Nicola Lambertiatti
Nicola estava mexendo alguns papéis na sua mesa, quando o ministro Pietro entrou. Ele levantou os olhos.
- Ministro, em que posso ajudá-lo?
- Nicola, foi você quem tirou a penseira do meu gabinete?
- Ah, sim, sim, ontem antes do almoço. Obrigado por ter guardado para mim.
- Sem problema. É que eu não vi mais a penseira por lá e não sabia se havia sido você. Já resolveu seus problemas? – perguntou – Desculpe, é que quando você me pediu para guardar sua penseira em meu gabinete, parecia muito preocupado.
- Ah, desculpe se eu incomodei, é que alguns familiares tinham vindo me visitar e eu não queria que eles vissem ela na minha sala. Eles são muito curiosos.
- Claro, claro. Não me incomodou nem um pouco. – ele disse e mudou de assunto – Você teve algum tipo de contato com os aurores ingleses, depois que saíram de Roma?
- Não, senhor. Acho que ainda é muito cedo para eles terem descoberto algo.
- É verdade. Sabe, estive em contato, via lareira, com o ministro Scrimgeour, do Ministério inglês, agora há pouco. Ele me disse uma coisa que está me preocupando.
- O que senhor?
- Aquela moça, a srta. Granger, ela é filha de trouxas. Tomara que esta maldita doença não afete ela. Quando eu falei sobre a doença com eles, e de como afetava os nascidos trouxas, ela não fez nenhum comentário ou se mostrou apreensiva. Corajosa aquela moça. – ele deu um suspiro – Ah, bem Nicola, se houver algum contato, você me avise de imediato, ok?
- Claro, senhor!
Quando o Ministro saiu, Nicola ficou pensativo por um momento e depois pegou pena e pergaminho. Escreveu uma pequena carta e enviou a alguém pela sua coruja.
No hospital bruxo de Cuneo o doente continuava balbuciando coisas sem nexo, mas nada que mudasse o que eles já tinham ouvido.
- Hermione, por que será que ele mencionou o Nicola? Será que ele sabe mais do que nos contou?
- Acho que a pergunta correta é: Será que ele está envolvido? Acho que deveríamos tentar contatar o ministro.
- Talvez não, Mione. Vamos tentar decifrar isso. Talvez não seja nada e vamos preocupá-lo com desconfianças sem fundamento.
- Você tem razão. – ela pensou por um momento – Harry, veja se ele fala mais alguma coisa. Eu vou tentar obter mais informações com o curandeiro ou na recepção.
Ela saiu e procurou o curandeiro, mas não o achou de imediato, então se dirigiu à recepção.
- Com licença, estou visitando um tio meu que está doente, Sr. Andrea Firenze. Não estou encontrando o curandeiro, será que você pode me dar algumas informações?
- Claro senhora! O que deseja saber. – disse pegando a ficha do paciente.
- Quando ele deu entrada aqui?
- Há 4 dias, senhora.
- Sabe me dizer quem o trouxe?
- Ah, nós não anotamos o nome, apenas quando a pessoa fica de acompanhante, mas não foi o caso. Eu estava aqui na hora que o Sr. Andrea chegou. Quem o trouxe foi uma senhora. Veja a assinatura! – e mostrou-lhe a ficha.
Hermione olhou a assinatura, mas a letra era apenas um rabisco indecifrável.
- Infelizmente não dá para identificar. – disse devolvendo-lhe o papel - Você consegue descrevê-la? Quero dizer, eu queria tentar entrar em contato com ela e agradecer por ter trazido meu tio para cá.
- Puxa, gostaria de ajudar, mas não me lembro muito. A única coisa que me chamou atenção foi que ela estava bem nervosa e olhava de um lado para o outro, como se estivesse com medo de alguma coisa ou de alguém.
- Ela chegou a falar com o curandeiro?
- Não! Ela o deixou aqui, aguardou só o preenchimento da ficha, assinou e foi embora. Não voltou mais. Eu achei muito estranho.
- Realmente, realmente. – disse Hermione pensativa – Bem, obrigada de qualquer forma. – e se afastou.
Harry olhava o homem delirando. De repente ele começou a se debater, debater. Harry correu para porta e chamou o curandeiro, mas foi tarde demais, o homem morrera.
Eles deixaram o hospital discretamente, para que o curandeiro não os visse. Hermione contou a Harry o que a moça da recepção havia lhe dito.
- Harry, precisamos encontrar essa mulher. Com certeza ela sabe de algo.
- Claro, mas como vamos achá-la?
- Se tivéssemos um vira-tempo...
- Pois é, mas não temos. Venha, vamos até a tal loja de Poções.
- E como chegaremos lá?
- O curandeiro me disse que do outro lado da rua há um ferro velho. Nos fundos há uma pequena sala, basta bater a varinha na porta para entrar. Lá dentro tem uma lareira pública.
- Pública?
- Isso! Qualquer bruxo pode usá-la para transporte via pó de flu. Ele me deu um pouco, veja! – disse Harry, mostrando o pó em um pequeno saquinho.
EleS foram até o ferro velho, onde havia um homem de aparência péssima na porta. Discretamente Harry lhe mostrou sua varinha e ele abriu o portão. Andaram até a tal sala. Lá dentro havia pelo menos uma 12 pessoas para usar a lareira. Eles aguardaram a vez. Harry se certificou do nome da loja e deu um pouco do pó para Hermione. Um de cada vez sumiu entre as chamas e apareceu dentro da loja. Hermione tossia muito, devido às fagulhas e a poeira.
- Você está bem? – perguntou Harry, sacudindo a poeira da própria roupa.
- Estou, estou. – respondeu, enquanto limpava seu rosto e ajeitava os cabelos.
- Não se preocupe. – disse ele – Você continua linda. – deu um sorriso e se afastou.
Hermione ficou parada no mesmo lugar, assimilando aquele elogio. Ele se virou.
- Você não vem?
- Estou indo. – e o acompanhou.
Longe dali, uma coruja se aproximava de uma janela. Quando ela a viu, teve certeza que era uma carta dele. Abriu-a e leu:
“Preciso que faça um serviço para mim. Já que nosso querido amigo não nos serve mais, você ficará encarregada. Um dos ingleses é sangue-ruim. A moça deve ter o mesmo destino do nosso amigo.
N.L.”
Ela leu novamente, jogou a carta na lareira e a viu queimar, enquanto enxugava uma lágrima que descia pelo seu rosto.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!