Capítulo I



Capítulo I

Harry olhou para o relógio de pulso mais uma vez. Estava impaciente, como passara suas férias inteiras. Faltavam algumas horas para o seu aniversário, algumas horas para ele finalmente fazer 17 anos e se tornar um bruxo maior de idade e poder se livrar pra sempre da vida com os Dursley e das pessoas lhe dizendo a todo o tempo o que devia ou não fazer.

Seu último ano em Hogwarts fora vazio e completamente diferente do que ele ou qualquer outra pessoa poderia esperar. E com a morte de Dumbledore, era como se sua última esperança de algum dia poder ser feliz e viver em paz tivesse ido embora. Porém, ele sabia que não poderia ser fraco. Não agora, não ele! Qualquer pessoa poderia se permitir lamentar, mas ele era Harry Potter. E somente ele poderia fazer alguma coisa para mudar tudo aquilo.

Combinara com o Prof. Lupin que este deveria buscá-lo na casa de seus tios trouxas no dia do seu aniversário e levá-lo para a sede da Ordem da Fênix. Afinal, ele seria maior de idade e poderia finalmente fazer o que bem entendesse com a sua vida. Rony e Hermione estariam esperando-o por lá.

Olhou mais uma vez no relógio, suspirou e fechou os olhos. Não adiantaria nada passar a noite em claro.



Harry acordou renovado e empolgado. Finalmente tinha 17 anos! Poderia tomar suas próprias decisões sem ter que dar satisfações para ninguém. Levantou-se, trocou de roupa e desceu com seu malão. Logo Lupin chegaria e ele queria ir embora o mais rápido possível, para nunca mais ser necessário ver a família Dursley em sua vida.

A campanhia tocou e ele correu para atender, sorrindo para o seu antigo professor que estava parado na porta, com uma expressão cansada e preocupada. Não havia nos últimos tempos um bruxo sequer que não carregasse os mesmos sentimentos na face. Não eram tempos fáceis e era necessário que todos se juntassem para lutar contra Voldemort.

- Feliz aniversário, Harry! – Lupin o abraçou – E então? Vamos?

- Sim, claro! – ele pegou seu malão e saiu da casa sem um último olhar.

- Não vai se despedir dos trouxas?

- Eles não estão. Falei com eles ontem, e eles já têm noção de que nunca mais me verão. E não pareceram nem um pouco tristes com isso, pra ser sincero. – ele colocou os malões dentro do carro trouxa que Lupin disse ter conseguido com um amigo filho de trouxas.

- Você está aliviado de ser agora maior de idade, não é mesmo, Harry? – Lupin entrou no carro e Harry se sentou no carona, partindo logo em seguida.

- É bom eu mesmo poder tomar minhas próprias decisões a partir de agora, entende? Não ter um bando de gente no meu pé dizendo o que eu tenho que fazer, pra onde eu devo ir e esse tipo de coisas...

- As pessoas apenas se preocupam com o seu bem-estar, Harry.

- Se preocupam demais para o meu gosto! – respondeu mal-humorado e o resto da viagem foi feito em silêncio, após um último suspiro do ex-professor.

Quando chegaram na sede da Ordem, no Largo Grimauld, Harry olhou ao redor após passar silenciosamente pelo corredor onde ainda se encontrava o quadro da mãe de seu falecido padrinho. Estava tudo mais organizado e mais limpo do que da última vez em que entrara ali, e Harry se permitiu sentir falta de Sirius e de tudo que ele sempre fizera por ele.

- Rony e Hermione logo chegarão. Como não estamos em clima para festas, resolvemos apenas fazer um jantar para comemorarmos.

- Obrigado, professor. – Harry deu um pequeno sorriso – Vou levar as coisas para o quarto.

Lupin foi em direção à cozinha e Harry subiu as escadas lentamente, guardou suas coisas e se deitou, esperando até que seus dois melhores amigos chegassem, o que não demorou muito. Ouviu as vozes deles lá embaixo e logo depois eles subindo as escadas.

- Harry! – Hermione logo gritou e correu para abraçá-lo – Feliz aniversário!

- É bom ver você também, Mi. E obrigado! – ele sorriu e logo depois foi dar um abraço em Rony.

- Parabéns, irmão! E então, cara? Como você está? – os três se sentaram na cama.

