Dementadores no trem!



Era o 7º ano de Tiago Potter, Sirius Black, Pedro Pettigrew e Remo Lupin. Os quatro amigos estavam em uma cabine, mergulhados em seus pensamentos. Tiago estava segurando um pergaminho, no qual escrevia uma carta. Sirius, percebendo, sentou-se ao lado do amigo, e, curioso, perguntou:
- E aí, pontas? Pra quem está escrevendo?
- Ah... – Tiago ficou ligeiramente corado. – Pra ninguém, almofadinhas!
- Pra ninguém, é? – Sirius o encarou, e depois ao pergaminho. – Vejamos.
- Não, Sirius, devolve aqui! – Tiago tentou segurar o pergaminho que o amigo puxara, mas já era tarde. Sirius olhou o pergaminho, depois olhou para Remo e Pedro, deu um sorriso maroto e depois começou a ler a carta em alta voz. – “Evans: Aqui é o Tiago, ou Potter, como preferir. Escute, sei que me odeia, que me acha arrogante e idiota, mas, Evans, já que não conseguimos conversar pessoalmente (por exigências suas), então resolvi escrever por carta tudo o que sinto por você. Te acho muito bonita e agradável, Evans, só me chateio quando me xinga ou não me escuta. E sobre o Snape, aquele ranhoso (eu sei que não gosta que falo dele, mas é pura verdade”, florzinha “) – Sirius, Remo e Pedro soltaram gargalhadas. – eu o xingo, pois acho que nasci não gostando dele. Acho que vou terminar por aqui, meu bem – mais gargalhadas... – e espero que tenha me entendido. Te amo, Evans”.
Alguns instantes de silêncio.
- Olhem... Nem vem, vocês sabem desde o começo de como eu gosto da Evans! – Tiago protestou, se levantando e puxando o pergaminho, irritado.
- Ah, “Tiaguinho”, não precisa ficar irritadinho! – Sirius disse, entre gargalhadas com seus amigos.
- É, “Titi”! – Remo exclamou, quase chorando de tanto rir. Pedro estava quase escorregando do banco de tanto rir. Tiago ficou olhando para os três por uns segundos, e depois, finalmente, exclamou:
- Patetas.
Depois dessa complicada situação, os quatro amigos voltaram a se falar normalmente. Estavam conversando, quando a porta da cabine abriu. Todos olharam para a porta, e de repente, Tiago se levantou de um salto, parecendo hipnotizado.
- Com licença! – Uma garota negra adiantou-se a porta. Era muito bonita; tinha cabelos encaracolados e negros, até a cintura; seus olhos eram cor-de-mel, ela era alta e tinha um bonito corpo. – Podemos ficar nessa cabine?
- Pode! Pode! – Pedro pulou, olhando a garota, fascinado. – Claro, sente-se no meu lugar! Aqui!
Ela riu.
- Vocês são muito gentis de deixarem nós entrarmos! – Uma garota de cabelos negros, lisos até o meio das costas, de olhos acinzentados, pele branca, um pouco alta e magra, que era muito graciosa, agradeceu. – Muito obrigado mesmo.
Remo engoliu seco, olhando para a garota.
- Ah, isso não foi nada... – Ele sorriu, levantando-se. – Quer sentar no meu lugar?
- Ah, muito obrigado mesmo! – Ela sorriu para ele, corando, e sentando-se.
Duas outras garotas entraram, felizes, mas, ao verem quem estava na cabine, mudaram seu humor na hora, ficando sérias. Uma garota de cabelos ruivos, espessos e caídos pelo ombro, olhos verdíssimos, um pouco alta, magra e branca, perguntou, em tom de desânimo:
- Ah... Jenny... Chris… Vocês querem ficar aqui mesmo? Tem certeza que não tem outras cabines?
- Ah, ora, vamos, Lílian, seja agradável. – A morena, que atendia pelo nome de Jenny, respondeu.
- É, e não tem outras cabines, só restou essa! – A negra, cujo era chamada de Chris, acenou. – Vamos, entre. E cadê a Sarah?
- Está aqui fora... – Lílian respirou fundo e depois chamou. – Sarah! Vamos... Não adianta ficar aí bufando no corredor... Vem.
Tiago (que estava quase, incrivelmente, “babando” por Lílian), olhou para a porta, acompanhado pelos amigos, que fizeram a mesma ação.
Uma garota muito branquinha, alta, e com um lindo corpo, entrou na cabine. Seus cabelos, dourados como sol, lhe caíam sobre os olhos, com o toque ondulado. Seus olhos eram um puro azul-celestial, e seus lábios eram muito vermelhos. Ela era muito, muito linda. Os quatro garotos nem piscaram por alguns instantes, só então, quando Lílian puxou a amiga e se sentou, foi quando todos acordaram do “transe”. Lílian e sua amiga estavam muito desanimadas, nem querendo olhar pra cara dos garotos. As outras, Chris e Jenny, não paravam de conversar, animadas.
- Bom, esquecemos de nos apresentar! –Chris exclamou, jogando a cascata de cabelos cacheados para trás. – Meu nome é Christie Smith. – Pedro soltou um suspiro, corado.
- Eu sou Jennifer Collins! – A moreninha sorriu, inclusive para Remo, que corou um pouco e abaixou a cabeça. – E minhas outras amigas são Lílian Evans e...
