Sirius
Cap. 3 – Sirius
Oi a todos os leitores. O meu nome é Sirius Black e em toda Hogwarts não há nenhuma pessoa que se compare a mim. Eu sou o mais perfeito de todos os seres: eu sou lindo, inteligente e claro, um bom jogador de Quidditch. Não há mulher nenhuma que resista ao meu charme. Bem, nem todas, claro. As únicas que me conseguem resistir são Lily Evans (a paixão de James, o meu debochado amigo), Giselle Mudrose (que eu sabia que há anos que era apaixonada por Remus) e Alice Meadows (era declarado para toda a gente, menos para os envolvidos, que Alice gostava de Frank) e Priscila Donovan (com que eu desde o primeiro ano tive uma relação de cão e gato, pois passávamos o tempo todo a implicarmos um com o outro). Bem, o melhor seria por começar a falar de mim e de coisas que já aconteceram neste rapaz perfeito de 17 anos, que está numa carruagem, fazendo a sua última viagem no Expresso de Hogwarts.
Inicio do Flashback
Eu estava um pouco nervoso, pois esta seria a minha primeira viagem no Expresso de Hogwarts. Estava acompanhado da minha prima favorita, Andromeda Black. Favorita, porque não era igual às irmãs, que só queriam saber de festas, namorados e coisas afins. Andie, como eu gostava de a tratar era uma garota alta de cabelos e olhos pretos, tal como eu, mas que era cinco anos mais velha que eu. Eu gostava dela, porque ela era muito simpática e também não gostava muito da família, tal como eu. Andie era a primeira da família que não tinha sido seleccionada para os Slytherin, já que pertencia aos Ravenclaw. Eu também desejaria de não parar nos Slytherin, que era uma equipa que completamente abominava. Esperava ser seleccionado para os Ravenclaw ou para os Hufflepuff. Estávamos há algum tempo à procura de uma cabine vaga, quando alguém chocou contra mim. Quando me levantei deparei-me com um rapaz mais ou menos da minha idade, com cabelos bagunçados pretos e olhos castanhos cor de avelã. Pedimos desculpas um ao outro e fiquei a saber que o rapaz se chamava James Potter. No instante senti uma grande simpatia pelo rapaz e nós os três continuamos juntos à procura de uma cabine vaga. Após algum tempo encontramos uma cabine que só tinha três ocupantes e a minha prima adiantou-se e abrindo a porta, perguntou se poderíamos ficar naquela cabine. Quando nos instalamos, apresentamo-nos e ficamos a saber que os nomes dos outros passageiros. A ruiva chamava-se Lilian Evans, a morena chamava-se Alice Meadows e o rapaz chamava-se Remus Lupin. Passamos o resto da viagem a falar de várias coisas e fiquei a saber que Lily (como a própria disse) era filha de muggles, Alice era filha de bruxos e Remus era filho de um bruxo e de uma muggle.
Fim do Flashback
Foi nessa carruagem que eu conheci três dos meus actuais amigos (o Peter nós conhecemos mais tarde na travessia do lago), e logo houve uma grande empatia entre nós, embora naquela altura não soubéssemos que iríamos formar os Marotos (ideia que partiu de mim, já que eu e James gostávamos imenso de aprontar contra outros alunos, enquanto que Remus nos ajudava a sair das piores situações, embora isso às vezes fizesse com que ele apanhasse detenções juntamente comigo e com James). Lily, Giselle, Alice e Priscila até ao terceiro ano, quando um pequeno acidente fez com que Giselle e Lily se zangassem connosco levando a que as raparigas nos deixassem de lado e às vezes denunciavam as nossas brincadeiras.
