A fuga de Deccy



-Você é um filho desnato, sempre foi um desperdício de nosso tempo e dinheiro.
-Tudo bem. Fale o que você quiser de mim-Deccy falou ao seu pai. Estavam brigando porque seu pai o achava um rebelde, e Deccy achava seu pai extremamente incompreensível-Acho que não preciso mais de minha presença nesta casa.
-Ah é? Acha que pode se virar sozinho?
-Qualquer coisa é melhor estando longe de você!-Gritou Deccy Standford.
-Se você acha que pode mesmo sair daqui, vá em frente!
-Partirei amanhã de manhã.
Deccy rumou para seu quarto. Xingando, silenciosamente, seu pai. Nunca gostou muito dele. Mas se orgulhava de seu sobrenome, afinal, seu tetravô fundara a universidade de Standford nos Estados Unidos. Jogou-se abruptamente em sua cama, sentia raiva em estar naquela casa, naquele lugar, naquela cidade. Sua mãe nunca esteve presente, também não gostava muito dela. Estava realmente com vontade, muita vontade, de fugir dali. Mas não sabia como iria se virar na rua.
Então sua mãe chegou em casa.
-O que aconteceu, querido?
-Foi o retardado do Deccy.
-Aquele ser desprezível de novo?
-Exatamente.
-Onde ele está?
-Lá em cima, no quarto.
-DECCY, SEU MERDA! VENHA JÁ AQUI!!!
-O QUE FOI SUA VACA? NÃO QUERO FALAR COM VOCÊ. EU TE ODEIO!!!
Deccy sentiu um certo arrependimento em chamar sua mãe de "vaca". Ouviu os passos de seu pai subindo a escada rapidamente. Seu pai escancarou a porta de seu quarto, correu em direção ao garoto, e deu-lhe um murro na cara.
-VOCÊ ESTÁ LOUCO? COMO SE ATREVE A CHAMAR SUA MÃE DISSO?-disse chutando-lhe agressivamente.
Sua mãe vinha subindo até o quarto carregando um certo papel de ar oficial na mão.
-Deccy, descobrimos uma coisa. Você não é legitimamente nosso filho.
-O quê?-exclamou o garoto, deitado no chão.
-Este documento prova que você foi trocado na maternidade.
-AH É?-vociferou Deccy- SÓ ME FALTAVA ESSA, MESMO! FOI A GOTA D'ÁGUA PELO QUAL DEVO FUGIR DESTA CASA!!!
Deccy levantou-se de um salto, pulou pela janela do segundo andar da casa, e, por sorte, caiu num repolhudo arbusto. Então, coreu desesperadamente pelas ruas da cidade.
-Droga-disse a mãe ao pai-Ele nem esperou eu dizer que ele nasceu "diferente"...

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