Harry você tem que me ouvir



Capítulo 23: Harry você tem que me ouvir


O que tinha que fazer naquela manhã era se explicar para Harry. O único problema era ele querer ouvir. A tentativa foi no café da manhã, só que naquele momento, justamente quem não queria foi até sua mesa.
-Bom Dia, gatinha! – cumprimentou Michael triunfante.
-Cala a boca se não quer perder os dentes. – resmungou ela em voz baixa. – Harry não quer falar comigo por sua causa.
-Ciúmes? Foi o que pensei.
-Cala a boca! – dizendo isso puxou a varinha.
Michael se assustou e pulou pra trás.
-Duvido que use isso!
-Mas posso usar a hora que quiser, se você pedir eu uso!
-Então usa. Ta esperando o que? – perguntou sorrindo.
Karen revirou os olhos e guardou a varinha.
-Sabia que não ia usar por que...
Karen deu um soco nele, fazendo-o cair no chão.
-Da próxima vez que se meter comigo, você leva outro soco. – disse ela zangada.
-O que está acontecendo aqui?-perguntou a Profª McGonagall vindo ver de onde vinham os gritos, assim como vários alunos, encontrando Michael atirado no chão. - O que é isso, Sr. Barris?
-Nada... Profª! Nada... Mesmo! – disse ele se levantando, todo ensangüentado. O nariz havia quebrado outra vez. - Essa garota que me agrediu!
A Profª olhou para Karen surpresa.
-Mas o que é isso, Srta. Mitzel? Menos 30 pontos para a Corvinal e uma semana de detenção.
-Ótimo! – respondeu ela saindo do meio de todos.
-Pois muito bem! – disse olhando desconfiada para Michael. - Vamos! Todos saindo, não têm nada aqui! – se referindo aos alunos aglomerados ali.
-Apanhando de mulher, Barris? – debocharam alguns garotos rindo.


****


-Agora acredita em mim? Eu não fiz nada, Harry! Foi ele quem me beijou... - dizia ela em frente à sala de Snape.
Harry não lhe deu atenção e entrou na sala deixando-a falando sozinha.
-Ótimo! – exclamou ela. – Isso vai ser bem complicado. – disse para si mesma, já entrando na sala.
-Trouxeram suas poções do mês passado? – perguntou Snape. – Vamos testá-las. Potter! Eu vi que você guardou duas poções. Dê a outra a Mitzel e bebam.
Harry olhou seriamente para Snape e para Karen, tirando da mochila dois frasquinhos com uma poção transparente. Entregou uma a Karen, que se levantou da carteira e se dirigiram até a frente.
-Vamos! Bebam! – mandou Snape rispidamente.
Harry bebeu primeiro, Karen o seguiu e os dois beberam toda a poção, esperaram alguns minutos, nada aconteceu.
-Muito bem, Potter! Menos 30 pontos da Grifinória, pela sua incrível aptidão para preparar poções.
O sinal tocou e Harry derrotado pegou sua mochila e saiu correndo da sala.


