Reconciliação picante
Os alunos de Hogwarts chegaram à primeira sexta-feira do ano. E já faziam cinco dias que Harry colocara seus planos em prática. Tudo estava correndo perfeitamente bem. Hermione ficara muito próxima de Harry naquela semana, o que era ótimo para os planos do garoto. Só houve uma pequena complicação para ele, que tinha nome e sobrenome: Rony Weasley. Rony procurara Harry no café da manhã para tirar satisfações.
- Aí, Harry eu vou direto ao assunto porque não sei se quero conversar muito com você: o que te deu pra procurar a Hermione? Quer outro motivo pra brigar com ela?
- Se eu quiser um motivo pra brigar, pode deixar que eu te chamo –respondeu Harry friamente.
Rony fez menção de partir para cima de Harry. Ele cerrou a cara e os punhos e já ia socar o garoto, quando Harry disse:
- Ôpa! Não se esqueça que estamos no Salão Principal lotado, e todos os professores estão olhando… não te aconselho a me bater aqui! E outra: se eu quero ou não brigar com a Hermione, é problema meu! Então eu acho que você não tem que se meter nisso!
- Estou avisando –disse Rony bufando de raiva –se fizer alguma coisa ruim com a Mione, eu juro que não vou me importar se os professores estão olhando. Eu vou te bater até você morrer!
Rony deu as costas para Harry e saiu pisando duro. “Você nem imagina o quanto eu vou fazer mal para sua Mioninha…” Harry pensava enquanto se sentava novamente. Rony era mesmo muito cara-de-pau em vir “conversar” com Harry depois do que fez. Agora sim Harry se sentia muito mais motivado em continuar seu plano…
Harry correu até o dormitório, apanhou um pergaminho, pena e tinteiro e foi ao corujal. Se corresse, ainda daria tempo…
Quando chegou, Harry escreveu o menor bilhete que já escrevera na sua meia vida ( é, porque ele ainda não viveu toda a vida dele), e o entregou a Edwiges. E voltou calmamente para a torre da Grifinória.
Hermione ainda estava tomando seu café, quando uma coruja branca a surpreendeu com uma carta no bico.
“Só pode ser coisa do Harry!” Hermione sorriu e apanhou a carta. Ela estava gostando muito de ter a amizade de Harry outra vez. Bom, é verdade que ela gostaria muito se pudesse ter mais que a amizade dele… mas… mais vale um pássaro na mão que dois voando!
Hermione abriu o pergaminho e reconheceu a caligrafia de Harry. Mas o bilhete era tão curto…
Mione,
Me encontre hoje às dez da noite no corredor do 3° andar, na sala onde ficava o Fofo.
Harry
Ali, o coração de Hermione disparou. Todas as vezes que ela viu e conversou com Harry naquele dia, ela se lembrava do bilhete e seu coração ganhava uma vontade enorme de sair de dentro dela. Harry fez tudo aquilo para conquistar Hermione antes, e agora estava fazendo tudo outra vez, o que só podia significar que…
“Por que Harry fez isso?” Hermione se perguntou quando já estava na última aula do dia. “Eu não consegui me concentrar em nenhuma das aulas! Só pensei nele o dia todo…”
Harry jantou rapidamente naquela noite e foi para a torre da Grifinória para se preparar para seu encontro daqui a duas horas. Pelo que ele pôde ver em Hermione naquele dia, a garota recebera seu bilhete, e mal podia esperar para ouvir todas as besteiras que Harry inventara para falar. Pelo menos uma vez na vida, as coisas estavam caminhando nos eixos para o garoto…
Nove horas… nove e cinco… o tempo não passava! Hermione estava quase tendo um colapso nervoso de tanta ansiedade. Ela passara as últimas horas se aprontando no dormitório. Colocara uma saia de pregas azul, um pouco curta, uma blusa branca, bem justa e com as mangas largas, sapatos pretos e meias três quartos brancas. Ela sabia que Harry adorava aquelas roupas.
“ Quase dez horas, é melhor eu ir e acabar de arrumar as coisas” Harry pensou e logo se precipitou para a porta. Ele usava calças pretas, uma camisa vermelha e sapatos. A roupa que usara quando se encontrou com Hermione pela primeira vez… Se tudo corresse bem hoje, metade de seu plano estaria concluído. Ah, a inocência da Hermione foi a chave para abrir todas as portas pelas quais Harry precisava passar para chegar à sua tão esperada vingança…
“Faltam dez minutos, acho que já vou” Hermione nem parou para pensar pela segunda vez e saiu praticamente correndo do dormitório. Estava muito ansiosa. Ela odiava segredos, mas não que não soubesse guardá-los, claro. Chegou ao corredor faltando dois minutos para as dez. Mas como não agüentaria esperar mais, resolveu entrar na sala…
Seu queixo quase foi ao chão. Harry transformara cada canto daquela sala. Era um lugar escuro e frio, onde havia um cão de três cabeças e um alçapão. Mas agora era um lugar quente e bonito. Harry conjurara uma janela muito alta e a cobriu com uma cortina de seda vermelha. A enorme cama de dosséis tinha também panos de seda escarlate que caíam até os pés e lençóis muito brancos. Toda a cama foi coberta com pétalas de rosas vermelhas e brancas. Ao lado da cama havia uma mesinha, onde Harry colocara um balde de gelo, champanhe, duas taças e morangos bem vermelhos.
