O que mais desejo
Capítulo 23: O que mais desejo
_Merda!
Dois Comensais estavam lançando feitiços pelas alas do St. Mungos, e Ginny estava agachada, atrás de uma pilastra, também lançando feitiços. Neville correu até ela e observou a situação.
_Como será que eles entraram?- a ruiva perguntou.
_Nada difícil suponho, já que estão infiltrados no Ministério.- respondeu Neville.
_Temos que avisar Amy.- Neville concordou, e ambos correram de volta para o quarto da avó do garoto.
_Vovó, os Comensais estão aqui. Temos que levá-la para algum lugar seguro.
_O que? Dê-me minha varinha! Acabarei tão rápido com esses miseráveis que eles não saberão os que atingiram!
_Não acho uma boa idéia vovó, principalmente pelo fato de que você está fraca e sem varinha.- disse Neville.
_Certo, eu sei usar essa porcaria.- falou Ginny olhando confusa para o celular, e tentando se convencer.
_Primeiro a gente dá o fora daqui.- ele pegou a mão da ruiva, e segurou a avó que estava com o chapéu excêntrico na cabeça e a bolsa velha no braço, e aparatou.
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_Quando você disse “tenho uma idéia melhor”, você realmente achou que isso era uma idéia melhor?- perguntou Rony irônico a Harry.
_Wiltshire, Inglaterra. Certo, Nicole?- Harry ignorou o ruivo.
_Era aqui, há alguns anos.- Nicole confirmou.
Eles estavam entre algumas árvores, escondidos pelos longos trechos de sebes de teixo, que terminava em um longo portão de ferro preto. A mansão Malfoy. Obviamente com mais segurança que aparentava, eles a observavam de longe.
_Ainda acho que devemos avisar à Amy.- disse Rony, quando eles se afastaram mais um pouco para discuti idéias.
_Quando teremos outra oportunidade? Nós já temos capacidade para entrar lá.- respondeu Harry.
_Mas como exatamente iremos fazer isso?- perguntou Luna. Harry ficou pensando.
_Isso é suicídio Harry. Não é garantia de a Chang está ai, apenas Comensais.- Nicole o alertou.
_Mas...
_Nada de “mas”! Se você quer ajudar sua ex-namorada, tem que separar as coisas. Não é apenas sua vida que está aqui, não seja egoísta.- Nicole o olhou séria.
_Eu estou separando as coisas, Rony sabe bem como eu sou, se tem alguém em perigo por minha causa eu não penso em colocar mais um, apenas eu devo entrar.- Harry olhava direto para Nicole, também com uma séria expressão.- Eu não estou indo porque ela é minha ex-namorada.
_Não é o que parece.- Nicole não desviou o olhar, e cruzou os braços.
_Eu já expliquei como eu funciono, pergunte a quem quiser! Todos sabem como eu sou... Rony, Luna, Neville, Ginny... - ele percebeu o erro, Nicole pareceu furiosa e abriu a boca para respondê-lo, mas Rony a interrompeu.
_DOBBY!
_O que?- perguntou Luna.
_Ele deve saber como entrar, ele é um ex-Elfo dos Malfoy.- respondeu Rony.
_Ótima idéia, Rony!- Harry desviou totalmente a atenção para Rony.- Dobby é um elfo, ele pode entrar e sair a vontade.
_Mas como exatamente o traríamos até aqui?- falou Nicole. Harry pensou um pouco.
_O Sr. Potter me chamou?- para surpresa de todos, Dobby aparatara em cima de uma árvore.
_Dobby! Sim, precisamos que você nos faça um favor.- o elfo desceu e ficou ouvindo as instruções de Harry.- Você vai precisa entrar na Mansão e descobrir quem está lá dentro. Depois disso, preciso que você volte e nos diga a localização de Cho Chang e possivelmente dois trouxas que estão mantidos prisioneiros. Pode fazer isso?
_Claro, Sr. Potter... - Nicole o interrompeu.
_Dobby, por favor, faça algo mais esperto. - Harry a olhou zangado, mas Nicole não se importou. - Se achar os prisioneiros, liberte-os e traga com você.- Dobby pareceu confuso.
_Faça o que ela disse Dobby. Por favor. - falou Rony.
_Sim, Sr. Weasley. - e aparatou.
_Como ele sabia onde estávamos?- Luna perguntou baixo para Rony.
_Não faço idéia.- Rony cochichou de volta.
