Vamos Fazer compras
Capítulo 5 – Vamos fazer compras...
02 de junho... Manhã de quarta-feira...
Todos estavam à mesa, no meio do café da manhã, Andressa pergunta:
- Allan, quando que a gente vai ir comprar o meu material?
- Como?
-Não lembra, o senhor disse que iria hoje comprar o meu material...
- Não me lembro de ter dito nada....
- Mas o senhor disse, pai...-falou André
- Ok, eu poderei levá-los após o almoço.
- Por que não agora? –inquiriu a garota.
- Eu não irei sair com uma garotinha vestida como um menino, simples, não?– disse o homem, avaliando a garota, que vestia uma calça skatista, tênis e camiseta, esta última sendo extremamente larga e alcançando praticamente os joelhos.
- Claro que sim, tchau –disse a menina.
-Onde você pensa que vai???- fala Allan.
- Ora, se o único problema é minha roupa – disse olhando pra si mesma- eu troco.
Falando isso se levantou.
- Não vai terminar o café, maninha?
- Já terminei. – disse pegando uma fatia de bolo e saiu praticamente correndo –já volto.
Andressa correu para o quarto, chegando lá se dirigiu à porta do closet já com uma idéia em mente do que usaria, abriu a porta e foi na direção em que ficavam as blusinhas, chegou na seleção onde estavam as brancas, pegou uma bem delicadinha, com bordado de miçangas, depois foi ao local que costumava passar reto...Onde ficavam as saias, escolheu uma vermelha, depois foi em direção à sapateira, abriu a porta onde ficavam as sandálias, pegou uma branca de salto baixo, voltou ao quarto trocou de roupa e foi olhar-se no espelho, resolveu dar uma caprichada, soltou os cabelos que estavam presos no seu costumeiro rabo de cavalo, fez uma trança, prendeu com um elástico vermelho, depois colocou um brinco de pedrinha branca na 1° furo, e no 2°, que havia feito no ano anterior, colocou um vermelho. Pronto!
Após uma rápida olhada no espelho, passou a mão numa bolsa branca, colocou a carta com a listagem dos matérias dentro e desceu.
-Vamos agora?
-Claro que sim, esperem um momento eu vou buscar o dinheiro. –diz Allan.
-OK –respondem os dois.
O homem volta com cinco maços de notas de libras esterlinas, que davam em torno de 10 mil, entrega para o André e diz:
- Vamos?
- Claro –respondem os dois.
Eles seguem em direção à garagem, o pai dos garotos entra numa Mercedes preta, os dois fazem o mesmo, e então o homem segue em direção ao centro da cidade, seguindo as instruções da menina, em frente a um barzinho.
- Bem...Acho que é aqui...
-Tem certeza, Lua?
- Tenho – responde revirando os olhos.
- Sendo assim...Vamos –diz o menino, já descendo do carro.
- Quando terminarem de fazer compras, não esqueçam de ir para casa pedindo para o motorista vir buscá-los.
- O senhor não iria nos acompanhar? –pergunta a menina.
- Tenho que ir trabalhar –diz e liga o carro se afastando.
- Somos só nós dois mesmo, não sei por que ainda me surpreendo – fala Andressa.
- Hei, não fica assim, vamos?
- Claro...
- Já sabe o que tem que fazer?
- Você ainda duvida, André???
Os dois vão em direção ao bar, que era praticamente imperceptível, sendo pequeno, sujo, mal-iluminado, mas segundo o letreiro era ali mesmo, era meio estranho mas, depois do que lhe acontecera, não podia duvidar de mais nada. Entram e se dirigem ao centro do local.
Chegando lá havia um senhor careca e desdentado, limpando o balcão, eles pararam por um instante e então a garota se dirigiu ao homem e perguntou:
- Com licença, eu me chamo Andressa e queria saber se é por aqui que se chega ao Beco Diagonal.
- Sim, é por aqui mesmo. Eu sou Tom o dono d’O Caldeirão Furado. Venham, eu os levo até lá.
- Obrigada. Esse é meu irmão André.
- Prazer em conhecê-los – disse Tom com um sorriso e estendendo a mão aos dois.
Eles aceitaram os cumprimentos e depois Tom os levou até o fundo do bar, onde havia uma parede com um latão de lixo, então tirou uma varinha do bolso, contou três tijolos pra cima e dois pro lado, deu um toque com a varinha e se afastou. Onde a varinha havia tocado apareceu um buraco que se alargou rapidamente formando um arco. Então Tom disse:
- Bem vindos ao Beco Diagonal.
- Obrigado, Tom – disseram.
- Não foi nada, é sempre um prazer ajudar aos outros.
- Poderia nos dizer onde é o Gringotes, por favor? – perguntou Andressa.
- É ali no final da rua, do lado direito – respondeu Tom apontando – Tchau.
- Tchau - disseram.