- Bem, na medida do possível. E é bom finalmente ter 17 anos! – ele deu um largo sorriso.

- Seus presentes estão lá embaixo, vamos todos entregá-los na hora do jantar. O resto dos Weasley vem depois, já que só eu e Rony ficaremos por aqui.

- Gina...?

- Sim, ela também vem. – Rony suspirou – Ela parece mais conformada por você ter decidido terminar com ela...

- Foi para o bem dela. – ele deu de ombros. Com as férias, ele percebeu que aquilo não o estava machucando tanto quanto ele esperava.

- Eu odeio essa sua nobreza às vezes, Harry... – Rony comentou.

- Harry tem razão, Rony. – Hermione sorriu para o amigo, que lhe retribuiu – Gina estaria correndo muito perigo se continuasse namorando Harry. Na verdade, qualquer pessoa próxima demais a ele corre perigo.

- Incluindo vocês dois!

- Mas nem adianta tentar nos afastar de você, cara! Somos seus amigos e não vamos te largar na pior hora só porque é perigoso. Se fosse por isso, nós mesmos teríamos caído fora no 1° ano quando tudo começou. Não temos medo, e nem adianta você gritar, espernear ou qualquer outra coisa. Começamos juntos, terminaremos juntos!

- É difícil admitir, mas Rony tem razão! – Hermione ignorou o olhar que o ruivo lhe lançou e continuou – Vamos estar ao seu lado aconteça o que acontecer, você lutando contra isso ou não.

- Parece que eu não tenho muita escolha...

- Definitivamente, não!

- Sem chances, cara!

- Certo, certo... Mas acho que agora temos coisas mais importantes para conversarmos...

- Sobre os Horcruxes?

- Sim, Mi... Como vamos fazer para descobri-los?

- Mas a Ordem já está trabalhando nisso, não está? – Rony perguntou.

- Duvido muito... Eles não sabem do que aconteceu... Não creio que Dumbledore tenha contado para o resto da Ordem, ele não teve tempo graças ao maldito Snape...

- Aquele traidor filho-da-mãe!

- Certo, meninos... Nos exaltarmos agora não vai dar nada certo. – Hermione suspirou – O que você acha que devemos fazer, Harry?

- Na verdade, eu ainda não sei... O pessoal da Ordem já deve estar atrás do Malfoy e do Snape, mas eles são Comensais e são bastante espertos.

- Eu acho que eles ainda estão por aqui... – Hermione comentou.

- Porque estariam, Hermione? Eles estão sendo procurados por todo o Mundo Bruxo, afinal Snape assassinou o maior bruxo de todos os tempos, e depois fugiu com Malfoy!

- Pensa bem, Rony! Eles são Comensais e fugiram com outros Comensais! Do que adiantaria eles sumirem da Inglaterra? Não faria sentido! Eles precisam estar perto de Voldemort para servirem para alguma coisa, entende? Eles não fugiriam assim, simplesmente... Indo para a China ou sei lá mais para onde! Eles têm que estar por aqui!

- Ou não... Ou então eles estão em algum outro lugar alistando novos aliados para Voldemort, assim como vários integrandes da Ordem vêm tentando fazer! – Harry comentou.

- Pode ser possível também... – a garota deu de ombros – Mas mudando de assunto rapidamente, e Hogwarts? Como vai ficar?

- O Prof. Lupin não me falou nada... Mas eu não recebi nenhuma carta ainda. Acho que McGonagall deve estar com medo agora... Vai ser perigoso abrir a Escola sem Dumbledore. Ele sempre foi a maior garantia de proteção de lá!

- Você acha que ficaremos sem aulas logo no 7° ano?

- Vamos ficar sabendo de tudo isso hoje à noite, meninos! McGonagall virá, porque eles com certeza aproveitarão para fazer uma reunião da Ordem!

- Você tem certeza, Mi?

- Certeza, não... Mas sempre que acontecem esses jantares, depois eles nos expulsam da sala de jantar e fazem a reunião, lembram-se? Sempre foi assim! E eu acredito que eles devem estar se encontrando mais do que o normal ultimamente!

- É, você deve ter razão... Mas acho melhor não falarmos disso agora... – Harry pediu e eles continuaram conversando o resto da tarde.



