Piorando por piorar
Harry sabia que no seu 17° aniversário, o encantamento existente que o protegia na casa da irmã de sua mãe, acabaria. E sabia que Voldemort não iria perder muito tempo para tentar matá-lo. Mesmo com os avisos e tentativas de retirá-lo dali, tanto de seus amigos como dos membros da Ordem, Harry queria ficar. Queria enfrentar Voldemort. Queria poder matá-lo.
Obviamente, Voldemort não se atrevia a chegar tão cedo próximo a Harry.
'Ele imaginou que os membros da Ordem estariam-me vigiando' - pensou Harry mais tarde.
E eles estariam, se não fosse pelos pedidos incessantes de Harry para que ninguém mais ficasse ali. O problema agora era entre ele e Voldemort. Voldemort sabia que tinha de acabar com Harry, por ter ouvido metade da profecia.
Porém, Harry não imaginava que os dementadores viriam apenas para obter... a sua varinha. O motivo, ele desconhecia.
Deixando de lado seus temores por corujas intercepcionadas, contatou seus dois melhores amigos, Rony e Hermione sobre o ocorrido e deitou-se na cama. Acrescentado ao bilhete, iria um pedido de remoção para A Toca.
Os Dursley não o precisariam ver nunca mais. Ele teria que encontrar sua própria segurança a partir de agora.
Harry descansou sua cabeça no travesseiro. O que deveria fazer? Sua varinha lhe fora tomada pelos dementadores.
Levantando-se rapidamente, correu até a escrivaninha novamente, pegando uma pena e molhando-a de tinta em seguida.
Lentamente, escreveu algumas linhas num pedaço de pergaminho.
'Roubaram minha varinha.Sete dementadores me atacaram. Estou planejando ir para A Toca.
Espero novidades.
Ps: Como vai Gui?
Harry'
Quase no instante em que Harry terminava de enrolar o pergaminho para colocá-la junto de Edwiges, uma coruja rompeu pela janela, caindo desastrosamente sobre a escrivaninha. Harry assustou-se, mas em seguida viu um pequeno pergaminho, de forma parecida com o que recebera dois anos antes, amarrado à coruja.
Pegando-o apressadamente, começou a ler o que imaginava que era. Porém, parou estupefato ao ler as últimas linhas da carta.
'Para Harry, Rua dos Alfeneiros, Número 4
Identificamos que na noite corrente, o senhor Harry Potter infringiu as leis da magia.
Convencionalmente, o senhor estaria a cargo de ser julgado e levado a uma audiência no Ministério da Magia.
Ocasionalmente, devido aos últimos fatos ocorridos, o Ministério da Magia não está mais proibindo o uso de magia
fora dos terrenos escolares por tempo indeterminado.
Porém, avisamos que o uso da magia SOMENTE é tolerável para a proteção pessoal.
Aline Bolt Reiskel
Acessoria de Controle do Uso Indevido da Magia
Ministério da Magia'
Harry surpreendeu-se com o fato. Lembrava-se da confusão originada dois anos antes quando dois dementadores haviam atacado ele e seu primo Duda, e Harry tivera de usar magia para defender-se.
Erguendo-se rapidamente, encarou Edwiges e lhe disse:
'Preciso que você mande essa carta que escrevi para Lupin. Você sabe onde ele está, certo?'
A coruja emitiu um som agudo e saiu voando juntamente com a coruja do Ministério, pela janela.
Harry voltou-se para o armário. Precisava sair dali. Pelo menos por enquanto. Começara a arrumar suas malas, colocando todos os seus objetos e roupas dentro do malão.
'Chegando na Toca, preciso decidir o que fazer... recuperar uma varinha, e começar minha procura pelos Horcruxes que Dumbledore me alertou...' - pensou Harry ao mesmo tempo que uma lágrima escorria de seu rosto ao lembrar de Dumbledore, o velho diretor de Hogwarts que morrera no fim do ano anterior por Snape.
Lembrou-se da face de torpor de Snape. Uma chama de ódio cresceu em seu interior.
'Snape é tão culpado quanto Voldemort pela morte de meus pais. Snape é um traidor. Ele não merece mais do que a morte.' - irritou-se Harry novamente.
Nesse instante, uma nova coruja chegou até Harry pela janela. Ajeitando-se rapidamente, começou a ler a carta.
'Harry!
Venha para nossa casa! Você está em muito perigo ficando onde está.
Os dementadores podem voltar.
Precisamos resolver o caso da varinha também. Precisamos recuperá-la.
Venha logo.
Rony'
Após terminar de ler a carta, Harry mostrou um leve sorriso e pensou na frase que lera: 'Precisamos recuperá-la'.
Como R ony pretendia recuperá-la? Provavelmente, ela estava a caminho de Voldemort nesse momento.
Pegando seu malão, a gaiola de Edwiges e o resto de seus pertences, encaminhou-se para fora do quarto.
Lembrou-se então dos Dursley, durmindo nos quartos do outro corredor.
'Nunca mais os verei, provavelmente' - pensou Harry.
Olhando de esguelha para a porta, pensou se era seguro deixar os Dursley ali, na casa que agora se tornara o alvo principal dos ataques de Voldemort.
'Eles não virão mais aqui. Eles querem a mim. Saberão que não estou mais aqui.' - pensou, ao mesmo tempo que surpreendia-se por estar se preocupando com os Dursley.
Descendo as escadas, ficou de frente para a cozinha, pronto para aproximar-se da porta.
Foi então que Duda apareceu, descendo as escadas, com uma cara, que Harry pensou, de quem estava louco para 'assaltar a geladeira'
Duda fitou Harry e falou:
'O que você está fazendo aqui?' - e o olhar da cara rechonchuda de Duda mirou o malão e a gaiola de sua coruja. 'Vai fugir na calada da noite, é? Pode ir, não sinto falta.'
'Muito menos eu' - disse Harry - 'Adeus'.
Harry deu alguns passos em direção a escada. Foi então que, percebendo o silêncio, voltou-se para trás.
Duda estava diferente. Seus olhos estavam fixos na parede.
Harry o observou lentamente. O que estava acontecendo?
'Fique onde está, imbecil.' - falou Duda de forma assustadora.
Duda não o estava olhando, estava fixando seu olhar para algum ponto na parede, como se tivesse visto um fantasma.
Nesse momento, Duda caiu no chão repetinamente.
Harry voltou-se e correu em direção ao garoto. Duda estava caído no chão, de olhos fechados.
'Duda! Acorde! Acorde!!!' - gritou Harry.
Nesse instante, Duda abriu seus olhos e olhou para Harry. Levantou-se rapidamente e correu até a cozinha. Abriu uma gaveta e ficou parado.
Harry observou-o assutado.
Foi então que Duda retirou uma faca e lançou-a na direção de Harry. Harry desviou-se em questão de segundos de ser atingido.
'O que está fazendo, Duda???' - gritou Harry.
'Fique onde está.' - falava Duda.
Duda então retirou outras facas da gaveta.
Harry então concentrou-se rapidamente. Ele vira Dumbledore fazendo isso no ano anterior.
Como umo força gigantesca que o concentava em seu umbigo, Harry pensou rapidamente no lugar e segurou seu malão e a gaiola junto de si.
Havia aprendido os feitiços 'não falados'. Mas não sabia se conseguiria agora, ainda mais sem sua varinha. Mas talvez desse certo.
Após um breve instante de concentração, Harry sumiu do espaço em que se encontrava no momento em que uma faca atirada por Duda passava pelo lugar em que sua cabeça estivera momentos antes. Harry acabara de aparatar.
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