_Qual o problema agora?- Harry estava novamente discutindo com Nicole.
_Problema algum! Só falei para ele fazer algo mais seguro para todos nós!- respondeu a morena.
_“Nós” QUEM?- Ele gritou.
_QUEM ESTÁ ENVOLVIDO!- Ela gritou de volta. Rony e Luna trocaram olhares.- EU, RONY, LUNA E VOCÊ! NEM SEMPRE O HERÓI É O QUE VIVE HARRY!
_ISSO QUER DIZER O QUÊ? “MAS VALE UM COVARDE VIVO DO QUE É UM HERÓI MORTO”?
_EXATAMENTE!!- Harry deu as costas a morena, zangado. - O QUÊ É? PORQUE EXATAMENTE VOCÊ ACHA QUE EU PEDI AO DOBBY PARA IR LÁ E TIRAR TODOS?
_POR QUE... - Ele se virou e viu a garota próxima, e não conseguiu terminar a frase.
_Sr. Potter?- o Elfo já voltara. E trazia apenas uma pessoa.
_H-Harry... - Cho disse isso antes de desmaiar e Harry correr até a garota para ajudá-la.
_EI! VOCÊS!- Obviamente, um Comensal os tinha visto.
_Vamos embora. - alertou, Rony.- Para onde estávamos.- Rony pegou o braço de Nicole e segurou a mão de Luna. Harry aparatou com Cho e Dobby, sem olhar para a noiva.
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_Esse é o quinto lugar que nós aparatamos, e nada desse seu gato achar algo que valha a pena, Granger.- o loiro parecia entediado .
_Para sua informação, Bichento é especialista em achar pessoas, animais ou coisas.- ela respondeu ríspida.
_É, deu para notar.- ele respondeu sarcástico. Ela o olhou ameaçadoramente, o que o fez revirar os olhos.- Eu vou ser honesto com você, não há certeza de que seus pais estejam vivos, então antes que essa sua bola de pêlos nos leve o que alguns chamam de “desova”, acho melhor fazer um feitiço localizador.- Hermione estava com os olhos brilhando, mas não disse nada, se agachou e o gato pulou para seu colo. Draco colocou a mão em seu ombro.- para uma biblioteca.- ela aparatou.
_Sessão de mapas.- ele disse quando chegaram a biblioteca. Hermione soltou bichento.
_Acho que ainda está fechada.- ela comentou, e pegou um livro também.- Como pretende localizá-los?- Draco tirou a varinha do bolso, deu um sorriso para Hermione, e lançou um feitiço. O globo se projetou na frente deles e girava de leve.
_Isso pode levar um tempo. Find.- Hermione sabia aquele feitiço. Ele passaria em todos os países, em uma pequena luz, aonde a luz parasse, estariam os pais da castanha, se eles tivessem vivos. Havia um, porém Draco tinha que pensar fortemente em achá-los, qualquer distração, quebraria o feitiço, demorando mais. E tempo não era um luxo.
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_Ajuda.- Harry estava com Cho em seus braços, e havia aparatado no meio do escritório de Amy, com Dobby agarrado a sua calça, e segurando a mão de Rony que segurava a de Luna, e a loira a de Nicole.
_O Q...- Sirius e Amy correram até Harry, e o padrinho colocou a garota deitada no sofá.- Como foi que vocês a acharam? E porque não avisaram a Ordem?- Amy perguntou diretamente para Harry.
_Dobby nos ajudou, nem precisamos entrar na Mansão do Malfoy.- ele respondeu.- Dobby você viu mais alguém lá?
_A menina estava no calabouço. Sozinha. Havia um Comensal na porta, jovem Harry Potter. Mas ele não foi capaz de ver o que o atingiu.- respondeu o elfo, satisfeito consigo.
_Essas não foram as ordens Harry.- Amy foi clara.
_Mas Amy, nós...
_Não importa. Eu fui clara com as minhas ordens, e eu não gosto de ser desobedecida.- todos olhavam de Harry para a mulher.- Saiam todos, quero falar com meu afilhado. Sozinho.- e assim foi feito, todos se retiraram.
_Não entendo a razão disso. O objetivo era trazer Cho, correto?- Harry perguntou cruzando os braços, enquanto a mulher sentava em sua cadeira.