O trio passou horas conversando, mas nem setiram o tempo passar. Só se deram conta do horário quando Lupin bateu na porta do quarto dizendo que os convidados estavam chegando e que era melhor eles se arrumarem.

Hermione foi para o quarto para tomar banho e dizendo que se encontrariam lá embaixo na hora do jantar.

Depois de prontos, os meninos desceram e Harry foi receber os parabéns dos convidados. E então, ele observou Gina conversando com Tonks no canto da sala de jantar, e ela lhe sorriu, pedindo licença para a auror e indo na sua direção. Ela vestia um vestido simples de verão verde e os cabelos ruivos presos em uma trança, e Harry a achou linda. Mas seu coração não estava saindo pela boca como deveria estar acontecendo.

- Feliz aniversário, Harry! – Gina o abraçou com força.

- Obrigado, Gina! – ele sorriu e retribuiu o abraço com a mesma intensidade.

- Finalmente 17, não?!

- Finalmente! – ele sorriu orgulhoso.

- Harry! – ele ouviu a voz de Hermione e se virou, ficando surpreso. A amiga não estava arrumada nem nada do tipo, mas estava linda, e parecia que todos na casa tinham reparado nisso. Usava uma saia estilo hippie azul, uma sandália de salto branca e uma camiseta branca com detalhes em azul. Os cabelos, que ele sempre descrevera como rebeldes, estavam com cachos castanhos e perfeitos, com algumas mechas caramelo.

- Mi! Você está linda! – ele abraçou a amiga, que corou ao perceber todos os olhares sobre ela.

- Oi, Gina! – ela abraçou a ruiva – Como vai?

- Bem, eu acho. E você?

- Bem também! Se importa se eu te tomar Harry um pouquinho?

- Todo seu! – ela sorriu, mas dava para perceber que ela se importava.

A morena puxou Harry na direção de Rony, que ainda a olhava de boca aberta, e pegou o seu presente.

- Achei isso em Hogsmeade, e acho que vai ser de grande ajuda, caso você ainda continue com as suas idéias do último ano letivo. – ela lhe entregou um grande estojo, que mais parecia uma mala pequena e ele a abriu. Dentro continha os mais raros ingredientes para fazer as poções mais difíceis e também raras.

- Caraca, Mi! Valeu! – ele sorriu e beijou a testa da amiga.

- Bom, o meu é um pouco mais simples, mas acredito que também vai ser de grande ajuda! – Rony entregou o seu embrulho, que Harry abriu rapidamente. Era um grande, grosso e antigo livro que continham listados todos os feitiços em ordem alfabética, suas formas de fazer e para quê serviam, como um dicionário.

- Vocês são demais! – Harry deu um abraço em Rony.

- Harry Potter! – Fred chamou o garoto, que foi na direção dos gêmeos que lhe deram um forte abraço – Viemos aqui, em toda a nossa humildade, lhe entregar o nosso presente de aniversário! Afinal você é o nosso sócio e não poderíamos deixar essa data tão importante passar em branco.

- Até parece, né?! – Harry riu.

- Mas se não fosse você, hoje nós não seríamos grandes empresários bruxos, oras! Por isso, aceite essa humilde lembrança vinda diretamente da nossa loja! – Jorge lhe entregou um estojo um pouco maior que o de Hermione.

- O que é?!

- Nossa mais nova invenção! – Fred sorriu.

- Um estojo com poções ótimas para enganar e dar trotes, e também com bombinhas que soltam fumaça, para quando for necessário fugir depois de pregar uma peça, e outras que reproduzem sons para despistar os outros.

- Vocês são o máximo! – Harry os olhou, espantado – Como conseguiram isso?

- Passamos muitos meses pesquisando, e quando conseguimos, resolvemos dar o primeiro de todos para você!

- Nossa, muito obrigado mesmo, caras! Vocês não imaginam no quanto isso daqui vai me ajudar!

- Use com cuidado, Potter! Muito cuidado! – Fred piscou para o garoto e os gêmeos saíram, e Harry voltou para perto de Rony e Hermione.

- O que é isso? – Rony olhou para o estojo que seus irmãos deram para Harry.

- Um estojo com algumas Poções e bombinhas que soltam fumaça e reproduzem sons para enganar os inimigos.

- Eles não me deram um desses!

- Esse é o primeiro! Acho que eles vão começar a vender agora...

