Descoberta Crucial
Sentada na janela mais alta da quarta casa da rua dos Alfeneiros encontrava uma jovem com seus aparentes onze anos, cabelos pela altura dos ombros lisos num tom acajuado e olhos verdes vivos e brilhantes. Era alta e esguia, bonita com uma expressão angelical e um sorriso tão claro e sincero capaz de aliviar os piores temores de qualquer homem. Com as pernas esticadas no parapeito apoiava um livro grosso de capa dura cor-de-rosa com alguns riscos brancos em alto relevo e gravadas em prata bem no centro de um desenho que assemelhava-se e muito a um caldeirão, aqueles que ela via nas gravuras de livros infantis sobre fadas e bruxas, as inicias "LE" e nele escrevia com voracidade o rosto inchado e repleto de grossas lágrimas que caim ávidas pelo rosto tão pálido da menina.
- Lilian, por favor...abra essa porta - uma voz macia repleta de consternação e arrependimento saia quase que murmurada dos lábios de Amélia Evans, mãe de Lilian - Lilian deixe-nos explicar tudo, meu amor... - guardava uma voz cansada, talvez exausta pela árdua empreitada. Amélia era mais alta do que Lilian, porém tão bonita quanto apesar da idade avançada. Seus olhos, contuto, eram castanhos claríssimos.
Lilian soluçava e quando ouviu sua mãe fechou o diário abraçando-o contra o próprio corpo, atordoada totalmente perdida com o olhar vidrado em um ponto fixo no grande sotão cheio de caixas empoeiradas empilhadas sem nenhuma organização.
- Lily, vamos - agora uma voz masculina, rouca e mais alta até imponente se fazia ouvir - não é justo o que está fazendo. Nem comigo nem com sua mãe...se nós deixasse explicar...vamos abra essa porta. - Giovanni Evans era o mais alto dos evans, corpulento com as feições endurecidas pela idade. Aparentava ser um homem de brio, que transbordava segurança e impunha respeito só por sua aparência firme e forte. Apesar de toda a pose, sua expressão era triste e desconsolada assim como a da esposa.
- NÃO VENHA ME FALAR DE JUSTIÇA, PAPAI!!! - Lilian tinha saído de cima da janela e andando um pouco em direção à porta e ao gritar a garota, incoscientemente, fizera algumas caixas caírem em frente a porta trancada num desejo frenético de bloquear ainda mais a passagem dos pais - NADA DO QUE VOCÊS FIZERAM FOI JUSTO!! - e ao proferir essas palavras caiu ajoelhada escondendo o rosto entre as mãos, soluçava tão alto que não era de admirar serem ouvidos por sua mãe que pôs-se a chorar também.
- Lilian, não dê esse desgosto à tua mãe que tanto lhe ama - a voz de Giovanni saia suplicante e mais baixa que antes. - Tudo o que fizemos foi para seu bem, mas todos cometemos erros deixe-nos explicar, por favor...
Fez-se um demorado e angustiado silêncio no qual Amélia levou as unhas compridas e pintadas de vermelho à boca roendo-as aflita e Giovanni deu alguns paços para trás pronto para arrombar a porta impaciente. Entretando quando impulsionou o corpo para frente essa abriu-se num baque surdo e nela surgiu uma Lilian cabisbaixa ainda abraçada infantilmente ao diário. A Sra. Evans rapidamente abraçou a filha desesperada e demoradamente e ela sentiu como se todos os seus ossos estivessem prestes a serem esmagados pela mulher, enquanto o Sr. Evans relaxa o corpo do eminente movimento enxugando o suor da testa aliviado ao ver a cena.
- Eu sei... - Lilian respondeu de prontidão quando a mãe abriu a boca prestes a falar algo, interrompendo-a - Mas entendam é estranho receber uma carta daquelas e então perceber que seus pais já esperavam por aquilo e nunca contaram nada.
