Caminho Errado - Prologo

Caminho Errado - Prologo



Nome da fic: Caminho errado.

Autor: Karla Malfoy

Pares: Severo / Personagem Original.

Censura: PG-13.

Gênero: Drama, Comédia, Romance.

Spoilers: Dos seis livros.

Resumo: Snape jurou proteger uma pessoa, mas por um infortúnio ela acabou morrendo, mas depois de vários anos ele se vê a frente dessa pessoa novamente, e além dele descobrir que ela não havia morrido, ele fica sabendo que ela havia se tornado uma comensal da morte.

Agradecimentos: A Laura minha sobrinha do coração, a Jobis por ser a maravilhosa pessoa que é, e a Ludmila por ter me dado à inspiração que eu precisava para poder começar a escrever. E as minhas amigas irmãs Márcia, Iza, Edi e Di! Pois sem elas meus dias seriam cada vez mais cinzentos. Agradeço também a pessoa que enche meu coração de alegria... te adoro Rafa!! Agradeço também as minhas sobrinhas da lista DD&DS, e as minhas amigas malucas da SexySnape. E mais a tantas pessoas que eu amo e admiro... E se eu colocasse o nome de todas aqui, ficaria maior que a fic! . Então, beijos a todos e boa leitura...

Disclaimer: Esses personagens são de JKR, eu não quero nem vou ganhar dinheiro com eles.

Prólogo

A noite já começava a se apoderar do dia; grossas nuvens se formavam no céu, raios cortavam a tranqüilidade da noite que se aproximava, a chuva começou a cair pesadamente e o vento começou a soprar mais forte, iniciando assim um cenário de morte, a natureza parecia prever o infortúnio que ia ocorrer naquela noite.

Briannah corria como se todos os demônios estivessem ao seu encalço, mas naquele momento podia se dizer que estavam. Corria por uma floresta escura e sombria, ela corria sentindo gravetos quebrarem sob seus pés, sentia galhos das arvores batendo em seu rosto, já quase não sentia suas pernas, mas só não parava por causa de uma mão forte que puxava a sua. Mas depois de tanto correr, suas pernas já não queriam obedecer mais, e mesmo não havendo buracos sob seus pés, ela tropeçou nas próprias pernas e caiu.

- Levante-se Briannah! – Uma voz grave se fez ouvir, ele se abaixou e tentou lenta-lá.

- Não consigo Severo! Não mais! Não consigo dar mais nenhum passo. – As gotas de chuva caiam sob o rosto de Briannah disfarçando as lágrimas que se afloraram de seus olhos verdes. Severo olhava para aquela figura indefesa, conseguia ver mesmo com a pouca luminosidade que ela apertava o calcanhar. Naquele momento ele devia se compadecer da dor daquela garota, mas não sentiu nada, não demonstrou nada.

- Vamos! – Disse incisivo. – Temos que ir, logo eles estarão por aqui! – Briannah brindou Severo com o olhar mais assassino que conseguiu, mas vendo que ele não se alterava tentou levantar, mas sentiu uma dor tão forte que caiu novamente no chão gritando de dor.

- Ora mais vai se deixar vencer por uma dorzinha de nada no calcanhar? Você já agüentou coisa pior! Vamos! – Severo tentou levantar Briannah, mas ela o empurrou para trás.

- Vá para o inferno Severo, talvez lá você consiga ter uma conversa decente com o diabo, quem sabe ele não suporte esse seu humor ou talvez nem ele te agüente! – Briannah disse entre dentes. Dizendo isso ela levou a mão às costelas e começou a comprimir aquele local.

- Isso não foi uma atitude muito madura da sua parte, estamos correndo perigo de vida e você fazendo brincadeiras? Não sei onde Dumbledore estava com a cabeça quando te aceitou na Ordem da Fênix... E nem seu pai... Onde Tyrfang estava com a cabeça para deixar você cometer tal sandice?

