A queda da serpente



N/A: Gente, eu sei que o nome dela é Ginevra, mas me dá ânsia só de pensar nesse nome... aliás, isso é nome? Sou muito mais Virgínia, quando a Tia Jo nem tinha publicado o 5º livro, era tudo tão mais criativo... *-* só de pensar me dá saudades, porque acho que depois do lançamento de quase todos os livros, ficou muito restrita a criatividade de algumas fics, tá certo que você coloca os spoilers até onde quiser, mas mesmo assim... Ahh sim, esqueci de deixar créditos à tradução da música da Britney ( sabem, aquele trecho do diário? É uma música dela).
Espero que gostem desse capítulo, um dos mais longos.

Beijos e beijos ;*


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A queda da serpente


Na véspera do Dia das Bruxas, ocorreu o último treino de quadribol antes da primeira partida contra a Sonserina.
Ginny estava jogando surpreendentemente bem como artilheira. Fazia vários gols em Rony, que saia aborrecido.
A garota parecia ter recuperado o humor, ria das piadas de Neville e das cambalhotas de seu irmão na tentativa de defender seus gols. Mesmo com a presença de Harry nos treinos - ele era o capitão da Grifinória - Ginny não parecia ligar muito, estava muito mais preocupada em ganhar o jogo e a Taça. Ela achava que o garoto a olhava de uma maneira estranha, procurando por algum vestígio de amor por ele. Esse amor existia sim e era forte. Ginny sempre foi apaixonada por Harry Potter, era óbvio que ainda o amava, embora não com a mesma intensidade de antes. A garota estava tentando esquecê-lo, junto com todas suas lembranças ao seu lado - o que era muito difícil, mas não impossível. Estava se concentrando ao máximo nas aulas e tinha aumentado seu rendimento nas mesmas; afinal, era o ano das NOM’s. Estava feliz, apesar dos acontecimentos recentes - seu diário roubado e os encontros não planejados e acidentais com Malfoy.

A pessoa que pegou o diário da ruiva não se manifestava e nem publicava mais nenhum trecho confidencial. Isto a aliviava um pouco, mas não deixava de ficar angustiada e apreensiva sempre que passava pelo mural das casas, procurando por alguma páGinny arrancada e sua letra caprichada.

- Parabéns Ginny, você realmente está jogando muito bem! - disse Harry sorrindo no vestiário, quando o jogo acabou. A garota ruborizou e deu um sorriso pelo canto da boca. Apesar de ainda sentir algo pelo garoto, não queria muita conversa. Ele a fez sofrer demais com o fim do namoro. Ela não sentia raiva, mas também não iria criar falsas expectativas na esperança de que ele voltasse atrás.
Ginny saiu rapidamente do vestiário. Andava apressada, afinal, já era noite. Ouviu passos e imediatamente interrompeu o trajeto, paralisada de terror. Ginny levava sustos com a maior facilidade do mundo. De trás de uma das árvores do enorme jardim da escola, surgiu Draco. O loiro observava a cara de espanto da garota com prazer nos olhos. "Aqueles olhos", pensou Ginny. O garoto estava a poucos metros da ruiva e foi se aproximando devagar.

- Assustadinha, Weasley? – disse o garoto subitamente em meio a um sorriso fraco e sem vida. Ginny olhou para os lados. Estavam sozinhos. Apenas o encarou com desprezo.

- Preparada para perder? – disse Draco com arrogância, ainda sorrindo – Ou está com tanto medo que não consegue falar? – finalizou, sádico. Seu olhar frio e penetrante perfurava os olhos da ruiva. Estava nítida a confiança e superioridade que o loiro queria demonstrar.

- Nem em sonhos, Malfoy – a garota sorriu sádica como ele. Ginny não admitiria perder para um Malfoy. – Aliás, pelo que me lembro, você nunca venceu com honestidade de Harry, não é mesmo? – nem sabia de onde tinha tirado tantas palavras boas para deixar Draco desconcertado e aborrecido.

- Acha mesmo que o seu querido Pottinho irá me vencer, Weasley? Pura sorte a dele em jogos passados. – respondeu com rispidez. Estava começando a se sentir incomodado, com o que ele não sabia.

- O dia que você for melhor que Harry, Malfoy, venha com argumentos melhores. – disse e retomou o passo, deixando-o para trás - enfurecido e bufando de raiva. “Essa nojenta me paga, e caro” pensou Draco, remoendo as últimas palavras da ruiva. Estava quase explodindo.

- Sempre defendendo o Potter, não é mesmo? O que ele tem de mais, hein, sua idiota pobretona? Vocês realmente se merecem! Ah, é verdade, ele terminou com você, que pena. Será mesmo que ele é tão piedoso assim? – gritou de súbito Draco, fora de si, suficientemente alto para Ginny ouvir e virar-se bruscamente, encarando de longe o garoto pálido de vestes pretas.