_Sim, fico feliz que a garota esteja bem.- ela colocou os cotovelos na mesa, cruzou os dedos e apoiou o queixo neles, sem tirar os olhos severos do garoto.- Mas a questão Harry, é sua desobediência. Meu avô nunca o questionava, e Sirius sempre apóia sua falta de disciplina...- ele abriu a boca para questioná-la, mas ela interrompeu.- Você tem que apreender a agir em equipe, Harry.
_Você está a cargo das Horcruxes, certo? Eu não pergunto como está indo. ENTÃO NÃO ESTOU ENTENDENDO PORQUE NÃO POSSO FAZER DO MEU JEITO!- Ele perdeu a paciência, e bateu na mesa.
_Olha o tom, Potter.- ela se segurou o volume da voz, era notório, e arrumou a postura, colocando as mãos nos braços da cadeira.- Eu escutei demais sobre você para saber que você tem a tendência de querer ser herói.
_O que isso quer dizer?
_Que por você, vocês entrariam onde a Srta Chang estivesse presa, e fariam o maior carnaval que conseguisse.- ela não deixou duvida.
_Desculpe se não sou acostumado a pedir ajuda.- Harry engoliu suas palavras.
_Nicole.- ela suspirou.- foi ela quem disse a Dobby o que fazer?- ele desviou o olhar e concordou.- Nicole.- ela a chamou pelo celular.
_Sim, mamãe?- a morena apareceu dois minutos depois.
_Como Dobby foi parar onde vocês estavam?- Harry olhou surpreso para a noiva.
_Ele é leal a Harry. E eu sabia que Harry ia querer entrar onde Cho estava... Antes de sairmos, pedi que ele nos seguisse. Para ter certeza.- ela olhava o tempo todo para a mãe.
_Como sabia que eu iria querer entrar?- ele perguntou olhando para Nicole. Ela inspirou, e olhou zangada para o moreno.
_Você é inconseqüente, passional. Colocaria a nós e a si em perigo, sem medir as conseqüências.
_Por favor, seja sincera.- Harry disse com sarcasmo.
_Eu não quero vocês agindo pelas minhas costas, ou não confiando um no outro. Vocês parecem crianças.- Eles se viraram para Amy, mas nenhum a olhava.- Até hoje mais cedo vocês pareciam muito bem.- eles trocaram olhares.- Já me deixei clara olhar, se eu dou uma ordem, a cumpram. Agora os deixarei aqui para resolver seus problemas... Conjugais.- Nicole a olhou irônica, e a mulher sorriu.
_Amy, por favor, certifique que a Cho esteja bem.- Harry pediu quando a madrinha passou por ele.
_Não se preocupe quanto a isso.- ela colocou a mão no ombro dele, que corou.- Agora, conversem.- Amy olhou tanto para o afilhado quanto para a filha, e deu um meio sorriso enquanto fechava a porta, ao notar que o garoto já estava abraçado e inclinando-se para beijar a garota, que abriu a boca para protestar, mas que em segundos estaria ocupada com outra coisa.
_Sua avó já está bem, Neville?- Amy perguntou entrando em um dos quartos.
_Sim, ela é bastante forte.- o rapaz se levantou.- ela só está dormindo agora.
_E enquanto a Srta Chang?
_Ela ainda está desacordada, mas nenhum perigo.- respondeu Sirius.
_Vaso ruim não quebra.- comentou Ginny, e recebeu um olhar crítico de Neville.- O que?
_Amy, precisamos conversar.- Sirius a olhava sério.
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_Eles estão na Inglaterra, Londres. Isso é um ótimo começo.- comentou Draco.
_O que nós fazemos agora?- Hermione abraçava Bichento, com uma total cara de desespero.
_Tentarei ser mais específico.- ele disse, e abriu um dos mapas da cidade.- Find.- Ela sorriu em agradecimento. Draco, do seu jeito, a estava ajudando sem descer do pedestal, mesmo que ela não pensasse muito sobre isso, ele ainda a queria como uma aliada. Quando ela olhou novamente para o loiro, um pouco de sangue saia de seu nariz.
_DRA-
_CALADA!- Ele estava se concentrando, mas era a terceira vez que ele fazia aquele feitiço, mas a luz apareceu no mapa. Hermione sabia onde ficava. E desapareceu tão rápido quando apareceu. Ela desviou os olhos do mapa com o baque de Draco segurando-se na mesa.- Amy não vai gostar, foi por isso que ela não utilizou isso.- ele disse limpando o nariz.
