O teste de aparatação
Harry acorda suado, com a cicatriz ardendo intensamente. Uma dor muito forte e intensa. Ainda não havia conseguido praticar oclumência. "Bem feito pro Malfoy. Quem mandou se meter com essa gente?!", pensou, Harry levantou-se, foi até a janela e observou Edwiges voltar com um viscoso rato no bico. Edwiges era a coruja branca de Harry, coruja esta que ganhara de Rúbeo Hagrid no seu primeiro ano de aula. Então lembrou-se que Hogwarts havia fechado. Ficou ali pensando. "Se eu não tivesse sido o menino que sobreviveu, será que tudo aquilo teira acontecido? Provavelmente sim- disse, respondendo a sua própria pergunta-, afinal, Voldemort também procurava matar Dumbledore." Então Harry se lembrou de que esse desejo Voldemort consiguira realizar. Severo Snape, ex-professor de poções e de defesa contra as artes das trevas havia matado o diretor, pessoa que confiava extremamente nele. "Traidor-pensou Harry-Traidor. Covarde. Como ele pôde matar Dumbledore. Mas eu bem que avisei. Eu avisei desde o meu primeiro ano em Hogwarts que Snape não era boa gente. Mas ele sempre me dizia que Snape era de plena confiança. Como ele pôde ser tão burro? Como?"
Harry olhou para o relógio. Este marcava quatro da madrugada. Só então se tocou de que era seu aniversário A partir dali ele era maior de idade. "Que legal-pensou ele-Muito legal. Sou maior de idade, vou poder finalmente morar no lugar que mais me traz lembranças de Sirius." Sirius Black, ex-prisioneiro de Azkaban e padrinho de Harry, que havia sido preso por um crime na verdade cometido por Pedro Pettigrew, ou Rabicho, como era conhecido entre os Marotos, morrera quase dois anos antes, misteriosamente, pois havia apenas atravessado um véu. Pessoas importantes para Harry haviam morrido, parecia uma sina, e foi exatamente por isso, que a menos de um ano antes, terminara seu namoro com Gina Weaslay, por medo de que ela fosse a próxima, pelo fato de ser ligada a Harry Potter, o menino que sobreviveu.
Então Harry observou, vindo de bem longe, um ponto marrom no céu. Desviou a tempo de evitar uma colisão com Píchi, que dava um rasante para entrar na janela. Píchi, ou Pichitinho, era a coruja de estimação de Rony, dada por Sirius no final do terceiro ano em Hogwarts. Ela parecia muito feliz, pois piava alto e voava pelo quarto. Harry ficou preocupado que os Dursley pudessem ter acordado, mas ouviu um ronco no quarto ao lado e percebeu que seu tio tinha um sono muito pesado para acordar assim facilmente. Os Dursley eram os únicos parentes vivos de Harry, e pela proteção do sangue de sua mãe, Harry era obrigado a ficar ali. Mas hoje seria o último dia, pois completara a maior idade. Pichitinho se ajeitou ao lado de Edwiges, que lhe lançou um olhar de censura e virou a cara. Harry apanhou o envelope nas garras de Píchi, abriu e leu:
"Querido Harry,
Estou mandando esta carta para avisar que mamãe pediu que você viesse para a Toca agora que já é maior de idade. Por falar nisso, meus parabéns.. Estou morrendo de saudades. Ainda não consigo acreditar que você tenha terminado comigo, mas entendo seus motivos. Rony mandou avisar que irá fazer o teste de aparatação, que acontecerá amanhã, com você. Hermione está aqui. Não comente nada, mas acho que está rolando um clima entre ela e meu irmão. Mamãe parece muito feliz. Aliás, Mione estará aparatando aí assim que você mandar uma resposta. Acho que você já sabe fazer aparatação por acompanhamento. Bom, é só. Espero que mande a resposta logo. Estamos todos loucos para vê-lo.
Beijos,
Gina"
Harry não pensou duas vezes para pegar um pergaminho, uma pena e um tinteiro e começar a escrever a resposta.
"Querida Gina,
Minha resposta é sim. Adorarei ir para a Toca, assim como fazer o teste de aparatação com Rony. Também estou com saudades de você, e, que bom que entende meus motivos. Hermione pode vir assim que estiver pronta.
