Recomeçar
Os sonhos de um mundo sem Voldemort, aquela ilusão de que tudo havia acabado, que não haveria mais dor, que não haveria mais trevas, que tudo seria luz e que as lágrimas haviam sido estancadas dos olhos de todos os bruxos ou trouxas, de todos os seres humanos ou não, de todos os animais racionais ou irracionais e de todos os “bruxos bons” ou até comensais da morte, aqueles sonhos haviam acabado, pelo menos de todos os que acreditavam em Harry Potter e Alvo Dumbledore ou que haviam visto com seus próprios olhos.
O mundo bruxo havia se abalado com o fato de Harry Potter ter voltado do labirinto do torneio tribruxo com o corpo sem vida de Cedrico Diggory e dito a todos que quem havia feito aquilo, quem havia matado seu companheiro de escola, quem havia tirado a vida de um rapaz inocente, tinha sido nada mais nada menos que Voldemort.
Esse fato deu inicio a muitas discusões de família, revisões de ideais, muitas brigas entre amigos, muito mistério, muito medo de perder algo ou se perder para sempre. Essa guerra trouxe uma pessoa para o mundo real. “Há males que vem para o bem.” Sim, isso era uma grande verdade, quando se tratava de uma certa pessoa.
- Desisto! Não dá pra viver assim! – Narcisa Malfoy pegou suas coisas, foi até o quarto de seu filho e falou – Arrume suas coisas, agora! Vamos passar um tempo fora.
- Mas, mãe... Passar um tempo aonde? – Seu filho que estava deitado em sua cama lendo um livro, tomou um susto quando viu sua mãe gritando e com os olhos inchados na porta de seu quarto.
- Nada de “mas”! Isso não importa! Arrume suas coisas, agora!
- Mas falta apenas uma semana para eu voltar à Hogwarts! – Draco Malfoy não estava entendo absolutamente nada.
- Você voltará para sua escola quando for a hora, agora pegue seu malão tudo que você precisa e vamos!
- Quem você pensa que é para tirar o meu filho dessa casa? – Era a primeira vez no dia que Draco Malfoy virá e ouvirá a voz de seu pai.
- Agora ele é seu filho, não é, Lucio? – disse Narcisa com sarcasmo – Antes, ele era apenas “um jeito de conseguir tudo o que queremos”, não era? E eu sou a mãe dele, posso muito bem tirá-lo dessa casa.
- Ah, não pode mesmo! Eu sou o pai dele! E digo que ele fica! – Lucio Malfoy gritava cada vez mais alto com um olhar de raiva.
- E eu sou sua mãe e digo que ele vai! Não apenas digo como o tiro daqui! Vou fazer uma coisa que deveria ter feito há muito tempo! E não vai ser você, Lucio Malfoy, que vai me fazer mudar de idéia! Que vai me fazer deixar meu filho sofrer nas suas garras! – Ela gritava mais alto que Lucio e chorava. Depois se virou para seu filho – Pare de nos assistir e vá arrumar suas coisas, agora!
Ele já ia se virar para ir fazer o que sua mãe havia pedido, quando Lucio ordenou gritando:
- Não vá!
Ele não sabia o que fazer. Precisava escolher entre sua mãe, sua protetora e seu pai, seu herói. Mal ele sabia que aquela escolha não apenas decidiria aquela briga, como decidiria a sua vida, o seu destino. Narcisa virou-se para ele novamente:
- Vá! – não era uma ordem, era mais uma súplica – Por favor!
As duas últimas palavras de sua mãe fizeram com que ele ficasse sem palavras, sem reação, sem saber o que pensar... mas sabia o que tinha que fazer: “obedecê-la”! E foi o que ele fez, se virou e enfiou tudo o que achava que iria precisar dentro de seu malão, ignorando todas as palavras de seu pai endereçadas a ele.
Em alguns minutos, Draco Malfoy e sua mãe estavam na porta prontos pra sair de casa e nunca mais voltar. Lucio Malfoy se tomou como vencido, simplesmente porque não poderia matar nenhum dos dois. Se matasse Narcisa, Draco nunca mais iria perdoá-lo e isso com certeza não era uma boa idéia. E se matasse Draco, não aproveitaria nada.