_Obrigada.- ela disse com uma voz meio chorosa, e deu um beijo na bochecha do loiro, que se surpreendeu.- Obrigada, mesmo!- eles se olharam por dois segundos, e ela o abraçou.
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_O que você disse?- Amy perguntou. Eles estavam em outro quarto.
_Acho que a Chang, estava dando seu sangue para alguns vampiros.- respondeu Sirius.- Rony disse que ela já estava em companhia deles, pelo menos foi o que eles deram a entender.
_E você viu algo?
_Não fiz exame completo, não posso. Sem consentimento. E é melhor chamar Madame Pomfrey.
_Amanhã ela estará aqui.
_Onde está Nicole e Harry?
_Resolvendo as diferenças no escritório.- respondeu Amy sentando-se na cama.
_Ela tem um gênio difícil.- ele comentou sorrindo meio presunçoso para a esposa, que sorriu de volta.
_Fato.
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E apesar de todas as reclamações, ali estavam, Harry e Nicole se beijavam de uma forma que tirava o fôlego até de quem observava. E mesmo quando se separavam para tomar fôlego, o moreno não dava tempo de a garota assimilar ou lembrar-se do próprio nome, e retomava o beijo. Até o momento em que ele sentiu os joelhos da garota vacilar.
_Nicole?- ele a segurava em um abraço.
_Me solta.- ela disse fraca, empurrando Harry e se apoiando na mesa.
_Nick...- ele ia tocar nela, mas a morena correu para o outro lado da mesa.- Não corra de mim.
_Eu não estou! Só acho que precisamos conversar.- ela encarava a expressão confusa de Harry.
_Nós estamos conversando.- ele estava devagar dando a volta na mesa, mas Nicole percebeu e também estava para o lado oposto.
_Harry.- ela bateu as mãos na mesa, e o rapaz parou.- Eu não confiei em você, escondi o Dobby, mas não irei pedir desculpas.- ele a olhava sério agora.- Você precisa lembrar que não é só você que está ali. Os guardiões, a Ordem... Nós somos parceiros. As vezes é mais necessário um covarde...
_Do que um herói?- ela não percebeu que enquanto falava, o rapaz se aproximara e a segurara pelo braço.- São sacrifícios, Nicole. Alguns precisam e fazem, assim como você.
_Do que está falando?- ela o encarava surpresa.
_Fingimento não combina com você, de forma alguma.
_Desde quando você sabe?
_Hermione me contou no mesmo dia em que Amy nos explicou sobre o Acordo Nupcial.
/Flashback.
_Um feitiço?- Harry perguntou.
_E não é nada simples. Pelo que pesquisei, e o que você me disse, seu pai ou Sirius deviam pensar nas conseqüências.- Hermione disse sentada abraçada a Rony.
_Que conseqüências?- perguntou Neville. A castanha levantou-se, e ficou de frente para todos.
_Acordos núpciais são realmente perigosos, Na época dos seus pais eles já eram quase instintos. As famílias de bruxos costumavam fazê-los. Seu pai, Amy comentou, estava preso por um contrato, que é possível sair. Mas um acordo é outra coisa.
_Como assim?- perguntou Rony.
_É como um voto perpétuo, mas sem obrigatoriamente uma testemunha. Antigamente eram feitos para assegura a lealdade entre as famílias. Mas são perigosos, se uma das partes desistir, quem fez o acordo morre.- respondeu a garota.
_Minha avó casou assim.- comentou Neville.
_Quer dizer que se eu ou Nicole dissermos ‘não’, Sirius morre?- Harry perguntou confuso.
_Exatamente isso.- respondeu Hermione.
_E quanto a divorcio?- perguntou Harry.
_Divórcio?- perguntou Rony.
_Isso não existe entre os bruxos, Harry. Existem divorciados e separados, não há divorciados no mundo mágico.- falou Hermione.
_Então quer dizer, que eu e Nicole se não dermos certos, nós apenas nos separamos?- perguntou o moreno.
_Não é tão simples também, é um acordo. O feitiço funciona para a lealdade entre as famílias de bruxos permanecerem e perpetuarem... E como você sabe todas as famílias de sangue puro, são entrelaçadas.
_Não estou seguindo seu raciocínio, Mione. Como sempre.- disse Rony.
_Não há outra maneira de ligar as famílias além de filhos, Rony.- respondeu Harry.
_Então, o feitiço só se desfaz até um primogênito?
_E homem, para carregar o nome da família.- falou Hermione.
