Ataque e Noivado



Cap. 3 – Ataque e Noivado

Rapidamente as aulas terminaram e estávamos no Expresso de Hogwarts, a conversar sobre como tinha sido o Baile de Finalistas, dos NIEMS e se nos tínhamos saído bem, quando fomos interrompidos por uma pessoa que eu não estava à espera de encontrar: o meu ex-namorado.
- Será que posso falar contigo, Ana? – David perguntou, deixando-me na dúvida se deveria aceitar ou recusar.
Mas após ter pensado bem, segredei no ouvido de Blaise para que ele esperasse um pouco antes de me seguir. Ele concordou e eu segui David até ao vagão dos Monitores.

Tu és,
Tudo aquilo que homem pode querer
Dás-me prazer, estás ao meu lado para me defender
Adoro o teu sorriso
Quando me olhas com ternura acredita paraliso

- Ana, tens a certeza de que quer namorar com aquele Slytherin estúpido e que provavelmente pode ser um Devorador de Morte? – ele começou a conversa, deixando-me ofendida.
- Olha aqui! – eu comecei. – O único estúpido que eu vejo és tu, pois traíste-me, embora soubesses que eu estaria sempre do teu lado para te apoiar. Mas não resististes. E nunca mais insultes o meu namorado na minha frente. Primeiro que tudo, ele não é estúpido pois resistiu muito tempo, continuando apaixonado por mim. Segundo que tudo, ele pode ser um Slytherin, mas quem disse que o amor escolhe diferenças. Terceiro, Blaise nunca seria Devorador de Morte pois está nos seus planos livrar o mundo deles, de modo a ser feliz ao meu lado.
E com isto, virei-me para sair, quando senti que ele me puxou por um dos braços e me agarrando nos seus braços, David tentou beijar-me. Foi por isso que eu disse para Blaise nos seguir: não queria ser beijada por ele, isso me fazia sentir nojo. Então gritei:
- Blaise, socorro! – chamei e ouvi a porta do vagão se abrir e me senti novamente livre. Olhei para trás e vi David no chão desacordado e com os lábios a sangrar. – Obrigado Blaise. Se não estivesses ali, nem queria saber o que teria acontecido.

És bonita, simpática, tão atraente
Derretes-me todo com o teu olhar inocente
Palavras doces na tua boca parecem brisas
Tu não andas, tu deslizas

- De nada, querida – ele disse e abraçando-me, íamos a sair da cabine, quando uma voz nos interrompeu.
- Se tu não és minha, Ana! – falou David apontando a sua varinha para mim. – Avada…
Mas não terminou pois nesse momento, Blaise usou um Estupefaça em David rapidamente e o amarrou.
- Oh, Blaise. – disse, em estado de choque, abraçando-me a ele, chorando. – Nem acredito que aquele é o David que eu conhecia!
- Calma, pequena! Está tudo bem! – Blaise disse na tentativa de me acalmar. – Esse não é o David que tu conhecesses, pequena. Finite Incantatem. Enervate.
Após Blaise falar o último feitiço, David acordou.
- Onde estou? – ele perguntou, demonstrando confusão. – O que aconteceu?
- Está tudo bem agora David. – disse Blaise, desamarrando David. – Foste posto sob a maldição Imperius, dai que não te lembres de nada.
- Oh! – David exclamou. – Mas porquê?
- Para me atingir – Blaise afirmou. – O Senhor das Trevas tinha planos para mim e para Draco como Devoradores de Morte. E ficou furioso quando viu que não conseguiria levar os seus planos adiante, por causa de um sentimento que ele praticamente abomina…
- Amor! – exclamei, percebendo aonde Blaise queria chegar. – Então, quer dizer que Quem-Nós-Sabemos tentou afastar as pessoas que vocês amavam para longe?