****


O dia não fora nada bom para Harry. Perder a garota que amava era muito duro. Viver sem ela pior ainda. Tudo que queria naquela noite era tomar um banho bem quente e se atirar em sua cama. Dirigiu-se pela noite para o banheiro, uma coisa estranha aconteceu com ele no caminho. Ao se olhar no espelho do banheiro levou um susto. Estava muito mais velho, seu peitoral estava mais forte. Suas costas mais largas e até sua voz mudara um pouco quando disse “Uau!” e os cabelos mais bagunçados. O problema que perdera 30 pontos da Grifinória pela poção que não fez efeito algum na aula do Snape. Despiu-se e entrou no box, tentando mudar seus pensamentos numa coisa mais útil do que Karen.
-Ta me chamando de inútil? – perguntou ela entrando no banheiro, incrédula.
-Karen? O que você ta fazendo aqui? É um banheiro de...
Parou ao perceber que a poção também fez efeito nela. Continuava linda. Seus cabelos estavam mais compridos Era mais alta e seu corpo estava muito bem desenvolvido. Ele olhou-a muito espantado dos pés a cabeça.
-Que pena que a poção não fez efeito antes. – comentou tristonha, também o observando, o fato de estar ali praticamente nu na sua frente e muito mais velho do que imaginava. – Desculpe! – disse desviando o olhar.
- O que está fazendo aqui? – perguntou voltando das fantasias que estava tendo.
- Preciso me explicar com você.
- Não precisa dizer nada. Já entendi tudo, eu posso ser um idiota como disse, mas não burro!
- Não diga isso! Você viu o que eu fiz com ele, acabei tendo uma detenção por isso. Se estivesse com ele, não bateria nele daquele jeito. Harry eu amo muito você!
- Eu ainda não acredito!
- Foi Malfoy!
- O que?
- Foi ele quem mandou Michael fazer isso, ele confessou. Eu vou provar pra você!
- Não precisa gastar seu tempo. –disse ríspido. – Seja feliz com ele! Não acredito nessas bobagens, porque Malfoy iria querer separar a gente?
- Eu sei lá? O pai dele é um Comensal, talvez queira ser um também.
- Mesmo assim não tem cabimento!
Karen voltou a desviar seu olhar para o chão.
-Pensei que confiava em mim. Confia então no garoto que te odeia em vez de mim, que sou sua namorada?
-Ex-namorada, você quer dizer! –disse ele, sublinhando as palavras.
-O que? Como pode pensar que tive a iniciativa de beijar aquele garoto que vive brigando com você.
-O que quer que eu pense? Você é uma garota de atitude!
-Ah é! É isso que pensa de mim? – perguntou incrédula. – Ótimo então! Atitude é pra quem tem Harry! – dizendo isso se dirigiu mais próxima do box, Harry agarrou uma toalha envolvendo o quadril. Ela abriu o box com raiva, fechou-o e prensou Harry na parede beijando-o suavemente, ele estava mais alto que ela. A água quente do chuveiro caia sobre seus cabelos, molhando toda a sua roupa. Harry sonhou com aquela boca o fim de semana inteiro, respirando ofegante, tentou se desvencilhar dela.
-O que você ta fazendo? - perguntou ele nervoso.
-O que mais? – respondeu ela com a sombrancelha erguida.
-Desculpa Karen! Mas eu... Não consigo beijar você.
-Do que você ta falando? Deixa de ser covarde? Nem parece da Grifinória.
-Eu nem acredito que eu não quero beijar você. Mas eu...
-Tudo bem! Se for com o Michael que você quer que eu fique, pois muito bem. Pode ficar feliz com a sua namoradinha Djéssica ou talvez a Chang se ela estiver livre, mas antes disso eu vou provar pra você, que devia ter acreditado em mim. – falou ela, saindo do box.- Ah! Desculpe te pegar nu no banheiro é que eu achei o lugar mais calmo para se conversar.
Harry olhou novamente para ela toda encharcada, pegou outra toalha se enrolou nela, agarrando Karen pelo braço.
-Agora entende o que passei pra conquistar você de novo?
-Isso é vingança?
-Entenda como quiser. – beijado-a novamente. A arrasou para a pia e sentou-a sem parar de beijá-la.
-Pois eu entendi que é vingança. – disse empurrando-o para descer. –Você já ganhou meu coração e todo o resto, porque está se fazendo de difícil? Vingança? Essa não é a resposta certa! Pra me ter de novo, precisa acreditar em mim e não duvidar de mim. Vou provar tudo isso!
-Voltando a ser difícil de novo?
-Não! – respondeu azeda, já saindo com muita raiva.


