O Parente de Paolo



Quando o garçom chegou com um lanche para Hermione, viu que ela estava dormindo. Sophia se aproximou.

- Sra. Mason... – Hermione não respondeu – Sra. Mason?

Como Hermione não acordava, Sophia tocou seu rosto e viu que a moça estava quente.

- É melhor levá-la para o chalé. – disse ela ao garçom – Mas cadê o Sr. Mason?


Harry quase não acreditou naquilo. Estava em Hogwarts novamente. “O que eles estavam fazendo aqui?” Pensou e continuou seguindo-os. De repente Harry se deu conta para aonde eles estavam indo. Para as masmorras. E isto só poderia significar uma coisa: eles estavam indo para a sala de Severo Snape.


O garçom levou Hermione nos braços até o chalé e a repousou na cama. Ela então acordou.

- O... que, o que... houve?

- Vá buscar o lanche dela, Marco. Ela vai comer aqui. – disse Sophia ao garçom e se virou para Hermione – Você estava dormindo na recepção e não acordou, mesmo eu chamando você.

- O que será que está havendo? Estou me sentindo quente, eu... – então ela lembrou da doença. Mas não podia ser. Ela não comeu nada, nem bebeu nada enquanto estavam no hospital e na loja de poções. “Será que o contágio está sendo de outra forma?”

Sophia estranhou o silêncio dela.

- Sra. Mason, onde está seu esposo?

- Ele..., ah... ele foi dar uma volta. Eu não fui porque estava com sono.

- Você me parece fraca e acho que está febril. Olha, ele trouxe o lanche. Coma tudo e tome este suco. Eu vou pedir para trazer um comprimido para você.

- Obrigada pelo lanche, eu vou comer sim, mas não precisa do comprimido, Sra. Ambrosini, eu trouxe alguns comigo. Eu vou tomar um banho frio e me deitar. É só uma gripe boba.

- Tem certeza? Bom, se precisar de algo depois é só me chamar.

- Obrigada.

Hermione mentira para ela, mas não achava que era gripe. Tentou se concentrar ao máximo para lembrar de tudo o que comera e bebera desde que chegaram, mas nada pareceu-lhe suspeito. Deixou de lado um pouco os pensamentos e se concentrou em comer o sanduíche e beber o suco. Torcia que fosse só uma fraqueza.


Conforme desconfiou, Harry viu Nicola e Paolo se aproximarem da sala de Snape. Assim que este abriu, Harry se viu tomado novamente por aquele ódio que tinha, quando o miserável assassinara Dumbledore. Apesar de saber que agora ele estava em Azkaban, aquilo não aliviava em nada a sua raiva.

- Severo, meu primo! Que bom que estamos nos vendo novamente! – Paolo cumprimentava e abraçava Snape.

“Primo? Paolo é primo dele? Nunca soube que ele tinha parentes fora da Inglaterra!” Harry se surpreendeu.

- Entrem logo! – disse Snape, seco como sempre.

Harry entrou junto.

- Severo, este é um amigo. Ele vai nos ajudar. Tem influência no Ministério.

E Nicola fez um pequeno aceno com a cabeça.

- Vamos com isso logo. Ë perigoso vocês virem aqui. Os alunos estão em Hogsmeade, mas não demorarão muito a voltar. Disse a alguns professores que receberia meu primo, mas não podem ficar muito tempo.

- Está tudo pronto, Severo?

- Ora, Paolo, você acha que eu não seria capaz de fazer a tempo?

- Não, meu primo. Sempre confiei nas suas habilidades com poções.

Harry sentia seus punhos se contraírem e fecharem. Seu rosto fervilhava ódio.

- Sr. Snape – Nicola falava – Podemos, então, confiar que vai dar certo.

Snape se virou para o outro com um olhar de desprezo e deu um sorriso irônico.

- Para que, meu amigo, você veio lá da Itália até aqui, se não tem certeza?

Nicola não respondeu. Limitou-se a devolver o olhar de desprezo. Snape virou-se e foi até uma prateleira, no fundo da sua sala, e pegou um vidro com um líquido transparente.

- Apenas algumas gotas e qualquer sangue-ruim terá o destino que merece. – e ele entregou a Paolo – Só não pus em prática aqui, porque aquele velho idiota iria desconfiar de mim. Essa aqui é a fórmula. – disse entregando também um pergaminho.

Se pudesse, Harry avançaria nele naquele exato momento.

- Vamos começar pela Itália. Dando certo, podemos finalmente acabar com esta racinha nojenta de bruxos de sangue impuro, na Europa e no mundo. – ele completou.

- Creio que há um antídoto para isso. Estou certo? – Nicola interviu novamente.

- Não é bem um antídoto. O único modo de se livrar da doença é...

Então Harry ouviu um grande estrondo. Olhou em volta, mas não era ali. “Só podia ser no Minist...” Ele não completou seu pensamento. Sentiu um puxão tão forte, que quando voltou à sala de Nicola, ele se desequilibrou e caiu no chão, derrubando a penseira e todo o seu conteúdo. Tateou em volta e achou seus óculos que haviam caído. Imdiatamente os colocou e procurou a pessoa que havia o puxado, mas não achou ninguém. Assim como também não achou mais a sua capa de invisibilidade.

Hermione conseguiu comer todo o lanche. Pareceu-lhe que estava melhor. Decidiu tomar um banho para ver se baixava a sua temperatura mas, quando se dirigiu ao banheiro, começou a sentir-se tonta novamente. Sua visão escureceu e ela achou que perderia os sentidos. Tentou gritar por alguém, mas não deu tempo. Despencou para o chão, desmaiada.

Harry perambulou pelos corredores do Ministério à procura de Nicola com sua varinha em punho. Os funcionários estavam tão preocupados com as pessoas do lado de fora, que não perceberam que ele estava andando por lá. O estrondo que ouvira havia sido uma bomba, parecendo bomba caseira trouxa, provavelmente jogada por um dos manifestantes. Harry se concentrou em achar Nicola. “Preciso encontrar aquele miserável!” Ele pensou. Andou mais um pouco, perguntou a algumas pessoas, mas ninguém o viu. “Ele deve ter me puxado e pego a capa! Droga!” Harry desistiu de procurá-lo naquele momento, mas prometeu a si mesmo que o colocaria atrás das grades, porém precisava achar a cura daquela coisa. “Ele tinha que aparecer no exato momento que o Seboso ía dizer o modo de curar a doença! O pior é que agora a penseira está fora de cogitação, eu derrubei tudo. Droga, droga, droga!!!
Harry pensou que o feitiço anti-aparatação deveria estar valendo para quem entrasse, e não para quem saísse do Ministério. Se concentrou e Craque, ele sumiu.
Assim que aparatou dentro do chalé, olhou em volta a procura da amiga para contar-lhe tudo. Foi quando a encontrou.

- HERMIONE!!!!


N/A: Perguntaram nos comentários quem era Paolo. Relembrando então: Paolo era um antigo curandeiro que se recusava a tratar os nascidos-trouxas e foi preso, tendo sua licença cassada. Isso pode ser lido no capítulo 3. Bjos!!

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