- Fomos imprudentes, Lily.Queríamos lhe contar no seu décimo aniversário, mas era um fardo grande demais para uma criança e ainda não sabíamos se nossas suspeitas se confirmariam...havia a possibilidade de você não ser uma assim como a Petúnia não é. - Giovanni falava sempre com o olhar compreensivo fixo em Lilian, mas ao citar o nome da filha mais velha olhou para essa que até agora esteve encolhida no canto do corredor com as mãos nos ouvidos para não ouvir a briga, mas talvez desejando que ela continuasse por toda a vida. Petúnia era magra demais, cabelos louros e tinha um pescoço duas vezes maior do que o normal e em nada lembrava a irmã, era uma menina de quatorze anos sem muitos atrativos que lembrava em muitos aspectos um filhote de girafa. Ao ouvir o que o pai disse Patúnia desceu as escadas chorosa, mas Giovanni parecia preocupado em resolver o problema de sua caçula primeiro e continuou - Mas então mais um ano se passou e chegou a sua carta e não tinhamos dito nada. Pode nos perdoar?
- Somente se me levaram ao tal beco diagonal... - Lilian disse rindo, soltando a mãe e indo abraçar o pai e tudo voltava à normalidade entre os Evans.
Os três desceram rindo, combinando o presente que ela ganharia por ter entrado na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. A carta a qual se referião estava aberta sobre a mesa da cozinha e Petúnia a lia novamente talvez na esperança de encontrar o seu nome ali e não o da irmã. O envelope era grosso e pesado, feito de pergaminho amarelado e endereçado com tinta verde esmeralda. Não havia selo no verso apenas um lacre de cera púrpura com um brasão: um leão, uma águia, um texugo e uma cobra circulando uma grande letra H.
Srta. L. Evans
O quarto ao lado do banheiro
Rua dos Alfeneiros 4
Little Whinging
Surrey.
Era dela, só podia ser dela, pensava Petúnia com uma pontada de inveja em seu âmago tentando esconder a qualquer custo nutrinto grande repulsa pela irmã. Uma aberração é isso o que ela é, repetia para si mesma com vontade de rasgar aquela carta idiota, mas a curiosidade falou mais alto e com ímpeto Petúnia surrupiou o pergaminho de cima da mesa e o leu repetidas vezes não acreditando no seu conteúdo.
ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS
Diretor: Alvo Dumbledore
(Ordem de Merlim, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos)
Prezada Srta. Evans,
Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista de livros e equipamentos necessários.
O ano letivo começa em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.
Atenciosamente,
Minerva McGonagall
Diretoa Substituta
As maças do seu rosto enrubreceram de raiva, o sangue lhe subindo a cabeça e uma veia em sua témpora letajava vigorosamente. Porque ela? A queridinha da mamãe e do papai, a preferidinha a protegida. Era sempre ela, sua irmã cheia de talentos e qualidades quem sempre a superava em tudo e conseguia chamar a atenção de seus pais. Aquilo sim não era justo. Era ela, Petúnia, a filha mais velha logo ela devia ser a descoberta fenomenal o orgulho da família e não aquela aberração. Mas na verdade Petúnia estava se roendo de inveja por não ter sido ela a escolhida para aquela "maldita" escola, como ela braveja a simples menssão do nome Hogwarts. Queria mais do que qualquer outra coisa estar fazendo planos com os pais para ir comprar os livros de feitiços e magias e descobrir algo eficiente para apagar a memória dos pais e fazerem eles esquecerem de Lilian e todos os seus feitos maravilhosos. Como a odiava.
Lilian acordou às dez em ponto do dia seguinte e levantou num pulo da cama, empolgada pelo dia que prometia ser bastante atarefado. Recolheu as bonecas largadas no chão do quarto e fechou o diário guardando-o sob o colchão satisfeita consigo mesma pegando sua toalha e indo tomar banho para aprontar-se o mais rápido possível e poder logo sair e conhecer o seu novo mundo. Ao sair do quarto Lilian deu de cara com uma petúnia mal humorada com olheiras profundas.
- Não durmiu bem, Pê? - sorrindo aproximando-se da irmã para beijar-lhe a face, mas a outra se afastou girando nos calcanhares não dando atenção à Lily entrando no próprio quarto e batendo furiosamente a porta deixando a pequena bruxa sem entender nada.
- LILIAN!!! Vamos, menina já tomou seu banho? Temos muitas coisas a fazer!!! - era a voz vivante da mãe vinda da cozinha e logo um cheiro de torradas dominou todo o andar de cima reanimando Lilian e cutucando seu estômago que roncava como uma locomotiva cheia de vapor.