/Fim do Flashback.
_Porque você não me disse?- ela tinha lágrimas nos olhos.
_Eu queria fazer você se apaixonar por mim, como eu estou por você.- ele acariciou a bochecha da garota limpando uma lágrima.
_Nunca mais me omita algo assim.- ela falou segurando as lágrimas.
_Nunca mais me esconda algo.- Ele agora estava falando sério, apesar de tê-la em seus braços.- Se não gosta dos meus métodos, discuta-os comigo.
_Você não escuta!- ela tentou se soltar.
_EI!- eles estavam próximos, demais, mas prestavam atenção apenas nos olhos um do outro.- Eu sei que você não costuma confiar em ninguém, e eu não costumo valorizar quem está comigo por essa tendência a resolver tudo com minhas próprias mãos.- ele sorriu para si mesmo.- meu ‘ego de herói’, mas você deve saber da profecia, um tem que matar o outro. Terá que sempre ser eu e Voldemort.- ele encostou a testa na dela.- mas acredite, esse tempo que eu tenho...- ele a abraçou e a beijou de leve.- eu quero com você.
_Harry...
_Não vamos perder tempo brigando.- ele voltou a olhá-la nos olhos, sem se afastar.- A Ginny me conhece a mais tempo, a Cho foi minha primeira garota.- ele desceu para o pescoço dela, e a cabeça de Nicole tombou um pouco para trás, as mãos dela percorreram as costas dele e aproximaram Harry do seu corpo.- mas eu tenho total intenção de você ser a única...- ele a beijou.- e última.
As mãos dela se perderam nos cabelos de Harry, e ele a abraçou de uma forma que parecia que queria que os corpos se tornassem um. O moreno sentou-a na mesa, e começou a desabotoar a blusa da garota. As mãos dele passearam pelas curvas laterais da garota, enquanto ele beijava o pescoço da morena.
_HARRY! A HERMI...- Rony entrou com violência pela porta, mas se calou ao ver a situação. Os três se olharam, e Nicole o empurrou, e começou a fechar a camisa.
_O que foi Rony?- Harry suspirou se arrumando.
_A Hermione, está de volta.- ele estava eufórico.
_O que foi aconteceu? Ela se machucou? Malfoy fez algo?- Harry correu até a porta.
_Não, ele...- Rony hesitou ao olhar para Nicole.- Ele não ta nada bem.
Nicole não esperou falarem mais nada, e correu pela porta até o andar de cima, de onde viam os gritos. Ela abriu a porta de um dos quartos e viu o loiro gritando, sendo segurado na cabeça, nos braços e nas pernas. Hermione chorava e estava suja de sangue, com Luna ao seu lado tentando reconfortá-la, seus ferimentos eram leves.
_O que aconteceu?- Nicole correu até Hermione.
_Ele... Ele...- Harry e Rony chegaram no exato momento, e Hermione correu até os dois.
_Vamos cuidar desses ferimentos.- disse Harry.- Nick, Luna, Ginny e Neville?
_Neville fica para me ajudar a segurar, Draco.- disse Amy que ajudava Madame Pomfrey, enquanto Draco gritava mais alto.
_Eu quero ficar aqui.- disse Hermione.
_Ninguém perguntou o que você quer.-disse Ginny empurrando Hermione pela porta.
Eles a levaram para seu quarto, Ginny trouxe alguns curativos e poções para limpar os ferimentos que Hermione possuía na cabeça, nas pernas e nos braços. As roupas dela não estavam totalmente rasgadas, mas sim sujas e ensangüentadas.
_O que aconteceu com vocês?- perguntou Luna, ajudando Ginny.
_Meus pais estão aqui também.- Hermione falou com lágrimas nos olhos.- A Sra. Weasley, Fleur e Gui estão os acalmando.
_Hermione?- Rony segurou as mãos da castanha e ficou de joelhos na sua frente.
_Dra-Draco matou alguém.- ela respondeu com o choro a fazendo gaguejar.
/Flashback
_É exatamente aqui.- Hermione disse, olhando para um prédio abandonado.- Está com o feitiço Fidelius.
_E como saímos dessa?- o loiro perguntou.
_Você é um comensal, não sabe?- ela alfinetou.
_Vá se ferrar, antes que eu me esqueça. Oh, espere...
_Nem termine essa frase Malfoy.- ele riu.
_Temos que esperar um pouco... Esse seu gato, pode nos ajudar?- ele perguntou mais para si, observando Bichento.