- Se você sair por essa porta, saiba que nunca mais poderá voltar. – disse ele.
- Que alívio! Pensei que pudesse! – disse Narcisa com ironismo.
- Não estou falando com você, Narcisa e sim com esse idiota que te segue!
- Não se preocupe, papai! Não pretendo voltar! – falou ele também com ironismo.
Atravessaram a porta, passando pelo enorme jardim da mansão. Draco via o vento gelado da noite bater no rosto de sua mãe e ela andar as pressas, mesmo triste e infeliz ela era a mulher mais bela que ele já vira na vida.
Sentiu uma pontada de ódio ao ver como o pai havia falado com ela, como ele ousava ser tão insensível? Fechou os olhos junto dos punhos, sua mãe abriu a porta do carro.
- Vamos, o que está esperando? Entre! – Ela falou friamente e ele a obedeceu.
Sentiu vontade de perguntar onde estavam indo e o porquê de estarem saindo de sua casa, o que raios afinal estava acontecendo com aquela família que ele sempre se orgulhara de fazer parte? Teve medo de perguntar, então ficou calado apenas vendo a bela mulher ao seu lado dirigir na calada da noite.
Ela parou em um lugar familiar a Draco, o Caldeirão Furado. Draco achou tudo aquilo muito estranho. Ela chamou um homem baixo pelo nome de Tom. Ele pegou o malão de Draco.
- Você ficará hospedado aqui nessa semana, enquanto eu resolvo umas coisas...
- Mas... – Malfoy esperava entender o que acontecia... mas era impossível.
- Não começa, Draco! Amanhã, venho retirar o dinheiro do meu cofre para você comprar seu material. Se cuida, filho! Quando puder, eu te explico tudo, ok?
- Ok. – A mãe de Draco beijou-lhe a testa e entrou no carro preto.
Na Ordem Fênix, Hermione estava na janela com seus pensamentos, sentira na pele o sofrimento que Harry estava sentindo, sim ela não acreditava naquilo tudo que ele havia passado no ano passado, havia sido crueldade demais! Seus pensamentos foram interrompidos por Sirius que entrara reclamando no quarto coisas inaudíveis.
- Ah... Você aqui? Err... – Sirius ficara sem palavras, não esperava ter alguém naquele quarto vazio.
- Tudo bem... Eu já estava de saída, aposto que a Sra.Weasley não achará você aqui... – Ela sorriu amavelmente.
- Você me lembra uma pessoa... – Sirius disse sinceramente.
- Lembro? – Hermione ergueu os olhos
A resposta não foi dita, afinal a Sra.Weasley fez questão de gritar que Harry havia chegado, Hermione sorriu, e ela e Sirius desceram pela escadaria, mas antes tomando cuidado para não acordar o quadro da “agradável” mãe de Sirius. Hermione se jogou nos braços do moreno que se encontrava no pé da escada, após tudo aquilo que ele passara no ano anterior era bom ver que ele estava bem.
Harry corou as bochechas quando Hermione depositou um singelo beijo nas mesmas, Rony sorriu. Sirius logo abraçou o afilhado, era óbvia a felicidade dele ao ver sua miniatura de Tiago Potter.
Após jantarem, Hermione notou que Harry não estava bem, com certeza ainda estava bravo pelo fato de ser o último a saber da Ordem. Após uma conversa com ele, ou melhor, uma breve briga, tudo estava bem e a morena foi dormir em seu quarto.
Ela não sabia o que estava havendo, sentia falta de algo, algo em seu coração.
“Ora Hermione o que você está pensando? Seu melhor amigo passando por poucas de boas e você pensando em assuntos do coração?”
A garota se xingava mentalmente. Virou-se de lado e viu Gina dormindo, Hermione queria se sentir como ela, queria se apaixonar por alguém, queria estar amando, mesmo não conseguindo amar ninguém.
Draco Malfoy não estava acreditando que iria se hospedar em um lugar como aquele, um lugar sujo, com abortos, sangues-sujos, traidores de sangue... tudo o que ele mais odiava, tudo o que mais sentia nojo, estava ali.