“Por Merlin, porque ele não se explode?” pensou a garota ruborizando. Tinha sido rude com a garota, mas nem assim perdia a classe. Aqueles olhos estavam mais chamativos do que nunca – cinzentos como nuvens que impediam o céu de ficar azul como de numa manhã fria.

Estavam se mirando a uma distância relativamente longa, mas ele podia ver o brilho dos olhos da ruiva. Verdes. Lindos e vivos. Brilhavam de raiva. Mas ele não podia negar que estava ela estava surpreendentemente diferente ao seus olhos. Por mais que não assumisse, era isso que dominava seus pensamentos. Draco quase assinou seu próprio atestado de óbito.

- Hein? Onde estava o “santo” Harry Potter quando o seu diário ridículo foi mostrado a todos? Ele viu você chorar e você acha que ele iria mover um dedo? Acho que não, Vírgínia Weasley. Deixou você ser humilhada por todos pelas idiotices que você escreve nesse diário estúpido. – finalizou, triunfante ao ver a expressão da garota. E claro, de ter ridicularizado Harry. Era como se fosse natural depreciar os Weasley e principalmente o “Menino que sobreviveu”. Sentiu um resquício de uma pontada no estômago, mas se manteve imóvel.

A garota, não tinha gostado nem um pouco do comentário de Draco – sentiu-se ofendida, porém não deixou escapar o fato de que o garoto havia mencionado seu primeiro nome. Era estranho. Porém, não era isso que estavam discutindo. Deixou o mero detalhe passar.
Ginny havia namorado Harry e por mais que negasse que ainda gostava dele, não aturaria ofensas sobre o garoto e o fim do romance. E muito menos sobre seu diário roubado. Ele não tinha nada a ver com isso. Sentiu algumas lágrimas se formarem em seus grandes olhos verdes. Então, caminhou na direção do loiro, que estava satisfeito com a expressão de raiva de Ginny. “Quero só ver a resposta dessa pobretona. Ficou raivosa com isso? Patética!”.

Ginny se aproximou mais do que queria, mas o suficiente para encará-lo. Seus olhares se encontraram por um segundo. A ruiva deixou uma lágrima escapar. Draco sentiu uma pontada em seu estômago pela segunda vez, mas não deu atenção. Suou frio e tremeu, mas não demonstrou tal fraqueza.
No segundo seguinte, Ginny deu-lhe um tapa doído no rosto. O garoto sentiu seu rosto esquentar. Ardia. Sentiu uma imensa vontade de...

- Isso é para você um dia aprender a usar melhor suas palavras, seu loiro aguado. – a ruiva deu as costas e saiu andando com passos rápidos. Não queria mais ver aquele sonserino metido na sua frente tão cedo. Nunca quis vê-lo, na verdade. Ele parecia interessante aos olhos de outras garotas – especialmente das oferecidas – mas não fazia o tipo de Ginny. Ou ela pelo menos achava que não, queria se convencer que não. Era amargo e sem sentimentos. Totalmente o oposto de Harry Potter.

Deixou para trás um Malfoy atordoado, pela primeira vez perdido em meio às atitudes da ruiva. Mesmo chorando, ela era bela. Afastou seus pensamentos que estavam voltados para a cena que acabara de acontecer com raiva. Passou a mão na sua face. Frio e quente se encontraram. Queimava. O toque de seus dedos fizeram a marca do tapa arder ainda mais, fazendo-o arrepiar-se por completo. Caminhou silenciosamente a caminho para o castelo.


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O dia amanheceu com uma névoa, que encobria parcialmente o céu de um modo desigual. Não estava calor, apenas uma brisa suave, que batia no rosto da ruiva, fazendo seus cabelos esvoaçarem. Ginny estava sentada na escada da entrada do castelo, observando de longe o campo de quadribol, o qual estaria dali a poucos minutos. A ansiedade tomava conta da garota desde cedo. Nunca sentira tanto medo de um jogo. Estava preocupada em não dar conta de substituir um dos artilheiros do time principal da casa. Mesmo Fred e Jorge e por incrível que pareça, Rony, estivessem no time dando-lhe apoio, sentia-se insegura. Não iria perder para a Sonserina de maneira alguma. Morreria mas marcaria vários gols para garantir a vitória para a Grifinória. Não iria deixar Malfoy vencer, nem que tivesse que socar sua cara pálida, o que ela faria sem problemas e com muita satisfação. Ele não iria vencer Harry, o garoto era um ótimo apanhador - “Claro que Harry pegará o pomo, Ginny sua doida!” pensou, distante.

