Noite de lua nova
Tonks, que havia proposto a ida ao bar, agora começava a ter dúvidas quanto às conseqüências de seu ato.
- Remo, uh...eu sei que tivemos um dia cansativo hoje na Ordem, mas não acha que já basta por hoje?
Lupin, com as pálpebras pesadas, olhou encabulado para sua colega de trabalho. Depois, sorriu amargamente.
- Mundo cruel...a solidão é minha única amiga agora...
Quando deu-se conta do que havia dito, Lupin tentou voltar à razão e organizar melhor os pensamentos. Tonks, sem ele conhecer o motivo, causava a revolta dos seus sentidos, porém também trazia paz nas horas de desespero.
- Desculpe...Tonks. Você é a última pessoa que eu quereria desapontar.
“O que foi isso? O que foi que você disse?” Lupin perguntou-se a si mesmo sem obter resposta. Tonks abriu um largo sorriso e apoiou uma das mãos no ombro de Lupin.
- Ainda está em tempo para reverter o erro! Fica tranqüilo.
Saíram do bar em rumo à casa de Tonks, onde Lupin teoricamente se despediria da jovem de cabelos rosa-cheque. À porta, Tonks enrubesceu.
- Uh...ela é pequena mas confortável. Muito melhor do que morar com meus pais! Quer conhecer o interior?
Lupin olhou para os lados como se alguém estivesse a postos para o repreender por isso. Hesitante, abriu a boca para falar, mas Tonks agiu primeiro.
- Eu decorei meu quarto! Você tem que ver!
E agarrando o braço de Lupin, ela o conduziu até a sala. Ela era composta por apenas um sofá e na parede contra este, encontravam-se vários porta-retratos. Lupin olhou várias fotos em que Tonks estava com os amigos, sorrindo e mostrando a língua ocasionalmente. Em uma, Tonks conjurava um feitiço que deixava os cabelos de sua amiga em pé. A última, enfurecida, tingiu os cabelos de Tonks de verde. Em outra, ela tampava os olhos da mesma garota, que quando virou para ver quem era, defrontou-se com uma irreconhecível Tonks vestindo uma máscara de Drácula. A amiga – ou seria inimiga? – ficou apavorada e em seguinte, parecia amaldiçoar a causadora.
Lupin, intrigado, teve sua mente devastada por maus agouros. Uma angústia o perturbava. Por que ele se sentia assim? A resposta estava debaixo do seu nariz, quer dizer, do seu lado.
- Você tá bem? – Tonks disse, notando a mudança de estado.
Como a verdade podia ser assustadora às vezes. Lupin descobriu sua paixão por Tonks e temia não ser correspondido por ser um monstro, ou pelo menos, por julgar-se um.
- Claro!- Lupin sorriu inseguro.
Tonks beijou-o na bochecha ternamente. Lupin empalideceu e não ousou fazer nada. Ela aproveitou o sinal verde e arriscou dar mais beijos beirando sua boca. Ele nunca tinha sido tão tímido.
- O que...uh...você tá fazendo?
Tonks olhou para ele e disse em tom sincero:
- Eu estou seguindo meu coração. E eu sei que você tem um também!
Lupin achou tão simples o que ela disse. Por que ele tornava as coisas tão complicadas? Por uma vez na vida, ele queria sentir-se livre de qualquer inibição. Para começar, acariciou o rosto de Tonks e a beijou. Um beijo acalorado e esbaforido. Lábios que se perdiam, mas que se achavam sem demora. Era como se ele fosse viajar pra bem longe no dia seguinte e esta era a última noite dos dois juntos.
- Remo, eu não vou fugir! – Tonks inspirou para regular seu fôlego. No entanto, puxou Lupin pelas vestes e seus lábios colidiram de novo.
Quando os beijos perderam o fervor, ganharam sentimentos. Tonks repousava suas mãos no peito de Lupin, cujas mãos contornavam o rosto da jovem. Compartilhavam do mesmo ar, aquele que mal podia ser respirado segundos antes.
Lupin pôs-se a fitá-la admirado. Queria guardar essa visão para sempre. Tonks sorriu timidamente. Pela primeira vez, sentiu-se nervosa. O sonho quando vira realidade pode ser desconcertante. Entretanto, uma súbita convicção tomou o lugar de sua boba incredulidade. Ela o abraçou forte e decisivamente.
- Faz amor comigo.
Lupin, perplexo, perdido, sem fala, parou para pensar, como era seu hábito. Desfez-se do abraço.
- Nimpha...Tonks, estamos indo rápido demais, não acha?
Tonks sabia que Remo reagiria assim. Não sabia, porém, que ele, secretamente, desejava aquilo e não tinha medo de fazê-lo já que estava seguro de seu amor por Tonks. Não havia sombra de dúvidas de que ela, igualmente, também o amava.
Tonks argumentou:
- Você tinha certeza de que queria ser um auror. Você adiou isso também? Quando se tem certeza, a gente não deixa pra depois!
- Eu sabia desde o princípio que você estava certa.
