O grito




Era á primeira semana em que Harry não acordava no meio da noite com sua cicatriz doendo e sem ser visitado por seu padrinho durante o sono. Era inconstante ter noites como aquelas, sendo que desde a morte de Sirius, Harry não parava de ter sonhos horríveis onde era perseguido por vultos encapuzados com suas risadas frias e sombrias. Desta vez era um sonho reconfortante que Harry não entendia porque o tinha, ele sonhava com uma casa branca, cercada por uma floresta que lhe lembrava a de Hogwarts. Havia uma imensa árvore onde ele conseguia ver duas pessoas que conhecia tão bem, lá estavam Lílian e Tiago Potter, mas não só eles, havia também um senhor de barba e cabelos muito prateados e um óculo de meia-lua que inconfundivelmente Harry conhecia. Era Alvo Dumbledore, um bruxo muito poderoso que era guardião e amigo de seus pais. Harry sentia uma felicidade tão grande que trancava sua garganta de tal maneira que o único som que saia de sua boca era um breve sussurro, e a um certo ponto teve a certeza de que sua mãe olhara diretamente para ele, como se o visse, ele se chegou mais perto para ouvir o que seu pai falava, mas neste momento se viu caindo dentro de um lugar que lhe parecia um poço, onde encontrou um objeto que brilhava quase o ofuscando, ao se aproximar o objeto lhe soltou um grito cheio de horror, medo e agonia que se assemelhava com gritos humanos, foi se tornando cada vez mais alto, alto, alto até que Harry acordou, mas por mais sombrio que o final de seu sonho lhe parecesse era com imensa alegria que se lembrava de tudo que envolvia seus pais.
Naquela manhã Harry acordou com uma enorme satisfação de não ter sonhado com comensais de morte, Lord Voldemort ou Sirius, pelo contrario, sonhara com seus pais e com o que, provavelmente, foi sua casa, mais não esquecera do objeto que emitia um som aterrorizante. Ele se levantou como que obrigado, já que sua tia tinha batido tantas vezes em sua porta que o obrigou a vestir-se e ir tomar café. Os Dursley continuavam mesquinhos e ainda tratavam-no com a mesma arrogância de sempre, mesmo que Harry percebesse que sua tia o olhava de uma maneira que (se não soubesse que era impossível tal sentimento existir para consigo) Harry talvez arriscaria dizer que Tia Petúnia lhe lançava olhares que chegava a se aproximar de compreensão que jamais vira no olhar de sua tia antes, porém tio Válter e Duda não demonstrava nenhuma mudança. Duda ainda praticava boxe e todas as noites saíam para vadiar com sua turma de arruaceiros certa noite tia Petúnia (que não cansava de gritar aos quatro ventos que o seu dundoquinha era o campeão mais novo da historia de seu colégio) quase pegou seu filhinho atacando um pobre menino que tinha a metade de sua altura e com um terço de seu peso, Harry sempre os via quando saia escondida de casa, uma noite porem algo realmente intrigante aconteceu, ele presenciou uma sena que não conseguia decide se era ridícula ou lhe causara náuseas, Harry viu seu primo dar em cima de uma garota, bem se aquilo pode ser chamado de garota e derepente uma lembrança de Cho Chang lhe rompeu naquele instante, mais o que ele viria depois o faria bola de rir, Duda havia treinado o que iria dizer naquela noite com seus amigos umas dez vezes sem nenhum progresso mais antes de poder recomeçar a recitar seu discurso uma grande sombra começou a se aproximar do local onde Duda e sua turma estava era uma coisa enorme, vestido uma coisa que Harry achava ser um vestido, seu corpo se assemelhava ao de Duda em tamanho e comprimento tinha uma cara que lembrava a de bichento, pois era achatada como se tivesse dado de cara com um muro , tinha cabelos de espantalho e usava um lenço amarelo amarrado no pescoço maciço ela se aproximou acenando para Duda freneticamente, este porem quase teve um ataque do coração ao ver-la chega, o menino se aproximou devagar e corando muitíssimo puxou conversa com a garota;