- Ginny, VIRGÍNIA! – berrou uma garota que acabara de aparecer ao seu lado. Era Angelina, uma das jogadoras do time. Era alta, morena e tinha feições masculinas, na opinião de Ginny. Estava com as vestes de quabribol. Parecia desesperada, aflita.

- Desculpe, não tinha visto você... – mas foi interrompida.

- Você terá que jogar como apanhadora, Ginny! – declarou Angelina, desconcertada. – Harry caiu em uma das armadilhas babacas daqueles sonserinos e está na ala hospitalar, não poderá jogar tão cedo... – lamentou.

Ginny gelou. O medo tomou conta totalmente da garota. Ela teria que jogar como apanhadora? Algo não estava certo. Nada certo.

- Co-como? – a ruiva arregalou os olhos, demonstrava preocupação e medo – O que aconteceu com o Harry?

- Pergunte à aqueles sujos – apontou para um grupo que se aproximava do campo de quabribol. O time da Sonserina ria alto. Entre eles, Draco Malfoy se destacava, parecia o mais feliz e satisfeito de todos. – Vamos, não podemos perder mais tempo, o jogo irá começar daqui alguns minutos.

- Mas quem jogará no meu lugar? Quero dizer, eu já estava substituindo a Bell. – perguntou Ginny, caminhando ao lado de Angelina, apressada e aborrecida.

- Dino Thomas. – respondeu, seca.

- Ah, sim... mas... você tem certeza de que quer...

- Sim Ginny, você. Depois de Harry, é a que tem se mostrado mais competente de todo o time. – declarou, dando assim, como encerrada a conversa. Entraram no vestiário e encontraram o time reunido, todos muito aborrecidos. Angelina deu poucas instruções aos jogadores e confirmou, desgostosa, Ginny como apanhadora, querendo a ruiva ou não.

Ginny entrou em desespero. Assumir o lugar de Harry em um jogo contra a Sonserina era loucura. Sua vassoura nem se comparava às do time adversário.Teria que desistir, não poderia jogar e ser humilhada desse jeito. Ainda mais sendo Malfoy o apanhador da Sonserina. "Virgínia, o que você faz agora?" pensava angustiada. Entraram no campo e subiram com suas vassouras. Pararam os dois times, frente a frente, em um círculo. Ginny foi mais alto, parando acima do time da Grifinória. Deu uma breve olhada para a torcida, que parecia desaprovar o fato da garota substituir Harry. A garota sentiu o estômago afundar “Só falta nós perdemos...” pensou, triste. Porém, a única que parecia aprovar o fato da ruiva substituir Harry, era Luna Lovegood, aluna da Corvinal, que também cursava o 5º ano, assim como Ginny. A garota, muito loira e com grandes olhos azuis, se destacava no meio da multidão da arquibancada com seu chapéu de leão, que rugia alto, assustando quem estava por perto. Ginny abriu um meio sorriso. Luna não era muito normal, mas era divertida. Falava pouco com a garota, mas ria bastante com os comentários sem nexo da loira.

Sua atenção foi retomada pelo som do apito. O jogo começara. A goles estava sendo arremessada de um jogador para o outro. Não tinha mais como desistir. A ruiva levou um enorme susto quando ouviu uma voz perto do seu ouvido. Arrepios percorreram a espinha da garota. Corou levemente.

- A pergunta que não quer calar: Preparada para perder para um Malfoy, Weasley? – sussurrou Draco com habitual arrogância, enfatizando seu sobrenome.

Voava pouco atrás de Ginny. Seu rosto mostrava satisfação, bem diferente da expressão usual dele. O garoto reparou nas vestes da ruiva. Tudo muito vermelho. Parecia uma pimenta. Seus longos cabelos ruivos estavam presos em um alto rabo, com alguns fios caídos propositalmente em sua face. Draco não havia reparado, mas Ginny tinha um rosto muito delicado. Parecia tão inocente - “Tão inocente quanto os irmãos, está patética” ironizou o loiro, displicente.

- Cale a boca, sua doninha insuportável. - respondeu a garota, irritada - Farei você comer balaços, Malfoy. Posso não ser como Harry jogando, mas de mim você não vence.

- Modos, Weasley. Não dirija estas palavras a mim desta maneira. Poderá se arrepender amargamente - disse o loiro, arrogante. -"Como sempre" pensou Ginny. – Você verá o que é voar numa vassoura. Aliás, chama isso de vassoura? – e apontou para a vassoura velha e suja de Ginny e deu altas gargalhadas.

- Vamos ver quem vence então, já que você é um grande apanhador – debochou a ruiva, e voou mais acima, procurando por um ponto dourado, o pomo.

- E sou mesmo, muito melhor do que você – o garoto reapareceu na traseira de Ginny, fazendo-a soltar um muxoxo.

