O que está havendo comigo?!

O que está havendo comigo?!




Isso é muito difícil para mim...
Eu não consigo explicar, e nem sei por que choro...
Me desculpem se não estão entendendo...
Aqui acabando-me em prantos, uma Hermione despedaçada.
Faz tanto tempo que não sou aquela nerd, eu me interessei por tantas outras coisas, mas me interessei por quem eu não deveria! Estou com síndrome poética... e isso porque nem de literatura eu gosto.
E agora, sem mais enrolar, vou contar tudo.

***

Naquela tarde, eu, sentada em minha cama, no dormitório da grifinória, abraçada a meu travesseiro, sentia lágrimas caindo e rolando por todo meu rosto. Eu sabia de tudo, por que eu não compreendia?
O vento soprava balançando as folhas das árvores e balançando as cortinas, o frio invadia meu quarto, tocava meu rosto e me embalava, adormeci e acabei perdendo a aula.
Escutei baterem à porta.

- Entre. - Falei, quase sem forças.

No canto de meus olhos ardentes de tanto chorar, até em meus sonhos eu me via triste e perdida, vi a sombra de vestes de Segunda mão, que foram personalizadas, decoradas. O uniforme mais desejado da escola, sim, era ela...

- Oi Gina! – disse, puxando as cobertas e me enterrando na cama, ninguém deveria me ver naquele estado. E olha que já me viram muito pior!
- Hermione Granger! Estou te procurando há horas!!! Não foi a aula, Rony e Harry me disseram, onde esteve? – disse, irritada, porém diminuindo o tom e calando-se quando finalmente percebera a seriedade do problema.

Eu não agüentava mais, eu devia contar a alguém o que estava acontecendo, mas, eu não queria.

- Escute Gina, eu preciso muito falar uma coisa. – mas me arrependi e não quis dizer sequer uma palavra.
- Diga Mione! Sabe que pode contar comigo!
- Eu... – olhava tudo ao redor, precisava de alguma saída. - ...preciso ficar sozinha.
- Mas...
- Sério Gina...
- Mione, eu não saio enquanto não me disser...
- Gina! Eu estou atolada de matérias! Preciso estudar e sinceramente estou com muita dificuldade em poções! Não suporto o fato de estar ficando velha e burra!
- Puxa, desculpe-me então Mione, vou deixar você estudar.

Por Merlin! Funcionou! Mas o que adiantava me livrar da Gina se eu não me livrava da dor? Segunda vez que eu ficara assim. Lembro-me da primeira...
Eu estava cheia de tarefas, quando recebi a notícia... minha mãe havia morrido e ninguém soubera o por que. Isso me abalara tanto... desde aquela notícia, nunca tinha ficado tão triste. Quase repeti o ano.
Porém daquela vez eu senti na pele o que dizem muitos, sentir...
Senti solidão.
Todos sabiam que eu ficara feliz com Krum, mas nunca mesmo amei-o, não como deveria.
Ele chegou a se casar com uma trouxa.
Eu, sempre esperei que Rony se declarasse, mas também reparei que não o amava.
E foi aí que tudo começou. Eu estava com a cabeça a mil por hora, cansei de estudar e a vida não era a mesma desde que Voldemort havia finalmente ido... para sempre!
Estava tudo muito parado.
Um dia, numa partida de quadribol, onde estavam jogando Grifinória versus Sonserina, vi que Draco, com raiva de não poder jogar pois havia caído de uma escada, quando tentava pegar um frasco de poção polissuco e quebrado o pé,
resmungava algumas palavras, e notei que como no primeiro ano, quando Snape olhava fixamente a vassoura de Harry, dessa vez, Draco o fazia!

- Hey, Rony, Draco está aprontando...
- Hermione cuidado!!!

A vassoura de Harry havia ficado louca, e veio em minha direção, Harry caiu aos meus pés e Rony me jogou no chão com medo de que a vassoura me atingisse!
Com o susto, ambos desmaiamos.
Desacordada, mas escutava alguns comentários: o jogo havia sido adiado, Neville estava filmando o jogo e filmara Draco praguejando. Draco foi suspenso.
Depois disso apaguei completamente.
Acordei no dia seguinte com a voz da Sra. Ponfrey, reclamando desde cedo:

- Mas será possível? Eu não recebi o recado, e agora esperam que eu faça milagres?
- O que houve Sra. Ponfrey? – perguntei.
- Oh! Veja só, acordou, Hermione! Que bom, como se sente?
- Tonta... mas por que a Sra reclamava?
- Ah, coisas de enfermeira, quer alguma coisa? Um chá? Biscoitos?
- Não, estou sem fome. E o Harry?
- Ah, querida, ele está abatido e não acordou ainda, mas já providenciei que não fossem a aula hoje. Ele está bem ali

E apontou o canto da enfermaria, uma cama nova, e Harry, machucado, cheio de curativos, pálido e parecia assustado, desacordado, mas notei que sua mão estava fechada e em seu bolso continha um pergaminho.
A Sra. Ponfrey, deixou a enfermaria e perguntou-me se eu podia olhar Harry por alguns minutos. Eu disse que não havia problemas.
Andei vagarosamente até Harry, como se ele estivesse dormindo. Vi que sua mão segurava um amoleto muito pequenino, que Harry dizia lhe dar sorte, o pomo de ouro, estava em sua mão, o que era estranho, afinal ele desmaiara antes do jogo acabar.
Em seu pescoço estava um medalhão do qual ele sempre falava, mas nunca deixava-me ver, aliás, aposto que só ele sabe o que há nele! E o pergaminho estava em branco. Mas surgiram palavras, como no diário de Tom Riddle.
O que li, me chocara, fiquei tonta e desmaiei.



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