- Parece que todos os seus presentes vão servir para te ajudar esse ano, de alguma forma.

- Lupin me deu um daqueles espelhos que Sirius também tinha me dado. Esse está ligado a todos os integrantes da Ordem, caso seja necessário pedir socorro. Acho que eles já imaginam que eu não vou ficar aqui por muito tempo...

- Se eles te deram um espelho desses Harry, isso só pode significar uma coisa!

- O quê?

- Que você vai entrar para a Ordem, não é óbvio? – Hermione colocou as mãos na cintura – Pensa bem... Só membros da Ordem o possuem, e agora você é maior de idade, já pode fazer parte e lutar ao lado deles!

- Será?

- Eu concordo com a Mione!

- Pessoal, vamos nos sentar! – Lupin os chamou – Está na hora do jantar!

Todos foram para as suas cadeiras, e McGonagall se sentou em uma ponta, onde Dumbledore cotumava ficar, enquanto Lupin se sentava na outra.

- Muito bem! Hoje vamos nos reunir porque temos uma coisa muito importante para comemorar! A maioridade de Harry! – Lupin sorriu e todos aplaudiram.

- Por favor, gente... – Harry pediu timidamente.

- Oras, Harry! São 17 anos! Não seja tão tímido! Como não podemos fazer uma festa, fizemos esse jantar para você! – Tonks bateu palmas e a comida apreceu na mesa.

- Obrigado! De verdade... – Harry sorriu, e todos se serviram.

Todos na mesa se permitiram se divertir pela primeira vez nos últimos meses, conversando sobre amenidades, velhas amizades e velhos tempos. Quando todos terminaram de comer, Tonks se levantou para falar.

- Não podíamos deixar de fazer pelo menos um bolo para comemorar o aniversário do Harry! – Tonk sacudiu a varinha e um grande bolo de chocolate apareceu sobre a mesa, com dezessete velas acesas – Vamos cantar parabéns, pessoal!

Todos começaram a cantar ‘Parabéns’ para um Harry morto de vergonha. Assim que terminaram, Tonks o mandou fazer um pedido e apagar as velas, o que ele obedeceu. Depois distribuiram os pedaços do bolo e conversaram mais um pouco, até que os convidados começaram a ir embora e a Sra. Weasley mandou Gina ir dormir, sobrando apenas os membros da Ordem, Harry, Rony e Hermione.

- Sentem-se todos, por favor! – McGonagall pediu da ponta da mesa, que já estava limpa, e todos obedeceram – Hoje é um dia muito especial, já que finalmente Harry tem 17 anos e é maior de idade, e a partir de agora ninguém mais pode tomar decisões por ele. E ele conquistou o direito de participar dessa reunião conosco.

- E porque eu e Mione estamos aqui?

- Bem, Sr. Weasley. As coisas andam muito difíceis para nós e quanto mais aliados tivermos, melhor. Nem todos nessa mesa concordaram de primeira com a minha decisão de deixar vocês aqui... – a Sra. Weasley deu um gemido contrariado – Mas não acho que vocês não mereçam. Em todos esses anos, vocês três sempre estiveram ao nosso lado e se mostraram mais corajosos e mais fortes que muitos de nós aqui, por isso vocês conquistaram o direito de assistirem as reuniões da Ordem!

- A senhora está querendo dizer...?

- Que vocês estão sendo convidados a serem membros da Ordem da Fênix e lutarem ao nosso lado contra Voldemort e todas as ameaças que vêm nos acontecendo nos últimos tempos.

- Mas eu ainda sou menor de idade... Meu aniversário é só em setembro!

- Mas você é corajosa, Hermione. Sua inteligência é superior a da maioria dos bruxos maiores de idade, e você já fez muito ao nosso lado. Nós realmente pretendíamos esperar até o aniversário da senhorita para convidarmos vocês três, como fizemos com os gêmeos, Gui, Carlinhos, e tantos outros membros, mas agora não podemos mais nos dar ao luxo de esperar. E eu tenho certeza que Dumbledore concordaria com a minha decisão! – a velha bruxa sorriu – Mas é claro que vocês podem não aceitar...

- Mas nós aceitamos! – Rony falou rapidamente – Nós sempre quisemos fazer parte da Ordem! Digo, poder participar das reuniões e saber o que está acontecendo...

