Corações Partidos e Sonhos Apa



Resumo do capítulo anterior:
Na manhã anterior a festa todos os alunos começam a se despedir de Hogwarts. É hora de voltar para casa. Mc Gonagall entrega o principal livro da História da magia a Hermione; a Gina um colar com a letra G (que neste capitulo vocês entenderão o que significa); a Rony ela entregou um tabuleiro de xadrez bruxo de vidro e a Harry a Fawkes.Harry conta a todos que resolve ir morar na casa de seu padrinho, que por direito agora é sua também. Ele se despede de Gina e dos amigos com o medo de nunca mais os voltar a ver. Harry chega na casa de seu padrinho e ao lembrar-se de Gina, põe a mão na cicatriz.
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Longe dali, uma menina, porém sentia dores mais fortes.

Atirada ao chão, contorcendo-se de dor, pressentia que aquele era seu fim. Chegara a hora da despedida. A hora da morte.

De olhos fechados, curvava-se sobre o chão tentando em vão levantar-se.

Como um gesto robótico, todo momento em que Gina diligenciava-se do chão, Voldemort, fazia questão em empurra-la com o pé de volta.

Assistindo o sofrimento de seus familiares, amordaçados sobre o chão, não o toleraria mais um minuto se quer. Abdicando ao sofrimento, tomando todas as forças que ainda lhe restavam, resgatou do fundo de sua capa, uma varinha. Mas o mostro cruel e vil a sua frente, fora mais rápido, torturando-lhe novamente com um Cruciatos.

Molly tentava sucessivamente dar alguns gritos, mas estes eram abafados, pela mordaça que Bellatrix e Lucius implantaram sobre cada vítima.
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Harry, sem perceber se pegou pensando no amor que estivera apagado, que fora acesso de uma forma surpreendente, mas que agora, por problemas do destino, esse amor novamente teria que ficar adormecido. Acanhado em um canto, coberto de poeira por conta do tempo, sonhava acordado, com algo adormentador. Sentia Gina próximo de si, como se esta fosse a causadora de suas, agora, repentinas dores na cicatriz. Pensou nela, em frente a sua casa, que estava agora mais antiga e apagada, como se as trevas estivessem presentes ali.

Contorcia-se de dor, ao lado dela, como um anjo. Um anjo da morte, ao qual estes, apenas viviam para esperar a morte do próximo. Sonhando aos poucos com este pesadelo, dormindo profundamente, acordou-se num susto, com um arrepio em seu pescoço.

Levantou-se do chão e olhando para fora da janela, levou um excessivo susto. Parado, ali, a sua frente, a pouquíssimos centímetros de distância, encontrava-se um espírito agourento.

De olhos vermelhos, uma mulher pequena, esquelética, jovem, de cabelos dourados e roupa vermelha, coberta por um manto acinzentado e capuz, olhava de cabeça baixa para Harry.

Já havia estudado sobre eles, sabia ao certo e décor, o porque que este aparecia. Quando alguém, ao qual amamos muito, esta prestes a morrer aparecem em nossa janela, ou melhor, anunciam a morte de alguém. Choram e emitem lamentos fúnebres. Debruçam-se sobre a esquadria da janela. Harry, sobre a luz da lua, que caíra mais cedo, enxergava esta mulher, de aparência pálida. Falava alto e num tom que ele nunca tinha ouvido, e então com um suspiro que mais parecia o som do vento o que de uma respiração ela desapareceu.

Fechando os olhos novamente, imaginou-se ao lado de Gina, cercada por Voldemort e seus comensais. Pressentia que seu pensamento realmente estava acontecendo. Assim como Gina pensara, chegara a sua hora. Mais do que nunca com todas as suas forças, pensou neste tal lugar. Em poucos instantes havia aparatado, ajoelhado, ao lado dela, como estivera em seu sonho. Segurou-a com as duas mãos para que parasse de tremelicar. Ao perceber que isto não seria o suficiente, deixou ela ali e olhou profundamente nos olhos acinzentados, negros, aterradores e soberbos que quase tirava o fôlego de qualquer um, ou até mesmo escuros de seu pior inimigo: Lord Voldemort. Nem importava agora a dor que sentia na cicatriz, queria somente sua paz de volta. Queria que seu mundo fosse por algum momento normal.

- Nos encontramos mais cedo do que imaginava, não é Potter? – zombou Voldemort arrebatando-se ao lado de Harry, que este sentira a dor novamente mais forte do que antes.

- Com dores Bebe Potter? – dessa vez fora Bellatrix que caçoara.

- NUNCA! - berrou ele.

Rony, espantado com a presença repentina do amigo, começara a tentar gritar.

Harry ao ouvir alguns gritos abafados, olhou ao lugar do som e a raiva tornou-se maior.

- Solta eles! – pedia Harry com a paciência que ainda lhe restava.

- Se é da sua vontade! Mas só lhe aviso, uma coisa! Tem comensais o suficiente aqui para
lutar com seus amiguinhos! – falou Voldemort em um tom quase que formal.

- NÃO! –gritou novamente Harry.

E como se esse grito não bastasse, como se fosse inaudível, Voldemort soltou os Weasleys.

Em instantes todos lutavam, pela sua própria vida. Lucius correu até Rony, que este lutava tão bravamente. Não errava nenhum feitiço, apenas Lucius era forte o bastante para eles. Protegia-se contra todos também, mas um era quase impossível de se defender. Fora jogado para trás como um saco. Bateu com a cabeça em uma das paredes da casa, caindo no chão desacordado.

- NÃO!

Dessa vez não fora Harry que gritara e sim Hermione que em um instante repentino apareceu ali, seguida de Malfoy. A última coisa que Rony vira antes do baque, fora ela, que no entanto, correu até seu lado, tentando em vão acorda-lo com breves tapinhas no rosto, e sacolejadas pelo corpo.

Arthur lutava contra Bellatrix, ao mesmo tempo em que escondia Molly atrás de seus braços. Apesar de pertencer a ordem, não era forte o bastante naquele momento.

- Mas ora vejam só quem eu encontro aqui! – disse Voldemort com desprezo indo até Draco. – O pequeno Malfoy! Viu só Lucius, seu filho querido bandiou-se para o lado do bem agora! Depois de tudo o que ele fez resolveu virar bonzinho! Oh, que ato heróico o seu Draco!

Lucius que segurava hermione pelo colarinho da blusa, com a varinha no seu pescoço, enquanto a garota soluçava, jogou-a como um nada no chão, e a chutou logo após disso.

Seguiu com a varinha apontando para Draco.

- Achei que estava do meu lado! Mas vejo agora que realmente não! – disse Malfoy com poucas palavras para o filho.

Enquanto isso Voldemort seguia ao encontro de Gina que por nenhum momento se quer parara de contorcer-se.

- Avada... – disse ele apontando a varinha sobre ela.

Harry perplexo, sem saber o que fazer tentou atirar-se sobre Gina, mas outro foi mais rápido.

Molly deu um berro. Arthur a segurou pelo braço, a impedindo que fosse ao encontro da filha.

- Draco! - gritou hermione. Ele olhou para a garota que com um breve aceno apontou a cabeça para Gina, e balbuciou um nome, ao qual Draco leu apenas pelos movimentos dos lábios: Gina!

- Avada Kedavra!- gritou Lucius.

- Kedavra! – terminou Voldemort.

Draco recebera dois feitiços da morte ao mesmo tempo. Dois Avada apontados em seu peito!

Morrera salvando Gina!

Morrera salvando uma Weasley!

Morrera mais por Hermione!

Morrera porque ele a amava!

Morrera em um ato heróico!

- NÃO! – gritou Lucius ajoelhando-se ao chão, e gritando para o céu, onde se encontrava a grande caveira verde, a marca negra!

Harry aproveitando, o súbito momento em que Voldemort não se mexera, perplexo com o que havia acontecido, com o ato de Draco, não poupou tempo e apanhou sua varinha, levantando-a no ar, dizendo duas poucas palavras, mas de suma importância.

-AVADA KADAVRA! –gritou com todas as forças possíveis e impossíveis.

Voldemort assim como Harry soltou um urro de dor.

Hermione desmaiada caiu inconsciente no chão, e Gina não tinha força nenhuma se quer para erguer-se.

Voldemort caiu de bruços no chão, e Harry de joelhos com a mão na cicatriz.

Assistiu de frente a morte de seu inimigo. Sentiu prazer e ódio em vê-lo daquele jeito.

Contorcendo-se na sua frente. Finalmente acabara. A guerra terminara!

Aos poucos, Voldemort junto com seus comensais, viraram cinzas.

Harry levou a mão a cicatriz, e apalpou-a tentando procura-la, mas essa assim como Voldmort, não existia mais. Havia perdido a pequena, porem grandiosa marca de sua testa.

Não tinha mais a cicatriz que por tantos anos o atormentara. Olhou para o lado, a procura de Gina, e ali a encontrou desacordada e sem forças. Correu até ela, e percebeu que esta tinha uma marca de sangue no peito, alguns centímetros abaixo dos seios. A roupa rasgara-se, parecendo dar espaço ao corte. Molly correu até Gina aos prantos.

- Gina! Gininha! Minha princesinha! – falou molly aos prantos ajoelhando-se ao lado da filha, mexendo de leve em seus cabelos.

- Calma vai ficar tudo bem, ela só esta desacordada. – disse Harry pondo seu polegar sobre o pulso de Gina, ao qual neste ainda batia, fracamente um coração.

Arthur ajoelhou-se também ao lado da filha.

Rony ao ouvir alguns berros e choros, acordou-se assustado.

- Hermione! – foi a primeira palavra que soltou pela boca após acordado.

Olhou a sua frente, ainda meio desacordado, e viu ela ali, deitada, a poucos metros de distância.

Levantou-se meio fraquejado, e posse a tentar correr ao encontro dela.

Sentou-se ao seu lado, pondo os joelhos no chão, a sacudindo de toda a qualquer jeito.

Mas em hipótese alguma acordava. Experimentou ver a pulsação. Mas mais fraca não podia estar. Foi só ai então que percebeu o grande corte que tinha em seu coração.

Chorando levou seu rosto ao peito da garota, que este quase não batia mais. Chorou mais alto sobre ela. Encostado com a cabeça no corpo de sua mulher levou as mãos ao chão, dando socos na grama. Fez isso excessivamente. Mais parecia que queria arrancar a dor do que acalma-la.