- D, Denise - Harry ouviu o primo começar a dizer o que tentava decorar por duas longas horas, o garoto também percebeu que o rosto da menina estava escarlate e seus olhos faiscavam de tanta expectativa.
- sabe, mamãe vive me dizendo para levar alguém esp-espcial para jantar conosco, então pensei que você talvez gostaria de quem sabe algum dia ir lá em casa jantar com agente? Os dois se olharam pensativos ate que a menina olhou para Duda como se o tivesse avaliando e disse;
- É quem sabe se você me disser quando, hã... Podemos ver não é!
E saindo deu um beijo na bochecha rosada e grande do menino que ficou completamente paralisado, saindo horas depois cambaleado, quase lembrava a Harry como o primo tinha ficado no Ano passado quando quase fora dementado, ele correu para alcançar Duda que se despedia dos amigos como se tivesse retornado de uma guerra;
- valeu Dudão, sabia que conseguiria! Falou um dos amigos – muito bem, e assim que fazem os campeões! Disse eufórico um outro.
Logo depois de se despedir dos outros Duda foi abordado pelo primo que mostrava no olhar uma imensa satisfação.
-O que foi? Porque estar sorrindo – disse desfazendo a cara de contente que possuía ate dois minutos antes de se encontrar com primo.
Harry que não perdia a chance de inferniza a vida do primo tratou de deixar bem claro o que ouvira na rua de baixo;
- Me diz uma coisa, quanto tempo você levou para inventar todo aquele besteroun para puxar conversa com a DENISE? – disse o garoto com tamanho prazer de ver os olhos do primo quase caírem para fora dos olhos e saírem rolando pela rua, tamanha foi sua surpresa ao descobrir que Harry ouvira tudo que tinha acontecido. Harry e Duda prosseguiram calados até chegar na porta de casa onde Duda como sempre chegou primeiro e foi atendido com milhões de beijos e abraços por sua mãe, Harry como sempre foi chamado de vadio e marginal por novamente ter escapado de seu quarto pela janela, mais hoje Duda não o xingou (pois Harry sabia um segredo seu.) Duda sabia que o primo não esitaria em usa-lo, fora às escapadas para rua pelo parapeito, implicar com ele era o maior prazer de Harry. Novamente ele sentia-se esquecido por seus amigos e pela Ordem, mas não o incomodava tanto como no ano anterior, talvez por sentir um esse vazio que sabia bem o porquê de senti-lo, assim se chegou junho, e para sua surpresa, além de seus habituais presentes e cartões, ele também ganhara alguma coisa de Dumbledore, não era costumeiro isso acontecer, por isso Harry abriu primeiro, não queria cometer o mesmo erro que comera a não abrir o presente de Sirius, o que ganhara era uma esfera brilhante com inúmeros pontos que lhe lembravam constelações, no centro havia uma pequena varinha que girava compulsivamente. Harry não conseguiu identificar o que era, por isso se sentiu muito curioso do por quê Dumbledore tinha lhe dado tal objeto viu também que ao abrir o embrulho do presente caiu o que Harry pensava que fosse um pequeno bilhete, apanhado-a do chão o garoto pode ler;
Caro Harry
Espero que consiga receber este presente, e que seja tão útil como foi para a ultima pessoa que o possuiu, Harry tudo agora deve estar confuso, e você deve está sofrendo muito ainda, mas tenho a certeza que tudo se resolvera, tenha força e busque o caminho onde o céu se reflete sem nunca mudar.