Enfeitiçaste-me no dia em que te conheci
Fico fulo da vida quando eles olham para ti
Ao mesmo tempo sinto-me tão bem
Por saber que por te ter, mais ninguém tem

- Sim. – ele afirmou. – O Lord das Trevas pensou que ao matar-te a ti e a Cathy conseguiria atingir os seus propósitos.
- Oh não! – exclamei, lembrando-me de uma coisa. – Cathy!
Fiz menção de correr até à cabine onde os outros estavam quando Blaise me parou.
- Ele já tentou com ela também. – disse Blaise. – Tu não sabes, pois eu, Draco e Cathy decidimos esconder isso de ti e de Ginny.
- Quando? – questionei-o.
- O ano passado. – Blaise respondeu. – Cathy foi avisada por Draco do que lhe poderia acontecer. Por isso, Draco, para garantir a segurança dela, comprou dois colares, um para cada um, e que serviam para que no caso de um deles correr perigo o outro saber. Aconteceu que numa noite, o pai de Draco conseguiu entrar na escola, com a ajuda de um dos alunos, e raptou Cathy. Mas não conseguiu passar a porta de entrada de Hogwarts. Draco acordou sentindo os efeitos do colar, ou seja um alarme que avisa pessoa que o usa, e soube logo que Cathy estava em perigo. Após um intenso duelo, Draco conseguiu derrotar Lucius (que foi libertado após a fuga dos Dementors de Azkaban), que foi preso e mandando para Azkaban (que agora era vigiado por aurors).
- E porque eu também não fui avisada? – perguntei, em pânico por tanto ter sido escondido de mim. – E se tu não conseguisses saber se eu estava em perigo?
- Eu tomei precauções em relação a isso, Ana. – Blaise disse, pegando no colar que eu tinha ao meu pescoço e mostrando o dele. – Também eu comprei dois colares parecidos com os de Draco e Cathy, quando me apercebi que se chegasse aos ouvidos do Lord das Trevas que nós namorássemos, tu irias ser colocada em perigo.
Fiquei mais aliviada e abracei-o. Blaise tinha-me oferecido o colar como prenda de Natal. Embora tenha ficado um pouco chateada por tanta coisa ter sido escondida de mim, soube que Blaise, Draco e Cathy apenas queriam evitar que eu e Ginny entrássemos em pânico. Mas depois pensei noutra coisa.
- Blaise, mas quem garante que Quem-Nós-Sabemos não voltará a tentar magoar-me e à Cathy? – perguntei.
- Não há muitas garantias, mas ele viu que é difícil atingir-te a ti e a Cathy. Mas eu e Draco não sabemos se ele voltará a tentar, mas é pouco provável. – respondeu ele. – O que me leva a ter de tomar outra medida para garantir a tua segurança.
- E que medida é essa? – perguntei, curiosa.
- Seguir o exemplo de Draco. – Blaise disse, deixando-me ainda mais curiosa, mas surpreendendo-me quando ele se ajoelhou no chão, tirando uma pequena caixa de um dos bolsos do manto. Abrindo a caixa e eu reparei num anel de diamantes – Queres casar comigo?
Eu simplesmente fiquei muda e puxando-o do chão, abracei-o e comecei a chorar de pura felicidade.

Princesa,
Beija-me outra vez
Diz que me amas, baby diz mais uma vez
Princesa

- Oh Blaise! – falei, quando consegui controlar as minhas lágrimas. – É claro que aceito.
Beijamo-nos de uma forma muito apaixonada, esquecendo-nos que não estávamos sozinhos, mas David teve a gentileza de sair, deixando-nos a sós. Quando o beijo terminou, Blaise retirou o anel da caixa e colocou-o no meu dedo anelar.
- Anda. – Blaise chamou, puxando a minha mão, levando-me para a cabina para junto dos outros. – Vamos contar a novidade aos outros.
Ginny, Cathy e Draco ficaram muito felizes por nós os dois e eu convidei Ginny para ser minha madrinha de casamento juntamente com Neville (que seria informado por Ginny). Blaise convidou Draco e Cathy para serem os seus padrinhos de casamento.

Adoro fazer-te adormecer no meu peito
Quando te tenho a meu lado pra mim o mundo é perfeito
Adoro os fins-de-semana passados na cama
Apaixonados na cama, abraçados na cama