- Já mandei você ir para o inferno, ou será que estou enganada? – Briannah respirava com dificuldade. – Vá embora! Deixe-me aqui, não pedi para que você viesse atrás de mim, não preciso da sua ajuda, eu consigo me virar sozinha! Não preciso de você!! – Briannah proferiu essas palavras sabendo que cada uma delas era a mais pura mentira, não estaria viva até agora se Severo não a tivesse ajudado, mas não se importou com aquilo.

- Saiba que está aqui pegando essa chuva e colocando meu disfarce de agente duplo e minha vida em perigo por sua causa não me agrada nem um pouco, você foi imprudente e insensata. – Snape se abaixou e proferiu as próximas palavras tão perto do rosto de Briannah que ela pôde sentir seu hálito quente em seu rosto. – Saiba e tenha plena certeza de que só estou aqui, porque seu pai me pediu para tomar conta de você, porque se não fosse por isso, eu teria te deixado morrer lá atrás. – Briannah levantou a mão para bater no rosto de Snape, mas este foi mais rápido e segurou-lhe o pulso. Ela podia ver ódio naqueles olhos negros. – Não se atreva a fazer isso! – Snape puxou Briannah pelo pulso obrigando-a se levantar, mas ao fazer isso Briannah gemeu alto, e suas pernas fraquejaram sob o peso de seu corpo, Snape teve que ampará-la, pois se não a moça cairia na terra molhada.

- Briannah? Você está bem? – Snape pegou o pulso da moça e quando fez isso, viu que tanto a mão dela quanto à sua estavam com sangue. Ele olhou para ela sem entender nada, olhou para o tornozelo da moça, mas viu que não vertia sangue daquele local. Como estava escuro e a chuva não dava trégua, Snape não soube dizer de onde aquele sangue vinha. Ele a sacudiu mais uma vez, Briannah abriu os olhos e viu Snape olhando-a.

- O que aconteceu? – Ela tentou se levantar, mas uma dor insuportável do lado esquerdo de seu corpo a fez parar o movimento.

- De onde vem esse sangue? – Ele foi logo perguntando...

- Eu poderia te dar uma explicação bem detalhada, de como os glóbulos vermelhos se formam no corpo e de como eles vão parar na corrente sangüínea, mas acho que seria uma conversa infrutífera visto que não temos tempo nem... – Briannah parou de falar quando Snape a puxou para perto dele pelos ombros de forma brusca. – Ai seu grosso! – Briannah protestou.

- Sua tola infantil! – Snape vociferou. – Por que não me disse que estava machucada? – Snape se aproximou mais e tentou abrir a capa de Briannah para ver a gravidade do ferimento, mas ela o empurrou.

- Não toque em mim! – Mas Snape ignorou totalmente os protestos da moça e começou a abrir-lhe a capa novamente, e o que ele viu fez com que seu estômago reagisse de uma forma estranha ao olhar à gravidade do ferimento.

- Como se machucou? – Perguntou Snape, mais para ele mesmo do que para Briannah, e não esperando resposta, começou a tentar estancar o sangue que saia do ferimento, pegou sua varinha que tinha caído no chão e pensou em fazer algum feitiço, mas o ferimento era muito grave para ser tratado com um simples feitiço, ela precisava de um Curandeiro com urgência. Briannah ficou ali o olhando, sentido a dor nas suas costelas aumentar, e a cada minuto a voz de Snape ia ficando cada vez mais longe, e ela começou a lembrar de como acabara se metendo naquela situação.


Tinha apenas seis meses que havia entrado para a Ordem da Fênix, e se sentia muito orgulhosa por isso, e tinha se saído muito bem em todas as suas missões, Briannah era uma moça alta e magra, de grandes olhos verdes, pele clara, cabelos grandes e castanhos, era uma bela moça nos seus dezessete anos, acabara de se formar em Hogwarts e fora chamada por Alvo Dumbledore para trabalhar na Ordem, mas seu pai Tyrfang Schair não tinha aceitado a novidade com bons olhos, e ainda não aceitará... Briannah sorria ao lembrar da cara que seu pai fez quando ela lhe contou que tinha sido aceita como membro da ordem. Snape era alguns anos mais velho que ela, e apesar de terem estudado na mesma escola, só foi conhecê-lo na Ordem da Fênix e depois disso, nunca mais teve paz na vida. Snape a tratava como uma criança e sempre dizia que por causa da sua pouca idade, seus atos eram impensados e insensatos. Briannah balançou a cabeça de um lado para o outro tentando espantar as lembranças, pois não podia se distrair.