Levantando a cabeça junto com o corpo, lembrou-se de algumas histórias que Hermione o contava. Histórias infantis. Bobas, tolas, mas saiam da boca dela, era ela que as contava e isso dava um toque mais mágico a história. Lembrou-se da história da branca de neve. Do beijo que o príncipe teria de dar em Branca para que somente assim ela ressuscitasse do encanto.Tirou uma das mãos de Mione do chão e a beijou. Estava fria. Quase que morta. Praticamente sem vida.

Levando seu rosto para perto dos lábios de Hermione, ele lembrou-se de todos os momentos em que esteve ao lado dela. Lembrou-se do seu sorriso, dos seus choros, das caras de indignação que fazia. Das vezes em que devorava livros, dos dias de chuva em que brincavam de cosquinhas dentro da sala comunal, das respostas que ele se dirigia a ela. Lembrava com gosto de todo aquele tempo, em que era feliz e não sabia.

Resolveu odiar todos os momentos em que passara ao lado de hermione. Não importa se eram momentos felizes ou tristes. O que importa é que ela não estaria mais ali. A causadora de todas as alegrias não estava mais ao lado dele. Não queria ser feliz se fosse ao lado de outra. Lembrava-se dela, em tudo o que pensava, em tudo o que tocava. Desde feitiços, bobos, que por várias vezes geraram alguns conflitos, até mesmo a Toca, sua casa onde por várias vezes, ela já havia dormido.

Amava ela com todas as fibras do seu ser. Foi pensando nisso que encostou seus lábios carnudos e quentes, nos finos e gélidos dela. Ficou assim por alguns segundos, até que se ergueu. Esperou um tempinho até ela levantar a cabeça, mas nada disso aconteceu.

Foi ai então, que deu se conta, que Hermione nunca mais compartilharia sua alegria com ele.

“E é bem assim, como toda historia de amor, atual e sem fim, não é perfeita porque é real mas com tanto amor quanto nos contos de fadas...” – pensou Rony antes de berrar, novamente caindo sobre o corpo de Hermione, com a cabeça em cima de seu coração, fazendo com que o resto dos presentes ali, percebessem a aflição do garoto.

Harry ao ver ela atirada ao chão, lembrou-se de todos os momentos em que vivera ao lado dela e de Rony. Foram tantas as confusões em que haviam se metido até o momento.

Ajoelhou-se também ao lado do amigo, tentando conforta-lo. Arthur abraçou Molly, ao qual essa chorava aos prantos recostada sobre seu peito.

O céu apesar de noite, clareara um pouco mais do que antes.

Passado algum tempo resolveram aparatar com Gina e Hermione para o Hospital.

Chegando lá, elas foram urgentemente levadas a um quarto. Harry deitou Gina na cama e Rony com a ajuda da enfermeira deitou Hermione na cama. Pegou sem rodeios uma cadeira e a colocou perto da cama. Arthur consolava o filho, enquanto a enfermeira implantava tubos e mais tubos em Hermione. Existia ainda alguma esperança, totalmente morta ela não estava.

Harry acariciava os cabelos de fogo de Gina, enquanto molly segurava fortemente a mão dela, ainda soluçando.

Foi quando de repente como num baque, assustando a todos, a senhora e o senhor Granger entraram correndo quarto adentro.

- Isto é um hospital, não um parque de diversões! – cerimoniou a enfermeira para os pais de hermione, mas estes não deram suma importância a mulher.

- Filha! Minha filha! – disse a mãe de hermione, acariciando a bela face da filha.

- Hermione! Nosso bebe! – suspirou fundo o pai da garota. - Quem fez isso? – gritou o pai de Hermione dentro do quarto. – Quem fez isso com a minha filha? Quem? Quem fez isso! – disse dirigindo-se até Harry e o segurando sobre o colarinho.

- Uma pessoa muito má, mas que agora morreu! – gritou Rony, que soltara Hermione ao ver o desespero da mãe da garota.

- Vocês deviam ser punidos, por tudo o que causaram a minha filha! Foi por causa de vocês que ela voltou para esse mundo de pura magia. Onde nada é real! Muitas vezes disse a ela para largar esse mundo, e viver em paz, mas não ela me dizia que ao lado de vocês estava a vida dela, principalmente ao lado de um ruivo! Ao qual deve ser você não é? – disse gritando o pai de hermione, apontando para Rony.

Ele, no entanto, apenas ergueu os ombros sem saber o que dizer.

- Se não fosse por culpa de vocês, minha filha ainda estaria viva. Viva e ao meu lado! Feliz! E não ai, atirada em uma cama, prestes a morrer!

- Ela não vai morrer! – gritou Rony ainda mais forte, levantando-se de pé e encarando o senhor Granger.

- Mais um berro e eu vou ser forçada a retirar o senhor daqui! – informou a enfermeira na maior calmaria.

- Cale a boca, seu menininho... PREPOTENTE! – berrou o pai de hermione, levando Rony a loucura.

- Por favor, saia daqui agora, eu o avisei! Saia! – gritou a enfermeira.

- Anda vamos! – falou a senhora Granger, para o marido, bem mais calma que ele.

Antes de sair do quarto empurrando o marido, ela olhou uma ultima vez para a filha, baixou a cabeça e a balançou negativamente, saindo do quarto, seguido pela enfermeira que fechou a porta.

- Ela não vai morrer! Ela não vai! – gritou baixinho rony, mais para si mesmo.

- Não rony! Ela não vai! – disse Harry a ele, o abraçando. – Molly, Arthur se quiserem ir para casa, tomar um banho, comer alguma coisa, acalmar-se, podem ir viu?

- Não! Eu não vou! Não vou deixar minha filha aqui sozinha!

- Molly, vamos! Além do mais ela não esta sozinha, tem todos os médicos e enfermeiros. Tem o Harry e o Rony também. - disse o Senhor Weasley.

- E Hermione! – lembrou Rony.

- tudo bem! Mas mais tarde eu volto a vê-la aqui!

- Sim! Mais tarde a gente volta! – disse Arthur segurando a mulher sobre o ombro.- tchau meninos!

- Tchau Harry! Cuida dela! Tchau Rony! – disse Molly dando um beijo em seus cabelos e observando hermione a sua frente. – Ela vai melhorar eu sei disso!

Rony forçou um sorriso duradouro, até sua mãe junto de seu pai saírem do quarto.

- Rony, você pode ficar aqui um pouquinho até o tempo de eu ir buscar um copo de água pra mim? – perguntou Harry.

- Não, não! Pode ir!

- Quer um também?

- Não obrigada!

Harry deu uma última olhada em Gina, Hermione, e depois em Rony, que este já estava novamente segurando a mão de Hermione.

Desceu as escadas, e se encontrou com a mãe de Hermione.

- Ela ainda esta lá em cima?

- Sim! – respondeu Harry, entendendo que ela se referia a Hermione.

-Obrigada! – respondeu educadamente. – Ah! Harry... Isso?

- Sim!

- Bem... Harry desculpe meu marido. Ele estava realmente muito nervoso. Nós amamos Hermione e ela é nossa filha única. Quando tiver seus filhos vai entender o sofrimento de um pai.

- Tudo bem! - disse Harry aceitando as desculpas.

- Até mais!

Senhora Granger abriu suavemente e lentamente a porta do quarto. Colocou a cabeça para dentro da porta.

- Posso entrar? – perguntou ela.

- Claro! – respondeu Rony, levantando-se.

- Obrigada! – disse ela entrando e fechando a porta. – Você é o Weasley? Não é?


- Prazer! Ronald Weasley! – falou ele apertando-a a mão.

- Hermione falava muito de você! Fala ainda! E vai continuar falando! - disse ela olhando para Rony, enquanto pegava na mão de hermione. – Que é isso? – perguntou ela passando o dedo sobre o anel de casamento.

Rony não respondeu nada, apenas esticou sua mão sobre a de Hermione, e ela pode entender tudo sem nem ao menos ele falar nada.

- Meu genro então? – dito isso, riu da piadinha.

Rony encabulado baixou a cabeça.

- Tenho certeza de que você ainda a fará muito feliz. Só por enquanto não conta nada dessa história para meu marido. Ele anda estressado. – disse fazendo uma pausa. – Ela a ama muito sabia? Bem...e onde esta o outro menino?

- Quem? O harry?

- Não, este eu encontrei na escada agora a pouco! O outro! O loirinho!

- Loirinho? Ela não tinha nenhum amigo loirinho!

- Tinha! Ele foi lá em casa alguns dias lá em casa nas férias, mas Hermione nunca estava em casa, e sempre deixava recados na secretária dizendo que gostava muito dela. Tem um nome parecido como dragão. Algo parecido!

- Draco malfoy? – perguntou Rony tremelicando.

- Isso mesmo! Você sabe me dizer, se antes de vocês se casarem eles já haviam namorado?

- Não! Eles nunca tinham namorado! – disse Rony com alguma pontinha de dúvida.

- Esta tarde, ele foi lá em casa! Disse que era urgente! Que precisa deixar um recado em seu quarto, e eu deixei! Só que depois ela se encontrou com ele, digo quando ele estava indo embora ela estava chegando, e eu ouvi algumas palavras como: Todos... Perigo... Comensal... Alguma coisa assim! Será que fiz algo de mal em deixa-lo entrar em minha casa?

- Não! Lógico que não! – respondeu Rony enciumado.

- Com licença! – disse harry empurrando a porta com as costas, pois estava com dois copos de água na mão. – Atrapalho?

- Não! Claro que não!

Harry encaminhou-se a cama de Gina, e colocou um dos copos de água na mesa. Com o outro ainda na mão, molhou um paninho na água, e passou sobre os lábios secos e brancos de Gina, deixando-os corados e úmidos.

- Harry, porque Malfoy morreu? – perguntou Rony, chegando ao lado de Harry, deixando a mãe de Hermione cantando canções de dormir para a filha, querendo saber de tudo.

- Ele morreu... Porque... Porque... Porque Hermione pediu!

- Como assim? Hermione pediu para ele morrer? – falou Rony alto, despertando o olhar curioso da mãe da garota.

- Shhh! Sim, ela mandou Draco morrer! Quer dizer, na verdade não foi bem assim! Voldmort ia matar Gina, mas Hermione balbuciou para ele: Gina, e ele num ato heróico, que nem eu mesmo achei que fosse capaz de fazer, atirou-se na frente dela, ao qual eu não fiz! – disse Harry sentindo-se derrotado.

- Você estava muito confuso com tudo aquilo Harry, não se culpe!

- Mas eu podia ter me atirado, eu poderia tê-la salvado! Mas Malfoy fora mais rápido.

