Save me



N/A: Essa é uma fic baseada na música Save me dos Hanson, leiam, votem, comentem, garanto que não vão se arrepender.
Aparatei!





Um amor além da vida (Save me Cedrico)


Ela estava cursando o 4° ano, na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, sua família, veio para a Grã Bretanha há aproximadamente 30 anos, vieram da Coréia. Mesmo sendo britânica, ela ainda possuía os traços orientais bem visíveis. Seu nome, Cho Leung Chang.

As coisas agora estavam tão diferentes, ela não sabia dizer como só sabia que agora ela não via mais os garotos como os “inimigos” das meninas, coisas de criança. Ela via os meninos com um interesse diferente.

Mesmo sendo bruxa, ela admirava o modo de vida trouxa e gostava em especial de ler romances apesar de a leitura não fazer muito parte do seu hábito. Mas dos romances ela gostava, e sonhava em encontrar um amor verdadeiro como aqueles que ela tanto gostava de ler.

Ele estava cursando o 6° ano, na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, era um garoto lindo, popular, bom em tudo que fazia, um grande motivo de orgulho para seu pai Amos Digorry. Seu nome, Cedrico Patrick Digorry.

Ele já estava começando a se cansar da vida de garoto disputado, era bom saber que se era desejado, mas ele queria algo mais, algo além de alguém que só estivesse interessado em dizer, “já fiz parte da vida de Cedrico Digorry”. Ele queria alguém que se importasse de verdade.

Duas almas, tão distantes, ao mesmo tempo tão perto, tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão íntimas, era que fazia esses dois...

O ano letivo já havia começado, e um belo dia, finalmente Cedrico havia notado Cho, notado o quanto aquela garota era bonita, mas uma beleza diferente, chegava a ser até exótica a beleza dela, mas o mais impressionante era a aura de meiguice que ela emanava.

-Ah meu Merlin! Ai meu Merlin! – dizia Marieta Edgecombe, melhor amiga de Cho. – Cho, o Digorry está olhando pra cá!

-Hmm, será que ele quer ver quem arrasta mais asa pra ele? – respondeu a outra tentando parecer indiferente, mas imensamente feliz de estar sendo observada por ele.

Ao fim do café da manhã, daquele dia, enquanto Cho ia para as estufas, ter aulas de Herbologia, Cedrico chamou por ela:

-Ei, Chang! – ao se aproximar entregou um prendedor de cabelo pra ela – Acho que você deixou cair.

-Ah sim, obrigada! – respondeu ela timidamente, suas amigas trataram de desaparecer de vista na mesma hora.

-Então, preparada para o jogo de quadribol? – tentava ele continuar uma conversa – Esse ano a abertura é Corvinal X Lufa-Lufa né?

-É, mas nós estamos treinando muito, e tenho certeza que vou conseguir apanhar o pomo bem rápido! – respondeu ela cheia de si, parecia que a timidez tinha ido embora, afinal, quando falavam em quadribol, ela ficava muito empolgada.

-É, você consegue... – disse ele dando um intervalo - ... mas só se você conseguir me pegar primeiro, ou se esqueceu que eu sou apanhador da Lufa-Lufa?

-Não me subestime só porque eu sou uma garota! – disse ela, no que ele sorriu, era impressionante o quanto ele conseguia sorrir e ficar ainda mais bonito.

-Eu não sonharia em fazer isso! Bem, eu já vou, aula de Trato das Criaturas Mágicas.

-A gente se vê em campo então! – despediu-se ela tentando disfarçar o interesse.

-Bom, eu queria te ver antes... Mas tudo bem, a gente se vê em campo. – e se afastou.

O coração dela estava a mil, quando contou para suas amigas, elas não podiam acreditar e ficavam falando coisas sobre como ela era sortuda ou de como ele era lindo. Mas não era isso o que a impressionava nele, não era nada disso, ela não saberia dizer o quê.

Os dias passaram voando, literalmente, e o dia da 1ª partida de quadribol havia chegado em um piscar de olhos.

-Então? Preparada pra voar Chang? – implicava Cedrico.

-Muito, e não espere que eu te dê chance viu Digorry? Na partida claro. – terminou constrangida por perceber o duplo sentido de sua frase e de ter consertado e piorado tudo... ou quase.

