Maldição!



Andrômeda não podia acreditar no que tinha acabado de ver, ficou aterrorizada com a cena que acabara de presenciar, ficou pálida em sem fala. Ela prestara muito bem atenção no que havia acabado de ocorrer. Percebeu o ferimento na mão de Lupin se abrir no instante em que tocou a prata. Pode ver em seus olhos a sua dor.
Logo Nimphadora derrubou seu copo e o levou até a cozinha. Diante da cena, ela continuava imóvel. Não sabia o que dizer ou fazer. Depois de alguns instantes ela voltou a respirar, depois de um cutucão dado por Ted.
—Não se preocupe, ele vai ficar bem – disse enquanto a servia do assado – não foi a primeira vez que ela machucou alguém, e bem sabemos, já houveram acidentes piores...
—Esta certo, mas em todo caso melhor eu ir ajudar.
Enquanto ia para a cozinha seus pensamentos iam se bagunçando... Mas e se alguém mais viu? O que será que vai acontecer... Eu jamais imaginaria... Que cabeça a minha, não tem como ninguém saber!
Chegando a cozinha ela se deparou com Tonks tentando em vão fechar o ferimento, que já estava fazendo uma poça no chão, e um Lupin fazendo careta enquanto dizia que não estava doendo.
—Nimphadora, afaste-se dele – disse em tom grave – ele é um amaldiçoado!
—Ai mamãe, também não precisa falar assim, acidentes acontecem... – disse brincando – Eu sou desastrada mas sou sua filha né? – Afinal como ela poderia saber?
—Não se faça de boba, ou vai me dizer que você a está enganando? – Lançou um olhar de reprovação para Lupin.
Lupin sofria, duplamente, por sua mão que parecia latejar cada vez mais e pela reprovação da Sra. Tonks, que ele bem pensou em avisá-la sobre sua condição. Isso é o que dá ouvir a Tonks! Pensou. E antes que pudesse falar algo, Tonks já abria sua boca.
—Não mamãe, Lupin não esta me enganando, e se ele deixou de te contar algo, foi por minha causa... Me desculpe.
—Como você pode trazer um amaldiçoado para minha casa Nimphadora! E para o jantar da vovó! Já te avisei mil vezes o perigo que se corre. De que tipo é a maldição que caiu sobre você? – Disse com olhar de desprezo.
—Sou um lobisomem, me desc...
—Ai, por Merlin! E eu que o achei tão ajuizado! Como pode se envolver com uma mulher! Com minha filha, você sabe que está colocando a vida dela em risco?
—Mamãe! Não sou criança e sei muito bem no que estou me metendo! E se Lupin não contou foi por minha causa, e ele não tem culpa de ser o que ele é!
—Mas tem culpa por suas ações, e pelo visto você quer ser arrastada para uma vida de maldição...
—Me desculpe Sra. Tonks – disse Lupin se fazendo ouvir – sei que cometi um erro, e para mim o único erro foi o de não ter avisado a senhora antes, pois eu e Ton..., digo, Nimphadora nos gostamos muito e já tentamos lutar contra isso. Se minhas atitudes a estão ofendendo então eu vou me retirar...
—E faz muito bem de ir embora! Pena que joguei a poção do coração partido, ou eu faria você tomá-la a força! Pois está claro que você não está em seu juízo perfeito!
—Não Lupin, você vai ficar e terminar o jantar! Afinal foi por isso que você voltou. Agora pare de sangrar para que possamos retornar.
Lupin tentou parar de sangrar, como se fosse possível, como não foi, começou a procurar por um pano para limpar a poça que parecia segui-lo, não usou sua varinha pois não estava certo da reação da Sra. Tonks.
—E você mamãe, como pode agir assim? De todas as pessoas que eu conheço, você deveria ser a última a agir desse jeito!
—Porque ele é perigoso e...
—E o que? – Os olhos de Tonks se encheram de lágrimas. – Você sabe muito bem que ele só oferece perigo nas noites de lua cheia, por que ele tem que ir embora?
—Boas famílias mágicas não se envolvem com amaldiçoados!
—E famílias de sangue puro não se misturam com trouxas! – gritou Tonks – E agora mamãe, eu compreendo completamente o que a senhora passou quando tentou apresentar o papai para sua família!
O silêncio durou um instante, mas pareceu eterno, e que foi quebrado pela chorosa Tonks.
—Vamos embora daqui Lupin. – Levantou-lhe a mão machucada e disse – Estava indo tudo tão bem, mas que diabos você tinha que começar a sangrar? Tudo sua culpa, você sabe! – Disse seguindo para a direção a sala.
Lupin não disse, mas pensou – “Culpa sua né? Eu queria avisar...” – Mas achou que a situação já estava complicada o suficiente para iniciar outra discussão.
— “Que nenhum amaldiçoado se alimente da Família Black”. – Disse Andrômeda também chorosa.
—Quer dizer alguma coisa mamãe? – Virou-se para ela.
—É por isso que Lupin começou a sangrar, a prataria está encantada... Nunca me passou pela cabeça que um dia veria o encanto funcionar...
—Sabe como reverter o encanto?
—Não, a intenção é fazer com que sangre até a morte, melhor levá-lo ao Santo Mungos.
—Está certo, obrigada pela informação, se despeça do pessoal por mim...
—Lupin, me desculpe eu não fui justa com você... Fiquei assustada, não sabia o que fazer...
—Não se preocupe, eu também não devia ter dado ouvidos a Nimphadora, se eu tivesse contado, teríamos evitado muita coisa...
—Nimphadora, me desculpe, por tudo que eu disse... Você esta certa, já estive em situação semelhante... Jamais poderia ter agido do modo como agi esta noite! Eu fui exatamente como meus pais, e isso foi imperdoável!
—Sabia que você ia entender mamãe! E correu para abraçá-la.
Lupin já estava começando a ficar pálido, e a dor, bem ele nem sentia mais a sua mão...
—Bom, acho melhor irmos... Teremos que procurar um curandeiro noturno e isso parece que vai demorar...
—Não se preocupe Lupin, o fato de Nimphadora ter tentado ajudar com o sangramento, fez com que o encanto diminuísse muito, de outra forma, você já estaria morto... Um Black jamais tentaria salvar a vida de um amaldiçoado.
—Mas precisamos ir, depois conversamos melhor certo?
—Certo! Creio que se vocês aparatarem da garagem da tia Mary não terão problemas.
—Obrigada, e me desculpe pela sujeira... Pela confusão... E por tudo mais, certo?
—Tudo certo, me desculpe você também, fui uma péssima anfitriã...
Após se despedirem, Lupin e Tonks seguiram para a tal garagem e Andrômeda voltou para seu jantar, contando sobre a discussão que tiveram sobre levar ou não o Lupin para o hospital, pois o corte estava feio...

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