- Estou indo, mamãe. - respondeu entrando logo no banheiro e posteriormente no chuveiro cantando alguma música da época, um rock animado de letra contagiante, enquanto banhava-se. E em questão de minutos já estava enrolada na toalha saindo as pressas do banheiro voltando ao quarto e vestindo suas melhores roupas. Terminando de amarrar as botas pretas e ajeitar as meias soquetes brancas foi até o escolho e prendeu os cabelos no rabo de cavalo impecável com algumas mechinhas de cabelo caindo pelos olhos. Guiada pela fome e pelo entusiasmo desceu as escadas como um foguete quase tropeçando no tapete ao final dela, adentrando à cozinha parando na porta fechando os olhos e dando um profundo suspiro sentindo o cheirinho gostoso de waffle, seu café da manhã preferido.
- Hmmm Waffle com geléia de framboesa o meu preferido. - Sorriu uma empolgada Lilian sentando-se à ponta da mesa, balançando as pernas inquietas olhando para o fogão esperando avidamente pela sua refeição matinal.
- Eu sei, querida - respondeu a mãe rindo servindo a filha com dois suculentos e macios waffles, deixando um vidro de geleia de framboesa sobre a mesa e enchendo o copo da menina com suco de morango - alimente-se bem heim? O dia vai ser longo e cansativo...
- Mas será bem divertido!! - a voz alegre e sonora de Giovanni ecoou pela cozinha - Já entrei em contato com o diretor da escola de Lilian e ele me explicou como chegar ao Beco, temos que ir até um lugar chamado caldeirão furado e lá pedimos maiores informações a um senhor de nome Tom. E como vai a minha bruxinha tão linda? - enquanto perguntava isso beixava estaladamente a buchecha da filha indo depois até a esposa e fazendo o mesmo - Pronta para as compras?
- Anciosa na verdade, papai - ria enquanto comia com vontade a grandes garfadas e tomando o suco a goles sedentos, acabando logo com ambos.
Quando todos já haviam se alimentado e Amelia limpado a cozinha saíram em direção ao carro estacionado na frente do jardim bem cuidado dos Evans, com estátuas de gnomos na grama e uma fonte para passarinhos perto de uma grande árfvore próxima à janela da cozinha. Saíram risonhos e a briga do dia anterior parecia algo de muitos anos atrás. Depois de algum tempo de viagem chegaram ao coração de londres repleto de gente, alguns com roupas gozadas e muito estranhas. Giovanni estacionou na primeira vaga que achou do outro lado da calçada onde seria o Caldeirão furado. Os três Evans sairam do carro e Giovanni parecia claramente confuso.
- Era para estar aqui! - dizia coçando a nuca, olhando de um lado ao outro.
- Mas está aqui, papai - Lilian ria apontando para um bar sujo entre uma livraria e uma loja de discos.
- Eu também não vejo, querido - o olhar de Amélia era tão confuso quando o do marido, mas logo pareceu entender o grande problema. - Será que somente...- e abaixou o tom de voz para que ninguém ouvisse além deles - bruxos conseguem ver o lugar?
- É uma possibilidade, Amélia...mas o que faremos então?
- E se vocês segurassem nas minhas mãos enquanto eu levo os dois? assim vocês poderiam entrar não? - disse Lily parecendo confiante estendendo as mãos para seus pais que seguraram meio hesitantes, mas sem questionar. A bruxinha andou em direção a porta do Caldeirão Furado e nesse momento Amelia um pouco assustada fechou os olhos esperando o pior e quando voltou a abrí-los deparou-se com um lugar escuro e miserável. Muitos bruxos e bruxas conversavam animadamente, mas pareceram não dar bola para os recém-chegados apesar da roupa "não-mágica" que eles usavam. Quando, receosos, os três visitantes chegaram perto do balcão Tom deixou cair um copo no chão, surpreso.
- Trouxas...aqui? - murmurou olhando de Giovanni para Amélia e dessa para Lilian
- Hei meu senhor como é capaz de nos xingar se nada o finzemos? - respondeu Giovanni pouco amigável perante a recepção do taberneiro - Mandaram eu falar com um tal de Tom par saber como chegar ao Beco Diagonal e o senhor nos recebe com insultos? Apenas queremos comprar o material escolar de nossa filha!