O apito soou e quatorze vassouras estavam no ar... A partida ocorria sem nada de especial, a escola em peso estava lá para assistir, claro que as disputas favoritas eram sempre entre Sonserina X Grifinória, mas como era o primeiro jogo, todos estavam muito empolgados.

Quando ela viu o pomo, Digorry também viu mas ao invés de ir atrás riu:

-Vamos lá Chang, vai atrás do pomo – disse aproximando sua vassoura da dela – vai, daqui a pouco eu te alcanço.

-Até você me alcançar já vou ter pego ele! – respondeu ela.

Ela sabia que ele estava brincando com ela, mas porquê? E em uma partida de quadribol ainda, mesmo assim ela aproveitou a oportunidade e foi tentar pegar a bolinha dourada. Quando se aproximava, sentiu o vento ao seu lado, Cedrico já a tinha ultrapassado e no instante seguinte, a parte verde e amarela das arquibancadas urrava com a vitória.

-Então Chang, por que não tentou me pegar? – provocava ele.

-Bem, não teria graça não é mesmo? Você me deu chance, então eu tive que dar a você também! – ria-se ela – Bom, agora falando sério, parabéns pela vitória e pode me chamar de Cho – disse estendendo à mão.

-Tudo bem Cho – disse ele apertando a mão estendida – Não achei que seria fácil fazer você admitir que eu sou melhor...

-Eu não admiti isso, eu apenas te dei uma chance... – zombou ela.

-Então que tal me dar outra chance?

-Acho que não teremos outra partida de quadribol entre as nossas casas tão cedo... – disse ela tentando disfarçar.

-Mas não é esse tipo de chance que eu quero... ... Você quer ir comigo à Hogsmeade? Sábado?

-Ah, tudo bem então... – respondeu completamente sem graça.

-A gente se vê então no Saguão de Entrada 14:00 horas.

E ambos se afastaram. Ela não sabia o que pensar, estava muito feliz, ele nunca havia sido envergonhado quando o assunto eram garotas, mas com ela era diferente.

O dia da visita à Hogsmeade chegou tão rápido quanto o dia da partida, era incrível como os dias passavam velozes quando eles combinavam de se ver...

Os amigos de Cedrico achavam Cho muito bonita, aliás grande parte da escola, mas ele não ligava pra isso, era o quanto ele ficava feliz em estar perto dela que importava...

-Oi, você está muito bonita hoje! – disse ele cumprimentando-a.

-Ah, oi, obrigada. – ela estava muito formal – Mas será que os garotos só sabem falar isso? – ela se impressionou com o tom que usou e com o que saiu de sua boca.

-Não, os garotos sabem fazer outros tipos de elogio. Desculpe se eu fui inconveniente.

-Não, você não foi, eu é que estou um pouco nervosa.

Mas com o decorrer do dia, parece que o atrito inicial, havia desaparecido, os dois andavam por todo o vilarejo rindo e as horas passaram depressa, o tempo parecia curto, mas algo já brotava em seus corações. Eles resolveram se demorar mais um pouco, e quando voltavam para o Castelo, quatro dementadores, que estavam nessa época na escola, guardando as entradas para evitar que um assassino fugitivo atacasse alguém, se aproximaram de um grupinho de alunos, o casal, incluso no grupo.

Na mesma hora, várias pessoas choravam e sentiam um desespero enorme, tudo havia ficado escuro, e chovia muito forte...

Cho via a chuva, e várias fotos apareceram e manchetes de jornais escritas em coreano: Família Bruxa Extinta:

Essa memória não era dela, mas ela sempre sonhava com isso, sempre se pegava imaginando aquela cena, que fez sua família fugir da Coréia. Era uma noite de chuva, e havia tido um ataque no vilarejo onde eles moravam, a guerra civil, várias pessoas de sua família, saíram para tentar ajudar os feridos e realizaram magia para evitar mais mortes, após aquela noite, grande parte de civis foram presos, a família Chang fora quase toda morta sob acusação de bruxaria, e os que restaram fugiram, em busca de sobrevivência.


Ela acordou, vendo um hipogrifo prata, uma essência se aproximar e tudo parecia melhorar, ela nem havia nascido na época da lembrança, mas aquilo realmente mexia com seu íntimo.