- lembre-se Harry! Eu devia ter mais ciúmes do que você! Afinal ele não morreu pra salvar Gina, e sim porque Hermione pediu! Ele a amava! Ficou amando-a todo esse tempo em silêncio! E não faça essa cara de espanto, se não quiser levar um soco! A mãe dela acabou de me contar que draco sempre mandava recados na secretaria eletrônica dizendo que gostava muito dela.´

-E será que ela não pode estar mentindo?

- Não! Acho que não! Afinal isso saiu da boca da mãe de Hermione! Ela nunca metiria sobre algo assim, mentiria?

Harry balançou os ombros como se dissesse: não sei!

- É meio estranho que um cara retardado e idiota como o Malfoy, podia se interessar por uma garota tão... Como Hermione!

- Pois é né! O amor que ele devia sentir por ela era imenso! Pra não demonstrar nada pra ninguém, pra amar ela escondido e calado todo esse tempo, e ainda por cima ficar do nosso lado no final da batalha... Ele a amava realmente!

- Harry sabe o que eu estava pensando agora? Olha só! Sabe a Gina? – os dois olharam para ela.- Esta com essa marca no peito, não esta? Esta! Então? Bem... estive pensando, quando Draco se jogou na frente dela, onde o Avada foi parar?

- No peito dele!

- Muito bem! Por isso mesmo! Logo que ele se atirou na frente dela para salva-la, ela também ficou com uma marca!

- É! Faz sentido!

- Faz todo o sentido!

- Mas Rony, e Hermione? Esta não fora salva por ninguém! Que eu me lembre ela também em hipótese alguma foi ferida, digo atacada gravemente! Não teria o porque ter ficado com esse corte desse tamanho no coração. Se bem que eu me lembro que quando ela mandou Draco “morrer no lugar de Gina” ela não tinha marca algu... Mas claro! Fora Draco que fizera isso na Hermione?

- Hã? Como assim?

- É! Olha só! Você acabou de me dizer que Draco amava muito Hermione não? Então! Repara... Ele ao morrer, tinha muito amor para dar a ela... E quando ele morreu, transferiu todo seu amor para ela... Fazendo assim com que uma grande marca explodisse em seu coração de tanto amor! Faz sentido!

- NÃO FAZ SENTIDO NENHUM! – explodiu de raiva Rony, mandando sua paciência ir passear.

- Shhhh! - Fez a mãe de Hermione, como se estivesse colocando a filha para dormir.

“Quem dera se um dia ela voltar a acordar!” – pensou Rony olhando para a garota.

- Faz sentido sim! Mas cara olha só! Ela o amava, e o ama ainda! Ele podia ama-la, mas ela não o amava. Amava você! Só você! Pensa nisso! Não vale a pena ficar se estressando, lamuriando por uma bobagem que nem se quer é real...

- Como o Malfoy é egoísta! Olha só o que ele causou na Hermione! – fumegou de raiva Rony.

- Esquece isso Rony! Ele não teve culpa...

- Sabe no que acabei de pensar? – perguntou Rony.

- Não! O que?

- Quando Voldmort morreu junto com os comensais, sua cicatriz sumiu, não foi?

- Ham... Ham! – confirmou Harry.

- Então eu achei que talvez quando Gina acordasse, Hermione também acordaria não é?

- Não sei! Queria poder dizer sim Rony! Mas eu realmente não sei!

Rony baixou a cabeça e dirigiu-se até Hermione, apertando sua mão. Se ela estivesse acordada iria gritar de dor por tanta força que ele colocava sobre ela. A mãe de Hermione beijou a testa da filha e fez menção com a cabeça para que Harry também saísse do quarto junto a ela.

Rony observou os dois saindo.

”Não se entregue a dor. Não tente esconder, mesmo que a morte esteja gritando seu nome. Não feche os olhos... Merlin sabe o brilho que existe atrás deles. Não apague as luzes de sua vida!!! Nunca durma... nunca morra...!!!”

Passaram três manhãs, três tardes e três noites e em hipótese alguma Gina acordava, ou Hermione dava sinal de vida.

Era manhã. O sol brilhava escondido por entre as cortinas do quarto antigo, desarrumado e mal iluminado. Rony estava dormindo ao lado de sua irmã, segurando em sua mão, como se esta fosse cair da cama a qualquer momento, enquanto senhora Granger estava ao lado de sua filha, e Harry deitado em um sofá branco, um pouco antigo e desgastado por causa do tempo.

Rony após um curto tempo sentiu sua mão direita tremelicar um pouco, como se alguém estivesse fazendo força para puxa-la para cima. Acordou-se e ao levantar viu que Gina olhava tudo com os olhos apertados, um pouco branca e estranha. – Gina! – disse Rony, mas esta levantou-se da cama como se nem ao mesmo conhecesse ou visse o irmão ali a sua frente. Pôs-se de pé e caminhou até a cama de hermione, sussurrando algo em seu ouvido. Hermione acordou-se calma e tranqüilamente como se nada tivesse acontecido. Como se tivesse dormido apenas uma noite de sono.Levantou-se como se fosse feita de pluma. Feito um anjo. Colocou-se ao lado de Gina e sorriu para Rony. Paralisado ele nem ao menos sabia o que fazer, falar ou qualquer coisa parecida. Quando foi para abrir a boca Hermione pousou seu dedo indicador em sua boca. Estava gelada, fria como se estivesse...

- NÃOOO!

-Que foi cara? – disse harry levantando-se do sofá meio dormindo, sacudindo o amigo para que acordasse.

- Hã? – fez ele, e rapidamente olhou para Gina e curvou o olhar para onde Hermione estava deitada, extremamente assustado.

- Que houve?

- Tive um sonho...

- Pesadelo você quis dizer não? – debochou a mãe de Hermione ao fundo que esfregava os olhos...

- É! Desculpa, não queria ter acordado vocês!

-Nós e o hospital inteiro né! Agora não adianta se desculpar, já estamos acordados mesmo... – zombou harry.

Ninguém, com aquela agitação toda percebera que uma certa ruivinha ao canto abria seus olhos após longos (quase) quatro dias.

- Harry!?!

Ele, no entanto, arregalou os olhos e esboçou um grande sorriso como se fosse uma criança preste a ganhar seu presente de Natal.

- Gina?!?

Caminhou até ela a passos largos. Olhava-a como se fosse uma mina de tesouro. Esta mais branca que talvez até mesmo o sofá do quarto, tentava sorrir mostrando felicidade a Harry.

Rony logo que ouviu a voz da irmã, olhou antes mesmo para Hermione, que mesmo após Gina ter acordado continuava na mesma. Ao perceber que de nada adiantaria ficar ali, ao lado dela, foi até a irmã.

- Maninha! Que saudades! – disse ele tentando abraça-la. – Você esta branca!

- Oh, serio? Não me diga? Você queria que eu estivesse que cor após ficar mais que três dias deitada em uma cama sem se mexer e muito menos comer? Azul? Roxa? Ah faça-me o favor Rony! – respondeu ela debochada com a voz fraquinha.

- Doente, fraca, branca, mas de ÓTIMO humor... né Gininha? – desta vez fora a hora do irmão zombar da cara dela.

Os três caíram na gargalhada.

- Hermione sempre falou bem de você! Sempre me disse que era assim... Bem humorada... Feliz... Seu sorriso contagia sabia? – Senhora Granger falou a Gina enquanto caminhava em sua direção.

- Oh... Obrigada! – fez ela sabendo certamente quem era aquela mulher a sua frente. - Você é a mãe de hermione certo?

- Sim! Mas como soube?

- Se você não sabe, tem uma filha que sabe descrever perfeitamente as pessoas... Hermione a algum tempo atrás vivia falando de você de como você era... Ela a ama muito! Mas por falar nela, cadê ela? – perguntou Gina, enquanto harry tossia, e trocava olhares com Rony.

- Hermione machucou-se naquela noite! Ela esta aqui oh... – mostrou a mãe de Hermione apontando para a cama onde Hermione “dormia”.

- Ela esta bem não esta?

- esta sim... Só esta um pouco cansada, pois ficou até tarde falando esta noite conosco...

- Ah... – fez Gina.

Rony e Harry olharam para senhora Granger que a mesma piscou para eles, enquanto Gina tentava sentar-se na cama. Harry ajudou-a a levantar-se.

- Alguém pode me conjurar alguma comida ou coisa parecida? To morrendo de fome...

- Só pensa em comida! – disse Rony.

- Ah Rony, como eu queria que fosse você que tivesse ficado 4 dias deitada aqui sem comer, sem falar, sem se mexer...

Senhora Granger conjurou um copo de suco, com um prato cheio de arroz, salada e um grande bife.

- Hum – balbuciou Gina lambendo os beiços. – Valeu ai...!

- Gina...Quer mais alguma coisa? – ofereceu-se Harry a ajuda-la.

- Não! To bem assim mesmo! Obrigada!
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Olhos azuis vagueavam, sem objetivo, pelo céu, carregado de enormes nuvens de um cinzento-escuro, escondendo o sol, já por si fraco, àquela hora da tarde, dando indícios de que a noite viera mais cedo para se abater sobre o St. Mungus. Faziam, exatamente, quinze dias, que o céu se encontrava assim, escuro e sombrio, mas sem ceder-se a deixar cair, sequer, uma gota de chuva… e, também, quinze dias tinham passado desde que ela dirigira, pela última vez, uma palavra a ele…

- Acalme-se Rony... Não adianta nada você ficar ai, na janela, tentando procurar uma resposta para tudo! Nada vem do nada, tudo vem com o tempo! É só você esperar! – disse Gina, esta que por vez já sabia de toda historia. Começara desconfiando no dia seguinte da longínqua demora de Hermione para acordar, e depois teve certeza de que a amiga não estava nada bem.

- Eu sei, mas já estou perdendo a paciência de tanto esperar! Já fazem mais de quinze dias e nada dela pelo menos dar um sinal de vida...

- Olha... Ouvi uma vez, que mesmo quem esta em coma ouve tudo o que nós falamos, só não consegue mover-se, dar algum sinal de que esta nos ouvindo. Quem sabe talvez ela não nos ouve, quando estamos falando algo, por exemplo, se eu entrasse agora no quarto, e começasse a falar tenho certeza de que ela iria me ouvir. Mas pensa, poxa, deve estar sendo difícil pra ela! Nos ouvir sem poder fazer nada...

- Mas eu já pedi pra ela me dar algum sinal e ela, nem sequer moveu um dedo. Às vezes até penso que ela esta morta e vocês sabem, só não querem me dizer...

- Não viaja Rony... Se eu soubesse que ela estaria morta você acha que eu iria deixar ela aqui, nesse hospital, acha?

- Não... Claro que não!

