O segredinho de Lupin
Depois de passar um natal muito gélido em suas casas, vários estudantes retornavam a Hogwarts, felizes.
Eram todos recebidos pelos amigos que haviam passado o Natal ali, que os recebiam com muita prosperidade.
Chegavam grupos de alunos de vários anos. Quando um grupo de segundanistas chegava, alguém gritou:
- Tiago! Remo! – um garoto de aparência bela e rebelde aproximou-se dos amigos – Que enorme prazer é revê-los!
- Olá, Sirius! – disseram Lupin e Tiago juntos – Olá, Pedro!
- O que estiveram fazendo? - perguntou Tiago.
- Azarando o Ranhoso, perturbando a Ciça, a Bela e o Malfoy, você sabe – disse Sirius – mas não é tão divertido sem vocês. Então, em homenagem à ocasião, jogaremos uma Bomba de Bosta no corredor!
- Agora não – disse Tiago – primeiro, o Remo vai nos contar onde arrumou essa cicatriz na perna, não é, Remo?
- Quê? – disse Lupin – já falei, não foi nada.
- A gente queria saber como aconteceu – disse Pettigrew.
- Ah, sim! – disse Lupin – foi... Meu tio! Ele tem uma... Cobra de estimação. Uma jibóia, sabe. Enorme. Quando ele foi me mostrar a cobra, ela...
- Te mordeu – disse Tiago – cara, parece mais que você foi mordido por um dragão Norueguês.
- É, e sem falar que você parece doente – disse Sirius, botando a mão nas costas de Lupin – se você não estiver se sentindo bem, fala pra gente o seu problema!
- Eu estou bem! Deve ser impressão de vocês – disse Lupin desvencilhando-se do braço de Sirius – e você me largue!
- Desculpa, só queríamos ajudar! – disse Pettigrew.
- Mas não estão!
E Lupin foi embora irritado, e deixando os amigos preocupados.
No dia seguinte, eles iriam assistir aulas juntos.
Começaram com Transfiguração, e a profa. Minerva pediu para eles se dividissem em duplas e transformassem os animais em cálices de vinho. Pettigrew ficou com Lupin e Tiago, com Sirius.
- Você acha que ele disse a verdade ontem? – indagou Sirius, depois de transformar seu corvo em um cálice prateado sem asas.
- Quem, o Remo? – disse Tiago, observando a taça de cristal que há pouco fora um ferret – para mim, ele esconde da gente alguma coisa.
- Será? – disse Sirius.
A profa. Minerva foi recolhendo as taças com a varinha, e depois disse:
- Gostaria que os senhores transformassem esses dois ratos em um par de chinelos. Vou dar dois a cada um de vocês. Lembrem-se da estocada com a varinha.
- Como você acha que ele conseguiu aquele machucado? – perguntou Tiago.
- Não sei – disse Sirius. Absorto em seus pensamentos sobre Lupin, ele fez o rato virar um chinelo, mas conservava os pêlos.
- Belas pantufas, Sirius! – disse Tiago.
Quando eles foram para a aula de Defesa Contra Artes das Trevas, o professor ensinou contra-azarações. Lupin continuou muito calado o resto do dia.
Então chegou finalmente a aula de Poções. O professor Slughorn perguntou à turma:
- Alguém pode me dizer que poção é essa?
Uma menina de cabelos ruivos levantou a mão:
- É a poção do Morto-vivo, a poção para adormecer mais poderosa que se conhece.
- Correto, Srta. Evans! Dez pontos para a Grifinória. E quais são os dois ingredientes cruciais nessa poção?
Lílian levantou a mão de novo. E Snape também.
- Raiz de asfódelo e losna – respondeu Lílian.
- Mais dez pontos!
Snape se irritou e resmungou:
- Por que ele só escolhe a Sangue-Ruim da Evans?
Tiago fez um sinal para Sirius, Lupin e Pedro se levantarem mas somente Lupin continuou sentado. Tiago mentalizou: levicorpus! E Snape foi pendurado de cabeça para baixo no ar.
- Petrificus total... – começou Sirius, mas o professor pegou os três.
- Detenção para os três hoje, às 8:50! A turma está dispensada!
Na sala comunal da Grifinória, Lupin falou:
- Vocês podiam ter machucado alguém!
- Ah, não quero nem saber! Desde que o Ranhoso se arrependesse do que falou! – disse Tiago.
- O que ele fez? – perguntou Lupin.
- Chamou A Evans de... Sangue... Você sabe... – disse Pettigrew.
- Mas vê o lado bom, a gente não vai perder o quadribol amanhã! - disse Sirius – Corvinal X Sonserina, e queremos ver a Sonserina perder, né?
- Afinal, Remo, por que não nos diz a verdade agora que estamos sozinhos?
- Sobre o que?
- Machucado, sabe, mordida – disse Sirius – deu pra sentir que você tava omitindo alguma coisa da gente.
- Eu já disse a verdade! – respondeu Lupin irritado – Se não quiserem acreditar, que não acreditem!
E ele foi embora como da última vez...
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