Aos poucos ela foi recobrando os sentidos, e percebeu que nem estava chovendo, que a chuva era dentro dela, era um temporal, mas que se acalmou quando viu que estava sendo salva... Por trás daquele hipogrifo, ela teve a visão mais linda, que jamais tivera na vida...

A fumaça prata se dissipava, e bem lentamente um jovem muito bonito, com os cabelos caindo nos olhos se aproximava com a varinha em punho.

-Cho, você está bem? – a voz de Cedrico soava distante, e uma lágrima silenciosa escorria por seu rosto.

Cedrico enxugou a lágrima,e ternamente, foi aproximando face à face, e encostou seus lábios nos dela, em seguida aprofundou o beijo, ambos no chão de terra, tendo como espectadores daquela cena digna de Oscar, apenas algumas pessoas que estavam desesperadas demais com o que acabara de ocorrer para notar alguma coisa.

Cho já havia beijado outros garotos antes, mas nada se comparava ao beijo de Cedrico, ele a havia salvado, salvado das lembranças ruins, do medo, da insegurança, a havia salvado dela mesma.

Quando se separaram o coração dela começou a bater acelerado, e o dele também, começava uma garoa fina, mas eles não queriam sair dali, não queriam se separar. Ele nunca imaginou que o quê a mais que ela representava, seria tão forte, e ela não imaginava, que existisse alguém como os príncipes de seus contos de fadas...

A partir daquele dia, daquele momento que durou apenas alguns instantes, eles se tornaram mais do que muitas pessoas jamais sonharam ou sonham um dia ser, ele era dela e ela dele, ligados por uma coisa mais forte do que uma simples atração, ligados por um sentimento único e verdadeiro.

Loving you
Like I never have before.
And needing you.
Just to open up that door.
And begging you.
Might somehow turn the tides.
And tell me to
I´ve gotta get his off my mind


Amo você como eu nunca amei ninguém antes,
Preciso de você para abrir a porta.
Se implorar a você pudesse, de algum modo, mudar a maré,
Então me diga, eu tenho de tirar isto da minha cabeça...


Tudo o que se passou depois disso, foi intenso, declarações, presentes, tudo, mas o mais importante, era que aquele laço iniciado, se consolidava cada vez mais forte.

Cho começara o 5° ano, Cedrico o 7°, eles se corresponderam o verão inteiro, e mesmo não tendo assumido a relação que existia entre eles, eles se importavam muito um com o outro. Não havia necessidade dos outros bisbilhotando suas vidas, quando a palavra mais linda se tornava vazia perto do que eles sentiam.

Nesse ano, haveria o Torneio Tribruxo na escola, e alunos de outras escolas viriam para a competição. Todos queriam se provar e trazer a glória para suas casas e família, encorajado por seus amigos, Cedrico pôs seu nome no Cálice de Fogo.

E no dia de revelarem o campeão de cada Escola, Cedrico havia sido sorteado, porém estranhamente Harry Potter também havia sido, só que ele não tinha idade suficiente.

Após muita especulação, o mistério de como Harry havia sido sorteado, não fora desvendado e as provas do torneio começaram, Cedrico havia sido avisado sobre o que o aguardava: dragões.

Cho se sentia deixada de lado, talvez alguma coisa boba de menina, mas era o que ela era, e se esse jogo estúpido era tudo o que importava para Cedrico, ótimo, ela não podia mais suportar a idéia de que tudo o que tinha vivido acabaria assim.

I never thought I´d be speaking these words,
I never thought I´d need to say.
Another day alone is more than I can take.


Eu nunca pensei que estaria pronunciando estas palavras,
Eu nunca pensei que precisaria dizer
Outro dia solitário é mais do que posso suportar....


-Você está sendo injusta! – dizia ele – você sabe que eu me importo, mas eu quero vencer o torneio.

-Eu sei, mas eu só estou pedindo atenção! Só estou pedindo para que você me olhe nos olhos e diga que se importa!

-Mas eu já disse! Só que agora a minha prioridade é passar pelas provas, muitas pessoas estão contando com isso, Lufa-Lufa não ganha muitas coisas, se eu for o vencedor do Tribruxo, ela vai ter glória Cho. Meu pai está contando com isso, e grande parte da escola.