- Então Rony!?! Eu também sou uma Weasley! Meu coração é igual ao seu, e eu posso sentir o quanto você esta sofrendo. Mamãe sempre não nos disse que a maior qualidade de um Weasley não eram as sardas e nem a cor dos cabelos, mas sim o tamanho do nosso coração? Lembro-me também que ela dizia que não importava as conseqüências estaríamos sempre um junto ao outro. O que estamos fazendo agora? Rony eu estou do seu lado... Pra sempre! Você nunca vai me deixar né? Sabe estive pensando... – disse Gina a beira das lágrimas. – você cresceu muito! Não, não estou dizendo em tamanho, mas sim em “mentalidade”. Você não é mais o Rony de alguns dias atrás, depois que Hermione esta assim, você tornou-se mais forte!

- Engano seu! Eu sinto muita falta dela. Sinto falta de seu cheiro, de seu abraço, de seu sorriso... Sinto até mesmo falta dos leves tapas que ela dava em meu ombro quando fazia algo de errado. – Gina soltou uma risadinha, deixando uma lágrima escorrer sobre sua face. – Sinto falta de tudo isso e muito mais... Sinto também do seu gênio incrível... Eta mulherzinha mais geniosa... – Rony esboçou um sorriso na face, não muito grande. - E! Eu disfarço, elabora mentiras, finjo que esta tudo bem, mas aqui dentro não ta! Estou sofrendo muito Gina e você nem imagina o quanto.

Ela abraçou o irmão, num gesto calmo, que por este momento nem se uma bomba nuclear caísse sobre eles, iria conseguir separa-los. Encostando a cabeça no peito do irmão, Gina chorava um pouco mais calma, tinha a sensação de que o irmão iria estar sempre ao seu lado para protege-la. Foi quando mais que de repente a enfermeira sai gritando do quarto de Hermione pedindo ajuda. Os dois separaram-se assustados.

- O que esta acontecendo? – perguntou Gina a enfermeira em prantos.

Em instantes vários especialistas em medicina encontravam dentro do quarto. Só restara a enfermeira “aloprada” (como diria Gina) do lado de fora.

- A senhora pode, por favor, me dizer o que esta acontecendo? – perguntou novamente Gina.

- Vocês são parentes dela? – pediu ela assustada.

- S... – iria dizer Rony, mas foi interrompido por Gina.

- Não! Nós não somos! – respondeu ela decidida e com o peito estufado.

- Ah bom, pra vocês então eu posso contar. Ela, a paciente, digo, esta tendo uma parada cardíaca! Não sei se dessa ela passa! Não quero por enquanto contar as familiares dela para não assusta-los me entendem?

Rony parecia ter entrado em transe. Começou-lhe a faltar ar. Estava tudo tão próximo do fim...

- Calma Rony! Calma! - gritava Gina ao irmão abanando-o

- Mas você me disse que não era parente dela! - falou a enfermeira indignada.

- Dane-se o que eu disse!

- Me deixa entrar ai dentro! – exaltava-se Rony na frente da porta tentando passar por cima da mulher. – Me deixa entrar! Ela é minha mulher, eu quero vê-la!

- Você não pode entrar aqui rapazinho!

Gina não sabia como se acalmar e muito menos como acalmar o irmão.

- Calma Rony vai dar tudo certo!

Mas foi ai que o medico alto, de olhos azuis e cabelo castanho saiu de dentro do quarto desapontado e com uma expressão nada feliz.

- E ai doutor? Anda fala! Como esta a minha mulher? – pedia Rony quase indo pra cima do homem.

- Acalme-se rapaz, ou vou pedir para retirar-se!

- Pela última vez Rony, se acalma!

Desta vez ele atendera o pedido de Gina.

- E então pode nos falar como ela esta?

- Sinto muito, mas a paciente acaba de falecer.

- Não! Não é verdade! Não pode ser! Deixa-me entrar ali! – mas mesmo sem permissão Rony entrou porta adentro indo até a cama da garota. - Hermione! Por favor! Acorda! Para de fingir,POR FAVOR!

- Sai daí já... – disse o doutor passando pela pequena porta. Mas Gina foi mais rápida. E ainda que a dor estivesse gritando por Hermione, ainda que a voz fosse quase inaudível, mesmo com as lágrimas escorrendo sobre seu rosto, mesmo as forças sendo a mínima, segurou-o pelo braço.

– Não faça isso com ele, eu te peço, por favor. Deixe-o com ela. Imploro-lhe, por favor! – disse Gina baixinho, mas com um olhar tão triste que foi capaz até de abalar o doutor.

-Tudo bem... Mas só por algum tempo!

Ela tentou sorrir, mostrando-lhe sua gratidão, mas o pavor, a depressão e a dor de ter perdido um ente tão querido era mais forte.

O rapaz alto deu meia volta e caminhou ao longe, a espera de outro paciente.

Gina que estava ali presente na sala pode ver meio fosco que o irmão segurava com força “a maquininha de dar choque” contra o peito de hermione.

- Você não pode me deixar agora... Se lembra de tudo o que a gente passou...? Lembra dos nossos momentos felizes? Do tempo em que éramos um trio? E depois um quarteto? Lembra dos dias em que nos beijamos pela primeira vez e que parecia que o tempo havia voado tão de repente? Lembra!?! Heim? Lembra? Pelo amor de merlin me reponde? LEMBRA? – disse Rony dando mais alguns choques contra o peito de Hermione. Por fim, vendo que não resolveria nada continuar dando choque, vendo que aquela maquininha do coração também não parava de fazer o mesmo som (piiiiii...) com aquela listrinha verde que corria pelo meio sem nem sequer dar uma voltinha, ele soltou os “choques”, e debruçou a cabeça no peito de Hermione, ajoelhando no chão.

Gina que estava de pé olhando atenciosamente para o irmão, chorando em voz alta, ajoelhou-se ao seu lado, abraçando-o num sinal de conforto.
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“Estou aterrorizada pelo que vi...
Mas de algum jeito eu sei
Que tem muito mais por vir!
Imobilizada pelo um medo
Eu logo serei
Cega por lágrimas
Eu posso parar a dor
Se eu quiser que tudo vai embora.”.

Era tudo tão escuro...
Parecia que haviam apagado as luzes...
Ouvia vozes podia distingui-las, mas nem sequer podia mover-se!
Chorava-se consigo mesma.
Fora então quando a luz mais forte caíra sobre a escuridão e Hermione sentiu uma paz em seu coração. Sabia que agora mais do que nunca havia chegado o fim. Lá longe pode ver que não havia só a luz, e sim algo que a puxava para um certo lugar onde um rapaz loiro, alto, de olhos esmeralda acinzentado a parecia esperar.

- Draco? – perguntou a garota assustada. – O que faz aqui? Onde eu estou?

- Eu morri Hermione, e você também, mas eu não vo deixa que você passe por aqui.

Sem entender muito a garota sorriu.

- Você me salvou, quer dizer “salvou” aquele dia não foi? Eu ouvi Rony e Harry conversando.

- Sim... E é sobre ele mesmo que eu estava lhe esperando aqui.

- Harry? Que tem ele?

- Não! Não é o Potter... Eu estou falando do Ronald! Ele lhe ama Hermione! E eu sei muito bem o que é amar uma garota como você e em questão de segundos perde-la... Pra sempre!Eu lhe amo, ele lhe ama e você o ama, então se ele lhe fizer feliz eu também vou ficar...

- Draco eu não estou entendendo nada!

- Me abraça!

- Agora sim que eu não estou definitivamente entendendo mais nada!

- Vem aqui! – disse ele a puxando contra seu peito, segurando-a em um forte abraço. – Eu te amo! E eu sempre vou te amar!

- Draco, mas...

E em segundos ela não estava mais abraçada em Draco, ou melhor, ela não estava abraçada em nada... E do nada, foi como se ela caísse de um prédio de cem andares.

Com um baque abriu os olhos. Tudo ainda estava meio preto, mas já podia enxergar algo. Pode sentir também que Rony segurava sua mão, e com muita força apertou-a.

O garoto ruivo sentiu um leve aperto em sua mão, como se sentisse um formigamento. Olhou para cima, para onde Hermione estava deitada, e tomou um susto. Não sei nem se pode ser classificado como um susto, mas sim um conjunto de emoções. Aconteceu tudo muito rápido. Tudo ao mesmo tempo. Amor, felicidade, descompasso, dor, emoção, calma, conforto, compreensão e susto, claro! Agarrou-a com uma força que nem ele mesmo sabia que tinha. Gina levantou-se do chão e não sabia se ria ou se chorava de tanta felicidade.

Rony beijou Hermione nos lábios, num beijo longo, de entrega, de força, de esperança... Estava com saudade dela. Sabia que ela não iria deixa-lo, não pelo menos agora...
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Havia se passado muito tempo, tudo já havia entrado nos eixos novamente.
Hermione sentada no chão da sala dos Weasley construía letras e tintas, passava por uma felicidade enorme e entendia que é preciso viver o sofrimento para poder crescer. Amar é difícil. Tem de acontecer às brigas os ciúmes, os ressentimentos para que possam ser apagados e substituídos por mais compreensão, menos exigência, um respeito maior.

- Pintando mais quadros Mione? - Perguntou Gina sentando no chão junto a garota, enquanto Molly gritava para Harry e Rony que o almoço já estava pronto.

- Não, não! Estou escrevendo uma carta para meus pais. Para eles virem no meu casamento com o Rony, e do seu! Sabe, não sei se lhe contei, mas minha mãe, disse pra mim uns dias depois de eu ter “revivido”, que achava você uma menina muito legal! E eu lhe disse que você era muito mais que legal, um pouco estressadinha também, mas nada de muito grave.

- Ah! É assim é! Você vai ver senhorita Weasley! – Brincou Gina pulando sobre o pescoço da amiga.

- Vamos meninas! O almoço esta pronto! – orientou-as Molly a sentarem-se à mesa.

Gina e Hermione sentaram-se na mesa ainda rindo uma de frente para a outra.

- Vamos rapazes... Pela milésima vez, o almoço esta pronto! Oh... Bom dia querido! Como foi o trabalho? – perguntou Molly a Arthur, enquanto ele com um aspecto muito mais jovial e tranqüilo entrava pela porta, pendurando seu chapéu em um cabideiro grande marrom, junto ao casaco.

- Tranqüilo! A anos que aquele departamento não fica calmo por um segundo!

- É! Sabe, as vezes penso que tudo acabou. Que tudo finalmente acabou! Graças a Merlin!

Arthur sentou-se a ponta da mesa, no mesmo lugar de sempre, ao qual ele ocupava a anos.