Use-o com sabedoria.

Dumbledore.

Ao termina de ler o bilhete Harry suspirou pesadamente e enclinou-se para guarda o objeto neste estante Edwiges passou tão perto de sua cabeça que não o atingira por poucos centímetros, era costumeiro isso acontecer desde que ela tinha sido atacada, no ano passado, mais para o espanto do garoto a coruja lhe trazia um pedaço de pergaminho amarrado a sua garra. Harry apanhou o papel e percebeu do que se tratava, era uma página rasgada do Profeta Diário, o que o garoto leu a seguir o deixou completamente perplexo;

Ataque de Dementadores
Com a volta Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Domeado e o caos total no Mistério da Magia, a sociedade dos bruxos vive novamente dias tempestuosos, tendo em vista da total incompetência de ministro Cornélio Fudge que escondeu esta terrível, mais verdadeira, notícia da população bruxa a toda custo, tentando de toda as formas esconder o Sol com a peneira “ora, por favor, senhor ministro, quanto tempo achava que suas mentiras iriam durar?!” escreve a senhora Anddem Serthen, mais o que tem realmente causado grande espanto diante a sociedade dos bruxos são as invasões de dementadores às suas comunidades em larga escala. A estação de King’s Cross vem sendo constantemente invadida por essas criaturas demoníacas “sempre disse que não se pode confiar em nada que não se pode ver sua identidade verdadeira!!” disse Onthen Evin, sendo assim, a menos que o incompetente do Senhor Ministro da Magia consiga re-controlar esses dementadores, o que é muitíssimo improvável, dadas as condições atuais do ministério, os alunos de Hogwarts deverão estar acompanhado de uma escolta de pelo menos três pessoas maiores de dezoito anos, estes sendo bruxos. É uma vergonha que nem mais nossas crianças possam estar a salvo do horror desta guerra.
Jhonathan Wald

Ao terminar de ler, Harry caiu em profundo desespero, não conhecia três pessoas que pudessem acompanhá-lo até King’s Cross.
E assim passaram-se dois meses desde a última notícia do que estava passando no mundo mágico, Harry era obrigado a ficar o máximo de tempo dentro de casa, e poucas vezes saía para rua, sentia-se sufocar com a idéia de não poder voltar a Hogwarts, mesmo com os recentes acontecimentos, Harry sentia muita falta do quadribol, das conversas com seus amigos Hermione Granger e Ronald Weasley que a cada verão se tornavam menos disponíveis ao seu contato, a última vez que recebera notícias deles tinha sido em seu aniversário, em junho, e não traziam muitas informações do que estavam fazendo ou como estava a Ordem ou Dumbledore, as férias estavam no fim e o desespero de Harry só aumentava, pois tinha tentado entrar em contato com seus amigos a espera de uma solução para o problema com os dementadores mais isso foi em vão, só recebeu respostas vagas e com pouca compreensão;

Harry fique calmo, não se preocupe com nada e não faça nenhuma besteira do tipo como quer sair da casa dos seus tios ou vim para cá sozinho, está me entendendo? Todos estamos bem e com muitas saudades.
Afetuosamente Mione.
P.S; não mande Edwiges para cá, é muito arriscado.

Ou então:

Harry tudo vai se ajeitar, não se desespere cara! Confie em nós, vamos nos encontrar em breve, sei que deve ser uma barra ter que enfrentar tudo isso sozinho quase todas às noites penso no que aconteceu, mas você mais do que todos nós tem que ter coragem amigo.

Rony.

Parecia que Hermione tinha lido seus pensamentos, era justamente o que pensava em fazer caso ninguém o fosse apanhar. “Sou muito bom com o Patrono tenho certeza que conseguira me defender perfeitamente sozinho” dizia uma voz dentro de Harry, talvez estivessem deixando para buscá-lo mais perto do dia em que precisaria embarcar, era o que pensava para não se sentir tentado pela idéia de fugir dali. Mas os dias foram se passando e nada acontecia até que, cansado de esperar, Harry teve uma idéia, que mais tarde não seria tão boa como lhe parecia agora, ele pegou sua varinha colocando-a no cois do jeans e saiu escorregando do parapeito de sua janela caindo suavemente como um gato no quintal da casa dos tios e correndo depressa para não ser visto, não que os tios iriam se importar de que ele saísse e no meio do caminho fosse atacado por qualquer coisa que seja, até se sentiriam tentados a deixar ele na rua o máximo de tempo possível para que tivesse mais chances de um atacante aparecer e acabar com ele de uma vez. Harry tomou o caminho da esquerda rumando para o quarteirão seguinte passando diante uma casa velha que existia ali desde que era criança. Harry percebeu que sua cicatriz começara a doer, olhando de pressa para observar se tinha algo suspeito por perto, mais o que viu foi só sua própria sombra no chão e algumas latas de lixo viradas perto dali. Pensou que seria impossível algum dementador ou comensal de morte sair de dentro daquelas latas viradas, o menino saiu andando devagar sentindo um forte mal-estar que lhe consumia as entranhas e os pensamentos, deixando seus passos tortos e seu caminho sem direção, e a dor em sua cabeça era tanta que no segundo seguinte sentia uma dor imensa em seus joelhos. Sem ter percebido tinha caído no chão e agora sangrava, ficou em um estado de total paralisia, Harry ouviu um barulho que lhe parecia vir de onde estavam as latas de lixo, para seu espanto de lá saiu uma coisa comprida e peluda que o garoto vira tantas vezes sair dos bolsos de Rony, que mesmo a quilômetros reconheceria;

— Perebas! — disse Harry com a voz fraca.