- Que bom, Sr. Weasley... Mas vocês deverão passar por uma pequena iniciação. Nada demais... Nós confiamos em vocês, mas será necessário que vocês tomem um gole de Veritaserum, respondam às perguntas que eu irei lhes fazer e então, vocês serão membros!

- Bom... Nós aceitamos! – Harry respondeu pelos outros.

- Muito bem... – a nova Diretora suspirou e se levantou. Com um movimento da varinha, a mesa desapareceu e três cadeiras de madeira, com estofado vermelho apareceram no meio da sala de jantar. Todos os membros encostaram-se na parede, de frente para as cadeiras – Sentem-se!

Eles obedeceram, e McGonagall parou um pouco à frente dos outros membros. Lupin estava com um frasco de líqüido transparente, que eles reconheceram como a Poção da Verdade, e foi na direção deles, pingando uma gota na boca de cada um.

- Senhores Harry Potter, Ronald Weasley e Senhorita Hermione Granger, vocês aceitam fazer parte da Ordem da Fênix? – McGonagall perguntou, com uma voz forte.

- Sim! – a resposta saiu da boca dos garotos sem que eles tivessem chance de impedir.

- Vocês prometem estar ao nosso lado acima de todas as coisas, sem traições ou mentiras?

- Sim! – mais uma vez a resposta saiu antes que qualquer um pudesse pensar o contrário.

- Vocês estão preparados para morrer e lutar por nossa causa, até que o mal seja completamente extinto do Mundo Mágico?

- Sim!

- Então vocês estão aptos a fazerem parte da Ordem da Fênix, participarem das reuniões e tomarem decisões ao lado de todos nós. – todos sorriram – Levantem-se!

Eles obedeceram rapidamente, sem conter a felicidade dentro deles.

- A partir de agora vocês devem andar com esse pequeno broche em suas roupas, como prova de que vocês estão ao nosso lado! – McGonagall foi na direção deles e pregou na blusa de cada um, um pequeno broche dourado no formato de uma fênix, que possuía olhos de rubí, e atrás continha a inscrição de OdF – O efeito da Poção logo vai passar, já que lhes demos pouco.

- Muito obrigada, Professora! – Hermione sorriu.

- Agora acho que podemos começar a reunião! – ela sorriu para a aluna e, com uma sacudidela de varinha, a mesa voltou ao lugar, só que dessa vez havia uma grande toalha vermelha com detalhes em dourado sobre ela, e as cadeiras eram iguais às que eles tinham se sentado antes. Em frente a cada uma havia uma placa com o nome dos membros. As de Harry, Hermione e Rony estavam juntas, ao lado de Tonks.

- Como ficou resolvido sobre a escola, McGonagall? – Moody perguntou assim que todos se sentaram em seus lugares.

- Achei melhor continuar com a mesma decisão, Alastor... – ela respondeu com um suspiro triste – Não poderemos manter tantos alunos em segurança dentro do Castelo agora que Dumbledore se foi.

- Alguma novidade sobre Snape? – Harry perguntou timidamente.

- Nada! Ele e o garoto Malfoy simplesmente sumiram do mapa! Não conseguimos imaginar aonde eles podem estar. Acreditamos que eles estejam vivendo como trouxas. Contactamos outros Ministérios aliados para nos ajudar e nenhum deles encontrou nada.

- Eu acho que eles ainda estão na Inglaterra, professor...

- Porque pensa assim, Hermione? E não me chame de Professor, por favor. – Lupin sorriu.

- Vejam bem... Eu já até falei isso para Harry e Rony, e eu acredito que faça um pouco de lógica... – ela começou, perdendo a timidez inicial – Eles são Comensais da Morte e isso já foi provado. Não acho que eles sairiam do país, levando-se em consideração que Voldemort também está por aqui. Eles não seriam de muita ajuda longe. É claro que há a chance de eles terem saído com a missão de recrutar mais aliados para o lado das trevas, mas não acho que isso seja possível, já que os rostos deles estão sendo procurados em todo o Mundo.

- Você tem razão, querida. – a Sra. Weasley sorriu – Mas nós já pensamos nisso também. O problema é que já os procuramos e não encontramos nada.

- Não existe o risco de transfiguração?

- Sim Harry, existe. Mas não tenho certeza se Malfoy seria capaz disso.