- Ah até que enfim, achei que teria que ir lá em cima puxa-los pela orelha! – esbravejou Molly enquanto Harry e Rony desciam as escadas falando alto, dando risadas e se dando alguns tapas. Gina vendo aquela cena sorriu. Parecia que estava retrocedendo ao passado. Lembrou-se dessa mesma cena que aconteceu nesse mesmo lugar a algum tempo atrás, mais propriamente dito, a 3 anos atrás, quando iriam a Copa Mundial de Quadribol.

- Ai Harry essa doeu! – reclamou Rony enquanto acariciava seu braço, onde havia batido com força.

- Ah Rony vamos... Nem foi para tanto! – debochou Harry dando um beijo em Gina e sentando-se ao seu lado. – Bom dia!

- Bom dia! – saudou Rony a todos num tom de bravura, dando um beijinho em Hermione.

- Hei? Alguém pode me explicar o que esta acontecendo aqui? Por que estão com estas roupas? Resolveram ir para a Antártica viver com os pingüins e não nos avisaram? – debochou Gina do namorado e do irmão que usavam trajes não muito apropriados para o dia a dia.

- Engraçado maninha! Muito engraçado! Seu senso de humor esta em alta hoje não? – disse Rony zombando da cara da irmã, que lhe respondeu com um sorriso malicioso nos lábios. Consciente do que diria a seguir, estufou o peito e disse: - Eu e o Harry resolvemos arranjar um emprego!

Todos saldaram os garotos menos Gina que começou a rir descontroladamente.

- Você? Arranjar um emprego? Ah ta bom né? Capaz de ser demitido antes mesmo de ser empregado. – caçoou Gina do irmão.

Sabendo que Gina estava apenas debochando dele, fingiu que nem tinha ouvido o comentário da sua “adorável” e “caçula” irmãzinha.

- Quem cala consente!

- Gina, por favor, fecha a boca! – suplicou hermione.

Ela nem se quer ousou retrucar. Não estava a fim de brigas.

- Bem... – interrompeu Molly – aqui esta a comida! – disse a todos.

- Hum... – fez Hermione lambendo os beiços

- Já pegando as manias de Rony? – indagou Harry.

- Ah... Deixa eu saborear esta maravilhosa e saborosa comida Harry. Preciso repor minhas energias! Ainda não me recuperei dos meus 15 dias... – falou Mione de um jeito tão meigo que chegaram a ter dó da garota. Mas isto, porém não durou mais que 5 segundos, só até o momento de a própria Hermione cair na gargalhada pelo modo como havia falado.

- Ah Harry, a propósito, - exclamou Arthur - a algum tempo quero lhe perguntar isto: “Para que serve exatamente um João Bobo?”

Tomou-se um silêncio na cozinha. Constrangedor eu diria, mas não a ponto de não fazer a amável e brincalhona Ginevra Weasley cair na risada, levando consigo Harry, Rony e Hermione.


O CASAMENTO REAL

Os dias haviam se passados lentos demais para quem espera tão rapidamente que ele passe rápido, e rápido demais para aqueles que nada esperam. Era assim que Hermione e Gina se sentiam. Hermione aguardava ansiosamente pelo dia do seu casamento, enquanto Gina angustiava-se mais a cada dia que passava. Havia brigado com Harry três dias antes de seu casamento. Uma briga nada banal, pelo que pensava Hermione, mas forte o bastante para fazer com que separasse aqueles dois fortes “gênios”! Foi, pelo que diria Rony, uma briga sem razão.

Tudo isso aconteceu num dialogo que Harry teve com Rony.

Flashback

Era uma manha muito ensolarada. Os raios de sol, mais fortes, talvez do que nunca pelo que diria Gina, a deixavam morrendo de calor, ou seja. “Diluindo” em suor.

- Ai... Que calor! Mione quer um copo de água? - perguntou Gina com a mão na maçaneta a beira da porta.

- Ham... Ham! – respondeu Hermione negativamente com a cabeça enquanto percorria páginas e mais páginas do livro que tinha nas mãos.

Encostando a porta e caminhando em direção a escada, pode passar pelo quarto de Rony e sem querer ouviu uma conversa entre ele e Harry.

- Sabe Rony... eu não sinto mais vontade de ficar com ela! Juro por Merlin que se ela aparecesse aqui, na minha frente, agora eu não iria sentir o mínimo de prazer. Beija-la seria minha ultima hipótese.

Gina não quis mais nem sequer ouvir um trecho da “historinha” de Harry. Saiu correndo dali como se tivesse asas nos pés. Não sabia se se descabelava, gritava, ou chorava, o que seria mais propicio.

- Por que você tem tanta raiva dela assim? - indagou Rony.

- Eu não tenho raiva dela, o único problema é que a Cho já é água passada. Bem passada eu diria. E agora, além do mais, eu amo a Gina, e vou me casar com ela. Vou sr feliz ao lado dela, pra sempre.

Rony sentia um revirar no estomago ao ouvir o amigo falar assim da sua ingênua e tão frágil irmãzinha. Mas eles se amavam, e isso era prova o suficiente para deixa-los em paz.

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Naquela manha o dia não havia amanhecido com o sol deslumbrante e radiante de dias atrás. Estava acinzentado, e dava indícios que em poucos segundo um grande temporal cairia por ali.

Gina vagueava sem rumo seus olhos azuis pelo verde das arvores, azul da lagoa e cinza do céu, pela janela do quarto. Um pequeno pingo de chuva caiu na superfície da janela, mergulhando até sua extremidade. Observou-o com calma e em instantes não era mais possível distingui-lo em meio a tantos que seguidos um do outro inundavam o grande e verde jardim dos Weasley. A chuva no vidro a impedia de chorar. Era como se suas lágrimas corressem num espelho.

Naquela mesma noite Harry deitou mais cedo, mas custou a adormecer. Só pensava em Gina. Era um misto de agonia, sofrimento, ternura, amor e revolta.

Em uma fração de segundo, com uma pancada na porta do quarto dela, conseguiu escancará-la.

Gina sentiu um estremecimento dos pés a cabeça como se uma corrente elétrica lhe houvesse percorrido todo o corpo.

- Já pedi pra você não entrar aqui? Esqueceu-se? Ou será que eu vou ter que refrescar sua memória? Agora por favor, sai do MEU quarto! – falou Gina em tom de posse.

-NOSSO quarto!

- A partir do momento em que NÓS brigamos, VOCÊ dorme no sofá da sala, ou será que esqueceu disso também?

- Você é maluca! – bradou harry.

- Vai nessa! – respondeu Gina com sagacidade.

Ele cansado de tudo aquilo resolveu tomar uma atitude. Partindo pra cima de Gina para beija-la, a garota não fez nada mais nada menos do que lhe dar um tapa na bochecha esquerda.

- Grosso!

- Mimada!

Outro tapa...

- Idiota!

- Estúpida! – dizia Harry partindo cada vez mais para cima de Gina, mostrando-se superior a ela. Enquanto ela mostrava que não tinha nenhum medo de suas ofensas.

Outro tapa...

E mais outro...

Mas no terceiro Harry fora mais rápido. Segurando o antebraço da garota para cima com força, a puxou-a para perto de si, e a beijou ferozmente. No primeiro momento ela resistiu. Não queria mostrar-se frágil perto dele e sim, que ela tinha capacidade de ser muito melhor e mais forte que ele. Só que a saudade de seu beijo foi mais forte que o seu orgulho. E o beijou durou por vários minutos pelo que poderia pensar Gina naquele momento. Se for talvez capaz de pensar em algo.

Aquilo era bom demais. Porque era amor. Amor que acontecia com ela, dentro da vida, fora dos romances que Hermione lia, percorrendo com os olhos tão rapidamente.

Gina soltou-se dele rapidamente, com o orgulho tomando conta de si.

- Grosso... Estúpido...

- Isso vai fala mais! Solta tudo que tu tem ai! – disse harry ironizando ela, rindo do seu gênio, da única garota que ele mais amara em toda a sua vida.

- Idiota... Fraco...

- E pior que você gosta! – debochou harry com um sorriso malicioso nos lábios.

- E pior que eu gosto! – soltou Gina. Ao perceber a grande burrada que havia falado, levou ambas as mãos a boca.

Mesmo com mão ou sem mão, Harry a puxou novamente para perto de si e a beijou.

- Harry... Calma! – disse ela com serenidade afastando as mãos grandes e quentes de Harry da sua cintura. – Por que você falou aquilo de mim outro dia para o Rony? Porque disse que não gostava mais de mim e que se me visse naquela hora em sua frente a sua última hipótese seria me beijar?

Ele agora sim, pode compreender o porque Gina havia brigado com ele a alguns dias atrás.

- Eu não estava falando de você! Estava falando da Cho, que se exatamente agora eu visse ela na minha frente, minha última conjetura seria beija-la. Por que eu amo você.

- Olha Harry, não me apronta nunca mais uma dessas viu? Achei que fosse pra mim! Não sei se eu posso ser feliz longe de você! Eu amo você, como nunca amei ninguém.

O garoto a sua frente suspirou e assumiu uma expressão tão grave, tão nobre, tão misterioso, que por um instante Gina chegou a pensar que ela dissera alguma coisa muito profunda.

- Eu também amo você!

Gina, assumindo uma expressão de mulher, deixando a menininha mimada de poucos minutos atrás de lado, pegou na mão de Harry e ergueu-a lentamente até sua barriga.

- Vocês!

- Isso quer dizer que você...

- Parabéns... Mais novo e lindo papai!

Harry sem pensar agarrou Gina pela cintura e a ergueu.

- Obrigada! Obrigada! – dizia ele largando-a no chão e beijando-lhe a face, a testa, a boca, em todo o lugar. - Você me fez o homem mais feliz do mundo!

Só restou a Gina rir junto com Harry, afinal o que ela mais queria era se casar e ter um filho com ele. E até então tudo o que ela sempre quis estava se concretizando...

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Era um daqueles verões muito úmidos e quentes. Faltava só um dia. “Só mais um dia!” pensava Hermione recolhida em um canto da sala. E realmente só faltava mais um dia para o seu casamento. A alegria naquele pequeno casebre, ou Toca (como preferir) era imensa. Gina saltitava cantarolando pelos corredores. Hermione sorria a tudo, pra tudo, e para todos. Mais parecia que havia se auto-enfeitiçado com algo que a fizesse sorrir sempre.
Mas Harry e Rony também não passavam despercebidos, estes alegres, talvez até mais felizes do que as próprias mulheres. Comportavam-se feito dois meninotes de 8 anos.
“Bobos!”, como Hermione os classificara. “Mas lindos!”.