-Mas a escola tem outro pra torcer, Harry Potter também está inscrito.

-Eu sei, mas ele sempre é o herói Cho, talvez eu possa ser hoje.

-Ótimo, quando eu voltar a ser uma prioridade na sua vida, me procura, mas talvez seja tarde demais!

E saiu do corujal, onde eles estavam discutindo.

Cedrico pensou em correr atrás, mas seu orgulho o impediu, ele não podia acreditar que Cho era tão imatura a ponto de colocá-lo em uma sinuca daquelas.

Cho estava com muita raiva de ser descartada, no fundo ela sabia que não era verdade, e que estava fazendo tempestade em copo d’água, mas Cedrico não veio atrás, o que significava que ele realmente não se importava. Mas ele ia ver, ia ver.

Mesmo pensando mil maneiras de magoar Cedrico, ela não conseguia, sabia que não conseguiria feri-lo, porque o que ela sentia jamais permitiria um ato covarde desses. Mas ela estava se magoando profundamente com raiva de seu comportamento infantil e de seu orgulho que não permitiam que ela pedisse desculpas.

Won´t you save me?
Savin´s is what I need.
I just want to be,
By your side.
Won´t you save me?
I don´t wanna be.
Just drifting through this sea
Of life.


Você não vai me salvar? pois a salvação é o que eu preciso
Eu apenas quero estar ao seu lado....
Você não vai me salvar? eu não quero ficar
Apenas vagando através desse mar da vida...


Dumbledore avisara que a Escola ofereceria um Baile de Inverno em honra ao Torneio. Cho estava indignada com isso, porque do jeito que as coisas iam, ou ela ia com outro garoto, ou ia sem ninguém, Cedrico parecia tê-la esquecido.

Isso era o que ela pensava, com sua cabecinha boba de criança, porque ele estava muito mal com isso. Pra piorar tudo, Fleur Delacourt a campeã de Beauxbeattons andava dando algumas investidas pra cima dele. E em uma dessas investidas, Cho viu...

-Enton Cedrric, com queemm focê vai no baile? – dizia ela com seu carregado sotaque.

-Eu ainda não sei. – respondeu desgostoso.

-Mass, as garrotas de Ogwartss, devemm fazerr fila parra terr sua atençon...

-Isso não me importa, porque eu quero ir com uma garota, só uma me interessa... – dizia ele com tom de fim de conversa, para ver se a francesa parava de ser tão inconveniente.

Mas tudo deu errado, porque Fleur, entendeu a resposta como uma cantada, como se a garota fosse ela, e agarrou-se ao pescoço do garoto dando mil beijinhos nas bochechas dele.

-Oh Cedrric, eu sabiaaa, focê non me enganou horra nenhuma, eu aceito irr com focê!

Enquanto tentava se desvencilhar da garota, outra garota olhava a cena com lágrimas escorrendo livremente por todo o rosto. Cedrico demorou um pouco para raciocinar, afinal, Fleur era linda, ele era homem e ela tinha sangue de veela, o que atrapalhava, mas enfim, ele conseguiu se livrar dos abraços de Fleur.

-Fleur, eu não estou te convidando pra ir comigo, eu vou com outra garota, eu quero ir com outra. – os olhos de Fleur brilharam assustadoramente e ela se transformou em veela, e veio perigosamente dar “bicadas” nele, Cho já havia desaparecido.

Em vão ele procurou por ela, as amigas dela estavam comentando que Harry Potter estava olhando demais pra ela, que talvez a convidasse para o baile, e com tanta raiva e ciúmes que ela estava, era bem capaz de aceitar. Mas parece que Harry era tão tímido que sempre que passava perto dela tinha que dar uma bobeira.

Naquela tarde, um garoto de Durmstrang a convidou para o baile, o que ela fez questão de dizer que não, mas quando percebeu que Cedrico olhava, ela começou a fazer doce...

-Ei, você – chamou Cedrico – não tá vendo que está incomodando? Ela já tem par, se manda. – O garoto não esperou duas vezes, Cho abria e fechava a boca sem dizer nada. – Cho, - dizia ele segurando o braço dela – O que você viu com a Fleur, não foi nada, ela é que é uma atirada e entendeu tudo errado.