Inicio do Flashback
Como gostávamos de aprontar, eu passei a tarde toda na biblioteca a pesquisar em livros por feitiços que poderiam ser úteis nas nossas brincadeiras. Após várias horas a pesquisar, acabei por encontrar alguns feitiços muito bons e após os anotar, eu, James, Remus e Peter reunimos numa sala vazia onde tivemos a praticar os feitiços. Mas como não queríamos os experimentar em nós próprios, decidimos que na manhã seguinte, arranjaríamos alguém em quem praticar. E a nossa escolha recaiu em Giselle. A coitada bem que tentou esquivar-se, mas sem muito sucesso, porque eu, James e Peter a impedíamos (Remus não estava lá muito alegre de termos escolhido Giselle e tentava solta-la, mas também sem muito sucesso). Mas o feitiço que estávamos a usar era inofensivo (do meu ponto de vista), já que só servia para mudar a cor do cabelo. Estávamos quase a deixar Giselle ir embora, quando eu reparei que nas escadas que vinham dos dormitórios estava Lily, que estava quase a desmanchar-se a rir do estado da amiga. Mas eu estraguei-lhe os planos, quando a trouxe para o círculo, formando por mim, James e Peter (e mais uma vez, Remus tentava libertar Lily ao mesmo tempo que tentava ajudar Giselle, que tinha o cabelo de várias cores e que tentava desesperadamente fazer com que voltasse à cor original). Nós começamos a mudar a cor do cabelo de Lily, mas eu inadvertidamente estava a divertir-me tanto com os protestos de Lily, que acabei por proferir um feitiço diferente (que também tinha aprendido na tarde anterior), e que me arrependo até hoje, porque logo que eu proferi o feitiço, o cabelo de Lily começou a encolher e só parou de encolher quando lhe batia nas orelhas (encolheu muito, já que antes do feitiço, o cabelo dela batia-lhe no meio das costas). E a última coisa que me lembro foi de ver Lily sair a correr da sala comum com Remus e Giselle no seu encalço.
- Quem fez o feitiço de encolhimento? – perguntou James, um pouco irritado.
- Eu. – confessei, sentindo-me mal com a besteira que fiz.
- Ah, Sirius. – explodiu James. – Ela vai ficar furiosa e vai acabar sobrando para nós.
- Não tinha a intenção. – tentei desculpar-me, mas sabia que não havia desculpas suficientes para o que eu tinha feito.
- Ah, deixa para lá. – falou James, ainda bastante irritado. – Sabes que ela não vai perdoar.
- É, eu sei. – eu afirmei, ainda me sentido mal. – Hei, mas pelo menos já aprendi um modo de irritar Narcissa.
Fim do Flashback
Narcissa era minha prima (irmã de Bellatrix, que já tinha terminado Hogwarts e de Andromeda, que já estava no último ano em Hogwarts) e que andava no mesmo ano que eu, mas pertencia aos Slytherin. A partir desse dia, por mais que eu me tentasse desculpar, Lily nunca aceitou as minhas desculpas e ela e as amigas acabaram por se separarem do nosso grupo e passaram a andar as quatro sozinhas. E eram elas as únicas que conseguiam resistir aos meus encantos e aos de James (já que nós nos tínhamos tornado bastante populares, não só por aprontarmos muito com os Slytherin, mas também porque fazíamos parte da equipa de Quidditch de Hogwarts, eu como chaser e James como seeker). Eu era considerado pelos meus amigos como o maior galinha de Hogwarts (mas eu não me importava que me chamassem isso, porque eu sabia que o era, já que não conseguia ficar com a mesma rapariga mais do que dois dias). Mas foi no terceiro ano, que eu comecei a estranhar os misteriosos desaparecimentos de Remus (não que eu não tenha notado antes, mas no terceiro ano isso chamou mais à atenção, por causa das desculpas esfarrapadas dele), o que me fez investigar um pouco sobre o que poderia levar Remus a desaparecer tão misteriosamente e com desculpas bastante esfarrapadas.
Inicio do Flashback
Após mais uma desculpa esfarrapada de Remus e um misterioso desaparecimento de uma semana (e quando Remus voltou, apenas disse que a recuperação da mãe tinha sido demorada, mas eu estranhei porque a mãe dele tinha ficado doente bastantes vezes nas últimas semanas). Então comecei a fazer uma pequena lista de certos detalhes do desaparecimento de Remus. No fim, as únicas coisas que eu tinha era:
1- Remus ia-se embora sempre na semana de lua cheia;
2- Quando voltava apresentava sempre um estado cansado e velho, como se tivesse feito uma corrida ou tivesse tomado uma poção de envelhecimento;
3- Reparei também que quando Remus voltava apresentava sempre feridas e arranhadelas como tivesse sido mordido por cães.