Um beijo,
Harry"
Amarrou a carta na perna de Pichitinho a soltou-o pela janela. Passou uma hora, uma hora e meia, e Harry não agüentou mais esperar e acabou adormecendo.
-Harry. Ei, Harry. Acorde.
Era Hermione. Havia chego.
-Que bom que você chegou. Achei que não viria mais.
-Pichitinho demorou a chegar com sua carta. Nós chegamos a pensar que você tivesse recusado o convite.
-Eu? Recusar um convite para sair da casa dos Dursley e ir para a Toca? Nunca!
-Então vamos. Mas, primeiro, arrume suas malas para Hogwarts.
-Pra quê? A escola fechou, lembra?
-Mas nunca se sabe. Você não vai mais morar aqui. Não pode deixar nada seu aqui.
-OK. Você pode arrumar minhas coisas enquanto escrevo um bilhete para o Tio Válter?
-Tudo bem.
Harry começou a escrever.
"Tio Válter, hoje completei minha maioridade, portanto, me mudei, para a Toca, mais precisamente. Só deixei este bilhete para não se preocuparem."
Não que Harry achasse que eles se preocupariam, dariam é graças a Deus, mas, em todo caso, deixou o pergaminho em cima da mesa da cozinha, e subiu para o quarto. Hermione já estava com tudo pronto.
-Como você fez isso tão rápido?-Perguntou Harry espantado.
-Tonks me ensinou um feitiço de arrumação. Vamos?
-Claro.
-Segura bem sua mala e segure bem no meu braço.
Harry o fez. Talvez tenha apertado o braço da amiga até de mais, pois ela pediu para afrouxar um pouco. Não demorou muito, e sentiu seus pés saírem do chão. Sentiu como se stivesse passando por dentro de um cano muito estreito. Mas de repente, lá estava ele. Na Toca
-Oh, Harry, querido. Que bom te ver-disse a Sra. Weaslay, abraçando-o com muita força. Um abraço maternal.
- E aí, cara! Já estava sentindo sua falta.
Harry viu Rony. Devia ter crescido mais uns 10 centímetros. Estava realmente alto.
-Oi, Harry-disse Gina corando- Como vai?
-Bem. E você?
-Ora-Exclamou Hermione-Parem de formalidades e se abracem.
Os dois obedeceram. Deram um abraço apertado. Mas ao que pareceu, a sra. Weaslay não sabia que havia pouco tempo eles tinham namorado.
-Fred e Jorge estão dormindo na loja, como sempre. Papai está no serviço, agora as coisas estão um pouco mais complicadas-disse Rony- Gui está na França passando as férias com Fleur, e Carlinhos, na Romênia. Percy, está no ministério, puxando o saco do ministro, como sempre.
-Bom, Harry. Preparamos uma surpresa para você querido-disse a sra, Weaslay apontando para a cozinha. A mesa estava coberta de docinhos e salgadinhos, e com um bolo que parecia apetitoso, muito apetitoso.
Todos comeram até não conseguirem mais, após isso, foram dormir.
Harry acordou disposto de manhã. a Sra. Weaslay lhe levou um café da manhã caprichado na cama.
-E eu? Não ganho nada, mãe?-Perguntou Rony.
-Harry está de aniversário, Ron-retrucou a sra. Weaslay, com olhar de censura.
-Pode comer minhas torradas. Estou sem fome.
Rony nem agradeceu e já devorou metade das torradas. De repente, Hermione entrou no quarto. Trazia um presente.
-Pra você, Harry!
Harry pegou o embrulho e abriu o presente. Era um livro grosso de capa dura sobre Defesa avançada contra as Artes das Trevas.
-Novo. Lançaram esse ano ainda.É magia avançada. Achei que você fosse gostar-disse Hermione.
-Puxa, obrigado, Mione. Acho que agora mais do que nunca precisarei dele.
Hermione riu.
-Ah! É verdade, Harry. Também tenho um presente.-disse Rony, apanhando um embrulho na gaveta de seu criado-mudo.-Toma.
Era uma caixa cheia de sapinhos de chocolate.
-Obrigado, Rony.
-Achei que fosse querer. Sabe, não achei nada que realmente combinasse com você. Hermione já havia comprado o livro. Então resolvi dar essa caixa.
-Gostei muito-disse Harry de boca cheia-Servidos?
Rony já pegou uns 5 sapinhos de chcolate.
-Não, obrigado, Harry. Preciso ir andando. Tchau-e dando um beijo na bochecha de Rony foi embora.