O rato emitiu um cricho alto e começou a se recontorcer violentamente até que seu corpo pequeno e peludo se transformou em um homenzinho cujos olhos estavam fixos no garoto, a sua frente contemplando como a que se lembra de um milagre, mas Harry logo tratou de ajeitar-se e puxar a sua varinha apontando-a direto para o homem, Rabicho, pelo contrário, se encolheu e com sua voz esganiçada começou a resmungar algo do tipo:

— Se eu o entregasse, ele ficaria muito contente e poderia me perdoar. — Outras vezes falava algo sobre ele ter salvado-o, falando mais para si mesmo do que para Harry, o homenzinho se virou, finalmente parecia ter decidido o que fazer com sua voz esganiçada mais do que o costume Rabicho murmurou algumas palavras entre o canto da boca:

— Ele quer, quer muito, ele vai conseguir, mas você pode chegar primeiro é só seguir o caminho das quedas e chegar na floresta das árvores guerreiras que podem se defender use, use o Worbe, o Worbe lhe guiará.

Mas não terminou, de repente seus olhos começaram a fechar com muita força e antes que Harry conseguisse se aproximar, o homem falou com um desespero que se assemelhava com o que tivera quando o Prof. Lupin e Sirius queriam matá-lo, a três anos atrás:

— Ela esta aqui, fuja, fuja, não, ela quer me pegar, ela não vai me pegar, não volto. Ele irá me matar se eu voltar, não posso voltar!
E com essas palavras tornou a se transformar em rato e desaparecer antes que Harry pudesse lhe perguntar qualquer coisa, o motivo pelo qual Rabicho estava tão assustado, logo Harry saberia, segundos depois as luzes fracas da rua se extinguiram por completo, e uma imensa dor invadiu seus pensamentos que há pouco estava concentrado no aviso que Rabicho lhe dera, sentia presas afiadas encravar-se em sua mão, largara sua varinha no chão, Harry sentiu um jorro quente subindo local aonde a pesada cobra o atingira seu corpo foi invadido por uma sensação desagradável. Sentia-se com se fogo passasse por suas veias, e não sangue, por falar disso, o garoto ao olhar para o chão em direção á varinha se deparou com uma poça de sangue que saiu de sua mão, Harry sentiu todas as forças lhe serem tomadas mais do que isso, o veneno lhe havia cegado, não conseguia ver nada além de vultos se aproximando e com muita dificuldade ele conseguiu ouvir o que um desses vultos dizia as gargalhadas para o outro:

— Saímos á procura de um traidor nojento, e veja só o que encontramos, o Lord das Trevas vai ficar muito satisfeito conosco.

— Não precisamos levá-lo vivo, daríamos trabalho ao Lord das Trevas, este fedelho não merece ter esta honra, morrer nas mãos do mestre. — Harry por um momento não ouviu nada, o que ouviria segundos depois seria assunto para debates muito acalorados que e se Harry conseguisse voltar a ver seus amigos debateriam.

— Harry Potter, quem diria que nos encontraríamos novamente e em condições, hã... Não muito favoráveis a você, não é mesmo? Me diz, Potter, como anda aquele velho gagá do Dumbledore?? Ainda pensa que estou em Askaban? — O homem soltou uma risada fria e concentrada, Harry não tinha reconhecido de início o homem que falava tão serenamente com ele, o garoto, porém, teve um clarão e em sua mente, parecia que alguém havia acendido a luz, era Lúcio Malfoy, pai de Draco e um dos comensais de morte mais importantes de Voldemort, Harry se levantou cambaleando e tentou pegar sua varinha, mas um dos homens foi mais rápido e pegou a varinha antes que Harry pudesse, ao menos se abaixar, Harry estava muito lento e debilitado pelo veneno da cobra, - não irei poder me defender neste estado, tenho que escapar, vou tentar sair correndo - mas mesmo sendo só um pensamento o garoto já sabia que mal poderia se rastejar, quanto mais correr, seria inútil, muito fraco e agindo mais por instinto do que por qualquer outra coisa, Harry saiu tombado nas próprias pernas ouvindo as risadas as suas costas e gritos:

— Por favor, Potter, acha mesmo que conseguirá ir muito mais longe do que esta esquina!