- Oi minha linda! – dirigiu-se Rony a Hermione. - O que está olhando? – perguntou ele sentando-se no sofá ao lado dela.

- Fotografias antigas! Algumas fotos minhas, outras que eu tirei com vocês.

-Posso ver?

- Ham... Ham! Olha essa daqui! – mostrou hermione uma foto em que não devia ter mais que quatro anos de idade vestida de bruxinha pronta para ir ao jardim de infância. - Foi meu primeiro dia das bruxas na escola!

- Sempre linda!

- Ora, deixe de elogios! – e Mione pôs o álbum no chão, cruzou os braços e sorriu.

Era mesmo uma linda garota. Rony apontou-lhe o tórax.

- Como vai ele?

- Ele quem?

- Aquele que faz toctoctoc...

- O relógio?

- O relógio de dentro do peito: o coração!

- Ah! – fez hermione com um risinho – Ele? Hum... vai bem! Melhor, eu diria!

- Nunca mais me apronta uma dessas viu? Você me deixou apavorado naquele dia!

- Pode deixar! Mas não quero falar mais desse assunto!

- Bom dia amores da minha vida! – falou Gina pulando degrau por degrau até chegar ao chão, segurando-se no corrimão.

- Oi maninha! O Harry esta la em cima? – perguntou Rony levantando-se do sofá.

- Sim!

- Agora ele não me escapa! Dessa vez ele vai ter de aceitar jogar xadrez comigo! Coitado, sempre inventa uma desculpa para não jogar... odeia perder! – falou Rony num sussurro como se fosse um segredo, tapando uma parte da boca com a mão esquerda. Ambas as garotas caíram na risada. – Você está linda hoje maninha! – disse Rony à ruivinha beijando-lhe na testa e subindo as escadas de três em três degraus.

Aproximando-se de Hermione, Gina perguntou olhando para a escada:

- Ele está louco ou é impressão minha? – e soltou um risinho debochado. – O que esta olhando? Fotos! Adoro fotos! – exclamou Gina sentando no sofá rapidamente.

–Ai!

- Que foi Gina? – perguntou Hermione assustada segurando o antebraço da garota, que levara uma de suas mãos a testa e a outra a barriga. – Esta melhor?

- Sim! Já está passando. Só fiquei um pouco tonta! Sentei rápido demais sabe? – mentiu Gina.

- Não! – respondeu hermione, não engolindo a história. – Você está grávida Gina?

- Não! Eu? Não! – assustou-se e respondeu com desconforto.

- Gina! Não mente pra mim! Você não me engana!

- Ta! Esta bom... Eu to grávida sim! – falou ela quase que num murmúrio. Hermione esboçou um grande sorriso, mas Gina a impediu de gritar. – Mas meu irmão não pode nem sequer sonhar com isso! Por isso que não queria lhe contar! Imagina se você dá com os dentes na língua, não... Com a língua nos dentes, ou com a água nos burros, não... Com os burros na água. Viu!?! Me deixou até nervosa! Ai que raiva! Não era pra ninguém ficar sabendo até depois de eu me casar.

- Calma Gina! Se aquieta! Eu sou sua amiga, não vou contar a ninguém. Mas, Harry já sabe?

- Sim! Só eu e ele sabemos.

- E agora eu também!

- É! – afirmou bufando e revirando os olhos azuis.
- Mas vem cá minha pequena! Parabéns! – hermione abraçou a amiga tão fortemente que Gina quase gritou de dor.

- Quem está de aniversário aqui? - perguntou Molly entrando na sala segurando várias toalhas lavadas e passadas.

- É... – disse Gina assustada. Parecia que as palavras haviam fugido-lhe a mente.

- É... ninguém Molly! Só estava parabenizando Gina pelo casamento. – gaguejou um pouco ao falar.

- Ah bom! – falou molly largando as toalhas em cima de uma mesinha. –Cheguei até a achar que Gina estava grávida.

- Que é isso mamãe? Está ficando louca? – indagou Gina.

- Não! Não é nada disso! Só estávamos nos parabenizando! Não é Gina? – perguntou hermione com uma piscadela.

- Ah! Sim! Claro! Parabéns Mione! – disse ela abraçando a garota quase perdendo a respiração.

- Daqui a pouco o café está pronto, ok?

- Sim mamãe! Nós já vamos! – falou Gina ainda abraçada a Hermione enquanto observava a mãe sair da sala. – Ai que sufoco! Meu merlin! Quase fiquei sem ar!

- Parabéns minha ruivinha! – festejou Hermione em silencio, abraçando e rindo com a amiga.

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- Só mais um retoque aqui! Um puxãozinho ali...

- Aiiii!

- E pronto! Você está linda minha princesinha!- disse Molly chorosa.

- Ai mamãe! Pare de me chamar de princesinha! Eu sei que eu sou linda, mas não precisa falar o tempo todo! Isso me enjôa! - disse Gina descendo do banquinho em que estava. Bufou e revirou os olhos azul-cor-do-céu, sacudindo a longa cascata de cabelo ruivo. Mione apenas se riu, colocando uma mecha de cabelo castanho-escuro atrás da orelha, ao mesmo tempo que fechava os bonitos olhos castanhos.

Molly como se nem tivesse ouvido o desagradável comentário da filha a abraçou-a e começou a chorar.

- Minha pequenina está se casando! Que emoção! – escandalizou Molly e hermione meio que rindo ofereceu-lhe um lenço.

- Mamãe! – disse Gina tentando se diligenciar da mãe. – Mamãe! MÃE! – gritou ela. – Você tem que terminar de arrumar Hermione agora enquanto me maquio. – olhou-se no espelho e segurando o batom, observou Hermione subindo no banquinho. – Seus pais vem Mione?

- Sim! Eu mandei uma carta para eles! E eles me disseram que viriam sim, até porque precisavam me entregar algo.

- O que? – perguntou ela agora enquanto passava blush, deixando as bochechas rosadas.

- Não sei! – respondeu, enquanto Molly fechava o vestido.

Gina torceu o canto da boca e ergueu um pouco os ombros, dizendo, sem palavras, que também não sabia.

Fazendo o contorno dos lábios e pedindo para Hermione lhe alcançar o lápis de olho, Gina e assim como as outras duas presentes ouviram o barulho de alguém batendo na porta.

Molly a abriu, colocando apenas a cabeça pra fora.

- O que você quer aqui Ronald?

Hermione gritou lá dentro: “Manda... manda ele ir embora!”

- Não sabe que o noivo não pode ver a noiva antes de casamento?

- Vocês mulheres com essas malditas superstições... Bem, eu não vim aqui para olhar Hermione não! – disse Rony erguendo-se na ponta do pé, pondo a língua pra fora, para ver o que acontecia lá dentro do quarto.

- Então Ronald o que quer? – perguntou Molly já irritada, tirando a mão esquerda de trás da porta para puxar o filho para baixo.

- Hum... – fez ele – Só vim aqui para avisar que os pais de hermione já chegaram.

- Oh sim claro! E cadê eles?

- Lá na porta esperando para entrar.

- E o que você está fazendo aqui que ainda não mandou eles entrarem? Ai Ronald! Desce lá correndo e se a mãe de Hermione quiser subir pode deixa-la, não precisa prender ela lá em baixo e vir me perguntar o que fazer.

- Ok ok! Eu já estou indo! - disse Rony saindo da porta, encaminhando-se a escada, falando consigo mesmo. – Por isso que eu digo e repito: Mulheres! Ruim com elas... Pior ainda sem elas!

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Era o dia mais lindo do ano, talvez da década, ou até mesmo do século! Melhor... Do milênio. O Jardim dos Weasley estava recheado de pessoas de todos os tipos, todas as idades, todos os tamanhos. No canto esquerdo do altar encontrava-se um rapaz de cabelos ruivos e mais ou menos um metro e oitenta. Do lado direito, se encontrava Harry Potter, o menino que apenas com um ano de idade era o bruxo mais famoso de todos os tempos. Fortes e destemidos, ambos enfrentaram tantas coisas juntas e agora estavam ali, casando-se, no mesmo dia. Nervoso, Rony quase nem ouviu o ribombar dos sinos, e só percebeu que o casamento começara quando viu, vestida de branco, de véu, a mulher mais linda que já conhecera. A mulher de sua vida. Harry nervoso também, mas não tanto quanto Rony, ouviu a música, mas nem teve tempo ou não estava muito interassado em perceber como era seu ritmo. Estava com os olhos vidrados em uma “garotinha” de olhos azuis e cabelo cor de fogo. Nada daquilo parecia real. Lembrava-se de tudo o que já havia vivido com ela. Lembrou-se de cada instante de cada segundo e só então percebeu novamente o quanto ela havia mudado. Tornara-se mais forte. Sentia falta da menininha frágil que era antes, mas tinha certeza que era essa mulher de agora que realmente o faria feliz. Ela estava sorrindo. Sorrindo para ele. Estava com aquele sorriso pelo qual ele se apaixonou. Talvez aquele sorriso seja especialmente para ele, e somente para ele, se ele apenas não fosse tão cego para ter percebido isso antes. Quando ela tinha deixado de ser apenas a irmã de seu melhor amigo? Ele não sabia. Só lamentava o fato de não ter reparado nela antes. Hermione e Gina, porém, bem mais calma que os garotos, andavam calmamente sobre o tapete vermelho sobre a grama. Gina esperara por aquele momento sete anos, e Hemione, bem essa demorou um tanto para perceber quem era realmente o cara que ela amava. Mas agora as duas estavam ali prontas para realizar o desejo que as perseguia há dias, meses, anos talvez. Gina postou-se ao lado de Harry, que o mesmo lhe consedeu um cinge-lo beijo na testa. Hermione parara a frente de Rony, e este, como se estivesse congelado, apenas ficou parado, olhando fixamente para os olhos de Hermione. Harry percebendo a desconcentração do amigo deu-lhe um empurrãozinho de leve com o cotovelo, só ai então Rony “acordou” de seu profundo sono com os olhos esbugalhados. Hermione tentava em vão esconder o riso.

- Você... você... você está linda Mione! – disse ele sorrindo, “feito um abobado”, como classificou Gina.

As bochechas de Hermione rubricaram e ambos envergonhados ajoelharam-se, seguidos de Harry e Gina, em frente ao altar que Fleur havia decorado com tanto carinho. Um véu branco que tocava o chão, caia sobre a pequena mesinha, e rosas brancas do jardim dos Weasleys enfeitavam a mesa, em grandes vasos de cristais que Fleur, na sua viagem com Carlinhos, havia trazido da França. Estas mesmas rosas eram aquelas em que quando Harry e Gina passeavam no jardim, ele insistia em arrancar uma (o que deixava Molly extremamente irritada) para colocar sobre a orelha de Gina contrastando com seus longos e brilhantes cabelos cor fogo.