Finalmente a viagem terminou sem mais sobressaltos, e despedindo-me de Ginny, Cathy e Draco, segui Blaise até à sua limusina, e só nessa altura é que reparei que os Zabini deveriam ser mesmo muito ricos. Blaise riu-se da minha expressão e abriu a porta, permitindo-me a passagem. Quando já estávamos a viajar há algum tempo, é que eu me lembrei.
- Blaise! – chamei. – Quem estava a controlar David?
- Pansy Parkinson. – ele respondeu. – Ela não tinha ficado nem um pouco contente quando Draco começou a namorar com Cathy, que jurou que ia fazer de quase tudo para separar os dois. E fez: juntou-se aos Devoradores de Morte cerca de um ano antes de o Lord lhe ordenar o ataque a Cathy. Para o Lord das Trevas foi um trunfo ter alguém em Hogwarts, daí que ela tenha chumbando de propósito. Foi ela quem ajudou Lucius a entrar no castelo, mas viu os planos furados. E este ano deve ter recebido ordens do Lord para tentar que ou para provocar a nossa separação ou para te matar.
- E porque não a prenderam? – perguntei.
- Bem, não a prendemos logo, pois embora soubéssemos que era ela quem estava por trás do ataque a Cathy, queríamos dar uma lição ao Lord. – ele respondeu. – Ensinar-lhe que ele não conseguirá parar o amor. Além do mais, ela irá ter a sua punição, por não ter conseguindo cumprir as ordens do seu mestre.
- Que tipo de punição? – perguntei, curiosa.
- Bem, eu não sei muito dessas punições. – Blaise respondeu. - Mas pelo que Draco me contou, essas punições podem ser desde ser torturado por Cruciatus até morrer por uma Avada Kedavra.
- Mas isso é horrível. – exclamei horrorizada. – E muito cruel.
- Eu sei, mas enquanto o Lord não for derrotado, isso continuará. – ele explicou. – Mas também deves pensar no lado em que eles matam muita gente, principalmente gente inocente.
- Bem, também nessa perspectiva, não acho que eles morram. – falei, concordando com Blaise. – Mas não deixa de ser horrível.

Fazer amor contigo é ir ao céu e voltar,
É morrer e ressuscitar
Adoro os nossos momentos picantes
Engraçado como anos podem parecer instantes

A conversa, embora não muito agradável, demorou mais algum tempo, que eu nem sequer reparei que estávamos a chegar à mansão onde Blaise vivia. Antes que eu pudesse olhar melhor em volta e ver as propriedades pertencentes aos Zabini, a porta da mansão abriu-se revelando duas pessoas, um homem e uma mulher, que pareciam ser os pais de Blaise, dando às grandes semelhanças entre os três. O pai de Blaise era alto, tinha cabelos castanhos e olhos azuis (Blaise tinha herdado dele os olhos e as feições) e a mulher dele também era alta e tinha os cabelos loiros e os olhos verdes (da mãe, Blaise tinha herdado a coloração do cabelos). Senti-me um pouco intimidada pela presença dos pais do meu noivo, pois era primeira vez que estava na Mansão Zabini e iria conhecer os meus futuros sogros, o que era uma grande razão para o nervosismo.
- Pai! Mãe! Que bom voltar a vê-los. – Blaise cumprimentou os pais e virando-se para mim, apresentou-me. – E esta é Ana, a minha noiva!
- Ainda há pouco tempo começaram a namorar! – falou o pai dele, rindo-se – E já pensam em casamento.
Nunca me tinha sentido tão envergonhada antes, pois até corei.
- Querido! – censurou a mulher dele. – Estás a envergonhar a rapariga. Ana és muito bem-vinda a esta casa, e o meu nome é Marina e este é o meu marido, Steve. Prazer em conhecer-te.
- Igualmente, Sra. Zabini. – cumprimentei, ainda um pouco acanhada.
- Oh, querida! Prefiro que me trates por Marina, afinal somos praticamente família. Vamos para dentro. – convidou a mãe de Blaise. – Acho que temos muito que falar.
Segui os três para dentro de casa e surpreendi-me, pois se a casa vista de fora parecia grande, por dentro era enorme. Passamos algum tempo a conversar, até sermos interrompidos por um dos elfos a avisar que o jantar iria ser servido. Blaise e o pai sentaram-se cada um numa das cabeceiras da mesa, Marina Zabini sentou-se ao lado do marido e eu ao lado do meu noivo. Depois do jantar, ficamos mais um pouco na sala a conversar, principalmente do meu casamento com Blaise. Começamos a acertar os detalhes do meu casamento com Blaise e ficou decidido que iríamos casar dentro de três meses, antes de eu e Blaise partirmos para Hogwarts, de modo a estudarmos para aurors. Notei que os pais do meu noivo ficaram um pouco estranhos, quando eu mencionei os meus planos de vir a trabalhar, mas não comentei nada, esperaria para falar com Blaise.