****


Voltando da biblioteca. Karen encontrou Malfoy vindo com seus “guarda costas”, Crabe e Goyle, pelo corredor.
-Olá Mitzel? Gostou do prêmio que ganhou no jogo? – debochou Malfoy, arrancando risos de Clabbe e Goyle.
-Pois é! Não era isso que eu esperava! – respondeu secamente. Puxou a varinha e apontou para eles. –Peça para os seus amiguinhos saírem, se não quer que eles vejam o vexame que vai passar.
-Está brincando, Mitzel?- perguntou risonho.
Karen forçou um sorriso e levantou Clabbe e Goyle com um gesto das mãos.
-Isso parece brincadeira? – perguntou seriamente, fazendo os dois se chocarem e desacordados, caírem no chão.
-Então o que é Mitzel? - perguntou, tentando não tremer da cabeça aos pés.
-Diga logo, porque você mandou separar eu e o Harry? Anda! Diz logo! Escolheu a pessoa errada para por o plano em prática, o idiota do Barris entregou você quando estava quase sendo quebrado ao meio.
-Não sei do que está falando? - respondeu sério.
-Resposta errada, Malfoy! – disse ela levantando Malfoy como fez com Clabbe e Goyle, que continuavam desacordados.
-Ta bom, eu digo quem foi! – disse nervoso. - Um comensal me mandou fazer isso, se eu o ajudasse, meu pai sairia de Azkaban.
-Quem é?
-Eu não sei! Eu não conheço! - respondeu sem fôlego. – Só sei que vai tentar roubar o livro.
Karen olhou para ele.
-Não deve estar falando sério? Olha que eu jogo você pela janela sem dó nem piedade.
-EU ESTOU FALANDO A VERDADE! – falou ele um pouco mais alto. Estava apavorado com a idéia de ser jogado pela janela. - O plano era separar vocês dois para conseguir pôr as mãos no livro. Era pra você se sentir protegida ao lado do Barris, fazendo ciúmes para o Harry, assim vocês iriam terminar.
-Como você é idiota! Chamar o Barris para fazer seu serviço sujo? Ele não me parece uma pessoa muito sensata para fazer isso.
Ela o largou no chão com estrondo, sem olhá-lo correu pelo corredor o mais rápido que pode até a Sala Comunal da Corvinal. Subiu correndo a escada em espiral para o dormitório, pegou um pergaminho e uma pena da mesa e rabiscou uma mensagem.


Caro Harry.

Desculpe estar escrevendo esta mensagem, mas não tenho tempo de falar com você, até porque não teria tempo de contar nada, preciso ser muito breve. Você se lembra que andei meio estranha ultimamente? Pois é, eu descobri o esconderijo do livro. Não quis falar pra você porque e queria ir sozinha, poderia por sua vida em risco, o que eu não queria. O local é a ravina mais próxima (olhe no horizonte). Sinto muito por demorar muito para ficar com você. Só quero que saiba que seja lá o que acontecer comigo, eu sempre amei você. Acredite em mim, eu nunca trairia você. É a única pessoa que eu amei de verdade. Prometa que será feliz enquanto estiver fora. Se tivesse que dar meu último beijo, acho que nunca iria buscar esse livro, porque sinto falta dos seus lábios. Te amo muito!


Beijos.
Karen


Dobrou a carta, a colocou dentro de um envelope. Retirou seu anel do dedo colocando-o lá também. Correu para uma gaveta pegou o broxe e saiu correndo pela porta encontrando Theury e Pâmela no caminho.
-Karen onde você...? –perguntou Pâmela.
-Não tenho tempo para perguntas. Entreguem isso para o Harry em segurança. Digam que eu o amo, por mim.
-Aonde você vai? – perguntou Theury desconfiada.
-Acabar com essa história de uma vez. Não leiam a carta, por favor! – disse já atravessando a porta de acesso à sala comunal da Corvinal.
Foi colocando a capa no caminho. Vários alunos olhavam-na desconfiados quando passou pelo gramado. Resolveu correr e quando chegou ao portão, ele estava enfeitiçado. Tentou reverter os feitiços, nada adiantou.
-Droga!... Já sei... – olhou para o cadeado e em movimentos com os dedos, abriu o portão cuidadosamente para não fazer barulho e fechou novamente o cadeado assim como abriu ele. Já lá fora deveria descer até Hogsmeade, era a hora de pegar aquele livro, não havia dúvida. Sabia que queria muito estar agora quentinha nos braços de Harry, mas não era o que realmente estaria fazendo.