Tonks sorriu. Aos beijos, Tonks o orientava para caminhar para trás. Mas, sem prestarem atenção, pararam na cozinha. Lupin a abraçou e a ergueu para sentá-la na mesa. Tonks abriu ligeiramente as pernas. Lupin não deixou quase nenhum espaço entre eles. Pressionou a cintura da moça e ela sentiu um tremor se alastrar por todo seu corpo.
Tonks entrelaçou suas pernas no tronco do seu amante. Estavam mais perto do que nunca. Línguas exploravam lugares ainda não percorridos.
Lupin sentiu seu íntimo incendiar. Achou melhor levá-la pra o quarto, ou melhor, ser guiado à ele.
- Seu quarto. Onde é?
- É só passar por aquela porta.
Lupin direcionou-se ao quarto com Tonks ainda entrelaçada a ele. Ele a pôs contra a parede e a beijou impetuosamente. Ela tirou a blusa, depois o sutiã. Lupin sentiu-se desnorteado pelo que via. “Belos seios...estonteantes!” Vendo a cara de tonto de Lupin, Tonks os pressionou suavemente contra seu peitoral enquanto beijava e lambia o lóbulo de sua orelha, ateando ainda mais o fogo do parceiro.
Lupin, depois de tanto tempo sem fazer sexo, tinha esquecido como era sentir-se excitado, mas naquele momento, ele definitivamente estava. Ele não podia mentir que também estava um pouco constrangido pelo enorme tesão que sentia.
Levou-a pra a cama finalmente. Tonks tirou as calças e a calcinha. Lupin despiu-se todo também. Sentaram ambos com as pernas curvadas, um olhando para o outro. Lupin beijou seus seios e sugou levemente seus mamilos. Tonks deixou escapar um gemido baixo, mas bastante alto para Lupin continuar excitando-a, mais empenhado dessa vez.
Sem Lupin perceber, ela começou a masturbá-lo. Ele parou o que estava fazendo porque tinha perdido toda a concentração. Apalpou os seios de Tonks. O som dos gemidos do homem que amava era uma fonte de prazer para ela também. Ela tinha feito o pênis de Lupin enrijecer a tal ponto que não se podia mais protelar a penetração.
Ele olhou para Tonks e os dois entenderam-se.
- Vamos tentar algo diferente?- propôs a moça.
- Aham. - Lupin pensou ironicamente “Eu sou o deus do sexo, afinal!”.
- Ajoelhe – pediu Tonks.
Assim que Lupin ajoelhou, ela ergueu as pernas acima dos ombros dele.
- Apóie suas mãos nas minhas canelas.
Lupin sabia o fazer em seguida. Conjurou uma camisinha e em seguida, inseriu lentamente seu pênis na vagina de Tonks. Durante a fricção, Lupin olhava Tonks em êxtase. Lupin arremetia com vigor, mas mantinha sempre o cuidado ao fazê-lo. Tonks sentiu o coração disparar. Sua vagina contraía ao compasso do vai-e-vem. Ela nunca tinha se sentido assim, como se ela estivesse sobre as nuvens ou tão leve quanto como uma pluma.
Lupin ejaculou. Tonks teve seu primeiro orgasmo. Ele voltara a sentir-se vivo graças à centelha de vida que ela lhe representava. Os dois entreolharam-se com ar de satisfação. Lupin queria beijá-la urgentemente. Retirou seu pênis e Tonks, suas pernas dos ombros dele. No instante seguinte, ela correu para os braços de Lupin. Depois de um longo abraço, os dois trocaram selinhos. Tonks reclinou-se para baixo e trouxe Lupin consigo. Os dois deitaram de lado com as pernas entrecruzando-se. Os olhares também se cruzaram, contemplativos. As faces do rosto acariciavam as do outro. E ondas de prazer ainda faziam-se sentir algumas vezes.
Naquela noite, Lupin tinha a sensação de que voltara a ser um maroto. Sentia-se jovem e renovado. Acima de tudo, a garota que estava a sua frente era especial. Solta, divertida, meio maluca, deveras dispersa...Ela soube tirar Lupin do sério e levá-lo a loucura, uma pura e lúcida, contudo. Aquela noite não fora uma aventura.
Tonks se sentia como num sonho. Havia encontrado alguém em quem sempre poderia contar. Não era um relacionamento passageiro como os que tivera. Diferente do perfil adolescente que seus namorados apresentavam, o perfil de Lupin era mais viril. O homem que se encontrava a sua frente sabia, sem dúvida, como segurá-la em seus braços.
- Você me fez perder o juízo, moça.
Tonks riu.
- Ao contrário, eu fiz você ter algum!
Lupin consentiu com um sorriso.
- Como alguém tão angelical pode saber tão bem...- Lupin perdeu as palavras.
Tonks corou, mas riu divertida.
- Bom...O seu desempenho não foi nada banal também! Superou minhas expectativas!
Lupin brincou:
- Não é a primeira vez que ouço isso.
Depois de ver Tonks sorrir, adotou uma feição mais séria e sincera.
- É a primeira vez que me sinto assim por alguém.
Tonks estava pensamento o mesmo.
- Você leu minha mente?
O quarto de Tonks, na verdade, não tinha sido decorado. Nele tinha uma cama e na parede, pôsteres de bandas de rock. E neste mesmo lugar, Lupin e Tonks passaram as melhores noites de suas vidas.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!