Angels in Heaven



Hermione deixara de ser uma menininha boba, inteligente e mandona; havia experimentado as delícias da vida ao lado do seu amor, Harry Potter, mas com o tempo, Harry teve que deixar Hermione e ir para outro país, ele ainda a amava, mas isso fazia parte do seu trabalho.
Certa noite, a beira das lágrimas (o que normalmente acontecia) Hermione puxava pergaminhos e escrevia sobre sua vida, desenhava e fazia enormes baboseiras para uma linda mulher de 27 anos e com uma filha de 1 ano e meio no berço, que dormia tranquilamente, Hermione já suspeitava de que a garota seria a cara do pai, Harry estivera exatamente há dois anos naquela casa, ele e Hermione eram felizes até a chegada da carta do Ministério da Magia pedindo para Harry se mudar para outro país para combater as Criaturas das Trevas.
Hermione, é claro, não podia ir, afinal, tinha uma bebê de um ano e meio para cuidar, mesmo amando Harry não cometeria a loucura de abandonar sua casa em Londres.
Após mais uma noite precisando de carinho, Hermione puxou o tinteiro e a pena macia, o pergaminho ao lado, começou a escrever uma carta para o Harry, mais uma da carta, na qual Harry nunca respondera e nunca ligara para dizer "Estou vivo".
Hermione sabia que a missão de Harry fora do país era extremamente perigosa, mais ainda tinha uma gota de esperança de que ele estivesse vivo, mesmo sem mandar notícias por quase dois anos.
Expressando seus sentimentos Hermione começou a escrever.

"Se eu pudesse...

Se eu pudesse me esconder da minha dor, de meu querer

Se eu pudesse esquecer tanto amor, tanto sofrer.

Se eu pudesse ouvir sua voz, seu calar

Se eu pudesse sorrir a sós no caminhar.

Se eu pudesse ferir seu coração a palpitar

Se eu pudesse sentir suas mãos a tremular.

Se eu pudesse teria no leito, no pranto...."

Parou arrependida para limpar as lágrimas que caiam sobre o rosto e ensopavam o pergaminho, delicadamente ela foi até o banheiro limpar o nariz e as lágrimas e voltou para terminar a poesia, o bebê rodava debilmente na cama, mas ela não se importava, precisava terminar o poema que seria uma carta para o seu namorado, que ainda não estavam casados.

"...Se eu pudesse bateria teu peito, no acalanto.

Se eu pudesse te olhar sem medo, nem receio

Se eu pudesse te amar com todo o anseio.

Se eu pudesse por um dia te dar toda a alegria

Se eu pudesse em minha vida demonstrar minha agonia..."

Faltando apenas três versos no máximo, Hermione abandonou a pena por alguns segundos para amamentar o bebê que chorava no berço, após isso voltou para o pergaminho, com o cabelo atrás da orelha, chorando como nunca.

"...Se eu pudesse ser feliz, nestes versos estaria

e se pudesse fazer sorrir; para ti declamaria.

Se eu pudesse...

Mais não posso....não passo de uma alguém uma ser pouco vivente e pouco feliz por não poder estar ao seu lado agora."

Hermione desabou no choro caindo com os braços sobre a carta, a verdade era, seu namorado nunca voltaria, mas se ela perdesse as esperanças, não viveria mais, afinal ele era o único motivo para que ela continuasse viva, após o sétimo ano em Hogwarts e aquela não foi à noite mais infeliz de Hermione Granger, teve piores algum tempo depois, quando soube que o corpo do namorado tinha sido encontrado pouco longe do México, ainda não sendo sua pior noite, a pior mesmo, foi quando se arrependera por usar a varinha contra si própria deixando uma filha de dois anos sem rumo a tomar.

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