****


A noite caiu e no jantar, Harry percebeu que Karen não estava jantando. Foi até a mesa da Corvinal para falar com Theury e Pâmela.
-Cadê a Karen? – perguntou preocupado.
-Não sabemos a última vez que a vimos foi na Sala Comunal, ela veio correndo do dormitório e entregou isso pra gente. – disse Pâmela, mostrando o envelope. – Disse que era pra você.
-Pra mim? – perguntou curioso.
-É! Também mandou dizer que te ama muito, acredita nela, Harry. Ela nunca te traiu. – disse Theury, olhando significativa para ele.
Ele olhou para o envelope, abriu e encontrou o anel que lhe dera de presente de pedido de namoro. Leu a carta silenciosamente. Quando terminou de ler olhou para elas nervoso.
-Ela foi atrás do livro!
Pâmela se engasgou e Theury derramou parte do seu suco de abóbora na mesa.
- O que? - perguntaram as duas em coro.
-Foi o que ouviram! – respondeu já correndo para fora do salão.
-Aonde você vai?- perguntou Pâmela.
-Atrás dela! – e saiu correndo o mais rápido que pode.
Não era a hora de perdê-la, foi burro em não acreditar nela, porque se tivesse acreditado, isso não teria acontecido. Quando chegou ao portão, deu um chute com toda a sua força, que o abriu facilmente. Fechou ele novamente.
“Ela disse na ravina mais próxima.” Pensou ele enquanto descia na escuridão para Hogsmeade. Olhou no horizonte. Como não pensara antes? As montanhas mais próximas eram bem perto dali. Resolveu aparatar ali mesmo. Minutos depois estava em um penhasco muito alto, que dali só se via uma névoa branca e as montanhas próximas. Virou-se cauteloso, a névoa cobria parte da entrada de cercas vivas, com certeza um labirinto. Não se via mais nada ali, além daquilo.
-KAREN! – gritou ele.
Ninguém respondeu. Ainda desconfiado resolveu entrar no labirinto. Levou um susto ao ouvir uma coruja piar alto.


****


Bem longe dali, Karen lutava para chegar ao fim daquele enorme labirinto. Suas preces foram ouvidas e minutos depois estava em frente a uma porta de latão com um enorme símbolo de águia. Já havia passado por vários obstáculos, tanto animais mágicos como feitiços enganadores. O suor escoria pela sua têmpora, fazendo sua beleza realçar mais, como diria Harry, ficava bonita de qualquer maneira, até nas piores ocasiões possíveis, como esta.
Ali na frente da entrada resolveu descansar um pouco, então seus pensamentos voaram longe para Hogwarts.
-Espero estar viva depois que acabar com isso.
Enfiou a mão nas suas vestes esfarrapadas e retirou o broxe. Encaixou-o no centro do símbolo fazendo a porta de abriu com um rangido enferrujado.
Um corredor escuro era oculto atrás da porta, mas no momento em que a abriu totalmente, tochas foram acesas magicamente até o final do corredor, onde estava um pedestal e nele o livro.
A garota retirou cuidadosamente o broxe e se dirigiu cautelosa até o livro.