-Ótimo Diggory,bom pra você que já arranjou alguém, agora se não se importa, eu vou procurar um par porque você acabou de espantar o meu pretendente!

Ele ria dela, como ela podia ser tão boba? Mas mesmo assim ele amava esse jeito nervosinho e infantil dela.

-Cho, - carinha de cachorro abandonado – Nada importa mais do que você tá? Eu não vou com a Fleur, porque só uma garota me interessa... E eu te poupo o trabalho de arranjar um par se você quiser ir comigo, como minha namorada!

-Namorada? – dizia ela incrédula, parecia que a raiva havia desaparecido – Mas pra isso a gente ia ter que estar...

-Namorando... – completou ele – você quer ser minha namorada? – Cho sorriu lindamente, no que ele se aproximou e beijou-a.

Won't you?
Listen please.
Baby, don´t walk out that door.
I´m on my knees.
You´re all i´m living for.

I never thought I´d be speaking these words,
Never thought I´d find a way.
Another day alone is more than I can take.


Preste atenção, por favor, não saia pela porta
Estou de joelhos, você é tudo que eu estou vivendo...

Eu nunca pensei que estaria pronunciando essas palavras,
Eu nunca pensei que precisaria dizer
Outro dia solitário é mais do que posso suportar...


Aquela tarde foi mais uma como se o tempo estivesse sendo mais uma vez cúmplice deles.

Faltando alguns dias para o baile, Cho estava indo ao corujal, quando se encontrou com Harry, ela torcia pra que ele não a convidasse, mas foi o que ele fez. Ela estava completamente sem graça, de verdade, porque ela tinha pensado na hipótese de usá-lo para fazer ciúmes em Ced, mas depois refletiu melhor e viu o quão injusta estava sendo, Harry já havia sofrido muitas perdas, seria cruel demais alimentar esperanças que não existiam... Por fim, ela juntou toda a dignidade que tinha e deu um fora discreto, mas completamente sem graça nele.

Mais uma vez o tempo se mostrava um grande amigo, os dias que sucediam a festa correram, e enfim chegara o dia, o grande dia.

-Oi, você está linda! – ria Cedrico de uma forma encantadora.

-Ah, oi, os garotos só sabem fazer esses elogios? – riu-se ela lembrando da primeira vez que saíram juntos.

-Não, os garotos sabem fazer outros elogios, me desculpe se fui inconveniente. Me concede a honra de levá-la ao Grande Salão?

-Com muito prazer.

O baile ocorreu tranqüilamente, lindamente, tudo estava perfeito, a música, a decoração, a comida, tudo, Cedrico estava lindo, os convidados... As luzes que tremeluziam quando dançavam, davam um ar de mágica maior ainda àquela situação. Ela sabia, seu coração dizia pra aproveitar o Maximo que aquela noite poderia render, ela só não sabia o porque.

Enfim, o Professor Dumbledore mandou que todos fossem para as suas camas, já que estava tarde. Mas eles não queriam ir, queriam ficar lá e aproveitar todo o tempo juntos.

Cedrico pegou Cho pela mão e arrastou-a para fora do Castelo.

-Onde estamos indo? – perguntava ela eufórica.

-Para o meu jardim dos sonhos. – respondia ele misterioso.

Sair da escola não fora difícil, afinal todos estavam cansados e embriagados demais para reparar em qualquer aluno.

Eles rodearam o lago e do outro lado, chegaram à uma enorme pedra cinza -chumbo que Cedrico bateu com a varinha disse algumas palavras bem escolhidas e a pedra se abriu, revelando uma linda paisagem do outro lado.

-Bem vinda, - sorriu ele – ao meu lugar favorito de toda Hogwarts...

Eles andaram um pouco e foram se sentar perto de um regato de águas cristalinas.

-Sabe, você é a primeira pessoa que eu trago aqui, sempre venho nesse lugar quando estou perdido.

-É um lugar lindo, é incrível como essa escola é realmente mágica.

Eles não tinham idéia da hora que era, ou de quantas pessoas estavam acordadas, e nem se importavam com isso, eles ficaram lá horas se olhando, com o pensamento a mil, até que Cedrico foi se aproximando novamente e a beijou.

Quando se separaram ele tinha um lírio branco nas mãos e deu á ela.