- Você está linda minha cenourinha! – comentou Harry com um largo e vistoso sorriso nos lábios.

- Me chame de cenourinha de novo Potter e eu te faço ficar uma beterrabinha.- Disse Gina em tom de brabeza. – Mesmo assim obrigada pelo elogio! – terminou ela com um piscar de olhos.

- Estamos aqui reunidos para celebrar o casamento desses quatro jovens. – Começou o padre.

Mal ele havia começado a falar e Molly já secava as lágrimas com seu paninho branco, meio azulado nas mãos.

No altar, Tonks, madrinha por parte de Gina, também não conseguia conter as lágrimas. Enlaçada nos braços de Lupin escondia sua cabeça no ombro do marido. Do lado direito altar Fleur chorava e as vezes soltava algumas exclamações como: “Isto aque estar marravilhoso.”, com aquele seu sotaque que irritava profundamente Gina.

Passado algum tempo do que harry classificaria como perda de tempo, chegou finalmente o garnde porém de todas estarem ali.

- Ginevra Molly Wealey – disse Harry. Gina odiava profundamente quando harry a chamava assim, e sempre discutia com ele, ou seu nome vinha seguido de muitos tapas que ela mesma arrebatava em harry. Mas agora era diferente. Pela primeira vez na vida gostou de ouvir ele falar seu nome por inteiro. - aceita-se casar comigo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe? – disse ele olhando profundamente nos olhos de sua futura noiva.

- Qual resposta te agradaria mais?- brincou ela.

- Qualquer uma - disse ele- Mas se for não, eu te mato mesmo.

- Então eu escolho o... SIM!!!!- disse ela, tão feliz, e se sentindo tão leve que poderia voar naquele instante. – E você, Harry Potter – enfatizou ela com um sorriso nos lábios, sorria até por dentro, pela alma. – aceita-se casar comigo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe? – terminou ela com aquele seu olhar de indagação que harry tanto amava nela. Amava tudo em Gina. Amava ela por inteiro.

- Sim! – respondeu ele tentando, somente tentando fazer a mesma cara que Gina.

- O noivo já pode beijar a noiva! – acrescentou o padre.

Harry e Gina aproximaram-se calmamente. Estavam muito próximos, perigosamente próximos, e quando perceberam já estavam num beijo apaixonado, onde a sincronia era perfeita.

Todos ao redor batiam palmas freneticamente. Molly até encenou um desmaio, mas sem grande sucesso. E quando todos ali presentes pararam, o padre continuou:

- Ronald Wealey aceita Hermionem Granger como sua legítima esposa para ama-la e respeita-la até que a morte os separe? – e em cada palavra que o padre dizia, ela iam se formando em um tom meio azulado sobre hemione e Rony.

- A ... ac...aceito! – gaguejou Rony extremante nervoso.

- E você Hermione Granger, aceita Ronald Weasley para ama-lo e respeita-lo até que a morte os separe?

- Aceito! – responde hermione com lágrimas em seus olhos que teimavam em cair.

Sentada-se ao lado de Molly (no casamento bruxo, os pais não permanecem no altar), a mãe de hermione não se conteve, e logo, logo começou a chorar e soluçar. O marido em vão tentava acalma-la. Molly lhe ofereceu singelamente com respeito um outro lencinho rosa que trouxera no bolso.

- E agora o noivo já pode beijar a noiva.

Seus lábios se tocaram e todo amor que havia dentro deles, foi expresso por aquele beijo, o beijo que selara a promessa de amor eterno, onde juntos venceriam o que fosse, onde fosse, e o que viesse.

Acabado toda a cerimônia, ambos os casais encaminharam-se lentamente a saída do tapete.

Como se todos compartilhassem um mesma lembrança, todos, ao mesmo tempo, lembraram-se do que os quatro haviam até então vivido juntos. Foram tantos os momentos difíceis e ao mesmo tempo mágicos. As lembranças de Hermione foram interrompidas quando a mesma ouviu a voz de sua mãe. Os outros três foram cumprimentar tidos os que ali estavam.

- Mamãe! – disse ela abraçando fortemente a mulher. – Que saudade!

- Oi filha! – falou correspondendo ao abraço da filha. – Você está magnífica. Se sua avó estivesse aqui iria dizer que você estava mais bonita que qualquer princesa de qualquer conto de fadas.

- Que saudade dela. – lembrou-se Hermione de tudo o que havia vivido com a sua avó.

- Filha, eu tenho isto aqui pra te entregar. – disse a sra Granger, retirando dos bolsos um pergaminho meio amarelado. –Toma!
- Que é isto? Quem lhe entregou isso? – perguntou Hermione analisando o pergaminho que tinha nas mãos.

- Leia! Só que vá ler em um lugar calmo onde não tenha ninguém. Eu vou tentar achar seu pai. Até depois. – disse ela dando um beijo estalado na face de Hermione.

A garota encaminhou-se até um lugar do jardim da casa, onde não havia barulho e nem ninguém. Desdobrou a carta e pôs-se a ler.


Hermione

Sei que talvez já estará casada, com Rony talvez, quando ler esta carta. Não sei se sabe... Mas deixei várias mensagens em sua secretária eletrônica. Liguei pra você também várias, muitas vezes. Já lhe procurei inúmeras vezes, mas nunca estava em casa. E quando estávamos no castelo, você era ocupada demais, nem dava tempo de falar com você. Além disso, você sempre andava com o Potter, e você sabe que eu o odeio né? Sei que isso não adiantava muito, mas não custava nada tentar. Talvez também quando ler esta carta eu não esteja mais vivo, afinal nunca sabemos o dia de amanha, se bem que eu sei o que pode me acontecer. Queria que soubesse de algo muito importante: eu lhe amo e sempre te amarei. Mas eu sei que o Weasley lhe ama e que você o ama, então não adianta muito eu lutar contra o destino. Vocês se amam, e nesta história eu sou apenas um figurante, ou aquele vilão que surge para acabar com o amor de algum casal. Espero que nunca tenha gerado nenhum conflito com você e o Weasley. Hermione, tenho um único pedido a lhe fazer. Já que você não pôde me amar, e não corresponder ao meu amor, eu queria que você atendesse a este pedido, mas apenas se eu estiver morto, então o que eu queria mesmo era que quando você tivesse um filho do Weasley você colocasse-o com meu nome. Se não quiser colocar não precisa ou se talvez Ronald não quiser, não coloque. Eu só te pedi porque ficaria muito feliz. Já que pelo menos não pude ter um filho com você, queria pelo menos me sentir parte importante na sua vida e na vida de seu filho. Obrigada!

Draco Malfoy...

E com letras pequenas, miúdas e meio rabiscadas no canto direito dá página Draco escreveu:

Ainda te amo!


Percorrendo com os olhos letra por letra, Hermione deixou cair uma pequena lágrima sobre o canto direito da carta, mais precisamente sobre o Amo. Mas o que mais lhe espantou não foi o fato da lágrima ter caído exatamente sobre a palavra e sim que ao cair no escrito, ele foi se desfocando, borrando e já não era mais possível ler nada. E em instantes nada mais havia escrito ali. Era como se sua lágrima fosse uma borracha. O canto estava impecável. Sem nenhum risco, nem nenhum traço de letra. Era como se nada estivesse escrito antes. Mas esta carta já havia sido escrita a dias... há muitos dias atrás, e por mais que fosse escrita hoje não teria como borrar totalmente e se apagar. Sem pensar muito nisso, Hermione dobrou a carda cuidadosamente e olhando para a frente teve a surpresa mais inesperada. A poucos metros de distância, encontrava-se Draco, de pé, sorrindo para ela. Estava envolto por luzes. E, ao aproximar-se, Hermione viu que na mão esquerda, Draco segurava uma caneta na mão. Só ai então ela percebeu o porque realmente daquele estranho fenômeno que acontecera a segundos atrás.
Caminhando-o ao encontro de Draco, sabia que aquilo não era verdade, e muito menos possível, mas mesmo assim não se conteve e o abraçou. Ainda era possível sentir o calor de seu abraço e o seu perfume, mas como em seu “sonho”, em pouco tempo depois estava abraçada no nada.
Esfregando as mãos como se ainda o pudesse sentir ali, esboçou um sorriso enorme, como diria Rony, de orelha a orelha. Em um susto sentiu-se abraçada pela cintura. Virou-se assustada e percebeu que era Rony o homem que a abraçava. Ela o amava, sim ela o amava. Por mais que Draco ainda vaguea-se por seus pensamentos Rony era e sempre fora o único homem de sua vida.

- O que é isso que tem na sua mão? – perguntou ele fazendo aquela cara que Hermione adorava tanto.

- Nada, nada! – respondeu ela com os olhos lácrimejosos, dando um beijo nos lábios de Rony. Ela realmente o amava e isso ninguém podia imaginar o quanto. – Vamos voltar pra festa? Devem estar nos procurando.

Na hora do brinde todos reuniram-se em volta de uma enorme mesa que Molly havia preparado com tanto carinho.

- Ofereço este brinde a nossa viória. – falou orgulhoso Harry.

Gina porém preferiu outro brinde.

- A você Harry! Obrigada por você ser tudo o que é para todos, pra mim, e... Pro nosso filho! - e com um largo sorriso ergueu o copo da bebida borbulhante, passando a mão sobre a barriga.

Todos, sem exceção bateram longas palmas novamente.

O dia já havia ido embora, e a lua dava indícios que a noite havia chegado sem demora, e tudo já havia terminado. O jardim já não encontrava-se enfeitado, e já não havia mais convidados. Harry encontrava-se sozinho em um canto do jardim pensando em tudo o que ele já tinha vivido. Pensou no quanto era feliz, por ter Gina ao seu lado.

- O que esta fazendo aqui, sozinho? – perguntou Gina postando-se à frente de Harry.

E sem responder nada abraçou Gina. A garota correspondeu-lhe o abraço fortemente.

Harry apertou-a mais contra o seu corpo e tentou inutilmente suprimir uma lágrima que rolava pelo seu rosto. Gina, gentilmente, limpou-a, beijando a face de harry. De seguida, ela olhou para ele, e ele para ela, e perdeu-se naqueles olhos azuis que faziam seu coração acelerar sempre que os via. Amava muito Gina, e não queria perder nunca.

- Promete que nunca vai me deixar Gina?

- Porque isso agora Harry?

- Em Gina, promete?

- É claro que eu prometo, mas...