_O que está pensando?- ela perguntou, e Draco sorriu maroto.
_O gato vai distrair, quando um deles sair, eu uso a Imperius e o obrigo a nos falar como entrar. Problema resolvido.- e foi exatamente o que aconteceu, Bichento atraiu um dos Comensais para fora do prédio, e o loiro o amaldiçoou, conseguindo as informações.
_E ainda acham que você é só mais um loiro burro com músculos bem formados em contraponto do péssimo Quadribol que joga.- falou Hermione, quando eles conseguiram realmente ver o prédio.
_Quem diz isso?
_Eu.- ela respondeu ao ver uma janela aberta.- Ali. Como vamos chegar?
_Advinha.- ele disse irônico flutuando.- São seus pais, Granger.- foi só dizer isso, e ambos estavam no parapeito da janela.
_Se eu fosse um desses idiotas, onde manteria um refém?- comentou Hermione em voz alta.- Ei, Malfoy, onde você os manteria?
_Você está preocupada no lugar? Eu estaria preocupado no ‘de que forma’.- o loiro abriu devagar a porta.- eles não são como a Ordem, lembre disso enquanto estamos aqui. Eu não sou o Potter nem o Weasley, minha missão aqui é resgatar seus pais, não cuidar de você.- A castanha fechou a cara, mas Draco não se importou. Eles usaram feitiços silenciadores nos sapatos, e aos poucos checaram todos os quartos do andar, mas foi em vão.
_Eles devem estar no porão, rodeado por Comensais, nós fomos idiotas em pensar que estariam aqui.- Hermione suspirou.
_Tá pronta, Granger?
_Vamos lá.
Eles desceram, e encontraram três Comensais. Depois de um tempo conseguiram abatê-los, mas não com destreza o suficiente para não chamar atenção dos demais. Alguns feitiços fizeram os cortes em Hermione e Draco, e com esforço chegaram ao andar em que os pais da castanha estavam amarados e vendados
_Ora, ora, que surpresa temos aqui.- Hermione conhecia a voz, Vicente Crabbe.
_A sangue-ruim e o traidor.- Draco olhava diretamente para Gregório Goyle.
_Crabbe, Goyle, olhem o palavreado.- Pansy Parkinson estava no meio dos dois.
_Então, vocês já tem gabarito para isso ou estão apenas de empecilhos?- ironizou Draco.
_Draquinho, o Lorde das Trevas mandou perguntar se você tem certeza do que está fazendo, mas se você quiser deixar claro que está de espião para a Ordem, é só matar essa... Bem, garota.- falou a morena.
_Draquinho?- Hermione olhou enojada para Draco.
_O que?- ele respondeu a ela.- Já falei para parar com isso Pansy. Na verdade, vocês três não sabem o que estão fazendo.
_Oh, por favor. Você só mudou de lado porque não conseguiu terminar a tarefa que o Lorde das Trevas o mandou fazer.- disse Crabbe.
_Isso mesmo, a mamãe teve protegê-lo.- completou Goyle.
_Só mandaram os fantoches?- Amico Carrow perguntou, aparecendo das sombras.- Onde está meu irmão?
_Em algum lugar se entregando para a Ordem...- Hermione sorriu irônica.- Provavelmente.
_Vamos parar a brincadeira.- Pansy sorriu maldosa para Hermione.
O que se seguiu foi uma confusão. Hermione duelava com a varinha em uma mão e utilizava o que havia apreendido sobre o elemento ar em outra, contra Pansy e Goyle. Assim como Draco, com Crabbe e Amico. Ela conseguiu desarmar Goyle e deixá-lo inconsciente, mas Pansy não era tão estúpida quanto ela imaginou e no auge de seu duelo, ela percebeu uma varinha sendo arremessada de onde Draco estava, a dele.
_Estupefaça!- ela ordenou, saindo um pouco forte, fazendo a adversária voar para o canto da sala.- Draco!- ela gritou e correu até o loiro.
_Pansy? Goyle?- ele perguntou.
_Desacordados.- ela respondeu.
_Então agora também é traidor do sangue, Malfoy?- brincou Amico, rodeando os dois, junto a Crabbe.
_Sempre achei que tinha uma queda pela, sangue-ruim, mas vê-lo sendo protegido por ela... Que decadência.- ironizou Crabbe.
