Sempre lá...



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Backstreet Boys - Back To Your Heart


It's not that I can't live without you
Não é que eu não consiga viver sem você

It's just that I don't even want to try
é que eu não quero nem tentar

Every night I dream about you
Toda noite eu sonho com você

Ever since the day we said goodbye
Desde o dia que nós dissemos adeus

If I wasn't such a fool
Se eu não tivesse sido tão idiota

Right now I'd be holding you
Agora eu estaria te abraçando

There's nothin' that I wouldn't do
Não existe nada que eu não faria

Baby if I only knew
Querida, se eu ao menos soubesse

The words to say
As palavras para dizer

The road to take
A estrada para pegar


To find a way back to your heart
Para achar um caminho de volta para o seu coração

What can I do
O que eu posso fazer

To get to you
Para chegar até você

And find a way back to your heart
E achar um caminho de volta para o seu coração?


I don't know how it got so crazy
Eu não sei como isso ficou tão louco

But I'll do anything to set things right
Mas eu farei qualquer coisa para consertar as coisas

'Cause your love is so amazing
Porque seu amor é tão fantástico

Baby you're the best thing in my life
Querida, você é a melhor coisa na minha vida

Let me prove my love is real
Deixe-me provar que meu amor é verdadeiro

And make you feel the way I feel
E fazer você se sentir como eu me sinto

I promise I would give the world
Eu prometo que daria o mundo

If only you would tell me girl
Se você ao menos me dissesse, garota



CHORUS - repeat
Give me one more chance, to give my love to you
Dê-me mais uma chance, para eu te dar meu amor

'Cause no one on this earth loves you like I do,
Porque ninguém nesse mundo te ama com eu,

tell me
Diga-me

CHORUS - repeat

I turn back time
Eu voltaria no tempo

To make you mine
Para te fazer minha

And find a way back to your heart
E achar um caminho de volta para o seu coração

I beg and plead
Eu imploro e suplico

Fall to my knees
Fico de joelhos

To find a way back to your heart
Para achar um caminho de volta para o seu coração


Harry estava encostado no poste, olhando fixamente para uma janela, que tinha a luz apagada. Ora esfregava as mãos, ora as colocava nos bolsos, irriquieto. A estava esperando a horas. Ela ia voltar, uma hora tinha que voltar. E quando a luz acendesse, ele aparataria lá, pediria desculpas... Imploraria, se fosse necessário. Justo ele, que sempre fora um verdadeiro desastre com as garotas, agora bancando o cafajeste. E justamente com quem. Com a Hermione. Ela que sempre esteve lá, que sempre o ajudou.
Ele não tinha escolha quanto a lutar contra Voldemort, somente ele poderia fazê-lo. Mas nada, nada exigia que Hermione estivesse lá, que ficasse firme ao seu lado. Ela poderia fazer como a maioria, esconder-se, esperando que Harry resolve-se tudo. No entanto ela se arriscou junto, quase morreu, como ele, em nome daquela amizade.
E como ele retribuía? Brincando com os sentimentos dela. Fazendo-a sentir que fora um jogo, uma brincadeira. E isso não era verdade. Ele sentiu, foi real. Sempre a achara bonita, com os cabelos lanzudos, mesmo quando era dentuça. Tinha um rostinho delicado, e um jeito bonito de franzir as sobrancelhas... conforme ela foi crescendo, só foi ficando mais bonita. E daquele jeitinho dela, despretensioso, que podia não ser deslumbrante, mas era charmoso e sincero.
Ele suspirou e olhou para o relógio. Será que ela ia voltar? Tinha falado com a Srª Weasley mais cedo, e ela não sabia nada sobre a Hermione. Não, não, ela ia voltar. Nunca ia deixar Bichento dormir tantas noites sozinho...E ele estaria esperando.
Não sabia direito o que sentia... mas sabia que era algo forte, que não poderia perdê-la, de forma alguma. Desde que lera a carta do Ron, algo mudara para ele. Era como se existisse uma barreira, uma espécie de impedimento para ele realmente olhar para ela. Não tinha certeza se era pelo tempo da amizade, ou se pelo fato dela ter namorado Ron...

Sacudiu novamente a cabeça, Não interessava. O que deixou de fazer, de pensar, era coisa do passado. Não importava o porquê, mas o sentimento existia, estava ali com ele.

A culpa também existia, logicamente. Pensando nisso, ele sentou-se na beira da calçada, ainda olhando para a janela escura. Marian não devia ter sido incluída naquilo tudo, nunca deveria tê-la pedido em namoro, se mal sabia o que sentia, no final das contas. Ele parecia nunca aprender essas coisas, acontecera o mesmo com a Cho. Ele sentia-se todo apaixonado, sem ter idéia de quem ela realmente era.

Esfregou novamente as mãos, ajeitando as costas contra o poste. –Vamos, Mione, vamos. Chega, querida. Chega logo. Tenho tanto pra dizer pra você. – Ele tirou os óculos e os esfregou na blusa. – Preciso dizer o que senti quando nos abraçamos, quando nos beijamos... Preciso dizer tanta coisa...

Ele fechou os olhos, cansados pela vigília. Lembrava de quando Hermione consertou seus óculos no trem, a caminho de Hogwarts. Tudo era tão novo... eles eram tão crianças ainda. Lembrava das vozinha nervosa, em tantas broncas... Do medo que sentiu quando a viu paralisada no segundo ano. Da aventura juntos, com o vira-tempo... de como ela estava linda no Baile de Inverno! Ele sabia que o Ron gostava dela na época, e ele ainda gostava da Cho, mas de qualquer maneira foi impossível não sentir um pouco de inveja do Krum... A AD, que no fim das contas foi idéia dela... Ele suspirou profundamente, antes de olhar novamente para a janela do apartamento dela, esperançoso. Foram tantas coisas que era impossível lembrar. No momento final, ela estava lá também. Quem o retirou, desmaiado da residência dos Riddle fora ela e Ron. Pouco antes, quem o havia impedido de estuporar o Malfoy fora ela... ela que segurara seu braço e mostrara quando o loiro se voltara contra o pai... ela sempre foi mais sensível, mais capaz de enxergar as intenções e os sentimentos das pessoas.

Depois que a sombra de Voldemort se foi, e tudo foi calma, ela também estava lá. Estava junto com ele, quando finalmente ele foi buscar o pouco que tinha na casa dos Durleys, ela que havia dito várias verdades para seus tios e feito o Duda fugir de medo, quando o ameaçou com um soco (incrível como ela intimidou um brutamontes daquele). Foi tanta, tanta coisa. E a última noite... ela tinha marcas de travesseiro no rosto, os cabelos desgrenhados... e estava tão bonitinha, tão meiga. – Nem lembrei que existia a Marian, que eu a tinha pedido em namoro... Só pensei no quanto queria beijá-la... Será que isso é amor? E se não for, o que é então?

Cada vez era mais incômoda aquela janela escura. Estava esperando a tanto tempo, que parecia que ela nunca chegaria, que ele nunca teria a oportunidade de dizer o que estava ensaiando...

- Hermione Granger, EU AMO VOCÊ! – ele gritou para o vazio, antes de abaixar a cabeça.

- E eu odeio você, oh palhaço. Vê se cala a boca! – gritou um vizinho, irritado com o grito de Harry.


Ao invés de se zangar, ele sorriu, como imaginou que Hermione faria. Não importava se ela iria demorar... ele podia esperar, tinha esperado tanto tempo.


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