E interrompendo a pergunta de Gina, Harry beijou-a, num beijo lonogo, de entrega, de força de esperança...

Hermione e Rony no entando observavam toda a cena da janela do quarto.

- Ele esta agarrando a minha irmãzinha. Eu vo lá ensinar pro Harry que não se deve fazer isso com a irmã dos outros. E eles não combinam juntos.

- Ah Rony, larga de ser ciumento! Eles são perfeitos juntos! Não há pessoa melhor pra ela do que o Harry e Gina é a única pessoa que conseguia alegra-lo naqueles tempos de guerra! E você, como irmão dela, devia apoia-los, e não ficar falando que eles não combinam! E além do mais eles já estão casados e não é você que vai conseguir acabar com o amor deles e separa-los. Para de bobeira Rony.

Ele sem falar nada roubou um beijo de Hermione.

A garota envergonhada disse:

- Olha só para eles. Eles se amam.

Nessa hora, Rony se calou. Olhou novamente para onde harry e Gina se encontravam e então pode perceber que o que Hermione dizia era verdade mesmo. Ambos se amavam muito. Talvez não existisse casal que mais se amasse no universo inteiro, talvez nem mesmo ele.
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A VIDA DE CADA UM

15 anos se passaram. Logo após quatro anos que Harry se separou de todos, ele e Gina se reencontraram. Ele tinham 21 anos e Gina 20. Tiveram dois filhos gêmeos. Um chamava-se Thiago Potter e a outra Lílian Weasley Potter em homenagem aos pais de Harry. Moravam na casa Largo Grimmauld nº 12, a muy antiga e nobre casa dos Black, a que Harry herdara de Sirius. Juntos reformaram toda a casa. Não tinha mais o aspecto velho e sujo e as cores eram mais vivas. A escada não rangia mais e os antigos quadros, não se encontravam mais na casa. No antigo quarto onde Harry, Rony, Hermione, Gina e os demais jovens dormiam, havia se trasformado em um quarto mais ou menos parecido com o de uma princesa, onde dormia Lílian. O quarto onde Arthur e Molly dormiam, agora pertencia a Thiago. As paredes que antes eram sujas, descascadas e antigas, deram lugar a paredes coloridas, amarela e vermelha cheia de pomos, ao qual o tema era o quadribol da Girfinória. E Harry e Gina dormiam no quarto que pertencera a Sirius. Harry havia dado aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas por cinco anos em Hoqwarts. Foi o único professor que durou mais tempo neste cargo. Abandonou a carreira para seguir o seu sonho de ser Auror. Também gostaria de ser apanhador de quadribol, mas não agüentaria mais tanta fama. Harry ainda era motivo de fofocas entre os bruxos. Ainda era um “mito”, “lenda” sobre o mundo dos bruxos. Gina era a vice-diretora de Hogwarts e diretora da grifinória. Agora sim, então ela percebera o porque do colar com a letra G. Ela ocupa o mesmo posto que Mc Gonagall ocupara a muitos anos atrás. Thiago e Lílian nasceram no dia 14 de fevereiro. Ambos tem 11 anos agora, Harry, 32 e Gina 31. Ela, estava pronta para embarcar em Hogwarts junto com seus filhos e a amiguinha e sobrinha dela, chamada Secília. Secília era filha de Hermione e Rony. Hermione não pode atender ao pedido de Draco, pois havia dado a luz a uma menina. Só que ela havia dado uma noticia que transformara os dias de Rony mais alegres: ela estava grávida, e de um menino. Rony sonhara tanto em ter um filho menino, para assim como ele aprender a jogar quadribol. Ao longo do tempo Hermione o convenceu a colocar o nome do filho de Draco. Rony, um ano após o término das aulas em Hogwarts foi passar um mês na casa de Hermione. Até que gostou do mundo dos trouxas, mas não conseguiu se habituar a seus modos e costumes. Moravam agora na casa dos Weasleys. Tudo continuava o mesmo na casa. Secilia dorme do quarto onde dormia Gina. Hermione e Rony são dindos dos filhos de Harry, assim como Harry e Gina de Secília. Hermione era diretora de Hogwarts. Pensara muito sobre este assunto, pois também gostaria de se tornar medi bruxa. Mas seu coração falou mais alto. Era impossível abandonar Hogwarts, o lugar onde ela passara seus momentos mais alegres, momentos de sua vida. A inteligência e paixão por livros também falou mais alto. Rony tornara-se professor de vôo na escola também. Secília era a mistura perfeita de Hermione e Rony. Era apaixonada por livros do mesmo modo como amava quadribol.

Gina e seus filhos junto a Hermione, Rony e Secília, despediram-se de Harry e embarcaram na estação de trem rumo a Escola de magia e Bruxaria de Hogwarts.
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- Papai! Papai! Chegamos! – gritaram Thiago e Lílian em uníssono abrindo a porta do quarto, onde harry se encontrava dormindo. Fawkes acordou-se assutada, e tranbolicou no pauzinho onde se encontrava.

- Thiago! Lílian! Acalmen-se! Falem mais baixo. O pai de vocês esta dormindo, certamente muito cansado. – sussurou Gina entrando quarto adentro.

Mas já era tarde demais. Lílian e Thiago pulavam sobre a cama de casal.

- Lily! Thiago! Ah venham aqui! – disse harry sentando na cama e apalpando a cabeceira da cama a procura dos óculos. - Dêem um abraço no pai de vocês!

Os dois sem exitar pularam nos braços de Harry.

Gina deslumbrava aquela cena de longe. Com os braços cruzados e um largo sorriso nos lábios pensava no quão ela era feliz por ter uma família como aquela.

- Gina! – exclamou Harry já exausto com a brincadeira. Levantou-se da cama e correu em direção a mulher, que a mesma o abraçou soltando um longo suspiro e derramando uma lágrima com uma mistura de saudade e felicidade. Harry a beijou com garnde intensidade.

Lilian e Thiago soltaram pequenas risadinhas ao ver a cena.

Harry e Gina constrangidos soltaram-se. Fingindo que nada tinha acontecido, harry abraçou Gina e perguntou:

- E ai, me contem, como foi o primeiro ano de vocês em Hogwarts, gostaram?

- Foi demais papai! – disse Thiago deslumbrado. – O salão principal é enorme e a quadra de quadribol então, nem se fala! Sem conta que tem um monte de garotas bonitas. - Lily soltou um aff pela boca. – Inclusive a professora de Defesa Contras as Artes das Trevas. – completou ele sonahdor.

- E quem é a professora de Defesa de vocês? – perguntou harry.

- A idiota, insuportável da Cho Chang. Ela é muitoooo melosa. Nham nham nham pra cá, nhem nhem nhem pra lá. Ela me dá náuseas. Mamãe disse que ela é retardada! – disse Lílian com a maior calma.

- Lílian! – berrou Gina lançando um olhar furtivo a filha.

Harry rindo, olhou para Gina e logo após para a filha.

- Sua mãe tem todo o direito de odia-la. Se eu estivesse no lugar dela, também odiaria. – comentou harry ainda rindo. – mas continuem, falem-me mais sobre os professores.

- O dindo é muito legal! As aulas de vôo são o máximo. A nossa diretora também é muito legal. – disse Thiago.

- Claro né! É a Mione, nossa dinda! Drrr! – disse Lily dando socos com as pequenas mãos em sua testa. - Gina escondeu o riso. – O professor de herbologia também é legal. Neville Longbotton é o nome dele. Parece ser meio louco. Você o conhece?

- Parece não, ele é! Mas é bem legal. Foi meu colega de quarto quando eu tinha a idade de vocês.

- Nosso professor de transfiguração também é bom! – disse Lílian. – Dino Thomas.

- Ah, o Thomas!

- Mamãe disse que você odiava ele. – termionou Thaigo.

-Thiago! – berrou Gina.

- Pois é, odiava. Ele era namorado de sua mãe.

- Assim como a insuportável da Chang também namorava seu pai. – disse Gina lançando um olhar furioso e penetrante a Harry que logo se tranformou em risos.

- Á, papai, a nossa professora de adivinhação disse que conhecia você. – disse Thiago.

- Deixa eu ver se eu adivinho que é: a Luna?

- Essa mesma, mas lá ela é mais conhecida por Di-Lua. – informou Thiago rindo.

- Thiago para! Sim, eu a conhecia. Ajudou-me muito em meu quinto ano na escola. E quem é o professor de poções de vocês?

- Ih, não me lembro! Esse eu nem prestei atenção. A aula dele era muito chata, em quase todas eu dormia, e olha que eu sou a mais inteligente da classe. É que sabe ele é diretor da Sonserina e isso não ajuda a gostar dele. – disse Lílian revirando seus olhinhos cor esmeralda reluzentes. – A professora de história da magia também é bem legal. Mione diz que ele é chata, mais tarde que eu descobri que ela só não gostava da sora Lilá porque ela já havia namorado o dindo. – disse Lílian rindo.

- Á pai, nós vimos seus troféus e o do vovô quando ganharam os jogos de quadribol lá na escola. Você jogou no primeiro ano, isso é o máximo! Porque nunca havia nos contado?

- Acho que tinha me esquecido.

- Papai, sabia que eu ganhei um livro da bela adormecida da dinda? Ela disse que é uma história dos trouxas. E ele – disse ela apontando para Thiago – ganhou uma vassoura novinha do dindo. Último modelo!

- Sério? Que legal! E por falar neles, cadê eles? E Secília?

- Lá em baixo, preparando café para tomarmos! – disse Gina.

- Paiê vamos jogar quadribol? – pediu Thiago.

- Depois do café Thiago. – disse Gina.

- Depois do café a gente joga ta, porque se não agora a mamãe chata vai ficar braba ta? – disse harry abaixando-se e sussurrando no ouvido do filho.

- tá! – respondeu ele feliz e bateu na mão de Harry em forma de companheirismo e felicidade.

- Agora desçam para tomar café. Nós já descemos. Preciso falar com a mãe de vocês antes.

- Quem chegar por ultimo é a mulher do padre! – brincou Thaigo.

- Ah não vale você sai primeiro! – teimou Lílian. Ela possuía o mesmo gênio de Gina.

Sairam correndo escada abaixo.

- Que você quer falar comigo harry?

- Nada! Apenas fazer isto!

Harry puxou Gina para perto de si e a beijou.


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POR QUE PRECISO TE AMAR?

Logo após esse beijo ele puderam ter certeza do significado da frase que anos atrás não saia da cabeça deles. Por que preciso te amar? Porque sem um ao outro não conseguiriam viver. Sem um ao outro não conseguiriam ficar. Enfim, sem um ao outro iria morrer.


FIM

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