A tua pele é mel o teu toque é magia
Adoro falar contigo, a tua doce companhia
Antes que seja que tarde demais, quero dizer
Que faço tudo para não te perder, para não te perder

Mais tarde, quando eu e Blaise éramos conduzidos até ao quarto que iríamos dividir, eu comecei a conversar com o meu noivo acerca disso.
- Blaise. – chamei-o, sussurrando. – Porquê é que os teus pais ficaram com uma expressão estranha quando eu falei que queria trabalhar?
- Bem, é simples. Há muitas gerações que as mulheres Zabini não trabalham. – ele explicou. – A minha mãe também não trabalha, e acho que os meus pais estavam na expectativa que ti seguisses a tradição da família.
- Oh, entendo. – disse, rindo. – Parece que vou ser a primeira Zabini a cortar as tradições de família.
- Adoro quando dizes isso. – Blaise disse, parando e virando-se para mim.
- Quando digo o quê? – perguntei confusa.
- Quando te referes a ti própria como Zabini. – ele afirmou, abraçando-me.

Schhhh, não digas nada,
Beija-me outra vez com esses teus lábios de fada
Há palavras que ainda estão por inventar
E por mais que tente nunca hei-de conseguir explicar
Não sei se é calor, não sei é frio
Só sei que sem ti sinto-me vazio
Adoro quando no sentamos no sofá com edredão
A luz apagada, Sade é o som
Tocamo-nos no escuro, o silêncio diz tudo
O amor é cego e por vezes também é mudo

- E não vou ser? – perguntei, beijando-o. – Daqui a três meses.
- Sim, vais. Vais ser uma Zabini. – ele exclamou, com a voz um pouco rouca. – A minha mulher!
Trocamos um beijo e voltamos a seguir o elfo, que tinha parado à nossa espera. Sem mais paragens, chegamos ao corredor onde se localizava os nossos quartos. Após nos despedirmos com um beijo, cada um nós de seguiu para o seu próprio quarto. Após ter vestido o meu pijama e ter lavado os dentes, deitei-me na cama, onde rapidamente adormeci pois o dia tinha sido cansativo.
A meio da noite, tinha terminado de ter um sonho lindo com Blaise, quando os meus sonhos mudaram e regressaram ao que se tinha passado no expresso à tarde. Lembro-me que acordei com um grito e cheia de suor quando a maldição Avada Kedavra lançada por David me atingia. Comecei a chorar compulsivamente e assustei-me quando Blaise entrou no quarto seguido dos pais dele. Pelos vistos o meu grito ainda foi um pouco alto.
- Ana! O que aconteceu? – Blaise perguntou, abraçando-me vendo que eu estava bastante nervosa e a chorar.
- Tive um pesadelo. – respondi, começando a soluçar, fui explicando as coisas ainda em estado de choque. – Um pesadelo… com aquilo que aconteceu… hoje à tarde. Sonhei que não tinhas… conseguido deter David e… e…
- E foste atingida pela maldição que ele te queria lançar. – concluiu ele, vendo que eu estava aterrorizada. – Calma, querida. Já passou.
Ficamos mais um tempo abraçados, com Blaise tentando me acalmar. Passando um tempo, finalmente deixei de soluçar e estava menos nervosa.
- Estás melhor agora? – Blaise perguntou, ao que eu respondi afirmativamente. – Agora dorme, estás a precisar de descansar.
Blaise fez menção de sair do quarto, mas eu impedi-o.
- Por favor, fica comigo. – eu supliquei. – Só esta noite.
- Está bem. – ele concordou vendo medo nos meus olhos.
Os pais dele saíram, fechando a porta. Blaise deitou-se ao meu lado e abraçando-me, adormecemos.

És tu quem eu quero, eu sou sincero
Não digas nada, beija-me outra vez

De manhã acordei sentindo pequenas cócegas na minha cara.
- Hum. – resmunguei. – Será que não arranjas formas mais doces para me acordares Blaise?
- Eu gosto quando tu acordas com cócegas. – ele afirmou. – Depois daquele sonho dormiste bem?
- Como um anjo, querido. – afirmei, beijando-o. – Obrigado pelo conforto e pela companhia.
- De nada, querida. – ele replicou, dando-me outro beijo. – Sempre que quiseres.
Descemos para tomar o pequeno-almoço, antes que os pais de Blaise ficassem alarmados pela demora e nos obrigasse a adiantar o casamento se nos vissem em cenas mais íntimas.

N/A: A música pertence ao rapper português Boss AC e admito que fico completamente derretida quando ouço esta música, por isso é que a coloquei neste capítulo. Espero que gostem e que comentem…

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