estivesse com medo de deixar ela desaparecer. Harry se sentiu tão feliz que faíscas saíram da ponta da sua varinha. Alguém perto deles disse “lumus” e um fino feixe de luz apareceu.
- Ah, desculpe- disse constrangido um homem gordo e barbudo- vocês são só namorados. Pensei que um fossem capangas que servem Aquele-que-não-deve-ser-nomeado.
- Nós é que pedimos desculpa, senhor.- disse Hermione.- Desculpa por te assustado e feito você pensar que éramos comensais.
- Vocês que são tão jovens não deveriam andar sozinhos na rua a essa hora hoje em dia, não é mais seguro. Acho melhor irem para casa agora.
- Nós iremos. Muito obrigada pela preocupação, senhor- disse Hermione enquanto o homem se afastava.
Quando o homem já estava longe e Harry tinha conseguido abrir a mochila a guardava tudo dentro dela Hermione disse:
- Essa foi por pouco! Nossa Harry, não sabia que você atuava tão bem! Ele realmente achou que estávamos aqui namorando.
Essas palavras fizeram o peito de Harry doer porque ele não tinha atuado. Ele realmente tinha beijado Hermione. Ele a chamou para ir embora e jogou a capa em cima dos dois.
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