Capítulo II
Na manhã seguinte, Harry esperava ansioso por Hermione. Até preparara um almoço caprichado para receber a amiga. Finalmente ele ia ter companhia, e não era qualquer companhia, era Hermione, sua melhor amiga.
Ele estava sentado no sofá quando ouviu as batidas na porta.
- Você demorou! – Harry ajudava ela a carregar a bagagem rapidamente para dentro da casa – por que não aparatou, Hermione?
- Bom, não tenho certeza de que conseguiria fazer isso carregando essas coisas...
- Ah, não seja tonta, Mione, claro que você consegue! Preparei algo pra você comer, está lá na cozinha – ele falava enquanto subia as escadas com o malão de Hermione.
- Você, cozinhando? – ela riu-se – não consigo imaginar...
- Não vai precisar, é só comer e ver que é verdade... – Harry descia as escadas – e seu malão está no quarto de hóspedes.
- Certo. Agora vamos, mal posso esperar pra provar suas artes culinárias... e o cheiro está ótimo!
- Bom, sente-se – ele puxou a cadeira pra ela, e depois a serviu e serviu-se em seguida.
- Harry, onde foi que você aprendeu a cozinhar assim? – ela espantou-se – está ótimo!
- Adivinha quem era o cozinheiro dos Dursley? – Hermione riu – é, pelo menos pra isso eles serviram...
O resto do dia correu muito bem. Os dois conversaram sobre diversos assuntos, e à noite lembraram-se das coisas absurdas em que se metiam quando estavam em Hogwarts.
- Sabe, Mione – os dois estavam sentados no sofá, lado a lado, examinando um grande álbum de fotografias de Hogwarts – sem você e Rony eu jamais teria conseguido fazer tudo o que fiz...
- Claro que não Harry, você ficou frente a frente com V-voldemort mais do que qualquer um, e conseguiu se salvar todas as vezes!
- Mas vocês me ajudaram... principalmente você, Hermione...
- Bom, posso até ter contribuido... mas o papel principal foi com você, Harry, e não sei como você conseguiu... eu morreria de medo... – ela bocejou ao término da frase.
- Duvido, eu não esqueci a última batalha... e você foi genial... e está com sono! Deite-se aqui... – Harry apontou o colo com a cabeça, mas depois ficou pensando porquê simplesmente não dissera para irem dormir, quando viu o tom avermelhado que tomara conta do rosto de Hermione.
- Acho melhor irmos pra cama, Harry... – ela fechou o álbum de fotos.
- Er..., bem, também acho – disse Harry, desconcertado, com a mão na cabeça.
Deitado na Harry imaginava o que o teria feito oferecer o colo para Hermione.
“Ela estava com sono, só isso”, pensava ele, de olhos fechados.
- E você queria que ela tivesse se deitado lá. – uma vozinha no fundo da cabeça de Harry começou a falar.
- Só achei que ela se sentiria mais confortável, acho. Não tem nada demais em querer dar conforto pra uma amiga.
- É verdade, não tem nada demais você querer deixar Hermione confortável. Você gosta muito dela, não é?
- Claro, é minha melhor amiga...
- Sim, mas nós sabemos que você gosta o suficiente dela pra ela se tornar mais do que sua melhor amiga...
- Não diga besteiras – pensou Harry, com impaciência. Agora tinha alguém dentro de sua própria cabeça querendo lhe convencer de certas coisas?
- Não quero te convencer de nada, apenas mostrar a você o que você está demorando pra perceber...
- Não tem nada pra perceber! E pare de falar essas coisas.
- Nada pra perceber, é? Bom, isso nós veremos com o passar do tempo... – concluía a vozinha, risonha.
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