Prólogo




Hermione andava pela rua.Era noite e estava frio.Voltava para casa depois de uma caminhada pela vizinhança, na qual tentara por seus pensamentos em ordem.
Muitas coisas aconteceram ultimamente.A derrota de Voldemort, o casamento de Harry e Gina, suas brigas com Ron, a maioridade, a volta para Hogwarts depois de um ano afastados de lá.
Seria estranho regressar ao castelo sabendo que não encontrariam Dumbledore. A professora Minerva havia reaberto a escola, mas mesmo assim não seria o mesmo.Nada mais seria.
Pensava nas cartas que recebera dos amigos, agora tão felizes.Só ela parecia sentir aquele vazio dentro de si, como se algo muito importante fora retirado dela.
Não soube se tremeu pela rajada de vento que pareceu cortar seus ossos ou por se aproximar daquele parque. Naquele horário era normal que grupos de adolescentes estivessem encostados nos muros e nos portões, e hoje não era diferente.
Ela olhou de relance para eles.Eram garotos altos, vestidos de preto e com cabelos compridos.Pareciam metaleiros, e provavelmente eram.Mas havia algo mais naqueles semblantes sérios, naquelas posturas eretas e naqueles olhares.
Estremeceu novamente ao seu olhar se cruzar com o de um deles, e aumentou a velocidade do passo.Queria sair dali, mas não resistiu a olhar para trás novamente, e quando o fez o menino ainda estava a encará-la.Desviou-se do contato visual.
Não percebeu que os pares de olhos verdes ainda a seguiam quando virou a esquina.


Ao chegar em casa, foi diretamente para a cama.Não para dormir, mas sim para ficar sentada, admirando as estrelas.Não sabia desde quando conquistara tanto interesse pela noite, pelo céu escuro e pela escuridão.Mas sabia que gostava daquilo.Era tão calmo, como se ela fosse colocada em um pilar e que nada poderia alcançá-la.Sentia-se em paz.
Pegou o livro que estava na sua cabeceira.Ainda se perguntava sobre as circunstancias em que ele viera parar ali.





Estava na biblioteca Estadual trouxa perto de sua casa.Havia ido lá nas férias para tentar achar algo de interessante com o que pudesse se distrair.
Caminhava pelas estantes quando uma encadernação negra a chamou a atenção.Era um livro grosso, que continha apenas um símbolo que ela nunca vira antes na capa.
Ao abri-lo, na primeira página estava escrito:
“O grande livro sobre os vampiros”.
Nunca se interessara muito pela literatura trouxa sobre os vampiros, era cheia de lendas e visões destorcidas.Mas naquele momento ela sentiu uma enorme vontade de ler aquele livro de título tão sugestivo.
Decidiu que o alugaria.
Mas na hora de anotar a retirada com a bibliotecária, algo muito estranho aconteceu.
Ela simplesmente dissera que o livro não era da biblioteca.
A menina replicou, pois era impossível que não fosse.
Mais uma vez a mulher dissera que não tinha registros daquele livro, e mandou que ela saísse logo dali e parasse de importuná-la.
Ela não sabia o que fazer.O livro não era dela.Mas segundo a bibliotecária também não era de lá.
Ela o achara tão aparentemente esquecido, abandonado.
Era o livro de ninguém.
Resolveu que sendo assim, o levaria para casa.
Não percebeu dois olhos verdes a olhando enquanto ela colocava o livro na mochila e ia para casa.



Abriu na página onde parara da última vez.
Ele acabara se mostrando realmente interessante.
As informações ali contidas não se diferenciavam das quais aprendera na escola, mas eram muito mais completas.
No capítulo onde ela se encontrava estavam as instruções de como chamar um vampiro.
Uma idéia veio em sua cabeça.
Ela hesitou.
Sabia que era perigoso.
Mas ela era uma bruxa maior de idade e apta a usar magia.
Poderia se defender.
Mesmo assim era perigoso.
Não havia necessidade de ela fazer isso.
Mas a curiosidade a possuía.
Ah...Era errado.
Ela sabia que não devia se confiar em livros com símbolos estranhos achados estranhamente na biblioteca e que ensinavam a envocar vampiros.
Anos de experiência na escola de magia e bruxaria a mostravam isso.
Mas a curiosidade era demais.


Pegou sua varinha e a colocou ao seu lado.
Ajoelhou-se no chão e depositou o livro nas pernas.
Estava virada para a janela.
A noite caia do lado de fora.
Sem pensar em mais nada, desenhou o círculo que mostrava no livro e que era o mesmo da capa no chão.
Colocou a mão em cima dele e pronunciou as palavras.



Não muito longe dali, um par de olhos verdes se abriam.


-Fic, como dito no resumo, inspirada no livro Os Noturnos, de Flávia Muniz.

Livro muitissimo legal, alias...

Espero q gostem da fic e comentem!

Bjs!

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