conversa com os Dursley



Harry desceu, estava na hora de ter as respostas que os Dursley nunca lhe deram. Harry havia lembrando –lhes na noite passada, sobre sua partida quando desse meia- noite de hoje e que gostaria de conversar com eles antes de ir embora, desde então ficaram muito nervosos. Derrubavam o que seguravam ou se engasgavam o viam. Ele porém estava se perguntando porque tanto nervosismo quando viam ele. Será que estavam com medo de Voldemort, ou estavam com medo de que o Harry fizesse algum mau a eles já que era adulto, e poderia fazer magia em qualquer lugar?
Harry chegou na sala e encontrou a Tia Petúnia tomando chá em plena madrugada, tio Valter estava lendo a mesma página da revista que Harry o tinha visto ler a meia hora atrás, e Duda estava jogando em seu game boy, parecia que era o único que não temia a conversa do Harry.
Não havia notado sua presença, mas quando Harry pigarreou, tia Petúnia derramara o chá em seu avental de flores, e tio Valter piscava descontroladamente.
- Hum ... er ... já estou indo embora daqui a pouco, e gostaria de fazer algumas perguntas a vocês.- disse Harry nervosamente.
- O que você quer saber de mim? – perguntou Duda asperamente.
- Quero perguntar a vocês porque odeiam tanto magia.- Harry perguntou fingindo que não ter escutado a pergunta de Duda.
- Não é da sua conta. – disse tio Valter sem olhar para Harry.
- Claro que é da minha conta, vocês me trataram mal a vida toda, e agora que estou indo embora, gostaria de obter respostas.-disse prontamente.
Tio Valter inchou, era como se tivesse recebido o mesmo feitiço de tia Guida, mas respondeu sem pestanejar.
- Se não gostamos de feitiço, o problema é nosso, vá logo embora, estudar naquela escola de dementes, porque é isso que vocês são, dementes. Ainda mais com aquele velho doi... AHHHHHH- tio Valter não conseguiu terminar de dizer o que pretendia, pois Harry já sacara sua varinha e enfiava no meio da testa de tio Valter.
- NÃO POR FAVOR, NÃO FAÇA ISSO, RESPONDEREMOS TODAS SUAS PERGUNTAS- disse tia Petúnia abraçada a Duda.
- NÃO-OUSE-FALAR-ASSIM-DE-ALBUS-DUMBLEDORE- disse Harry sem escutar o que a tia estava lhe falando.
- NÃÃÃO, POR FAVOR ABAIXE ISSO, RESPONDEREMOS TUDO O QUE VOCÊ QUISER, MAS ABAIXE ISSO POR FAVOR- tia Petúnia já não estava mais abraçada a Duda, agora estava de joelhos implorando a Harry.
Depois que Harry viu o estado da tia, abaixou a varinha devagar, tentando se controlar, perguntou:
- Então me responda o porque...
- Foi por causa da magia, que só eu estou viva – respondeu imediatamente sua tia.
- o quê?
- Isso mesmo, meus pais foram mortos pela mesma pessoa que matou o Potter e a Lily.
- Quando foi isso?
- Uns dias depois de papai e mamãe me implorarem a abrigar James, você e Lily. Mas nós negamos, e dois dias depois estavam mortos pela Avada.- disse tia Petúnia coma as mãos no rosto, chorando sem parar.
- Avada? Mas com...
- Me senti tão culpada, que quando você apareceu na minha porta, me deu vontade de te deixar no orfanato, mas quando li o que o velho tinha escrito, resolvi deixar você ficar.- continou como se não tivesse sido interrompida.
- Dumbledore? O que ele escreveu a vocês? – perguntou imediatamente esquecendo da avada.
- Junto com você, veio uma carta do velho debilo...
- PARE DE CHAMAR DE VELHO O DUMBLEDORE!- Gritou Harry
- Porque você fica tão nervoso quando fala sobre ele? – Perguntou tio Valter asperamente.
- É porque – Harry suspirou várias vezes, antes de falar- ele morreu.
- Ele morreu?- disse tia Petúnia e tio Valter juntos.
- É.
- Quem o matou? Foi ele?- Perguntou tia Petúnia demonstrando medo.
- Não, foi Snape, mas isso não vem ao caso...
- Snape? Mas ele não estava do lado de vocês?- Perguntou Tia Petúnia.
- Então a sua escola, vai reabrir?- Prguntou tio Valter demonstrando surpresa.
- Não. Mas como a senhora sabe do Snape? E da Avada?
- Então para onde você está indo?- perguntou tio Valter.
- Da Avada, eu lia os livros da Lily, quando não havia ninguém em casa, e lia aquele jornalzinho infame de bruxos.
- Bom, na carta estava dizendo que havia um feitiço na casa em que só acabaria quando você completasse dezessete anos, nesse tempo todos nós, estaríamos seguros, longe dele.