- Puxa, você caprichou mesmo! –exclamou Hermione ainda espantada.
- Ocasiões especiais merecem lugares especiais –disse Harry com um sorriso –gostou da decoração?
- Tá brincando? Eu adorei! –respondeu Hermione retribuindo o sorriso.
Harry foi até a mesa ao lado da cama, pegou a champanhe e serviu nas duas taças. Entregou uma a Hermione e disse:
- Eu queria propor um brinde.
- Um brinde a quê? –perguntou Hermione intrigada.
- Ao nosso namoro que vamos reatar, se você quiser, é claro! –disse Harry usando todo seu poder de sedução.
Reatar o namoro? Não, espera aí! Será que Hermione estava ouvindo direito? A impressão que ela teve no ano passado foi que Harry nunca mais olharia para ela. E agora ele queria reatar o namoro? Ela só podia estar sonhado! E mataria quem a acordasse agora!
- Ah, Harry! Muito obrigada por não jogar fora minhas esperanças! Eu sempre tive esperança de que um dia nós voltaríamos a ser felizes!
“ Eu me daria bem como ator!” Harry pensava enquanto fingia estar feliz por Hermione ter aceitado reatar o namoro. “ E você não faz idéia de como estou feliz, Hermione… feliz por estar me ajudando a me vingar de você sua idiota!”
- Bom, agora que somos namorados outra vez, seria muita falta de educação deixarmos aquela cama desocupada. Tá tão convidativa… -Harry dizia enquanto acariciava o rosto e os cabelos de Hermione, com um olhar maroto.
Bastava somente isso para desarmar Hermione. Harry roçava seus lábios no pescoço dela, bem devagar… não adiantava fugir. Harry sabia tudo o que excitava Hermione, e quando ele fazia isso, ela não conseguia fazer nada a não ser se render a ele.
Hermione se rendia tão fácil… e ela mal sabia que Harry estava usando esse defeito como arma. O defeito de Hermione se voltara contra ela agora.
Harry tirou as roupas de Hermione muito rápido, ele tinha mãos rápidas. Ele a beijava da cabeça aos pés, sem se esquecer de nenhum pedaço. Hermione lhe puxava os cabelos, gemendo e ofegando. Harry a deixava louca… ela, então, desabotoou todos os botões da camisa dele de uma vez só e a arrancou do corpo dele com uma certa violência, até uma obsessão… ela estava com saudades daquele corpo musculoso, de poder tocá-lo outra vez.
Harry ofegava de prazer enquanto Hermione beijava seu tórax. Ele queria muito se vingar dela, mas tinha que admitir que esse encontro era a melhor parte do plano… Harry ainda sentia muito tesão por ela, Hermione era maravilhosa na cama, sabia excitá-lo… “Calma, Harry! Não se deixe levar, controle-se!” o garoto pensava enquanto as mãos de Hermione passeavam em suas costas. Harry puxou Hermione para cima dele pelas coxas e ela passou as pernas em torno da cintura dele. Os dois estavam sedentos por prazer. Harry conduziu Hermione até a parede atrás deles. Ele acariciava as pernas da garota, adorava quando ela colocava aquelas meias três quartos. As meias eram as únicas peças de roupa que restavam em Hermione, e Harry logo as tirou.
Os dois agora estavam completamente nus, e Harry prendia Hermione na parede. Ele acariciava os seios dela, mordia, beijava… e a penetrou ali mesmo, de pé e encostados à parede. Hermione soltou um gemido que misturava surpresa e prazer, e entrelaçou ainda mais suas pernas em Harry, arranhando as costas dele. Ela adorava aquilo, aquele clima selvagem, que fugia da rotina. A parede estava gelada, mas… que se dane! E Harry não parava, continuava sempre na mesma velocidade e voracidade. Parecia que ele queria devorar Hermione, sem deixar sobrar nenhum pedacinho.
Então, Harry e Hermione soltaram gemidos altos ao mesmo tempo. Harry jogou a cabeça para trás e Hermione desenrolou-se do garoto e foi escorregando lentamente pela parede até se sentar no chão. Queria se levantar e, mais do que nunca, deitar-se naquela cama aparentemente tão quentinha e macia, mas ela estava quase sem forças…
- Vamos, eu acho que a cama é melhor para dormir –disse Harry.
Ele pegou Hermione nos braços e a deitou na cama. E caiu sobre os seios dela logo depois, exausto.
- Que pena, não usamos a cama –disse Harry meio desapontado.
- Também, você é tão apressado! Nem quis chegar na cama primeiro –disse Hermione com uma risada brincalhona.
- Pelo menos agora ela está ótima pra dormir…
Após essas palavras de Harry, nenhum dos dois falou mais. Provavelmente cansados demais para conseguir pronunciar mais alguma palavra. Então, dormiram profundamente…
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