Havia dois dias que ela estava em uma casa abandonada, estava vigiando um casarão ao qual tinha grandes suspeitas de que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado estava escondido naquele local, e se reunia com seus Comensais da Morte lá, mas até agora estava tudo calmo, mas conforme seus informantes eles podiam aparecer a qualquer momento. Briannah estava distraída com sua varinha quando ouviu gritos vindos da frente do casarão. Ela saiu de onde estava e foi se aproximando de forma furtiva até poder ver e escutar direito o que se passava. Dois homens de preto, com certeza comensais da morte, praticamente arrastavam uma mulher para dentro do casarão e ela se desmanchava em lágrimas, pedido para não ser levada.

- Por favor, não me levem até o mestre! Ele vai me matar! – Mas os dois homens apenas sorriam de forma maquiavélica para a mulher.

- Isso é para você aprender que ninguém engana o mestre, isso vai servir de lição para qualquer outro com as mesmas intenções, e se você não parar de gritar vou matá-la aqui mesmo ouviu? – O homem ao dizer isso puxou a mulher pelos cabelos.

- Me solte por Merlin! – A mulher se agarrou á perna do Comensal, e este sem mais paciência pegou sua varinha e apontou para a mulher.

- Foi você quem pediu mulher burra, Avada Ked... Ahhhhhhhhhhh! – o homem não chegou a terminar a frase, pois, foi atingido por um outro feitiço, e o outro comensal que estava junto, olhou para o lado horrorizado.

- Quem está ai?

- Petrificus Totalus! – O comensal cai duro no chão e a mulher que estava sendo levada olhou para seu salvador.

- Ah! Muito obrigada moça! – A mulher se agarrou a Briannah de tal modo que ela não conseguia andar.

- Me solta, por favor... Vamos ser mortas se não sairmos daqui agora e... – Mas antes mesmo de Briannah terminar a frase as portas do casarão se abriram e cinco comensais saíram de lá, e mesmo antes de tentar pensar em algo, ela foi atingida por cinco feitiços, seu corpo foi arremessado longe junto com o da mulher que acabará de salvar minutos antes. Briannah bateu no chão e sentiu como se todos os seus ossos tivessem partido, depois de alguns minutos de atordoamento, ela se recuperou do choque de ser atingida pelos feitiços e juntou toda a sua força e tentou se levantar, mas sentiu algo pesado sobre o corpo e quando conseguiu focar a vista viu que a mulher estava em cima dela, Briannah sacudiu-a tentando acordá-la, mas estava morta, infelizmente a mulher tinha absorvido quase todo o impacto dos feitiços, e por esse motivo Briannah ainda estava viva. E precisava continuar! Era o que ela pensava nesse momento, ela tentou se levantar, mas sentiu uma forte dor no seu lado esquerdo, então não tinha saído de todo ilesa a aquele ataque, quando conseguiu se levantar e começou a andar duas mãos a puxaram para um canto escuro, Briannah tentou lutar, mas a pessoa era mais forte.

- Sua tola! O que fez? – Uma foz grave e horrivelmente conhecida falou próximo ao seu ouvido. E como estavam em um canto escuro, os cinco comensais que saíram da mansão e atiraram os feitiços, passaram por eles se os ver.

- Severo? - Briannah pode falar depois que o homem a soltou.

- Você é louca menina?

- Eu estava em missão, eles tentaram matar uma mulher e...

- E colocou a operação toda em perigo por causa de uma mulher? Agora sabem que tem alguém aqui e não irão descansar até acharem você! – Ele falava com tamanho ódio, que era como se ela tivesse capturado Lord das Trevas e o tivesse deixado escapar.

- Mas eles iam ma...

- Cale-se! Vamos! Vou tirar você daqui! – E a partir daí foram em direção a uma floresta que tinha próximo ao casarão.