- Ele seria! – Rony falou – Quer dizer, ele e Hermione eram os melhores no nosso ano, talvez os melhores de Hogwarts! Claro que a Mione sempre o venceu... Mas eu detesto admitir, mas o Malfoy era bom!

- Vai ser muito difícil achá-los... – Harry suspirou – Mas como vamos fazer se não poderemos complerar o 7° ano?

- Ele será apenas adiado, Harry. Agora que Voldemort conseguiu matar Dumbledore, ele começará a atacar mais, e isso acabará sendo um erro, porque será mais fácil de localizá-lo! Sendo assim, mais fácil de destruí-lo. Só que você terá que ter muito cuidado, garoto! Afinal, você nunca terminou o curso de Oclumência, o que é um prato cheio para ele!

- Não acho que teria feito muita diferença, Professor Moody. – Harry deu de ombros – Snape era quem estava me ensinando, e ele não faria tudo com perfeição. Ele com certeza ia dar um jeito para que eu não conseguisse mais entrar na mente de Voldemort, mas para que ele pudesse tomar conta da minha.

- Tem razão! O problema é que estamos em um buraco sem saída... – Fred comentou. Ele e o irmão haviam entrado para a Ordem no ano anterior, quando haviam completado a maioridade.

- O que acontecerá com o Castelo? – Rony perguntou.

- Pretendíamos usá-lo como sede, mas depois vimos que não será muito seguro. – o Sr. Weasley respondeu – Mas será de grande auxílio para as batalhas e manter as pessoas que estão sendo ameaçadas. A maioria dos membros têm ficado por lá.

- Bom, acho que agora está na hora de discutirmos a parte principal. – McGonagall falou – Os Horcruxes!

O trio de ouro se entreolhou, curioso.

- Dumbledore contou para alguns de nós, meninos, não se assustem. Mas depois de sua morte, todos da Ordem foram avisados sobre o que havia acontecido e tivemos que contar, porque quanto mais ajuda, melhor.

- E vocês descobriram alguma coisa?

- Nada mais do que já sabíamos e que Dumbledore havia nos falado. O medalhão ainda está com você, não está, Harry?

- Sim...

- Pegue-o lá em cima, por favor? – a mulher pediu e Harry correu até seu quarto para pegá-lo. Segundos depois, estava de volta.

- Aqui está! – ele entregou para a Diretora.

- Obrigada... – ela abriu lentamente um medalhão e o leu com cuidado. Depois suspirou, e com um feitiço, fez as palavras aparecerm no ar para todos lerem:

Ao Lord das Trevas
Eu sei que eu já terei sido morto quando você ler isto, mas eu quero que você saiba que fui eu quem descobriu seu segredo. Eu roubei o Horcrux real e pretendo destruí-lo assim que puder.
Eu enfrento a morte na esperança de que quando você se encontrar com seu igual você será mortal outra vez.
R.A.B.

- R.A.B. – Lupin repetiu lentamente.

- Você sabe o que isso significa, Pr... Lupin?

- Não tenho certeza, Hermione... Não consigo me lembrar, mas tenho certeza de que não me é estranho!

- Você precisa se lembrar, Remo! – Tonks pediu.

- Eu sei, mas eu não consigo... Só que eu tenho certeza de que eu já ouvi isso antes!

- Não consegue ter uma vaga noção, Remo?

- Não, Alastor... Mas vou tentar me lembrar... Vou reler livros, cartas, vasculhar na minha memória... Eu vou lembrar, não se preocupem!

- Precisamos descobrir quem é essa pessoa ou o que significa essa sigla, para podermos descobrir onde se encontra o medalhão! – Quim Shacklebolt falou.

- E os outros Horcruxes?

- Bom, Rony! Só podemos nos basear no que Dumbledore achava, de que ele está relacionado com os fundadores... Mas não conseguimos imaginar onde eles estão!

- Bom... Eu os encontrarei! – Harry falou, se levantando.

- Como assim, querido? – a Sra. Weasley perguntou, preocupada.

- Vou sair por aí à procura dos Horcruxes!

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N.A.: Depois de séculos sem ter paciência para escrever uma fic, essa é a minha segunda... (a primeira está no ff.net e é da época dos Marotos, se chama Algum Dia). Vamos lá, comentem!

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