Come What May
Sirius tocou no ombro de Lílian. Ela virou a cabeça para olha-lo. O garoto tinha uma expressão triste. Lílian andou até a janela e sentou-se na beirada, encostando a cabeça na parede fria de pedra. Sirius fez menção de andar até ela, mas pensou melhor e saiu da sala. Ele não sabia o que iria fazer, apenas corria, sem rumo, sem direção. Estava com os olhos vermelhos e a respiração ofegante. Corria a toda velocidade quando duas mãos doces o fizeram parar.
- Sirius? Qual é o problema? – Perguntou a morena, fitando-o nervosa.
- Ann... – Disse ele. Ainda estava meio perdido, mas abraçou a namorada com todas as forças.
- Amor, o que há? – Perguntou ela retribuindo o abraço.
- Eu fiz... Uma coisa horrível Ann... – Respondeu Sirius com o coração apertado encostando a cabeça no ombro da morena. Ela o olhava profundamente.
Lílian abriu os olhos lentamente. Um vento frio batia em seu rosto. Ela sabia o que tinha que fazer, mas faltava-lhe coragem. Lílian desceu o parapeito da janela. Tinha a cabeça baixa e os olhos molhados de lágrimas.
- Você sabe o que deve fazer Lílian – Disse ela para si mesma, ainda de cabeça baixa. Então lentamente foi levantando a cabeça e a luz da lua ia iluminando seu rosto molhado de lágrimas e sua expressão de decisão. – Seja forte.
Ela saiu da sala e rumou para a sala comunal da Grifinória. A cada passo que dava ecoava na escuridão do castelo, e conforme passava os archotes iam se iluminavam de fogo, abrindo caminho para Lílian Evans. Parou na frente do retrato da Mulher Gorda. A mulher olhou tristemente para ela.
- Lágrimas de Fênix – Sussurrou Lílian.
O retrato girou, dando passagem para ela. A garota limpou as lágrimas e entrou, olhou no relógio e viu que já era quase meia noite. Ela subiu as lentamente as escadas e abriu a porta. Todas as suas amigas já dormiam. Lílian andou silenciosamente até sua cama, trocou de roupa e dormiu.
- Remo, você viu a Lílian? – Perguntou Tiago nervoso.
- Não, desde ontem – Respondeu o amigo olhando para os lados.
- Pedro? – Perguntou o garoto esperançoso.
- Não Tiago.
Eles estavam na mesa, tomando café da manhã e Lílian ainda não chegara. Nem Sirius. Momentos depois a porta se abriu e um garoto moreno entrou de cabeça baixa.
- Sirius! – Disse Tiago pulando na frente do amigo. – viu Lílian?
- Não – Respondeu ele fracamente.
- Aconteceu alguma coisa Almofadinhas? – Perguntou Remo desconfiado.
- Nada...
- É sim, você está esquisito... – Disse Tiago sentando-se ao lado do amigo.
- Lily vamos descer!
- Não quero Marine – Respondeu Lílian seca. – Vá você, deve estar louca para ver Potter...
- Por que diz isso? – Perguntou a amiga, visivelmente ressentida.
- E não está? – Perguntou Lílian friamente, de costas para a amiga.
- Você vai ficar sem comer?
- Não estou com fome. Vou direto para aula – Disse a ruiva. – Deixe-me só.
Marine saiu emburrada. Lílian estava perdida, devia falar com Tiago, mas não achava coragem para dizer o que precisava ser dito.
- Estranho este feitiço, não? – Perguntou Remo, olhando a própria varinha, enquanto saiam da última aula do dia, Feitiços.
- Estranho não, difícil! – Resmungou Pedro.
- Tiago, você está bem? – Perguntou Remo.
- É a Lílian... Eu mal a vi hoje. É como estivesse me evitando – Disse o menino apreensivo. – E não gosto de ver o pessoal da Sonserina feliz desse jeito, nunca é coisa boa. Me incomoda. Principalmente o Lewllies, é como se alguma coisa estivesse errada.
Eles rumaram para a Torre da Grifinória. Sirius estava muito calado durante o dia. Logo que entraram eles viram Lílian sentada no sofá de frente à lareira. Ela olhava para o nada, perdida, mas quando eles ela levantou a cabeça e olhou para Tiago. Ele retribuiu o olhar, meio preocupado, meio feliz, triste. Lílian levantou e passou por eles, tocando na mão de Tiago, e saiu da Sala. Ele olhou ela sair e depois olhou para a própria mão. Havia um bilhete. E abriu cuidadosamente e leu para os amigos.
Preciso falar com você urgentemente, querido...
Te amo demais,
Lílian Evans
Tiago olhou para os amigos, confuso.
- O que será que é?
- Não sei, mas vá! – Disse Lupin.
- Boa sorte Tiago – Disse Sirius quando ele iria sair.
Ele correu para a torre de Astronomia. Tiago sabia que Lílian gostava muito daquele lugar. Ficar vendo estrelas e planetas... Ela amava isso! Ele sorriu para si mesmo. Entrou silenciosamente. Ela já estava lá, na frente de uma grande janela, observando a noite fria. O vento fazia seu sobretudo esvoaçar junto com seu cabelo ruivo, fazendo-a ficar mais linda do que nunca. Ele deu um sorriso feliz. Ela virou-se e viu ele sorrindo, ela caminhou até ele.