E Snape não saberia como Briannah tinha ganhado aquele ferimento, pois ela não iria contar, não porque não quisesse, mas porque algo ia se interpor nos seus caminhos... Algo frio e cruel, pior que a própria morte...


----------------------------------------------------------------------------------------------------------

- Vamos Briannah acorde menina! – Snape sacudia Briannah tentando acordá-la.

- Severo? – A visão de Briannah estava embaçada. – O que houve?

- Você desmaiou pela perda de sangue, mas acho que consegui dar um jeito nisso, mas precisamos de um curandeiro rápido, pois se não as coisas irão piorar... – Snape olhou para o lado procurando qualquer coisa.

- Você quer dizer antes que eu morra? Você ficaria feliz com isso não é? – Briannah deu um sorriso triste e esse sorriso ficou ainda mais triste quando Snape a olhou e em seus olhos não estavam refletidos nada, nem dor, nem compaixão... Nem pena ela conseguiu ver naqueles olhos negros como a morte.

- Está sendo tola novamente... Ou será que a perda de sangue está fazendo com que você diga coisas idiotas e sem sentindo... Ou será que é a sua falta de maturidade? – Snape levantou uma sobrancelha, ia dizer algo, mas preferiu se calar, então pensou e disse: - Bem vamos... Eles não devem estar muito longe... E não quero ser pego. – E mal Snape fechou a boca e ele pode ouvir passos apressados e vozes alteradas.

- Vamos! Ela não deve estar muito longe! Matem-na e levem o cadáver para o Lord das trevas! – Snape sem pensar duas vezes puxou Briannah para detrás de uma arvore e colocou sua varinha em punho.

- Precisamos de ajuda. – Disse Snape tentando pensar rápido.

- Vai! – Disse Briannah. – Deve ter alguém procurando por mim, deixei de enviar uma coruja há 10 minutos. Eles devem estar preocupados, vá e diga onde estou, eu seguro eles!

- Você está com algum problema garota? Minutos atrás se eu não tivesse chegado, você já estaria morta, e acha que eu vou te deixar aqui?

- Não precisa me lembrar a cada dez minutos da minha pouca experiência!

- Ou a completa ausência dela não é? – Snape sorriu cinicamente, Briannah não revidou o comentário mordaz de seu colega, faltava-lhe forças para isso, e Snape percebeu. – Vamos precisamos ir!

Ele soltou Briannah e circundou a arvore que estavam para ver se tinha alguma forma deles saírem vivos daquela situação, e segundos depois ele voltou à vista para Briannah e Snape mesmo sendo adorador das boas maneiras disse vários impropérios, ao perceber que Briannah estava longe e provavelmente fazendo besteira novamente. Ele olhou logo mais à frente e a viu indo ao encontro dos Comensais da Morte, sem pensar duas vezes ele se levantou o mais rápido que pode para ver se conseguia impedir que aquela aprendiz de rebelde acabasse selando sua sentença de morte, mas seu movimento foi detido por um par de braços, ele tentou reagir, mas a pessoa era mais forte fisicamente que ele.


- Acalme-se Severo sou eu?

- Mantur? O que faz aqui? Ah deixa para lá! Temos que ir atrás da...

- Tem Comensais por todo o lado vamos embora daqui!

- Mas a Schair está indo de encontro aos Comensais, aquela maluca... precisamos ajudá-la!!

- Eu achei que ela estaria junto com você... Mas vamos lá e... – E mesmo antes de Mantur fechar a boca, logo mais à frente os dois homens viram um jato de luz verde e um grito cortou a noite...

- Nãoooooo!! – Severo acordou de mais um pesadelo, como nas demais noites anteriores a essa, e o mesmo pesadelo vinha se repetindo após 16 longos anos. Ele se levantou e foi ao seu banheiro, e olhou-se no espelho, sua pele estava branca como sempre, seus olhos demonstravam a mesma frieza de sempre, só uma sombra azul ao redor de seus olhos denunciava sua noite mal dormida.

- Quando serei livre disso?

Continua.....

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.