Então eles foram caminhando até o local indicado, aproveitando para observar as lojas. Chegaram ao Gringotes, em frente havia um versinho escrito. Eles se encaminham para o balcão. Chegando a este um duende veio lhes atender, então André pegou dois dos maços e pediu ao duende, seguindo o que sua irmã havia lhe dito, para que trocasse as libras por galeões, sicles e nuques, que eram a moeda bruxa segundo o que a família McKinnon havia contado a ela. O duende prontamente os atendeu. Depois de irem ao banco Andressa achou melhor irem comprar os livros. Caminham até a Livraria chamada Floreios e Borrões, ao entrarem um vendedor veio lhes auxiliar; Andressa mostrou a lista de livros, e eles foram pegando. Quando a menina lhe perguntou se tinha algum livro que falasse um pouco mais de Howarts ele disse que sim e foi buscá-lo. Com isso ela disse ao irmão que ia dar uma olhada nos outros livros que haviam por ali e pediu que ele esperasse ali no balcão.
Estavam caminhando e então viu um garotinho de cabelos negros arrepiados e apontando pra todas as direções e sem querer ouviu a conversa entre ele e o senhor que o acompanhava, que provavelmente deveria ser seu pai, a conversa era mais ou menos assim:
- Olha, pai, a nova edição atualizada do Quadribol através dos Tempos, então, compra pra eu ler?
- Filho, viemos comprar o seu material e não livros do quadribol.
- Mas...
- Nada de mas. Deixa pra outra vez – disse e saiu caminhando.
O garoto continuou ali olhando o livro, observou Andressa e curiosa pra saber o que diabos seria o tal quadribol se aproximou e falou:
- Er... Com licença... – falou tocando os ombros do garoto - eu sem querer ouvi você falando de quadribol e, bem, o que é isso?
- Você é filha de trouxas, não?
- Sou, sim, algum problema?
- Nenhum, meu nome é Tiago Potter, e o seu?
- Andressa Willer, desculpa, é que fiquei tão curiosa pra saber o que era e acabei me esquecendo de me apresentar.
- Tudo bem, você vai estudar onde?
- Em Hogwarts. E você?
- Também, quem sabe não acabamos sendo da mesma casa?
- Verdade, mas sem querer parecer chata, o que diabos é esse tal quabribol?
- É o esporte bruxo, jogamos montados em uma vassoura, são 7 pra cada time.
- Legal, é muito difícil jogar?
- Só pra quem não conhece.
- Por que você tava querendo comprar aquele livro? – e apontou o livro referente.
- É porque é a edição atualizada do livro Quadrobol Através dos Tempos, ele explica o que é, como surgiu, fala dos diversos times existentes e coisas do tipo.
- Ah... Tá, brigada, Tiago.
- Não foi nada. – nesse momento se houve a voz de um homem chamando Tiago – tenho que ir, tchau, a gente se encontra em Hogwarts.
- Tchau, e até lá.
- Até. – respondeu o garoto se afastando na direção da voz.
Andressa o observou saindo, então resolveu tentar comprar o livro para saber um pouco mais, e saiu caminhando ate onde seu irmão estava. Chegando ela disse:
- Oi, André, será que dá pra comprar mais esse livro?
- Qual?
- Esse, sobre o esporte bruxo.
- Porque eu não me espanto com isso...
Nesse momento chega o vendedor, com um livro intitulado “Hogwarts, uma história”.
- Com isso está completa a sua lista de livros, mana?
- Yes.
Após saírem da livraria a menina pergunta:
- Pra onde agora, mano?
- Que tal darmos uma olhada naquela loja antes de continuarmos as compras?
- Qual?
- Aquela chamada Artefatos Mágicos.
- Vamos, parece interessante. – Andressa diz.
- Realmente...Vamos?
- Demorou.
Encaminhara-se à loja, havia diversos objetos bastante diferentes. Então chega um senhor e lhes pergunta o que desejam.
- Eu gostaria de saber se existem objetos de invisibilidade, senhor –disse Andressa.
- Você fala das capas?
- É... Acho que sim.
- Sim, elas existem, muitos acham que elas são prateadas, mas na verdade elas são cada uma de uma cor, a única coisa é que é uma cor metálica.
- É o senhor tem dessa capas aqui?
- É claro que sim. Apesar de serem raras numa viagem eu consegui diversas.
- Eu poderia ver uma?
- E eu também.
- Claro, tem alguma preferência de cor?
- Azul, eu amo azul, ainda mais se for azul celeste...-fala a menina.
- Acho que eu prefiro a tradicional, prateada mesmo.
- Claro, claro, volto num instante com as capas.
- Obrigada.
O senhor se afastou e a garota se virou ao irmão e perguntou:
- Vamos ficar com uma dessas?
- Por mim, uma pra cada... Que tal?
- Melhor ainda.
Nisso o estranho senhor voltou com uma capa. Era exatamente a cor que eles queriam. Tinha o toque macio e gelado, parecia água.
- Vamos? – fala André.
- Claro.
- Hã, o Sr. tem algo que faça ver através das capas – perguntou André.
- Tenho. São lentes que quando usadas nos permitem ver através das capas.
- Andressa... – disse o garoto.
- Por favor, me traga dois pares.
- Sim, senhorita. – disse o estranho dono da loja se afastando pra buscar.