- É, a Evans nós conhecemos bem... – Remo a interrompeu, rindo, e Pedro o acompanhou. Jennifer e Christie não entenderam nada no começo, mas começaram a rir também.
- Mas, mudando de assunto, essa lourinha é bem lindinha... – Remo sorriu, olhando para Jennifer. Ela, no entanto, por alguns instantes, pareceu um pouco incomodada, mas depois sorriu também.
- Ah, ela é Sarah Beauty.
- Não precisa ficar espalhando meu nome por aí, “Jê”. – A loura, chamada Sarah, exclamou, olhando séria para a amiga. Jennifer hesitou, mas, depois deu outro sorriso e falou, em tom de desculpa:
- Desculpa, “Sá”.
A loura resmungou baixinho, e depois olhou para a janela, entediada. Remo olhou para os lados, e viu que um de seus amigos não desgrudara os olhos dela: Era Sirius. Estava encarando-a. Remo, olhando para o lado, viu que Tiago estava “tentando” ter um diálogo com Lílian, que estava o ignorando.
- Desista, Potter. – Ela dizia, com uma voz aparentemente cansada.
- Nunca, Evans. Você ainda vai sair comigo, pode apostar...
- No dia em que relâmpagos caírem do céu e esse trem parar...
Mas, não foi preciso Lílian dizer mais nada. De repente, o trem parou com uma freada brusca, e todos os alunos voaram para o outro lado da cabine. As luzes se apagaram.
- Ai, meu cabelo! – Ouviram uma voz, tristonha, exclamando.
- Ah, pelo amor de Merlim, Sarah, vai se preocupar com seu cabelo agora? – Outra voz caçoou, e todos reconheceram que era Christine que havia falado.
- O que aconteceu? Não estou enxergando nada. – Jennifer exclamou, perdida.
- Engraçado, Jenny, eu também não. – Remo falou, preocupado. – E agora?
- Ah... Christie, cadê você? – Ouviu-se a voz de Pedro, choramingando.
- Estou aqui, Pedro! – Christie exclamou, tentando achá-lo.
- Vou tentar ver o que está acontecendo. – Ouviram a voz de Sarah novamente, e Lílian sentiu sua amiga passar por ela.
- Evans? Você está aí? – Lílian ouviu a voz de Tiago, ao lado dela.
- O que foi, Potter...
- Então, continuando nosso assunto...
- DÁ LICENÇA POTTER! OLHE O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI! VOCÊ NÃO ESTÁ VENDO QUE...
- Ai! O que é isso! – Ouviram Sarah gemendo.
- Sarah? – Jennifer olhou, preocupada.
- Eu sentei no colo de alguém! – Ela choramingou.
- Não se preocupe, “lourinha”... Você se sentou no meu colo... – Sirius sussurrou no ouvido da garota, e ela sentiu um arrepio.
- Ah! Black... Eu… Me perdoe… - Ela tentou levantar, mas ele a puxou novamente.
- É melhor ficar sentada, vai tropeçar...
Todos ficaram parados por alguns minutos, sem conversar. Só pode-se ouvir resmungos, sussurros, muxoxos, etc... Lílian estava de ouvidos tampados, ao lado de Tiago, que resmungava baixinho; Jennifer estava encolhida ao lado de Remo, que estava pensando em uma maneira de resolverem a situação; Christie estava junto com Pedro, que se agarrava ao pulso da garota. E Sarah estava sentada no colo de Sirius, que a segurava pela cintura.
- Droga... Esse trem podia voltar a funcionar logo! – Sarah sussurrou, incomodada e sem jeito.
Além da escuridão, agora entrava um imenso frio pelas cabines, invadindo seus integrantes. A situação estava piorando.
- Ai! Que frio! – As garotas exclamavam, e Jennifer soltou um gritinho fraco, apontando para a porta. Todos olharam, e Christie ficou pálida até as espinhas.
- Dementadores... – Pedro sussurrou, agarrando mais ainda Christie, que estava paralisada.
- Ah... Remo... – Jennifer exclamou, indo mais perto do garoto.
- Acalme-se, não pense em nada... – Ele sussurrou, olhando para os dementadores.
- Evans... São dementadores... – Tiago a cutucou.
- Eu SEI, Tiago... Fica quieto! – Lílian brigou com ele, com medo dos dementadores e querendo ficar calada.
- Sirius... – Sarah estremeceu. – São dementadores... – Ela tentou o enxergar, perdida, mas este rapidamente puxou suas mãos.
- Eu sei, Sarah...
- Está frio, Sirius...
- Vem, anda... –Ele disse, e ela o abraçou rapidamente. Ele respirou fundo... No fundo, estava gostando disso... Começou a passar a mão nos lindos cabelos dourados de Sarah, a acalmando.
Os dementadores ficaram alguns minutos parados a porta, enquanto outros de seus companheiros assustavam os alunos. De repente, uma luz veio chegando, pelo corredor. Sarah, Sirius, Jenny, Chris, Pedro e Remo olharam. Ouviram uma voz feminina e desengonçada vir berrando ao encontro do dementador.
- EXPECTO PATRONUM! Seu dementador nojento... SAI DAÍ!
O dementador se assustou e rapidamente saiu deslizando com seus companheiros para fora do trem. Tudo se clareou, o frio evaporou e todos puderam ver a menina que os salvara, encostada à porta, respirando rápido, cansada.
Era Andrômeda Black.

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