Aquele do retorno das lembranç
Harry acordou no dia seguinte com a cicatriz ardendo. Tivera um sonho terrível!Estava no cemitério, vendo os túmulos de seus pais, quando uma cobra apareceu. Tentou mata-lo, em vão. Ele também tentou mata-la, mas não conseguiu. Segurou a cobra com todas as forças que tinha, agora iria conseguir mata-la; no último momento ele percebeu um brilho no olho desta cobra, como nunca havia visto igual. Num gesto de piedade soltou a cobra, mas esta deu um bote. Não!Estava sangrando... não podia morrer, não agora...
H:- Ahhhhhh!
De um só pulo, Harry acordou e saiu da cama. Dirigiu-se ao banheiro, afim de não acordar Rony.
Ainda pensava sobre o sonho... Será que Voldemort pode estar por perto?Será que descobriria onde eles estão?Será que acabaria com os planos dele de destruir as Horcruxes?Essas perguntas não paravam de atormentar Harry. Agora não tinha mais a proteção de sua mãe...nem a de Dumbledore!Mas tinha um objetivo: iria descubrir quem é esse R.A.B, mesmo que estivesse realmente morto, e isso ninguém, muito menos Voldemort, poderia impedir!
Mas ainda havia uma coisa preocupando Harry... a luz!O que seria isso?O que sua mãe estava querendo dizer?Ele não sabia... ainda!Mas iria descobrir.
Com a dor da cicatriz aliviada, ele voltou para o quarto e se vestiu para ir comer alguma coisa.
Passou pelo quarto e viu Rony roncando...
“Vou senti saudades dele se alguma coisa nos acontecer.” Pensou Harry.
Passou por todos os quartos, todos com a edição do Pasquim embaixo das portas. Harry riu só de se lembrar da matéria sobre os comensais que lera ontem. “Quanta criatividade” pensou.
Desceu as escadas que davam para a sala onde seria servido o café da manhã, e logo se deparou com cabelos castanhos a sua frente.
He:- Acordado a essa hora?
H: - É...tive um pesadelo.Mas nada demais!-acrescentou ao ver a cara de preocupação da amiga.
He:- Oh, Harry. Você sabe o que isso pode significar não sabe?É bom se lembrar de que a partir de agora todo o cuidado é pouco!
H:- Me lembrarei, sim.Aonde está a Gina?
He:- Já está tomando café.Vamos indo...
H:- OK.
Enquanto caminhavam por entre grandes móveis antigos, Hermione ia lhe contando tudo o que Gina havia lhe falado à noite.Sabia que o garoto ainda gostava da ruiva, ´só queria protegê-la.Éle só concordava com a cabeça com tudo o que Hermione falava e perguntava, sua cabeça estava em o que iriam fazer hoje.Mas alguém o tirou de seus desvaneios.
G:- Ah, bom dia Harry!Não sabia que acordava tão cedo. Bom, pelo menos chegou a tempo de provar esses deliciosos pães que a Dona Úrsula preparou!
Os garotos fizeram os seus pratos e sentaram-se para conversar, deliciando-se com a comida da pensão.
Não demorou muito, e Rony já estava entre eles.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
A tarde passou muito rápida.Eles conversaram, fizeram planos para o dia almoçaram e foram conhecer a cidade.
Como era estranho andar por lá... havia nascido naquele lugar tão lindo, e só agora viera conhecer!As árvores se inclinavam pela calçada, havia flores em todos os lugares!Casas gigantescas e bonitas se erguiam em cada esquina. Pensando bem, aquelas ruelas lembravam um pouco a Rua dos Alfeneiros.
Harry andava, com a cabeça nas nuvens, quando foi interrompido por Hermione:
He:- Harry olhe só isto aqui!
O garoto ergueu a cabeça e se deparou com uma simples casa, para os padrões da cidade. Realmente não sabia o que é que Mione havia achado de tão importante naquela casa, quando viu uma placa, que dizia: “Casa amaldiçoada.Morte dos habitantes ainda desconhecida”.
H:- Mione... será que esta é...?
He:- Sim, Harry.A SUA casa.
R:- O que estamos esperando?Vamos entrar!
Os amigos entraram, mas Harry continuou a observar a casa, espantado.Não sabia se era aquilo que ele queria.É claro que seu maior sonho era conhecer o seu lar, mas alguma coisa o impedia.Talvez não estivesse pronto para rever lembranças...mas que lembranças?Não tinha nenhuma. Voldemort não o deixara aproveitar aquela vida com os seus pais!Resolveu entrar.
Abriu a porta e encontrou os seus amigos, admirados, olhando para as paredes. Cada uma delas estava decorada com fotos mágicas de seus pais, e algumas até com ele. Eles sorriam e acenavam para eles. Harry chegou perto, queria tocá-los, mas não conseguia!
Tirou os olhos da parede os colocou na escada.Lembrou dos gritos.Todos os gritos que o assombram todas as noites.Aqueles que causam insônia e tristeza, que levam lágrimas aos olhos, e que estavam fazendo isso outra vez.
G:- Seja forte, Harry.Você pode se lembrar de várias coisas ruins aqui, mas tente pensar em como vocês eram felizes, uma típica família de bruxos!
H:- Eu não tenho lembranças felizes deles!Isso é que me deixa triste.Pensar que eu não posso mais te-los ao meu lado, nem compartilhar com eles as minhas alegrias e as minhas tristezas.Tudo o que eu mais quer neste momento, é eles ao meu lado, mas isto eu nunca vou conseguir!