A minha lista não me levava a lado nenhum e eu estava bastante confuso sobre os dados que eu tinha recolhido, mas que não me davam nenhuma conclusão. Mas foi quando começamos a falar de lobisomens é que eu cheguei a uma conclusão sobre aquilo que eu tinha descoberto. E fiquei com todas as minhas dúvidas esclarecidas, quando após uma aula de DCMN, eu fiquei para trás para tirar umas dúvidas com o professor. Foi nessa altura que tudo fez sentido para mim: Remus desaparecia misteriosamente porque era um lobisomem. No inicio a noticia chocou-me um pouco e eu fiquei sem saber o que fazer, mas depois de ter reflectido bastante sobre o assunto acabei por chegar à conclusão que Remus era meu amigo e que como eu prezava a minha amizade com ele, o melhor que eu tinha a fazer era falar que sabia da verdade, mas que apesar do que eu sabia, eu nunca deixaria de ser amigo dele, apesar do pequeno problema dele. Quando as aulas terminaram, puxei James para um canto e desabafei com ele o que tinha descoberto em relação a Remus. James confessou-me que também estranhava os desaparecimentos de Remus, mas que nunca tinha perguntado nada ao amigo, porque sabia que se Remus confiasse nos amigos iria contar a verdade. Mas também James (embora um pouco chocado, como eu tinha ficado quando descobri a verdade), acabou por ter a mesma opinião que eu e decidimos que o melhor seria ir falar com Remus. Era melhor confrontá-lo, dizendo-lhe que sabíamos a verdade do que escondermos o que sabíamos e ficar sempre aquele segredo entre nós.
Fim do Flashback
Realmente o Remus ficou um pouco surpreendido com o que nós tínhamos descoberto, mas o seu receio de perder a nossa amizade passou para incredulidade com o que eu propus que fizéssemos. Eu tive a ideia que a única maneira de ajudarmos Remus era se eu, James e Peter nos transformássemos em animagos. No início, Peter não soube de nada, pois nós tínhamos medo de que ele espalhasse pela escola o segredo de Remus. E só ficou a saber mesmo no quarto ano, quando nós tivemos sucesso nas nossas pesquisas em termos de animagia. Não foi muito fácil e requereu muitas horas na biblioteca, mas que valeram a pena, pois conseguimos descobrir tudo o que necessitávamos para a nossa transformação. Mas só foi no quinto ano que nós conseguimos transformar completamente, embora com a ajuda de uma poção preparada por Remus, conseguimos descobrir em que animal nos iríamos transformar: eu seria um cão, James um veado e Peter seria um rato (foi necessário que Peter soubesse do que estávamos a fazer, porque também ele iria ser um animago). E foi do tipo de animais em que nos iríamos transformar que surgiram as nossas alcunhas: eu passei a ser Padfoot; James era o Prongs; Peter era o Wormtail; e por fim baptizamos Remus de Moony. Muita gente ficou um pouco surpreendida com os nossos nomes, mas só nós percebíamos o seu significado. A nossa primeira noite de lua cheia como animais foi complicada, porque primeiro tivemos de fazer com que o Remus em estado de lobisomem, confiasse em nós, o que demorou muito tempo. Mas com bastante paciência acabamos por conseguir a confiança do Moony e começamos primeiro por fazer umas pequenas brincadeiras. No início, Moony não cooperou muito mas ao fim de algum tempo acabou por entrar na brincadeira. Nos dias seguintes as coisas correram melhor e no penúltimo dia, experimentamos trazer Moony para os jardins (já que eu e Sirius já éramos capaz de controlar Remus se algo corresse mal). Com o passar dos meses as saídas para os terrenos da escola começaram a tornar-se frequente e nos meses seguintes era provável que nos conhecêssemos os terrenos melhor do que qualquer aluno que estudasse em Hogwarts. Foi quando decidimos fazer o Mapa do Maroto. Claro que a pesquisa ficou a cargo de Remus, já que tinha sido ele a ter a ideia. Foram precisos mais alguns meses antes que o mapa ficasse pronto, mas no fim o esforço valeu a pena, pois o mapa foi-nos bastante útil.