Parecia absurdo até mesmo para Harry. Sabia que com sua ação não iria muito longe, mas tentava concentrar sua mente em andar, em sua cabeça tudo era tão difícil, pensar direito até para respirar, tinha que falar a si mesmo todo o tempo para não parar de respirar, de repente o pior aconteceu. Harry tropeçara em suas pernas e caiu estirado no chão. Sentia um desespero que começava a invadir sua mente, paralisando-o diante do rosto lívido de Malfoy, que lhe agarrou pelos cabelos, puxando sua cabeça para mais perto de seu rosto para poder observar melhor a cicatriz, depois fitou o garoto invertido no chão.

— É realmente interessante que o mestre tenha tido tanto trabalho para mata-lo, realmente você é filho do seu pai, sabia que até mesmo o Lord das trevas queria que ele o seguisse, ham... Tolo, insolente, teria sido grande se tivesse aceitado o convite do Lord, mais não, o senhor Potter não achou O Lord das Trevas bom o suficiente para ele. E Harry sentiu que o homem tinha desprezo e rancor em sua fala.

— Tudo por causa de você e daquela... Sangue-ruim da sua mãe — continuou ele a falar olhando bem para Harry — imbecil, sabia que ele teve a audácia de não pedir piedade quando o mestre estava torturando-o, sabe, jovem Potter, juro a você que, se implorar, chorar e suplicar, o matarei com o mesmo feitiço com que o mestre matou seu papai arrogante e sua mamãe trouxa.

Harry sentiu todas suas víceras darem um salto de fúria ao ouvir aquelas coisas sobre seus pais, poderia suportar tudo, menos aquilo, aquele homem falando mal de seus pais, Harry começou a tentar se arrastar com uma força que desconhecera ter até aquele momento.

— Seu corpo doe, não é, nas suas veias parece correr fogo, sente sua mente entorpecer, pois isso não é nem o começo, será uma morte devagar e dolorosa, pensa que está cego antes do fim desejará que tivessem lhe arrancado os olhos, vamos diga, chore, chame por seu pai, isso, vamos, não seja tímido.

Harry fez um grande esforço para abrir a boca e um maior para falar.

— Espere — disse o homem — parece que o jovem Potter tem algo a nos dizer — e, com um sorriso que Harry reconhecia como o de Draco, ele inclinou-se para ouvir melhor o que o menino ia lhe dizer — mesmo..., Mesmo que eu morra — começou a falar com dificuldades — essa guerra não acabará aqui, não enquanto houver homens e mulheres que se reúnam a Dumbledore, que tenham coragem de enfrentar Voldemort, isso não acaba aqui...

E com essas palavras Harry despertou a fúria de Lúcio.

— Como pode,... — disse ele com a voz rasa de ira — como se atreve a falar o nome dele, garoto idiota, isso termina aqui sim, e todos que se opuserem ao grande Lord das Trevas terão o mesmo destino. E soltando a cabeça do garoto se virou e disse recuperando o tom de serenidade — não posso mata-lo, mais tenha certeza que posso faze-lo sofrer muito antes de te entregar para o seu destino Potter — e com essas palavras saiu andando.

Harry ouviu a pesada cobra se mover em sua direção estava preparado para se encontrar com seus pais e seu padrinho, fechando bem os olhos Harry estava pronto, não tinha mais medo, não demoraria muito mais. No entanto o tempo passou e nada aconteceu. Harry sentiu-se ser içado pelo blusão que usava, e passar voando por cima dos comensais, ouvia Lúcio gritar desesperado: “não os deixem escapar, pegue-nos!!”, Harry viu jorros de lantejoulas vermelhas ricochetear em uma coisa grande e peludo, sentia–se como se suas veias explodissem, agora seu nariz sangrava um sangue negro e viscoso. Harry se encontrava cercado por três vultos que não reconhecia, sentia seu corpo perder as forças, ouvia alguém chamar seu nome; “Harry, Harry!” Sua mente não respondia, Harry desmaiara.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.