O quadro de pansy
_ AMILY, ESPERE!! _ gritou Harry, logo atrás da menina.
Ela se virou, perdendo-se um minuto na pressa que a prendia e o analisou. Harry não a reconhecera. O brilho intenso dos olhos escuros da moça já não eram mais vistos, e em seu lugar, um mancha de ressentimento e aflição pendiam.
Ela desceu as escadas com Harry ao seu lado, com suas mãos um pouco erguidas, empurrando violentamente todos os comensais que ainda duelavam contra os alunos.
Harry pode observar que um deles batera fortemente em uma das grandes janelas, se cortando totalmente, mas Amily não parecia estar se importando com aquilo, corria atrás dos comensais que estavam muito mais à frente e se quer olhava para os lados.
Eles correram até fora do castelo e perto do lago os comensais resolveram se unir. Harry não sabia para que, mas não estava com medo, sentia algum outro sentimento que ele não soube nomear. Algo estava errado... Tudo ainda mais errado do que a própria morte do diretor... Ele não pensava nisso... Se pensasse, seria ainda mais difícil correr...
Amily parou, olhando os comensais entrarem em uma espécie de nevoeiro verde e levitarem o corpo do diretor ao alto do castelo, perto das torres. O corpo inerte subia lentamente, em uma tortura...
_ esperem! _ gritou um dos comensais, olhando, estático para Harry. Voltou-se então a direção do garoto e atraiu a atenção de mais alguns comensais queo seguiam.
Amily entrara na frente de Harry, jogando-o contra chão e erguendo uma das mãos, fazendo com que o comensal caísse violentamente na grama verde. Harry tentou se levantar, mas perdera seus óculosno movimento brusco da garota e tateou, inutilmente, o chão.
_ quer brincar? _ disse outro comensal, voltando do novoeiro provocado, acompanhado de vários comensais que também analisavam o casal na grama. _ um, você consegue, mas, e todos nós? _ Amily olhava para eles inexpressiva, respirando fundo pelo movimento feito minutos atrás.
Um deles lançara um feitiço e a menina fora jogada longe, pelo que Harry pode ver, pressionando os olhos e analisando vultos. Porém, continuara a duelar, mas havia saído da frente de Harry, que pegara sua varinha e invocara seus óculos.
_ Crucius!! _ gritou um deles para Harry, que caíra no chão violentamente, sentindo por fim a pior dor de sua vida. Contorcera-se fortemente quando sua cabeça socou o chão, mas a sensação de tortura era ainda pior do que qualquer dor...
_ NÃO! _ gritou Amily longe o bastante de Harry, jogando-se novamente na frente do menino que se contorcia dolorosamente e mantinha os olhos fechados.
Alguns professores sairam do castelo e os comensais recuaram, perdendo-se ainda em Harry. Amily sabia do valor que o menino que sobreviveu teria para Voldemort e parecia prever que os homens também imaginavam o mundo de favores que alcançariam com Harry Potter entregue a Lorde Voldemort.
_ Vamos... _ disse um deles, pulando para dentro do portal com todos os comensais que ficaram para trás.
Amily correrá, mas era tarde.
A maldição que haviam lançado à Harry havia passado e o menino abriu os olhos, analisando fracamente vultos.
A menina em sua frente, Amily, agora chorava e virava-se devagar, mas era difícil ver seu rosto pelo clarão que a marca negra proporcionava e ele, estava caído, tentando se levantar, mas devido a dor que penalisava seu corpo, não conseguia.
Fora o sonho que tivera todo o ano.
_ Harry Potter! _ Minerva corria ao encontro do garoto caído no chão, olhando Amily ajoelhada novamente na grama verde e fria. _ você está bem? Está vivo? Merlin... _ A professora segurou sua própria mão contra o peito, em um sinal de imediato alívio.
_ estou... _ disse Harry em um fio de voz, tentando se levantar e olhando o corpo do diretor suspenso no ar. Foi neste momento, como se tudo lhe voltasse a mente, que ele se recordou de Dumbledore, e a idéia de que o diretor poderia realmente estar morto se fez tão sem sentido que ele engoliu em seco, encarando a menina mais a frente, chorosa e inconsolável. _ Amily... _ Harry se levantou com a ajuda da professora, tentando chegar até perto de Amily, queria protegê-la, tocá-la... Ela havia o salvado de um Comensal da morte e ele, em uma ação estúpida atrás de seus óculos, não se importou em ajudá-la, em salvá-la... Sentiu-se tão egoísta. A idéia de perder também Amily, se a morte de Dumbledore fosse realmente verdade, era irreal. Seria como perder Hermione... Não! Não seria como perder Hermione... Era diferente. Era... Estranho de mais para se fazer sentido... Para se entender...
Uma música conhecida para Amily tocava, fazendo a menina chorar mais profundamente.
A música do quadro de Pansy que Draco havia jogado para fora da janela do salão de inverno em um dia de encontros.
And I'd give up forever to touch you
E eu desistiria da eternidade para tocá-la
'Cause I know that you feel me somehow
Pois eu sei que você me sente de alguma maneira
_ falaremos com ela, agora vá para a ala hospitalar... _ insistiu Minerva, quando percebeu a dificuldade de Harry em alcançar a menina.
_ NÃO! _ disse Harry, tentando andar até a menina, apesar do corpo mais pesado que o normal.
_ Harry... _ disse Hermione, que corria com Rony para o encontro do menino com a professora. _ você está bem? _ perguntou, abraçando o amigo e olhando para Amily mais a frente. _ mas o que...? _ Ela parara de falar ao olhar o corpo do diretor.
Começara a chorar, levando as mãos a boca e caminhando até Amily, deixando Rony com Harry e Minerva.
_ Amily? _ disse Hermione, ainda chorando.
Amily não respondera.
A menina sentia que não havia forças em seu corpo para isso. Não havia sentimento, expressão, lágrimas que pudessem descrever o que ela sentia. Raiva... Ódio... Dor... Muita dor. Uma dor interna e forte, inimaginável... Ela passou as mãospela grama em um gesto simples, analisando por fim o chão.
Harry caminhou com a professora, contra a sua vontade para a ala hospitalar, ainda pensando em Amily. As preocupações do castelo em torno de Harry Potter e ninguém entendia quem era o verdadeiro perdedor daquela noite... Quem perdera algo tão doloroso, algo como ele sabia descrever tão bem...
Rony, que estava ao seu lado, com um corte pequeno na cabeça, parecia estar assustado de mais para falar alguma coisa e Madame Pomfrey corria de um lado para o outro, ajudando todos os alunos que entravam a cada minuto, chorosos e doloridos.
Hermione segurara a amiga, que com muita insistência, parou de visualizar o corpo do avô e caminhou com vários professores até a ala hospitalar.
Hermione ainda pode ver o batalhão de aurores que aparecera entre as árvores da floresta proibida, todos muito assustados e absortos em sua procura.
Obs:Genteeee,vai ter continuação sim! Harry Potter e a Herdeira de Dumbledore II-Eternidade.
Obrigado a todos e continuem comentando!=*
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!