****


Harry, por outro lado, estava achando estranho não encontrar nada no caminho. Caminhava lentamente, para não se assustar caso encontrasse algo indesejável. Um grito alto e agudo ecoou pelas paredes, fazendo Harry correr para a sua esquerda o mais rápido possível tinha certeza que era Karen. Mal correra e colidiu com ela, que caiu em seus braços.
-Harry? O que você... Está fazendo aqui? – Perguntou ela ofegante, tentando se recompor.
-Você está bem?
-Acho que sim. Precisamos sair daqui o mais rápido possível.
-Não tão rápido. – disse uma voz fria e aguda atrás deles, Voldemort.
Harry automaticamente se posicionou na frente de Karen.
-A deixe em paz! – falou Harry rispidamente, levantando a varinha.
Um comensal de capa preta surgiu do escuro, ficando ao lado de Voldemort.
-Tudo sairá bem se ela devolver o livro... Para mim. – terminou Voldemort friamente.
-Seu livro? Ele é MINHA herança. Que eu saiba, você não pode lê-lo. – disse Karen saindo de trás de Harry com o livro em suas mãos.
-Garota corajosa. Mas precisa usar mais a sua inteligência.
-Quer usar magia negra para abri-lo? Não irá conseguir. Ele não abrirá com feitiço algum, ainda mais de um bruxo idiota como você.
O Comensal levantou sua varinha para Karen, mas Voldemort sorriu friamente e o fez parar.
-Como ousa garota?- perguntou o comensal.
-Vocês são patéticos!
-Karen, pára! – sussurrou Harry.
O comensal quis novamente avançar até eles com a varinha em punho.
-Eu ordeno que pare William! Quero eu mesmo acabar com ela, quero sentir o gosto da vitória.
Harry não pensou duas vezes e falou.
-QUERO QUE A DEIXE EM PAZ! É A MIM QUE VOCÊ QUER E NÃO ELA! – gritou Harry nervoso.
-Fique calmo, Potter. Sua vez ainda não chegou. Talvez hoje possa acabar com você depois que eu ver a sua namorada morta. – disse Voldemort rindo.
Karen olhou-o profundamente.
-Acha que irei ter medo de você? Hoje não é meu fim ainda, mas o seu está próximo.
Voldemort riu friamente de Karen. A garota olhou fixamente para o comensal encapuzado, sem se importar com as gargalhadas frias de Voldemort.
-Tio William!... Enfim nos conhecemos.
Voldemort parou de rir e o comensal chamado William retirou a capa, revelando seus olhos castanhos penetrantes, era como Karen, moreno, com cabelos rebeldes, devia estar em Azkaban a alguns dias atrás, pois vestia ainda as roupas velhas e rasgadas por baixo da capa, olhou-a fixamente com profundo desprezo.
-Foi você que matou ela! –disse ela. - Por causa desse livro idiota!
-Muito bem! Agora tenho certeza que herdou a esperteza da sua mãe, coisa que o burro do seu pai não tem. – Harry continuava atento a tudo que diziam. – Deixe-me dizer sobre a sua querida mãe, que infelizmente foi morta. Bom, foi uma grande irmã, só até enquanto não conheceu o idiota do Alan. Descobrindo que foram feitos um para o outro. Muito romântico! Corvinais com grifinórios. Sinceramente acho isso um absurdo, os que são da Grifinória podem ser astutos, mas burros o bastante para poderem abrir um livrinho como esse. Accio livro! – ordenou ele para a varinha, se referindo ao livro que Karen carregava nas mãos, ela segurou firme, não o deixando escapar.
Karen fechou os olhos.
-Sei que matou o vovô também. Por quê? Ele não fez nada pra você. Porque matou minha mãe se ela adorava você? E porque ninguém percebeu que foi você?
-Porque ele era um idiota, me mandou embora da minha própria casa. Achava-se o rei da parada, é por isso que digo... grifinorios não foram feitos para nós, Mitzel... corvinais.
-Tem sangue da grifinória também!
Ele ignorou-a e continuou.
-Matei sua mãe... Por vingança. Ela morrendo eu teria que ser o herdeiro.
-De onde tirou isso? Você precisa nascer com o dom. E não recebê-lo, porque seria o próximo da lista.
-O Lorde das Trevas me mandou roubar o livro. – continuou ele. – Já que eu podia tocá-lo. Mas para ser mais inteligente matei sua mãe, assim teria o direito de lê-lo também.
-Inteligente?- Karen riu. – Burrice você quer dizer.
-Eles não descobriram que fui eu, porque não sabiam que eu era fiel ao Lorde. Meu pai desconfiou e me mandou embora.
-O que foi muito bem feito!