Perguntou qual era seu quarto, pegou a chave e foi até lá sem nem ao menos jantar. Estava sem cabeça para se sentar em uma mesa com aquele tipo de gente.
“Não acredito que minha mãe tenha me deixado mesmo aqui. Eu podia estar na casa de Crabbe ou de Goyle, talvez Zambini... Mas ela tinha que me deixar aqui com essa ralé... Agora, é oficial, ela ficou maluca de vez... Saiu de casa, me trouxe pra cá e foi embora.”
Draco tentou ver o lado de sua mãe... mas queria poder enteder o que estava acontecendo... como sempre era o ultimo a saber. Não podia ser verdade que seus pais haviam se separado.
Tentou esquecer tudo e relaxar... deitou na cama dura daquele quarto minúsculo, com roupa e tudo e apenas procurou esquecer o que acabará de acontecer. Dormiu. Sonhou.
Hermione estava sem sono, Gina dormia o leve sono dos justos e ela só conseguia se revirar na cama, tudo aquilo estava lhe incomodando, como que depois de tanto tempo ela não pode se apaixonar? A verdade é que sempre sentira medo, e no momento ela passava por uma fase difícil, justo no momento em que ela não devia pensar em romance, ela pensava.
A guerra estava chegando, ela e Rony juraram ficar ao lado de Harry a qualquer custo, eles não abandonariam o amigo, este que já os salvou tantas vezes.
Sorriu ao se lembrar do passado e uma lágrima saiu de seus olhos, naquele tempo tudo era apenas uma aventura, nunca pensaram que Voldemort poderia voltar de vez, seus pensamentos foram atrapalhados pela ruiva.
- Mione? Ainda acordada? – Ela falava dando um bocejo
- Sem sono...
- Hummm... Quer conversar?
- Não, você não iria escutar mesmo! – Hermione riu ao ver Gina bocejar novamente.
- Você que sabe... – A ruiva se virou e voltou a dormir
Decidiu levantar-se, passou pé ante pé pelo corredor, acabou encontrando Sirius na cozinha assaltando a geladeira.
- Insônia? – Ela perguntou docemente
- Sim... Sempre as tive, desde meus tempos em Hogwarts! Tiago costumava dizer que quando eu tinha insônia no dia seguinte eu parecia um Feri! – Sirius sorria e Hermione retribuía.
- Sirius, você já esteve apaixonado? – Mione perguntou
- Uma vez... Mas faz muito tempo... Por quê? Está apaixonada?
- Na verdade esse é meu problema... Nunca me apaixonei...
- E eu que pensei que você gostava do Harry! – Sirius sorria fazendo Mione corar.
- Somos só amigos...
- Entendo... De qualquer forma, saiba que quando estiver pronta se apaixonará, a pessoa certa não deve ter aparecido ainda se é que você me entende... Veja só o Tiago, pai de Harry, ele era o maior galinha, mas se apaixonou pela Lílian, assim ele achou a pessoa certa...
- A pessoa certa... – Hermione sussurrou. – Obrigada Sirius... Acho que vou dormir agora...
- Boa noite, espero ter ajudado!
- Noite...
Ela subiu as escadas até o quarto e largou-se na cama, sim... Talvez ela não havia encontrado a “pessoa certa”, continuou a pensar e dormiu sonhando em seguida.
N/Kitai:: finalmente eu parei de enrrolar a coitada da bia... ahuauha xD e estamos ocm essa fic! Não nos matem pelo 1º cap ser pequeno, até pelo fato que eu prefiro o 1º cap pqno mrm xD espero que tenham gostado do primeiro cap, xD entao comentem \o/ prometo nao enrrolar a bia no prox cap. ahuauha xD beijao a tds
N/ ~ Biaa ^^ : Galerinhaaaaaa... ai tá o primeiro cap dessa fic nova... o primeiro cap tá pequeno... mas culpem a Kitai... ela que disse que tava bom assim... ehauheauhea... Na próxima... eu prometo fazer ela escrever mais.. hauehaue..... Bem, só pra explicar... a parte Malfoy dessa fic vai ser escrito por mim... e a Mione pela Kitai... claro que com as duas se ajudando.... aheuaheuaheaueh...
Então é só... Beijão galera... Comentemmm
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