- Então, creio que vocês vão ter que ir embora daqui imediatamente, pois estarei indo embora daqui a cinco minutos, quando o relógio bater.
Tia petúnia fez cara de assustada ao olhar para o relógio, e seus olhos se encontraram com o do tio Valter logo em seguida, mas tio Valter foi mais rápido.
- Não vamos embora daqui para nenhum lugar! Não somos ratos para vivermos nos escondendo.
- Valter, escute o garoto, se lembre do que aconteceu aos meus pais e a minha irmã.
- Ele está blefando, vamos chamar a polícia, e falar que nos ameaçaram de morte!
- Pode fazer o que quiser, nenhum policial é páreo para Voldemort.
- Escute ele Valter!- Tia Petúnia já estava em prantos.
Harry nunca havia visto a tia Petúnia tão desesperada antes, nem quando Duda ficou preso com a cobra no zoológico a seis anos atrás.
- Se não quiserem me escutar ótimo, não vou gastar meu tempo com vocês, fiz o que pude. Vocês tiveram questão de nunca me ver feliz, pois então, agora que estou indo embora, também não dou a mínima a vocês!- disse Harry sem notar a expressão de horror na cara dos Dursley.
Harry ficou em silêncio por alguns minutos, até que o relógio soou. Havia dado meia-noite.
- Boa sorte a vocês, estou indo embora agora!
- Mas Harry cuidamos de você durante dezesseis anos, e agora você vai ser ingrato assim a nós, os seus tios?- Havia um que de súplica na voz da tia.
-Ei, está acontecendo a mesma coisa que eu vi no verão retrasado!- Duda disse inesperadamente.
- O quê? Como assim Duda?- perguntou Harry.
- Quando aqueles, como é mesmo o nome, dementóides apareceram?- perguntou tio Valter.
- É, naquele dia eu ouvi tudo o que o Harry está dizendo hoje, e ainda me lembro que depois o Harry vai desaparecer do nada, e aparecer um outro homem, ele vai apontar para nós aquele negócio que o Harry tem ,vai sair três luzes verdes e...
- e...
- e...
- e...
- todos nós vamos morrer.
- Mas como você viu isso, se quando somos atingidos pelos dementadores, eles fazem a gente lembrar do pior lembrança que nós temos?
- Não sei, mas desde daquele dia, só sonho isso.
Todos ficaram calados por um minuto, depois Harry disse.
- O.k., vamos todos para fora, agora!
Todos foram para fora, quando chegaram lá, foi a vez de tio Valter falar.
- O que estamos fazendo aqui? E cadê as suas malas?
- Já mandei para minha nova casa todos os meus pertences, e vocês vão comigo morar lá, vamos de ônibus bruxo.
- E se eu não quiser ir? Não será um homem doido que irá me matar, vou na polícia agora mesmo falar que me acusaram de morte, e eu não quero andar com essas anormais!- Retrucou tio Valter indo na direção do seu carro.
- NÃO, VOLTE VALTER, O GAROTO ESTÁ FALANDO A VERDADE, NÃO VÊ QUE O NOSSO DUDA VIU TAMBÉM, VOLTE.- Gritou tia Petúnia em vão.
- DUDA VOCÊ QUER IR COMIGO, OU QUER FICAR COM SUA MÃE E ESSE DOIDO?- gritou tio Valter para o filho.
Por um momento, Duda ficou pensando em quem seguir, olhava da mãe para o pai, depois se decidiu.
- Vou com você papai.- disse indo com o pai.
- NÃO, NÃO PODE DUDA, VOCÊ TEM QUE VIM COMIGO, ELE VAI MATAR TODOS NÓS.
- AINDA DÁ TEMPO DE VOCÊ VIM COMIGO E SEU FILHO PETÚNIA.
Tia Petúnia também parou por um momento, depois começou a sorrir, se dirigiu ao Harry e falou mais calma.
- Harry, eu vou com eles. Você tem o mesmo coração bom que sua mãe, ia nos salvar mesmo te tratando mau pela vida toda. Mas sei que já chegou nossa hora, e farei de tudo mesmo sem o apoio do seu tio, para que consiga destruir ele. Boa sorte Harry, você é corajoso igual o seu pai e sua mãe, talvez esse seja o destino de todos nós, uns morrem salvando os outros, outros morrem salvando a si, outros morrem se juntando com quem não presta. Você terá sua recompensa depois. E o seu poder será revelado.- Depois de dizer isso, deu um longo abraço em Harry, e entrou de novo em casa.
Harry ficou parado por um momento, pensando nas palavras da tia, e depois a viu entrar com Duda e tio Valter para casa de novo. Resolveu ir atrás para perguntar que poder é esse.
- Tia o que a senhora quis dizer com po...
- Você vai saber depois, mas agora é melhor ir, porque...
- ...ele está chegando- completou Duda.
Só deu tempo de ver a tia fazer um sinal para sair,porque logo depois, havia aparatado no Largo Grimmauld, casa número 13.

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