-Ele estava sobre meus cuidados, escapou e levou a você a pista de onde poderia estar o livro. Então o matei! Assim ele sairia do meu caminho. Vai rever sua querida mãe Karen! Avada...
-NÃO! – gritou Voldemort fazendo-o parar. –Querida Mitzel! Pode sair viva junto com o Sr. Potter se nos entregar o livro a salvo, em minhas mãos, além disso, poderiam ser felizes pra sempre.
-Rictusempra! – Gritou Harry. Voldemort andou lentamente até eles, mas não deixou o feitiço atingi-lo, bloqueou rapidamente deixando Harry cair.
- Aliasse a mim... Todos ficariam bem. – Karen ouvia atentamente. – Com a sua inteligência e o meu poder poderíamos nos tornar grandes, Mitzel. O que acha disso? – perguntou estendendo a mão.
-KAREN, NÃO! – gritou Harry ainda no chão.
-Eu nunca me aliaria a você! –respondeu firmemente.
-Então... Sinto muito! Avada Kedavra!
Harry se levantou o mais rápido que pôde Karen não sabia o que fazer, Harry pulou em cima dela. Quando abriu os olhos estavam na entrada do labirinto. Harry ainda continuava agarrado a ela.
-Harry! – chamou nervosa. -Harry!
-Essa foi por pouco! – disse saindo de cima dela.
Karen respirou aliviada.
-Fiquei com muito medo! – disse abraçando-o. - Anda! Precisamos sair daqui. Acho que o despistamos. – comentou Karen olhando para trás. Harry arriscou olhar para os pés com os olhinhos miúdos. Estavam no penhasco novamente.
-Agora como saímos daqui?
-É uma ótima pergunta. Pule!
-O que?
-Pule! Confie em mim.
Ela pulou e Harry a seguiu, gritaram muito, assim que bateram no chão o livro caiu logo em seguida. Karen abriu os olhos, que estavam fechados até aquele momento, estavam nos gramados de Hogwarts, estava muito escuro, já era tarde. Ele a fitou dolorido e os dois riram por alguns minutos, a garota se virou e fitou o céu estrelado.
-Conseguimos!
-Você conseguiu.
Harry olhou para a torre de Astronomia, levando um susto ao ver pairando a Marca Negra. Karen também observava perplexa. Levantaram-se e correram para dentro da escola, onde travavam uma batalha, vários integrantes da Ordem da Fênix com vários Comensais da Morte encapuzados. Um feitiço passou raspando a cabeça de Harry.
-Karen! É melhor você sair daqui.
-Aonde vai? –perguntou preocupada.
-Não faça perguntas e vá para o dormitório, AGORA!
-Eu não vou deixar você aqui. – disse ela nervosa. – Harry NÓS temos que sair daqui e não eu.
Harry não ouviu e saiu no meio de vários feitiços que saíam das varinhas dos da Ordem.
-HARRY!- chamou ela, com o livro firme nas mãos.
-Vou acabar com você, Mitzel! – disse William a suas costas. Com a varinha em punho, apontou para ele.
- Vai pagar caro por ter matado minha mãe.
-Vingativa? – perguntou debochado. - Expelliarmus! Vai perder seus poderes, Mitzel.
Nisso a porta de carvalho se escancarou e dois dementadores vieram até ela. Se sentiu infeliz, estavam sugando toda a sua felicidade.
-Agora entende porque os dementadores lhe fazem mal. Eles podem roubar a sua felicidade já que você tem tanta e deixa-la infeliz, assim roubaram todos os seus míseros poderes.
Realmente não podia usar seus poderes, estava muito fraca. Suas piores lembranças vieram à mente. A morte de sua mãe, descobrir como ela morrera a visão de Harry beijando Cho, tendo que partir para casa e deixar Harry em Hogwarts, ele chateado com ela por causa do beijo de Barris. Assim percebeu o quanto ele era importante para ela. Mas era tarde se não tomasse uma iniciativa iria morrer. Não havia nada a fazer a não ser esperar pela morte. Começando a fechar os olhos devagar, viu Harry gritar um feitiço para repelir os dementadores, outro em William e se agachar ao lado dela quase desacordada.
-Karen fala comigo! Você... Não... Pode morrer! – disse nervoso.
-Eu estou muito fraca. – disse fracamente, quase sem voz. – Te amo, Harry!
-Eu também te amo muito. Não faz isso comigo. Agüente! - disse sentindo um nó na garganta apertar.
Seus olhos quase fechados acabaram se fechando totalmente.



N/A: Oiii! Mil desculpas por ter só agora postado o cap 23. Eaí gostaram? Será que vai ser esse o fim da Karen? O Próximo capítulo, eu pretendo postar o mais rápido possível. Naum esqueçam d comentar depois q lerem. Vlw! Até a próxima! B-jão 

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