-Sabe, eles parecem sem graça, minha mãe sempre disse isso – lembrou ele – mas eu acho incrível o aroma e a beleza que os lírios tem, mostram uma força e trazem uma inspiração diferente. É assim que eu me sinto com você, as pessoas julgam sem conhecer, e eu não preciso julgar porque já conheço. – dizendo isso entregou o lírio à ela. – Seja sempre assim Cho, seja sempre como um lírio.

Ao pegar a flor, Cedrico a puxou para um novo beijo, mas a necessidade que seus corpos tinham um do outro era maior e mais intenso do que qualquer outra coisa, palavras seriam inúteis naquele momento, em que apenas os atos já diziam por si só.

Aos poucos foram se deitando sobre a relva, e o perfume deles se emaranhava ao cheiro do capim molhado e ao suave e fraco perfume que o lírio branco exalava.

Aos poucos, só isso parecia pouco, as peles tinham que se tocar, era como um ímã, o pólo negativo atraindo o positivo, o yngwie e o yang, eles se completavam, e na sincronia perfeita com o ambiente, eles se tornaram um só.

Won´t you save me?
Savin´s is what I need.
I just want to be,
By your side.
Won´t you save me?
I don´t wanna be.
Just drifting through this sea
Of life.


Você não vai me salvar? pois a salvação é o que eu preciso
Eu apenas quero estar ao seu lado....
Você não vai me salvar? eu não quero ficar
Apenas vagando através desse mar da vida...


O dia clareou, eles rumaram para o castelo, sem nem ao menos ligar em dar explicaçoes, por ainda estarem com seus trajes de gala, ninguém tinha nada com isso, e o que corria em seus corpos, as sensações, as emoções, nenhum deles jamais saberia, jamais entenderia.

Os dias se passaram, e parecia que o tempo era um grande amigo realmente, um amigo que conspirava a favor daquele amor juvenil. Eles se tornavam cada vez mais unidos.

Para a segunda prova do torneio, Cho foi chamada, para reprsentar o que Cedrico sentiria maior falta, era muito reconfortante, que até os professores soubessem o quanto um significava para o outro.

Por fim, Cedrico a salvara das profundesas do Lago, seu eterno herói, ela sabia que nadaaconteceria, caso ela nao conseguisse, mas ela gostava de se imaginar como a donzela em perigo e ele seu principe vindo resgatá-la em um cavalo branco.

Era incrivel, como Cedrico fazia tudo ficar perfeito, era maravilhoso como Cho tornava tudo tao mais facil.

O dia da última tarefa chegara, e Cho se despediu dele com um beijo dizendo:

-Até a volta, meu campeão.

-A taça é pra você Cho.

E lá se fora ele, mal ela saberia o que aconteceria dentro daquele labirinto. Quisera ela ter tido tempo de fazer mais, de ser mais...

A única coisa que ela percebera, era que algo não estava certo, Fleur tinha saído bem mal de dentro do labirinto e Dumbledore dissera que Krum estava enfeitiçado.

Um tempo depois, Harry e Cedrico apareceram com a taça nas mãos, Harry chorando desesperado gritando por Cedrico e ele lá, deitado, mas porque ele nao se levantava? Porque?

-Ele está morto.

Foi o que alguém disse, uma voz na escuridão que se formou dentro dela, a chuva que havia dentro dela, caía como se o céu inteiro fosse desmoronar, e os únicos pingos que ela sentia eram suas lágrimas varrendo seu rosto. Ela esperou, mas dessa vez, não apareceu nenhum patrono, nenhum menino, ele estava lá, caído no chão, e ninguém a salvaria.Tudo havia escurecido, e ela não sabia para onde correr, clamando por ajuda, mas ninguém atendeu seu chamado.

Suddenly the sky is falling
Could it be it´s too late for me?
And if I never said I´m sorry.
Well i´m wrong, yes I´m wrong.
Baby now you hear my spirit calling.
Wondering if she´s longing for me?
And then I know
That I can´t live without her.