- Você sabia que tem um sorriso lindo? O mais lindo de todos! – Ela sorria levemente.
- Obrigada, querida! – Ele sorriu novamente. – Está tudo bem? Eu estava morrendo de saudades de você, minha ruiva! – Disse ele abraçando-a forte. Ela também o abraçava bem forte. Tiago queira perguntar uma coisa que estava martelando seus pensamentos, decidiu perguntar. – Onde você esteve noite passada? Fiquei te esperando...
- Não estava muito bem, tinha que refrescar minha cabeça – Lílian disse, voltando para a janela.
- Você pode me dizer a verdade... – Disse ele, descrente.
- Nós... – Ela começou. – Nós temos que acabar Tiago.
- O que? – Perguntou ele confuso.
- Max já sabe, e logo a escola inteira saberá... – Disse ela com a voz falhando, fraca.
- Não...
- Eu terei que ficar com o Max – Ela disse chagando perto dele. Lílian levantou sua cabeça, tocando-lhe o queixo. – E o ciúme fará você enlouquecer... – Ela terminou e voltou para a janela, estava de costas.
- Mas – Ele começou nervoso. Então andou até ela e disse com a voz fraca e meio tremida. – Não importa Eu não ligo para os outros! Não ligo para nada! – Tiago estava à beira de chorar, parecia desesperado, isso cortava o coração de Lílian. – Eu só quero ter você perto de mim, para sempre, junto comigo... Não ligo... – Ele falou fracamente tentando beijá-la, mas ela virou o rosto.
- Não é tão simples assim Tiago... – Ela falou baixinho.
Ela estava como coração quebrado por estar dizendo aquelas coisas para ele. Porém ela estava preocupada, Sirius não dissera nada, mas ela sabia que Max seria capaz de ir muito mais longe do que simplesmente dizer a escola sobre o romance deles... Muito mais longe.
- Temos que terminar...
Ela se afastou novamente.Tiago não podia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Não podia acontecer... “Eu não posso viver sem você Lílian...”, pensou ele enquanto limpava as lágrimas e mexia no cabelo. “Perdoe-me querido...”, pensava Lílian desesperada por vê-lo naquele estado.
- Never knew I could feel like this – Começou Tiago, cantando o que o seu coração mandava e olhando para o nada, desesperado. – Like I have never seen the sky before – Ele olhou para ela, aproximando-se lentamente dela. – I want to vanish inside your kiss... – Ele chegou nas costas dela e segurou seus braços gentilmente. – Seasons may change, winter to spring... – Ele beijou seu ombro e sussurrou em seu ouvido. – But I love you until the end of time... – Tiago virou-a de frente para ele. Uma lágrima escorria de um olho de Lílian. Ele limpou-a e continuou mais forte. – Come what may, come what may... I will love you until my dying day!
Ela deu um sorrisinho e suspirou fundo, abaixando a cabeça. Depois levantou devagar e, olhando para ele, continuou, docemente.
- Suddenly the world seems such a perfect place. Suddenly it moves with such a perfect grace – Tiago sorriu para ela e deu-lhe um beijo rápido.
- Suddenly my life doesn't seem such a waste – Ele juntou-se à ela.
- It all revolves around you... – Eles cantaram baixinho, se olhando.
- And there's no mountain too high – Juntos, em alto e bom som. – No river too wide. Sing out this song and I'll be there by your side! Storm clouds may gather and stars may collid... – Eles encostaram as cabeças uma na outra e ele cantou baixo.
- But I love you... - Ele.
- I love you... – Repetiu ela no mesmo tom.
- Until the end of time – Continuaram juntos, sorrindo um para o outro. – Come what may, come what may... I will love you... - Tiago prolongou o tom, de olhos fechados...
O vento assobiava na torre. Tiago levantou a cabeça dela segurando seu queixo e beijou-a longamente. Depois tomou-a em seus braços, envolvendo-os em um apertado abraço.
- Nós vamos passar por isso, eu sei que vamos, mas não consigo ficar longe de você... – Disse ele ainda meio tremido. Lílian chorava nervosamente.
- Te amo Tiago... Demais, demais...
*Tradução*
Nunca imaginei
Que pudesse me sentir assim
Como nunca tivesse visto o céu antes
Quero desaparecer em um beijo seu
A cada dia eu te amo, mais e mais
Ouça meu coração, pode ouvi-lo cantar?
dizendo para eu te dar tudo.
As estações podem mudar do inverno para primavera
Mas eu te amarei, até o fim da minha vida.
Haja o que houver,
Haja o que houver,
Eu amarei você até o dia da minha morte.
De repente o mundo parece ser tão perfeito,
De repente se move como tanta graça
De repente minha vida não parece ser um desperdício
Tudo gira em torno de você.
E não existe montanha tão alta,
Nem rios tão extensos.
Cante esta canção e eu estarei sempre ao seu lado,
Tempestades podem se formar
E estrelas colidirem
Mas eu te amo, até o fim da minha vida.
Haja o que houver,
Haja o que houver,
Eu amarei você até o dia da minha morte.
Oh, haja o que houver,
Haja o que eu houver,
Eu amarei você, eu amarei você
De repente o mundo parece ser tão perfeito.
Haja o que houver,
Haja o que houver,
Eu amarei você até o dia da minha morte.
OBS: essa é a versão do filme, não a música em si.
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