_Protegido?- Hermione viu Draco tirar um pingente do bolso, mas não acredito nos seus olhos quando no segundo seguinte, o pingente tornara-se uma espada. A espada de Salazar que ela viu Amy presenteá-lo.- Vamos brincar agora.- e o loiro partiu para cima de Crabbe.
_Não esqueça de mim, garotinha.- Amico lançou vários feitiços em Hermione, mesmo ela protegendo-se de grande parte, era só isso que estava acontecendo, ela não conseguia atacar. E sem perceber, ela estava na frente de seus pais.- Então, o que vai ser? Você, ou esses trouxas imundos?
_Hermione? Querida?- Hermione não desviou os olhos de Amico, mas não conseguiu segurar as lágrimas ao ouvir a voz dos pais a chamando.
_Ei vaca, aquilo doeu.- Pansy Parkinson estava de volta, e com um pedaço de vidro, da janela em que foi acertada, na mão.
_Finalmente você esta parecendo a psicopata que é, Parkinson.- Hermione disse.- Dois contra um... Qual é a justiça nisso?
_Ninguém te avisou? O mundo não é justo.- Pansy corria até Hermione, enquanto Amico invocava um feitiço. A castanha mandou Amico e Pansy para longe com uma estuporada e uma rajada de vento.
_Papai, mamãe, vocês estão bem?- ela perguntou os desamarrando.
_Sim, eles não nos machucaram tanto.- respondeu o pai da garota.- Hermione, precisamos de uma explicação.
_ARGH!- A castanha iria responder, mas ouviu o grito de Draco.
O loiro estava em uma luta corpo a corpo com Crabbe, uma luta que era evidente a derrota dele. O peso de Crabbe o favorecia em muito. Ela se desculpou com os pais e correu para ajudar o loiro, conseguindo libertá-lo, mas levando um tapa que ficaria roxo depois. Eles conseguiram deixar o garoto desacordado, mas sua atenção retornou para os pais da garota quando Goyle os chamou, e eles o notaram segurando o pai de Hermione pelo pescoço, e sua varinha apontada para ele.
_Larguem a varinha e a espada.- ele ordenou, o que eles obedeceram.- Que gosto isso me trás, quando serei eu a matar a sabe tudo de sangue ruim e o loiro idiota traidor. Sabia que eu sempre de desprezei, Malfoy? Você nunca me pareceu ter essa grandeza toda que os Comensais comentam, ou falavam.
_E admito que subestimei você, Goyle. Antes eu o achava um imbecil burro que não servia para nada... Agora eu o acho um imbecil burro que incomoda um pouco.
_OLHA O QUE FALA, MALFOY! Ou não se importa com o que pode acontecer com os pais da sua amiguinha?- ele pressionou a varinha mais na garganta do Sr. Granger.
_Não muito.-e ele respondeu com um sorriso nos lábios e surpreendeu Goyle. Isso deu tempo de com uma rajada de vendo mandá-lo para longe, deixando-o desacordado. Hermione correu até seus pais, abraçando-os.
_Me desculpem! Me desculpem!- ela repetia.
_Avada...- ela ouviu, e abraçou forte seus pais, mas estranhou quando não sentiu nada. Ela olhou para trás e viu Draco com a espada enfiada no estomago do Comensal, há apenas um metro de distância deles.
_Dra...- eles trocaram olhares que não sabiam o que significava. Ele acabara de matar alguém, para protegê-la.
_CUIDADO!- Draco abraçou e virou Hermione em um piscar de olhos, depois ela sentiu um líquido quente sobre suas roupas, e o peso do corpo do loiro.
_Draco?- ela o chamou, mas não teve resposta. Hermione olhou para trás e viu Pansy a olhando rancorosa, quando a castanha olhou para uma de suas mãos que segurava o loiro, viu sangue.- DRACO!
_Hermione?- a mãe da garota a chamou, quando a viu ceder com o corpo de Draco.- Oh meu Deus...
_Segurem-se e-em m-mim.- ela falou tremendo, o que os pais obedeceram.
/Fim do Flashback.
_Eu aparatei, porque imaginei que Amico era o fiel do segredo, para o mais perto daqui. Depois avisei a Amy, e eles foram nos buscar.- Hermione terminou a história.
_Hermione...
_A CULPA É MINHA! SE ALGO ACONTECER, SOU COMPLETAMENTE CULPADA!
_Não é culpa de ninguém, ele quis te proteger.- falou Luna.