Subitamente o céu está desabando,
Poderia ser tarde demais para mim?
Se eu nunca disse "desculpa", então eu estou errado, sim eu estou errado
Então eu escuto meu espírito chamando,
Imaginando se ela está ansiando por mim
Então eu entendo que não consigo viver sem ela


No dia do velório de Cedrico, chovia forte e gelado, os ventos sopravam com vigor, parecia que até os céus lamentavam a perda... A perda, o que aquelas pessoas que estavam lá desejando pêsames sabiam? Sabiam de Cedrico? Sabiam de como ele havia morrido? Voldemort, fora ele o culpado de novo, e mesmo assim as pessoas preferiam ignorar isso e fingir que havia sido um acidente no Torneio. Isso era um insulto, e esses mesmos idiotas medrosos de admitir que o MAL retornara, estavam lá, desejando uma coisa, e omitindo outra, todas fruto de uma mesma coisa. Ela se sentia horrível, e quando o caixão foi coberto com terra, ela estava lá firme para se despedir dele, firme como a rocha do dia do baile, com um lírio branco nas mãos, ela jogou o lírio em cima do caixão antes de ser coberto e lá jurou para si mesma, que seria sempre um lírio.

“É por você Cedrico, é por você, eu sempre serei um lírio, o SEU lírio!”


Agora ela iniciava o seu 6° ano, estava decidida a continuar com a vida, mas era tão difícil, Hogwarts sem Ced, e ele nem estava lá fora trabalhando e esperando para quando ela saísse, eles se casassem como ele prometera. Ele estava morto, um louco idiota tirara o amor de sua vida. Quando ela fora chamada pra fazer parte da Armada de Dumbledore, ela foi por duas coisas que a motivavam a viver cada dia: 1° para desacatar as ordens de Umbridge, que era funcionária do Ministério, o mesmo Ministério idiota que teimava em ocultar a verdadeira causa da morte de Ced. E 2° porque com a AD, ela poderia treinar, treinar duro para um dia, vingar a morte de seu amor.

Ela estava tão confusa e carente e Harry estava lá, um dia, quando os dois estavam a sós na Sala Precisa, eles estavam embaixo de um Visgo e conforme mandava a tradição, eles teriam quese beijar.

Aliviada, essa era a palavra que a melhor descrevia naquele momento, aliviada de o próximo que ela beijaria ser Harry, o último a ver Cedrico com vida, talvez isso a confortasse, ela imaginava que talvez encontrasse um pouco dele em Harry e lágrimas escorriam pela sua face de novo.

Aquele não era Cedrico, mas fora o último a vê-lo, e sempre fora o herói do mundo bruxo, quem sabe não seria o dela? Não, ele jamais seria, aquele posto ninguém tiraria de Cedrico.

As coisas não deram certo com Harry, ela não sentia por ele nem de longe o que havia sentido. E Harry estava mais ocupado travando uma luta interna do que com qualquer outra coisa. Pra piorar tudo sua amiga Marieta entregara a AD, e ela fingiu-se de enfurecida com Harry para tirar as esperanças dele, porque enfim ela percebera que jamais daria certo e nem sabia se queria também que desse.

Ela tentou um romace com Miguel Corner, mas também não funcionou. As pessoas passaram a tachá-la como uma vaca, uma caçadora de popularidade, uma vadia. Talvez fosse isso mesmo que ela quisesse se tornar, mas não era o que ela era, as pessoas podiam dizer o que quisessem, ela não se importava.

Won´t you save me?
Savin´s what I need.
I just want to be,
By your side.
Won´t you save me?
I don´t wanna be.
Just drifting through this sea
Of life.


Você não vai me salvar? pois a salvação é o que eu preciso
Eu apenas quero estar ao seu lado....
Você não vai me salvar? eu não quero ficar
Apenas vagando através desse mar da vida...


Ela saiu de Hogwarts, a guerra acabara, Harry Potter vencera, ela teve muitos homens em sua vida, procurou por Cedrico ou uma parte que fosse em cada um e jamais encontrou nada. Havia se tornado uma pessoa vazia, uma pessoa distante, parecia um zumbi, ia de casa para o trabalho, participava de festas, ficava com caras ricos, bonitos, mas nenhum era Cedrico, nenhum se importava com ela, então ela dava o mesmo valor, uma cadelinha de rua, era como se auto intitulava, mas por dentro estava gritando. Como uma boneca de porcelana que se quebrou. Todas as noites juntava seus caquinhos e tentava remendar, quando chegava em casa, já era como se fosse uma cerimônia, ela chegava tarde, bebia muito na frente da lareira às vezes se enchia de remédios anti-depressivos e outras porcarias, e se afundava em um mar de auto piedade.

