As palavras de Draco



-- CAPÍTULO 10 --
AS PALAVRAS DE DRACO

- Acho que chegamos na hora para filar à bóia. – disse Rony enquanto entravam no salão principal, Mel riu, mas Mione fizera uma cara de reprovação para os dois.
Ao se sentarem Mel percebeu que Harry não estava na mesa da Grifinória, mas não disse nada com a esperança de alguém comentar.
- Neville, você sabe onde está o Harry? – perguntou Rony já sentado.
- Ah, ele disse que não vinha jantar hoje, não estava com fome. – respondeu ele enquanto o banquete era servido.
- Então devo levar alguma coisa pra ele. – disse Rony para Mel e Hermione, embrulhando dois pedaços de frango em um guardanapo e guardando na bolsa.
Ao terminarem o banquete, eles saíram do salão antes de muitos outros alunos, Mel de imediato olhou para trás e viu Draco se levantar da mesa sozinho, passou rápido por eles e rumou em direção à biblioteca, foi onde Mel achou que ele estaria indo, na hora ela pensou em segui-lo para ver o que ele estava tramando, pois estava sozinho e com muita pressa.
- É... acho que vou dar uma passadinha na biblioteca antes, podem ir indo, não demoro. – disse Mel ao lado de Rony.
- Ah, então eu vou com você. – disse Hermione animada.
- Não precisa não, é coisa rápida. É sério, não precisa. – disse Mel ficando nervosa.
- Bom, você que sabe. Vou ficar te esperando na sala comunal. – disse Hermione desentendida.
- O.k. – finalizou Mel com pressa acenando para eles.
Saiu correndo em direção à biblioteca, o caminho estava bem parado, a maioria dos estudantes estavam no salão principal, além disso, hoje era Sábado nenhum aluno viria à biblioteca depois do jantar, eram muitos poucos alunos que faziam isso, mas ao virar uma parede ela sentiu um movimento rápido e alguém à puxou para um canto escuro.
- Eu sabia que você viria atras de mim. - disse Draco sorrindo para ela segurando-a pelos dois braços.
- Você ficou maluco? Eu nunca iria atras de você. – mentiu lutando contra a força dele.
- Ah, não? Então por que veio? – perguntou ele sarcástico.
- Eu estava indo para biblioteca. – respondeu ela desviando seu olhar com o dele.
- Sei que você sente saudades de mim, e – pausou ele acariciando a face dela. – sei que ainda gosta de mim.
- O que? Realmente você pirou de vez, não sabe nem o que está dizendo, você acha... – mas foi interrompida com um beijo, por incrível que pareça ela pareceu Ter gostado, pois não fez força nenhuma para se soltar, apenas se deixou levar, mas depois de um breve momento ela se lembrou de Harry abriu os olhos e viu que não era uma pessoa de cabelos castanhos que estava beijando e sim um loiro, no mesmo instante ela retirou seus lábios com os de Draco, que ficou todo satisfeito, ela não sabia o que fazer.
- Eu estava certo, não estava? – disse o satisfeito e sorridente Malfoy.
- Você não devia... – gritou Mel na cara dele que novamente fora interrompida com outro beijo, mas dois segundos depois ela o empurrou e começou a xingar Draco de todos os nomes horríveis e dizendo que o pai dele era um servo de Voldemort, ele ficou irritado e começou a falar ainda segurando os braços dela.
- E se fosse, o que você poderia fazer? Contar para as outras pessoas, ninguém acredita nisso, além disso... – falou ele alisando os cabelos dela. – seria um grande risco para sua mãe, não é mesmo?
- O fato da minha mãe ser irmã dele, não quer dizer nada...
- Se sua mãe não fosse uma serva do Lorde, realmente isso não queria dizer nada.
- Você realmente não sabe o que diz... se minha mãe fosse eu certamente...
- Saberia? – interrompeu ele apreciando a expressão de dúvida no rosto da prima. - Então quer dizer que o seu namoradinho, o poderoso Potter não te contou?
- Contou o que? A faça mil favores, você é louco.
- Você nunca se perguntou o porque de sua mãe sempre Ter ido em minha casa conversar horas e horas com meu pai?
- Qual o problema, eles são irmãos. – respondeu ela contrariando a pergunta.
- É mesmo, mas será que isso era algo tão grave para ela impedir de contar ao seu pai?
- Como você sabe? Não quero saber. Me solta quero sair. – disse ela suando frio e fazendo força.
- Você que me contava, não se lembra? – disse ele num tom de satisfação.
- Aiiiii, me deixa sair. Já chega! Você já teve o que queria, agora me larga, está me machucando. – falou ela em voz alta e as lágrimas começaram escorrer de seus olhos.
- Tudo bem. Se você fosse mais boazinha eu te consolava, tenho certeza de que iria gostar. Ah, adorei o beijo.– disse ele soltando sua mão com brutalidade o braço dela, que saiu rápido. – Mas não pense que estou satisfeito, eu ainda quero mais. – completou ele rindo malvadamente.