_Ele não precisaria, se e-eu, se e-eu...- ela começara a chorar de novo.
_Hermione, fique calma. Seus pais estão bem, o Malfoy está sendo bem cuidado...
_ARGHHHHHHHH!- Eles ouviram o loiro gritar. E Hermione continuou a chorar com mais força.
_Ele nunca matou ninguém.- Nicole falou. Todos se viraram para ela.
_Nick, ele é um ex-comensal, se você acha que ele é puro assim, ta enganada.- falou Rony.
_Ele mesmo me disse.- ela falou, e passou a encarar Hermione.- Você deve ser muito importante, Mione. E está na hora de esquecer o que ele foi, e lembrar o que ele fez e é. Um guardião da Ordem.
Levaram horas para estabilizar Draco, mesmo com poções e feitiços, Madame Pomfrey e Amy não conseguiam avançar o suficiente, e a febre e espasmos que o loiro tinha não as ajudavam. E quando finalmente conseguiram, tiveram que admitir que Draco fosse ficar com uma cicatriz, nas costas e na barriga, pois o caco de vidro que Pansy o acertou, atravessara. Depois de o estabilizarem, Hermione não saiu do seu lado. Suas feridas já estavam cicatrizando depois de três dias, mas ela preocupava-se com o rapaz, que não abriu nenhuma vez nesse tempo. Até os pais da garota tentaram persuadi-la, mas ela estava irredutível, dormia ao lado da cama dele e comia muito pouco.
_Hermione, você tem que comer.- sua mãe insistia pela terceira vez.
_Já disse que não.- ela teimava.
_Tenho certeza de que Draco se incomodará em saber que você não está se alimentando direito por causa dele.- falou o pai da garota.
_Bem se vê que vocês não o conhecem.
_Está bem, nós iremos trazer algo para você.- disse a Sra. Granger.- Ele deve ser realmente importante, certo?
_E quanto a Rony?- falou o Sr. Granger.
_Ele é.- ela o observava, e tirou sua atenção um segundo para responder aos pais.- No momento, ele é o mais importante.- e voltou a observá-lo.
Ela nunca o tinha realmente visto dormir. Às vezes, quando ela estava sonolenta, ainda conseguia sentir o olhar do loiro sobre ela, mas nunca dera muita importância. A marca negra do braço dele, que ela não suportava olhar, agora parecia tão apagada. O rosto de menino que ele tinha quando dormia, era tranqüilo e inocente, e pareceu até demais por alguns minutos para Hermione, como se ele nunca mais fosse acordar, deixando-a na dúvida se gostava disso.
_Acorda... Eu preciso que você acorde.- ela sentiu as lágrimas.- Quem vai tirar sarro da minha cara por estar aqui, chorando por SUA CAUSA, ein?- ela segurou uma das mãos dele.- Você me perguntou no que eu penso quando estamos juntos, não é?- ela deu um beijo na mão do rapaz, fechando os olhos, deixando as lágrimas caírem, acariciou-a e encostou-a em seu rosto.- Pois eu só respondo, se você abrir os olhos. Por favor...- ela começou a chorar de verdade.
_Você está molhando a minha mão.- ela ouviu a voz de Draco e surpreendeu-se ao vê-lo olhando-a com seus olhos cerrados.
_V-Você...
_OH MEU DEUS! Você acordou.- eles olharam para a porta, e viram a mãe de Hermione com uma bandeja de comida nas mãos.- HARRY! RONY! QUERIDO! DRACO MALFOY ESTÁ ACORDADO!- Ela gritou.
_O que você pensa?- ele perguntou, sem tirar a atenção da castanha, que ainda estava atônica.- eu penso que o que eu mais desejo é você. Completamente para mim.- Eles ficaram trocando olhares, enquanto a mãe de Hermione falava o quanto estava feliz com aquilo, que ele estava há três dias desacordado, eles nem perceberam quando ela desceu para chamar os outros que ainda não haviam subido.
_Eu penso... Que eu quero você, pensando em mim, só em mim. Tocando apenas no meu corpo. Olhando apenas para mim. E que pela primeira vez eu quero monopolizar alguém.- ela limpou as lágrimas, e ele sorriu travesso.
_Eu sabia que você era egoísta.- ele falou maroto.
_Só com você.- ela não se importou com mais nada, e o beijou de leve e que gostou quando abriu os olhos, o loiro os manteve fechados por alguns segundos, eles se olharam e sorriram.
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