O ínico da missão
Harry e Rony estavam sentados em uma mesa no canto dos Três Vassouras de onde podiam ver toda a extensão do bar. Harry confirmou então todo o falatório que escutava pelos corredores do Ministério da Magia. Hosgmeade não era mais a mesma. Quando chegaram, a primeira coisa que Harry percebeu é que os moradores estavam em estado de pânico. Muitos estavam se mudando, nenhum quisera contar a eles o que havia acontecido. Agora, sentado em uma mesa, via como Hosgmeade havia mudado. Os Três Vassouras não era mais ponto de encontro de estudantes de Hogwarts, não era mais um lugar para se refugiar do frio. A pessoa que entrava ali era recebida por olhares suspeitos e ameaçadores. Harry balançou a cabeça e tomou mais um gole da cerveja amanteigada. Não fora só o dono que mudara, fora todo o estabelecimento.
Quando Madame Rosmerta morreu, Harry ainda tinha 17 anos, e sentiu como todos os alunos pela perda. Mas ali, depois de 17 anos, ele sentiu essa perda mais fundo. O estabelecimento perdera toda a magia de um lugar aconchegante, para se tornar um refugio para pessoas esquivas e desconfiadas. Harry temia que o ataque ao pequeno povoado, trouxesse novamente a desconfiança e medo de 17 anos atrás. Aquele ataque fora calculado pensou Harry enquanto olhava a sua volta, quem quer que fossem os bruxos que cometeram aquele ato, não fizeram isso deliberadamente.
- Harry, você acha que Hermione ainda está com raiva de mim? Quer dizer... Faz 17 anos que não nos falamos direito, só o essencial, mas... – dizia Rony com uma expressão preocupada.
- Rony, eu não quero fazer você perder as esperanças, mas se declarar para uma pessoa e no mesmo dia beijar outra, não é bem a atitude que você espera que ela esqueça não é mesmo? – disse Harry sorrindo para o amigo.
Rony o olhou e abaixou a cabeça no mesmo instante que a porta se abria e entrava por ela uma linda mulher. Os cabelos castanhos estavam ondulados e os olhos pousaram na mesa em que Harry e Rony estavam sentados. Hermione Granger atravessou o salão sem se importar com os olhares que lhe eram lançados e sorriu ao ver Harry.
Harry levantou-se e abraçou fortemente a amiga. Não imaginava que estava com tanta saudade dela, até que a vira parada na porta do bar.
- Harry... Meu Deus! Você está tão diferente!! – disse Hermione enquanto dava um passo para trás e mirava o amigo.
É, Pensou Hermione, ele está mesmo diferente. Harry havia ganhado músculos bem definidos, assim como Rony, no treinamento para Aurores, seus cabelos continuavam rebeldes, mas agora estavam um pouco compridos e amarrados em um rabo-de-cavalo que descia pelos ombros, mas parecia um astro do rock, do que um bruxo poderoso. Os olhos verdes continuavam intensos, sem a antiga ingenuidade, continham agora uma aura de poder que dava calafrios na espinha.
Harry sentou-se e Hermione pode ver finalmente Rony. Droga, pensou Hermione ao sentir um solavanco no estomago, ele estava mesmo muito bonito.
- Olá Rony. – disse Hermione abraçando um surpreso Rony.
- O...Olá.
- Você ainda gagueja, quando fala com garotas. – perguntou Hermione com um sorriso nos lábios. – Faça me o favor, Ronald Weasley.
Hermione sentou-se entre os amigos e respirou fundo.
- Então, vocês já sabem alguma coisa sobre essa missão?
Rony e Harry se olharam e balançaram negativamente com a cabeça. Harry deu mais um gole na cerveja amanteigada e falou baixo, para que ninguém os ouvisse.
- O comandante apenas disse que era de suma importância que descobríssemos que causou o ataque. E que essa missão é secreta, ninguém do povoado pode saber que estamos atrás de alguém.
- Mas como eles querem que façamos isso, teremos que investigar, teremos que perguntar para as pessoas o que elas viram, o que aconteceu naquele dia.
Rony balançou a cabeça afirmativamente. Era melhor esquecer o sentimento que brotou em seu intimo quando fitou Hermione novamente e tentar agir com causalidade como a mulher a sua frente. Por isso, a baixando o tom de voz também, entrou na conversa.
- Eu disse ao Harry, mas não podemos fazer nada. Pelo que pude perceber, o comandante tem medo de que a escola seja atacada.
Hermione olhou para ele e para Harry e continuou.
- Que seja! Depois podemos discutir isso...Agora... Quem são as duas pessoas misteriosas que iremos encontrar?
Harry e Rony se entreolharam e responderam juntos.
- Ninguém sabe.
Como que se escutasse a conversa dos três, um homem aproximou-se da mesa. Ele tinha os cabelos loiros que desciam até seu queixo levemente empinado. Os olhos de um azul cristal os fitavam curiosamente, enquanto os garotos o olhavam desconfiados.
- O que deseja? – perguntou Harry
- Meu nome é Sandro Minelli, creio que seu comandante comentou algo sobre mim não é mesmo. – respondeu o homem com uma voz incrivelmente suave.
Harry ao ouvir o nome levantou-se imediatamente.
- Me desculpe, mas como você pode ver, não estamos em um lugar muito confiável não é mesmo.
- Você tem toda a razão, por isso peço que me acompanhe. Os dois outros membros de sua equipe os aguardam em um lugar seguro.
Os três amigos se olharam e seguiram Sandro porta afora do bar. Caminharam um pouco e Harry percebendo para onde se encaminhavam sentiu um sentimento nostálgico. Lá estava ela, seria possível que aquela casa nunca mudaria? A Casa dos Gritos continuava do mesmo jeito que Harry lembrava-se dela. Ao olhar para os amigos, viu que os dois também sorriam. Eles também sentiam a mesma coisa que ele. Sandro não parou nem se virou em nenhum momento, o que obrigou os três amigos a seguirem-no, enquanto ele adentrava as velhas portas da casa. Sentadas ao redor de uma mesa, duas pessoas encapuzadas estavam a espera.
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