CONSCIÊNCIA
CAPITULO 7 – CONSCIÊNCIA
Se arrepiou.
“Ora ora... quem diria, hein Sevinho? E eu nem precisei falar nada a você...”
Ele piscou, sacudindo a cabeça como à espantar um pensamento inconveniente, olhando fixamente para o chão. Não agüentou e voltou a olhar para a cama onde ela estava.
“Alôôôôô!!! Tem alguém aí? Terra chamando Severo! Reaja homem!”
Ele ficou meio que em transe. Estava de tal modo entorpecido que não notou a festa que se passava dentro de sua consciência. Severo se levanta da poltrona e se dirige lentamente à cama. Pára. Estava bem próximo à cascata de veludo negro. Podia ouvir a respiração tranqüila que ressoava por entre os dosséis. Um perfume doce e inebriante o atraía para dentro. De repente a temperatura subiu estranhamente. O calor parecia emanar das cortinas negras. Por uma brecha no tecido, as formas de um corpo feminino, envolto em uma camisola de seda preta (N.A.: ainda não descobrimos de onde apareceu essa camisola...). A temperatura pareceu disparar juntamente com suas batidas cardíacas.
O tempo pareceu parar de repente, Severo perdeu a noção do quanto se demorou parado junto a cama dela, tudo pareceu de repente sair do foco, só havia Severo e a cama com reposteiros de veludo à sua frente (e o conteúdo da cama, é claro).
Ele parecia não cansar de admirar a nesga de pele branca que se destacava daquele mar negro. Já tinha mandando a consciência pro espaço, abriu um pouco mais o cortinado, deu um passo a mais na direção da cama, quando ela se mexeu. Ele tomou um susto, suficientemente grande para fazê-lo pular de uma vez para longe da cama, bastou isso para fazer a consciência dele voltar como um raio. “O que eu estou fazendo?”, perguntou-se ainda respirando em arquejos rápidos e descompassados.
“O que eu ia fazer meu Mérlin?!?”
“Bom Severo, como vou lhe explicar? Tem as abelhinhas...”
“Pode parar por aí!!!”
“Está bem... se preferir eu posso ser mais, hãã... técnico!”
“Não! Não quero explicações para o que VOCÊ estava me induzindo a fazer!”
“Eeeeeu?”
“Não! O pirralho do Potter!!!”
“Há, tudo bem então...”
“SUA CONSCIÊNCIA MALUCA! ELA É MINHA PRIMA! EU SOU UM BRUXO E ELA UMA TROUXA! SOMOS DE MUNDOS COM-PLE-TA-MEN-TE DIFERENTES!!!”
“Calminha Severo. Acho que era melhor você ter ficado lá com ela... Você estava menos nervosinho.”
“EU NÃO ESTOU NERVOSO!”
“Ohhh! Imagina se estivesse não é?”
“Olha aqui, eu não quero, não posso, e NÃO VOU me envolver com essa pirralha!”
“Ora ora Severo... Não precisa ser tão severo consigo mesmo...”
“O-que-você-quer-dizer-com-isso?”
“Que-você-é-covarde!”
“EU NÃO SOU COVARDE!!!”
“Então porque tem medo de se envolver com Ellen?”
De novo o nome dela ecoou em sua mente, sendo reproduzido uma série de vezes dentro da sua cabeça, como uma música quando não quer parar de tocar em seus ouvidos, mesmo depois da orquestra parar.
Assim, achou mais seguro ir logo para sua cama, do outro lado da caverna, para parar de discutir com sua mente, porque se continuasse ali, talvez sua consciência não fosse tão eficiente quanto o seu “outro eu maluco, pervertido e louco”...
Bom, ele foi para sua cama, se deitou... Mas cadê o sono?!? Ficou “fritando” no colchão (N.A.: sabem como é? Eh quando a gnt fica virando de um lado para o outro na cama sem dormir...) e quando finalmente conseguiu adormecer, sonhou com... muitas coisas. Só o que se sabe é que ele acordou completamente encharcado de suor e com o rosto totalmente vermelho. (N.A.: Bom, não pode ter sido algo que nos interesse, concordam queridos leitores? º_^)
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!