Mel saiu correndo chorando, subindo as escadas da torre norte que se moviam indo para o sétimo andar com destino à sala comunal de Grifinória, ao passar pelo quadro da Mulher Gorda percebeu que a sala estava cheia, tentou disfarçar o choro enxugando as lágrimas e indo em direção ao quarto não olhando para ninguém, Hermione que estava sentava no sofá conversando com Rony e Harry, percebeu a intenção da amiga e cutucou os dois que logo olharam para Mel passando do outro lado com pressa.
- Vou lá falar com ela. – disse Hermione se levantando.
- Acho... Mione, acho que eu deveria falar com ela. – disse Harry puxando o braço da amiga.
- Mas Harry, você não pode entrar lá.
- Não tem problema, diz à ela para me encontrar no outro lado do quadro.
- Ah, acho que ela não vai querer, depois de hoje... mas de qualquer forma vou falar. – concluiu Hermione indo agora em direção ao quarto das meninas.
Quando chegou no quarto viu Mel deitada na cama de barriga para baixo, foi até ela e se a baixou para ficar a altura dos olhos da amiga, e logo percebeu que estava chorando em silêncio.
- Por que você está chorando, Mel? – perguntou Mione alisando os cabelos dela.
- Por nada, Mione. Nada. – e se virou para o outro lado.
- Bom, eu respeito que você não queira me contar agora, mas tem uma pessoa que está te esperando do outro lado do quadro da Mulher Gorda.
- Se for o Harry, diga à ele que está perdendo tempo.
- Escuta Mel, eu sei que você gosta dele e que ele sente o mesmo por você, então acho melhor você ir conversar com ele. – disse Hermione calmamente.
- Não, eu não vou. Será que ninguém respeita quando alguém quer ficar sozinha? - explodiu Mel se sentando na cama.
- Você que sabe. Mas seria melhor, você precisa dele e...
- Tá bom, Hermione, vou lá ver o que aquele estropício quer. – ela interrompeu-a se levantando da cama.
- Ótimo. Agora deixa eu dar uma ajeitada no seu rosto.
Ela tirou a varinha do bolso e ordenou:
- Tergeo! - E a varinha enxugou toda a lágrima.
- Obrigada. – agradeceu Mel ainda triste, levantou-se da cama e esperou Hermione acompanha-la.
- Pode ir, tenho que fazer umas coisas aqui em cima. – disse Hermione empurrando a amiga para fora do quarto.
Saiu do quarto, passou pela sala comunal que ainda estava cheia, cometeu um grande erro em olhar Parvati Patil que ao mesmo tempo veio em sua direção, Mel exclamou para si algo do tipo: “Ah, não, lá vem a chata da Parvati.”
- Ei, Mel! – cumprimentou ela alegre.
- Oi, Parvati. – respondeu Mel impaciente.
- Tão dizendo por aí que você é prima do Draco Malfoy, é verdade? – perguntou Parvati ignorando o olhar de impaciência de Mel.
- Sou sim. Mais alguma coisa?
- Não, só isso mesmo.
Mel continuou a andar, mas um segundo depois ela pensou bem e voltou à Parvati.
- Você sabe guardar segredo? – perguntou Mel com cara de mistério, Pavarti confirmou com a cabeça, Mel tampou a boca com a mão e disse no ouvido de dela:
- Se eu fosse você, ficava mais preocupada em cuidar da sua vida, se não vai ser pior pra você. – e saiu séria em direção ao quadro, ao sair da sala olhou para os lados, não havia sinal algum do Harry, achou melhor ficar esperando lá mesmo, sentiu medo, pois o corredor estava mal iluminado e os quadros roncavam sobriamente. Depois de alguns minutos, avistara alguém subindo as escadas, era Harry que segurava algo, quando o avistou sentiu um alivio no peito, uma vontade imensa de ir correndo abraça-lo.
- Desculpe a demora. – disse ele indo na direção dela.
- Tudo bem. – respondeu ela sem jeito.
- Fui lá fora pegar isso pra você. – esticou a mão direita e entregou à Mel um botão de rosa muito bonito.
- Obrigada, é linda. – disse ela timidamente pegando a rosa.
- Então Mel, Rony e Hermione me disseram que você tinha ido na biblioteca... o que aconteceu lá. – quis saber Harry com um olhar curioso.
- Eu não fui para biblioteca... eu estava... estava... – pausou ela suspirando com receio de contar a verdade – estava seguindo o Draco, pronto.
- Seguindo o Draco? – repetiu ele sem entender – Por que você estava seguindo o Draco?
- Acho que aqui não é um bom lugar para conversarmos sobre isso. – disse Mel olhando para os lados.
- Você tem razão... tem uma sala no segundo andar que nunca é usada, vamos conversar lá.
Os dois foram descendo em silêncio, ninguém falou nada até chegarem na sala, o castelo estava muito silencioso, não havia sinal de ninguém nos corredores, muito menos do bedel Filch e da sua gata Madame Norra. Ao entrar na sala escura, Mel olhou para janela e viu a lua iluminando os olhos de Harry, que sorriu para ela sem jeito.

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