Foi em uma dessas noites que ela perdeu todo o controle, e saiu berrando pelas ruelas da cidade onde morava gritando por socorro, clamando por Cedrico.

Quando voltou pra casa, ela viu, viu ele parado no vão da porta, com uma cara de censura e divertimento.

-Cho, você não cumpriu sua promessa.

-Cedrico, eu tentei, eu quis mas eu não consegui ser forte o bastante pra ser seu lírio.

-Não diga nada, - ele sorria – não acabe consigo mesma, você não é para os outros a garota que sempre foi, mas eu consigo ver daqui que você por dentro ainda é a minha Cho, a minha menina. – ele se aproximava – A vida nem sempre é justa Cho, mas acredite, eu jamais me arrependi de nada do que eu fiz, de nada do que passei com você, a única coisa que eu queria ter dito à você e não deu tempo, foi o que eu devia ter dito muito tempo: EU TE AMO! Isso nunca ninguém vai mudar, nem a vida e nem a morte!

Cho sussurrava que também o amava e chorava, ele a carregou para dentro e juntos tiveram mais uma noite de amor intenso e verdadeiro.

No outro dia, quando acordou Cho não viu Cedrico, saiu procurando sinal dele pela casa e nada. A única coisa que havia era um lírio branco sob o travesseiro, e o inconfundível perfume dele no ar.

Won´t you save me?
Cause saving is what I need.
I just want to be,
By your side.
Won´t you save me?
I don´t wanna be.
Just drifting through the sea
Of life.


Você não vai me salvar? pois a salvação é o que eu preciso
Eu apenas quero estar ao seu lado....
Você não vai me salvar? eu não quero ficar
Apenas vagando através desse mar da vida...


Decidida, Cho pegou pergaminho e tinta e começou uma carta para seus pais:

Com o tempo, você vai percebendo que

para ser feliz com uma outra pessoa:

Você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquela pessoa que você ama

(ou acha que ama) e que não quer nada com você,

definitivamente, não é a pessoa da sua vida.

Você aprende a gostar de você,

a cuidar de você e, principalmente,

a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas...

é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem

você estava procurando,

mas quem estava procurando por você!

Esse é um poema de um autor trouxa Chamado Mário Quintana e ele diz tudo o que estou sentindo agora, não poderia me despedir sem colocar um poema já que vocês sabem o quanto gosto de romance.

Minha vida tem sido vazia desde que ele partiu, e não adianta dizer nada mamãe, porque eu sei o que vivo, o que sinto, o que faço. Não adianta cuidar do meu jardim, porque a minha borboleta se foi, e não vai voltar. E quem estava me procurando me achou ontem à noite. Eu sei que é difícil de acreditar, mas ontem ele veio à mim.
Minha borboleta, bateu asas e foi para um jardim mais bonito, mais puro, cheio de lírios brancos e agora eu vou atrás dela, para fazer desse jardim o meu, esperando que ele venha, demore o tempo que for, dure o que durar, custe o que custar.

Amo muito vocês, sentirei saudades, quando pensarem em mim, pensem em tudo o que eu fui, e no quão feliz eu estarei, mesmo que demore ou por mais difícil que seja, porque eu quero ser salva uma última vez.

Cho


Ao fim da carta, ela mandou a coruja para a casa de seus pais.

Quando a encontraram morta com os pulsos cortados, ela sorria, se ela havia ficado louca ou não, é um mistério a se desvendar, e que talvez nunca se ache a resposta, se Cedrico realmente apareceu, isso é outro mistério, faz parte da magia, a mágica mais antiga e poderosa do mundo, que existe desde que o mundo é mundo, e que todas as coisas foram criadas: o Amor, foi, é e sempre será por ele, que as coisas continuarão acontecendo. E se nessa vida, esse amor tão puro e verdadeiro, foi impedido de seguir seu curso, talvez na outra vida ele consiga se concretizar, se não, sempre haverá novos caminhos!

Won´t you save me?
Won´t you save me?
Won´t you save me?


Você não vai me salvar?
Você não vai me salvar?
Você não vai me salvar?






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