O sexto ano decorreu de forma calma, tirando claro que nós sempre arranjávamos forma de azarar o Seboso e James começou a mostrar um estranho interesse por Lilian. Eu debochava da cara dele, mas sem me aperceber que o que ele fazia com a Evans era o mesmo que eu fazia com a Priscila: chamávamo-las para sair connosco. Mas tínhamos sempre a mesma resposta: não. E por mais negas que apanhássemos mais vontade tínhamos de as chamar para sair connosco, nem que fosse só para as irritar. Mas no sétimo ano, Prongs teve mais sorte que eu. Finalmente conseguiu convencer Lily a sair com ele. Mas para isso foi preciso que Lily descobrisse o segredo de Remus. Mas confesso que ela foi bastante imprudente, pois quase ia morrendo, senão fosse pela intervenção de James que se meteu à sua frente e a protegeu. Mas eu continuava a não desistir de Priscila, pois sabia que o que eu sentia não era só uma vontade de a irritar. Parece impossível, mas finalmente uma garota conseguiu dominar Sirius Black. Mas essa garota não via isso. Não via que eu estava perdidamente apaixonado por ela e que faria tudo para conseguir namorar com ela.
Mas antes do ano terminar, eu voltei a fazer das minhas, mas foi uma brincadeira nada inofensiva e que poderá não só prejudicar o meu amigo Remus, como trazer problemas a mim, a James e a Peter. Mas na altura, eu achei piada ao assunto.
Inicio do Flashback
O ano lectivo estava quase no fim, e estava a chegar a última noite de lua cheia que eu, Prongs, Moony e Wormtail passávamos em Hogwarts. James e Lily tinham começado a namorar umas semanas depois do incidente do Halloween e eram felizes. Nem parecia que no passado Lily odiava James e que este passava o tempo todo a implicar com ela. Agora raramente se largavam, o que causava inveja em muitas garotas, pois James era bastante popular e todas invejavam Lily por ela ter conseguido namorar com James. Continuando, a lua cheia se aproximava e eu estava a começar a ficar farto dos comentários maldosos de Snape e companhia. Além do mais, Snape tentava à força saber o que Remus escondia e porque ele desaparecia uma vez por mês. É claro que eu deveria ter tido paciência, mas após sete anos de provocações, eu cheguei ao limite. Se era a verdade que ele queria era a verdade que ele iria ter. E chamando-o à parte, disse-lhe que naquela noite, Remus iria passar por uma passagem que estava guardada pelo Salgueiro Zurzidor. Não pensei nas consequências do meu acto, porque pensava que o Seboso não iria acreditar em mim. Mas enganei-me. Mas em vez de me amaldiçoar pelo que tinha feito, tinha começado a rir ao pensar na cara que Snape iria fazer quando descobrisse no que o Remus iria se transformar. E foi nesse estado que James e Peter me encontraram. Mas James não achou piada ao que eu tinha feito e entrado na passagem, partiu atrás de Snape. Só na altura quando James ralhou comigo é que eu pensei duas vezes sobre o que tinha feito e arrependi-me pois não só tinha posto a vida do Seboso em causa, como também poderia perder a amizade de Remus e de James (que eu considerava como um irmão).
Fim do Flashback
Felizmente, James salvou a vida de Snape (o que fez com que os dois tivessem um laço inquebrável, para desagrado de Snape, claro), mas não conseguiu impedir que Snape visse que Remus era um lobisomem e só a intervenção de Dumbledore é que impediu o Seboso de espalhar pela escola o que tinha visto. Embora, tanto Remus como James se tenham zangado comigo a nossa amizade não terminou.
E aqui estamos nós: eu e Priscila (que somos os únicos que não namoramos); James e Lily; Remus e Giselle (que finalmente admitiram o que sentiam um pelo o outro, e nem mesmo o facto de a Gi saber o segredo de Remus os separou) e Frank e Alice (que fazem um bonito casal e estão muito apaixonados, algo parecido com o que James e Lily sentem). Eu bem que tento com que a Pri namore comigo, mas ela não me dá a menor bola. Mas eu não sou um garoto que desiste facilmente. Felizmente para mim e infelizmente para Priscila, que pensava que com o fim das aulas se iria ver livre de mim. Como ela se engana. Eu, Sirius Black nunca desisto de nada. Muito menos do amor. E nem que sejam precisos cem anos, eu continuarei a batalhar para conseguir conquistar a garota da minha vida.
N/A: Mais um capítulo de Uma Vida dos Marotos… Espero que gostem e que comentem.
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