G:- E o que você está pensando em fazer?
H:- Vou subir, vou para o quarto. Foi lá onde escapei do feitiço de Voldemort. Tenho que rever tudo!
G,He,R:- Iremos com você!
H:- Não, eu quero ir sozinho!
R:- Você é quem sabe...
O garoto olhou as escadas e deu um profundo suspiro. Então, começou a subi-las.Sua consciência não queria, mas suas pernas o levavam. Por um súbito momento, sentiu alguém passar atrás dele, mas devia ser só a sua imaginação!
Chegou à porta. Abriu a maçaneta cautelosamente, como nunca tinha feito antes.Então viu o que não esperava: os móveis continuavam ali, como ele sempre via em seus sonhos.Havia uma varinha no chão, provavelmente de sua mãe, quando tentou protege-lo.Sentiu lágrimas descerem o seu rosto e uma sensação como nenhuma outra.Sua cicatriz começou a arder e ele se atirou no chão!Nunca havia sentido tanta dor quanto agora!E não era só uma dor comum, era uma dor que vinha do coração!Começou a ouvir gritos.Era seu pai chamando.Mas não era que nem daquela noite, estava chamando por Harry, na sala!Ele tinha que ir, tinha que ir lá...
R:- Cara, acorda!
H:- Hummmm...o que aconteceu?
He:- Você que nos pergunta?Estávamos todos conversando, vendo as fotos, quando o senhor aparece cambaleando nas escadas!Começou a falar que sabia que o seu pai a amava, que tinha coragem, que podia fazer tal coisa..o que era?
H:- Nossa, eu não lembro de nada disso... acho que foram as lembranças que causaram isso.Devia estar delirando!
G:- É... acho que sim!Olha, eu sei que você não está se sentindo muito bem agora, mas precisamos ir para o cemitério!Eu sei que serão muitas lembranças tristes, mas pelo menos você tira todo esse peso das suas costas sabe?!
H:- Você tem razão.Quanto mais cedo resolvermos isso, mais cedo sairemos em busca das Horcruxes!
He:- Você tem CERTEZA?
H:- Nunca tive tanta em minha vida.
R:- Então vamos, o que estamos esperando?
Saíram pela mesma porta que entraram.Caminharam por uma longa calçada por entre as árvores.Todos que passavam os olhavam com curiosidade, talvez por nunca terem os visto antes.
O caminho era longo e escuro, e logo todos estavam cansados, mas sabiam que tinham de continuar.Com muita força, conseguiram chegar ao cemitério.
Era um lugar macabro, com construções de pedras cinzas e pretas, quase nenhuma branca.Altas torres com anjos e gárgulas no alto se erguiam por entre os túmulos.Estava tão escuro que Hermione teve de apelar para um feitiço, torcendo para que nenhum trouxa chegasse naquele momento.
G:- Ahhhh!-A garota havia tropeçado em uma das lápides.
He:- Você está bem?
G:- Estou, tudo OK.Eu só tropecei e...venham ver isso!!!
Em frente a eles havia uma grande construção de mármore.Os garotos olharam, curiosos.Foi quando viram o nome das pessoas que jaziam ali em grandes letras: Lílian Evans e Thiago Potter.Harry foi caminhado para trás e se sentou na grama.Afundou a cabeça em suas mãos e desatou a chorar.Os amigos fizeram o mesmo, tamanha a emoção daquele momento.
Gina sentou ao lado do garoto e começou a acariciar os seus cabelos.Era impressionante como ela o fazia sentir confortável naqueles seus braços quentes, mas ainda faltava alguma coisa naquele abraço, que ele não sabia o que era.Mas o que importava neste momento?Harry tinha quase certeza que a amava, mas não queria arriscar.Mas, pensando bem, existia maior risco do que aquele que estavam correndo?
G:- Harry...
H:- Shiiiii...não diga nada, apenas me beije.
Os dois aproximaram as suas bocas, com cuidado e carinho.Estavam muito próximos um do outro.Não importava para eles que Rony e Hermione estivessem olhando tudo, só queriam se sentir apaixonados de novo.Seus lábios estavam quase se tocando quando ouviu-se um gemido atrás dos garotos.
Harry se virou em um movimento rápido, mas Gina continuou indo.Pensava que aquele momento havia chegado.Pensava que suas bocas iriam se tocar a qualquer momento.A garota continuou inclinando seu corpo, de olhos fechados, na direção de Harry.Este se levantou e saiu correndo na direção da menina que estava chorando em um túmulo perto do de seus pais, ainda a tempo de ver um cabelo ruivo jogado na grama, conseqüência da queda de uma certa ruivinha desesperada pelo beijo do amado.
G:- Arghhh!
Harry não olhou para trás, apenas continuou andando em direção a menina.Chegou perto dela para ver o que tinha acontecido, mas ficou paralisado ao ver a sua beleza.Aquela menina era uma morena, de olhos bem verdes e profundos.Parecia estar chorando a algum tempo, pois suas bochechas estavam muito rosadas, e o seus olhos e boca estavam inchados.
Ele se aproximou dela para tentar ver o nome escrito na lápide, mas ela se curvou, tampando a visão do garoto.Ela se levantou e saiu andando na direção oposta, e Harry viu alguma coisa cair no chão.Chegou perto para pegar e devolver para ela, quando viu o que era o objeto: um bracelete igualzinho ao de seu sonho!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!