Harry teve vontade de perguntar o que estava havendo entre Rony e Mione, mas desistiu quando o viu corar.
-Sabe-disse Rony-, ás vezes eu queria ser famoso como você-e apontou para o card que veio no sapo de chocolate. Nele lia-se:
"Harry Potter, o menino que sobreviveu.
Também conhecido como o eleito. Enfrentou Você-sabe-qeum para proteger a pedra filosofal, desatruiu o basilisco da câmara secreta, enfrentou dementadores sozinho, viu você-sabe-quem ressurgir, prevou para o mundo que estava certo e o ministro errado e sobreviveu mais uma vez."
-Se você fosse famoso ia pedir pra não ser-disse Harry-É chato ter que ver alguém apontando pra você e dizendo "Olha, é o menino que sobreviveu" aonde quer que você vá.
-Ia ser legal.
De repente, Gina entrou abruptamente no quarto.
-Harry, será que eu poderia falar com você-e completou olhando pra Rony- a sós?
-Claro. Vamos dar uma volta pelo jardim. Lá nós conversamos.
E saíram.
-Bom-começou Gina-em primeiro lugar, será que você não gostaria de reconsiderar sua idéia sobre nós dois?
-Olha, Gina, você já tem meus motivos, e se foi pra isso que você me chamou...
-Não, não. Não foi só pra isso. Olha só. Hermione disse pra mim que acha que está começando a gostar do Rony. Mas meu irmão é lerdo demais pra perceber isso e ir à luta, então, gostaria que você o ajudasse a perceber, O.K.?
-Tudo bem.
-Agora, Harry, prometa que vai pensar no que eu lhe disse-Continuou Gina-Sobre nós dois.
-Tudo bem, tudo bem. Eu prometo que pensarei.-E, dizendo isso, deu em Gina um beijo, sentiu seus pés saindo do chão. ele flutuando no nada, os lábios quentes de Gina nos seus.
-Agora deu. Depois podemos "continuar"-disse Gina, dando um sorrisinho maroto, e, dando um selinho em Harry saiu correndo.
O dia se passou normal, exceto por quando Rony e Hermione trocaram olhares e, sem motivo algum, saíram correndo para seus quartos. Ganhou mais presentes: Uma caixa de logros dos gêmeos, um suéter da sra. Weaslay, mas, para ele, o de Gina foi o melhor de todos: Um beijo, um pouco antes de ir dormir, na porta do quarto. Então, foi dormir. No outro dia teria teste de aparatação. Teve uma noite de sono tranqüila. Acordou inteiramente disposto, tomou café da manhã, e rumou com Rony para Hogsmeade, onde iria se realizar o teste. Seria bem simples: Consistia em aparatar para dentro de uma casa a 3 quarteirões de distância. Harry se concentrou nos 3 D's.
Primeiro, a destinação. Se concentrou na casa para aqual deveria ir. Depois, concentrou-se na determinação de entrar naquela casa. E então, na deliberação. Deu um giro,e , num estalo. Apareceu dentro da casa.
-Muito bem-disse um bruxo que provavelmente estava vendo quem chegava, quem não chegava bem, ou quem nem chegava.-Muito bem, senhor Potter. Passou.-e fez um sorriso-Saia por ali, por favor.
Harry não acreditou em como havia sido fácil. Muito mais fácil do que imaginara. Pelo jeito, Rony também se saíra bem, pois ele vinha correndo com uma expressão feliz no rosto.
-E então? Passou?
-Passei. Agora vou poder encher o saco do Fred e do Jorge quando eles forem lá para casa.
-Eles vão para lá? Quando?
-Amanhã à noite, provavelmente.
-Rony-disse Harry-Você sente alguma coisa pela Mione?
-Eu.. Bem.. Hehe... Hum, porque?
-Por nada. Mas acho que ela está interessada em você.
Rony corou. Sua orelhas estavam vermelhas.
-Porque você acha isso?
-Pelo jeito como ela te olha.
-Harry, olhe bem. Eu gosto da Mione, acho ela bonita, mas não tenho certeza de que a amo.
-Sei. O.k. Só queria saber mesmo.
-E aí? Vamos para casa aparatando?-perguntou Rony
-Tudo bem.
E, num cleque alto, os dois desapareceram num giro e reapareceram na Toca.
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