- Agora chega de objetos, certo, né, André? Se não vamos detonar com o dinheiro do meu material aqui.
- Você tem razão, mas que vai ser divertido, vai...Só que não vamos poder ficar usando por aí...
- Você. Eu vou estar num colégio bruxo, tem alguma dúvida que não vou aproveitar?
- Nenhuma dúvida.
Nisso o vendedor chega e ele pagam pelos objetos.
Eles saem da loja e vão a papelaria, comprar as penas, pergaminhos e as tintas (nessa última a garotinha faz questão de compra de varias cores, azul, azul metálico, preto, prateado, dourado, rosa, vermelha, roxa, verde, etc.), de lá vão comprar o caldeirão, depois o uniforme, quando já tinham quase comprado todo o material foram comprar as varinhas, o último item da lista.
A loja de varinhas era pequena e empoeirada, tão logo entraram um senhor que disse se chamar Olivaras veio e perguntou se Andressa era canhota ou destra, ela disse ser destra - mas conseguia fazer praticamente tudo o que fazia com o braço direito no braço esquerdo, até escrever, pois tinha ficado de braço engessado durante o período letivo e teve de aprender a escrever com o braço esquerdo. Então ele fez com que uma fita métrica começasse a medir o braço direito e depois começou a experimentar diversas varinhas, em certa hora, ela pegou e falou:
- Que tal aquela? – disse apontando para uma caixa entra as pilhas.
- Por que não? Experimente. Flexível e maleável, 32 cm, feita de uma madeira que consegui durante uma viagem ao Brasil, o pau-brasil, uma madeira nativa. É um tanto temperamental, pois possui fio de cabelo de veela e de silfos, um fio de cabelo de cada tipo de silfo: da terra, da água, do fogo e do ar. Para completar possui um fio de crina de unicórnio fêmea e pena de fênix. Foi feita durante uma época em que eu experimentava fazer varinhas com grande carga mágica, por isso o grande número de elementos mágicos. Vamos, experimente. – falou entregando a varinha.
Andressa pegou a varinha que ele lhe estendia para experimentar. Ao tocar sentiu um calor percorrer-lhe o corpo, segurou com firmeza, ergueu o braço acima da cabeça e cortou o ar descendo em diagonal, da varinha saiam faíscas multicoloridas. Depois Disso o Sr. Olivaras bateu palmas extasiado e disse:
- Menina...
- Meu nome é Andressa Willer, então me chame de Andressa.
- Ok. Andressa, eu não sei se percebeu, mas é a varinha que escolhe o bruxo e não o contrário. Essa varinha é muito poderosa, e o fato de ela ter lhe escolhido significa que você possui um grande poder mágico. Então podemos, eu acho, esperar de você muitas coisas, muitos feitos. Você pode não entender agora, mas um dia você irá entender o que eu digo, menina.
- Eu entendo, sim.
- Quanto é a varinha? - falou André.
- 16 galeões.
- Obrigado – disse o Sr. Olivaras.
- Adeus, senhor.
- Adeus.
Depois disso eles vão à sorveteira Florean Fortescue, que foi a única que eles encontraram ali.
- Mana, não vale, agora eu também quero ser bruxo e comprar uma varinha mágica.
- É...Eu também queria que você fosse, pois vamos ficar mó tempo separados, fora que eu vou morrer de saudades suas, mano, bem que se fosse por minha vontade você estaria lá.
- Só...Tipo, que tal trocarmos cartas? Você disse que usam corujas, certo? –a menina confirma com a cabeça – Cê já sabe como usar, não? –novamente ela acena a cabeça – então vamos nos corresponder, e já que nem precisamos trocar mais dinheiro, que ainda tem um bom tanto, que tal irmos comprar nossas corujas agora?
- Demorou, o sorvete já tá pago mesmo, então vamos. –diz a menina levantando-se.
E eles se dirigiram à uma loja de animais. Cada um escolheu o que queria. André escolheu uma coruja fêmea castanha meio cor de mel e olhos âmbar, resolveu colocar o nome de Mel por causa da cor. Andressa escolheu uma coruja bastante diferente, era fêmea, possuía penas negras e olhos verde-elétrico. Colocou o nome de Tempestade, pois os olhos tinham uma cor que lembravam raios e a penugem preta lembrava o céu escuro durante uma tempestade. Compraram também coleiras mágicas que escreviam o nome do animal assim que escolhido, a coleira de Mel era verde escrita em prata e a de Tempestade era azul também escrita em prata, compraram também ração para as corujas e foram ver como se abria uma conta no banco: era só assinar alguns papeis sobre o contrato e coisa e tal e fazer um depósito, a menina resolveu abrir na mesma hora, depositou o que seria mais um maço. O que sobrou dos outros dois que haviam trocado ficou com ela, e dos outros dois maços de dinheiro que sobraram ficou um pra cada um.
Após isso, ligaram pra casa, passaram antes numa papelaria pra comprar algumas coisas que a Andressa queria e foram embora.
*N/A: As lentes de contato, são citadas originalmente na fic Por Uma Boa Causa, da Floreios e Borrões.*
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!