- Tá, tá, agora cai fora, vai procurar então, super apanhador. – respondeu a garota, voando para o mais longe possível de Malfoy, sem sucesso. O garoto já havia alcançado a vassoura da ruiva. Ela começou a se irritar por ter um grude tão insuportável. Só podia ser praga “Por Merlin, o que eu fiz para merecer isso?” em pensamentos, aborrecida.
Olhou para baixo e conferiu o placar do jogo. Estavam empatados. Ginny suspirou e voltou a procurar o pomo, sem sucesso. Estava começando a ficar angustiada, ainda tinha Draco Malfoy voando por perto, olhando sempre o que a ruiva fazia.

- Ei Weasley, pensei que você jogasse melhor, cadê o pomo? – berrou o loiro para que ela ouvisse em alto e bom som.

- Ué, não foi você que tinha dito que era o super apanhador? – retrucou irritada.

- Claro que sou, mas não preciso ficar me cansando procurando por algo quando alguém achar eu irei atrás e, com certeza, pegarei – e sorriu maliciosamente ao ver o olhar fulminante de Ginny.

- Você não presta, é um folgado – gritou a garota. Era demais para ela. – Harry nunca perdeu o pomo para você, como pode ter certeza?

- Sem o Potter no meu caminho e você, desmiolada e idiota como sempre foi, minha vitória é garantida. Como ele consegue ser mais incompetente que você, caindo em uma armadilha boba e desmaiando que nem uma bichinha? Aliás, você soube que ele está com a Chang? Ele te trocou, não foi? – e gargalhou, satisfeito. A garota paralisou, e lágrimas se formaram em seus olhos. “Como?” pensou, triste. Olhou de esguelha para a sua direita e avistou. O pomo. Ginny nem teve tempo de ouvir as risadas de Malfoy. Saiu em disparada na direção do ponto dourado que se movia rapidamente aos olhos da ruiva. Draco a seguiu velozmente, voando lado a lado da garota. Se esbarravam com força a cada arrancada de um deles. Um queria ultrapassar o outro a todo custo. Estavam muito rápidos.

- Sai daí, Weasley. Eu que vou pegar! – berrou Draco emergente, sem ar por causa da pressão, tentando tirar Ginny do caminho.

- Não mesmo, seu ridículo – respondia a ruiva, sempre no mesmo tom do garoto, abafada pelas nuvens que passavam pelo seu rosto. Olhou de esguia para o loiro e viu o desejo em seus olhos cinzentos. Brilhavam, como no dia anterior. Era óbvio que não estava brincando.

A arquibancada inteira parou para observar a cena. Malfoy contra Weasley. Não era todo dia que isso acontecia em um jogo de quadribol, disputando a mesma bola.
Ginny estendeu o braço, e Draco fez o mesmo. Adrenalina percorrendo suas veias. Congelavam a cada centímetro que subiam. O vento soprava nos ouvidos dos dois. Estavam par a par, voando cada vez mais alto. Ou agarrava o pomo, ou agarrava. Era isso.
Draco percebeu que Ginny estava tomando vantagem e empurrou a ruiva da vassoura, que quase caiu.

- Precisa ser melhor que isso para me tirar da jogada, Malfoy – Ginny disse, se recompondo na vassoura e, mais uma vez, competindo ao lado de Draco. Não estava acostumada jogar como apanhadora, mas tinha reflexos rápidos, como tal. Ele faria qualquer coisa para vencer. Ela também.

Draco adorava provocar, mas ser provocado era inadmissível. Agora, mais do que nunca, derrubaria a ruiva da vassoura, mas pegaria o pomo.
Porém, no mesmo instante, sem pensar duas vezes, Ginny estendeu mais uma vez o braço, decidida a não cair e dar a vitória para o loiro, e empurrou Draco com mais força do que desejava. O garoto não foi veloz suficiente para se esquivar, escorregando da vassoura, sendo deixado para trás por Ginny.

Ginny agarrou o pomo e a arquibancada explodiu de gritos e berros das casas. Abriu um largo sorriso, vitoriosa. O ar foi invadido pelos aplausos e gritos da Grifinória. Mas ela lembrou que algo estava errado. Onde estava Malfoy? Abaixou os olhos para o campo.
A resposta veio seguida de uma angústia e culpa. Lá embaixo, no campo de quadribol, estava Draco, no chão. Desmaiado. O coração de Ginny apertou. Nunca havia sentido aquilo antes. Uma dor inexplicável. Parecia ter perdido parte da alma. Não assumiu para si, mas essa tinha sido uma das piores cenas de sua vida.
Então decidiu descer. Foi numa velocidade estonteante. Pousou ao lado do loiro, estatelado. Hesitou um pouco. Debruçou-se sobre seu corpo. Ela era a culpada daquilo. Uma lágrima se formou em seus olhos, mas ela não a deixou cair. Percebeu que Draco não respirava.


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