- Ela é bruxa? - respondeu Tom apontanto para a menina atônita - Ahhhhhh então isso se explica!! - sua voz mudou de tensa para extrovertida e até mesmo divertida estendendo a mão para o pai da garota que apertou mais confuso do que quando não encontrara o bar - Trouxa é como chamamos quem não é bruxo. Vejo que essa pequena nasceu de pais trouxas, mas não tem problema...alguns bruxos tem preconceito com isso querem o puro sangue. Aquela velha lenga lenga conservadora, mas já conheci grandes bruxos e bruxas nascidos trouxas - enquanto dava toda essa explicação para os três novatos balançava animadamente a mão de Giovanni sorrindo sempre - Posso oferecer uma bebida? Uma cerveija amanteigada, um gim? _ainda segurando a mão do Sr. Evans e a agitando freneticamente.- Ops...- riu percebendo sua empogação largando a mão do assustado Giovanni.
- Não! Obrigado, Sr. Tom, apenas queremos chegar ao Beco Diagonal. - respondeu ele entre sorrisos desconcertados
- Ah claro, claro!! Mas por favor me chamem de Tom, nada de senhor vossa excelência ou nada do tipo só Tom está de bom tamanho! - o bruxo saiu de trás do balcão rindo - Sigam-me é por aqui - disse andando em direção ao fundo do bar acompanhado pelos três, Lilian olhava tudo maravilhada, incrêdula com tantas novidades. Tom não pode deixar de perceber o interesse da menina. - Qual o seu nome, mocinha?
- Ahn...? - balançou a cabeça parecendo acordar de um lindo sonho olhando Tom meio sme jeito - Me chamo Lilian Evans, mas pode me chamar de Lily...- rindo levou a mão à nuca coçando-a, num gesto muito parecido com o do pai.
- Muito prazer então, Lily vai estudar em Hogwarts presumo. Vai gostar muito de lá, coisas a fazer, pessoas a conhecer!! O castelo é lindo cheio de torres e salas e quadros e fantasmas e professores engraçados e um meio gigante muito divertido o Rubeo Hagrid guarda caça da escola você vai logo conhecê-lo.
Lilian parecia fascinada com tudo aquilo que Tom lhe contava e o encheu de perguntas querendo saber mais sobre tudo. Ficou muito interessada quando ele contou sobre um tal Nick quase sem cabeça um dos fantasmas da escola que foi quase decapitado, uma infeliz lâmina mal afiada.
- Coitado...- murmurou Amélia soltando um muxoxo contido segurando a mão de lily.
Quando chegaram ao fundo do bar, estavam agora na frente de uma grande parede de tijolos vermelhos. Todos se entreolharam abismados.
- Mas, Tom...- Lilian murmurou humildimente dando puxõezinhos na manga das vestes do bruxo - Como aqui pode ser o Beco?
- Mais um segredinho! - deu uma piscadela para a bruxinha e tirou uma longa vareta longa e fina de dentro do cós das calças, ao perceber o olhar interrogativo da menina disse - Você terá uma dessas, uma varinha quero dizer..todos os bruxos tem uma é claro! - virou-se para a parede e bateu em um dos tijolinhos que foi dobrando-se junto aos outros dando lugar a um grande arco, abrindo passagem para um corredor largo ao ar livro de lojas mágicas, uma rua cheia de pessoas tão estranhas quanto as que Lilian vira nas ruas de Londres. Sem pestanejar ela deu alguns passos para frente afim de ver mais de perto tudo aquilo e como se nada fosse real e talvez dissolve em fumaça num piscar de olhos ela procurou não piscar, atenta em cada detalhe em cada uma das pessoas. Muitas crianças da mesma idade que ela passeavam com seus pais e avôs, provavelmente com a mesma finalidade que Lilian: comprar o material escolar.
- Bom se não precisam mais de mim, vou voltar ao meu serviço foi um prazer conhecê-los...- disse o taberneiro rindo da expressão assombrada de Lily dispedindo-se dos seus pais e voltando ao Caldeirão.
- Vamos, querida - Lilian sentiu a mão pesada, mas carinhosa do pai e acordou de seu sonho colorido caminhando ao lado de ambos pela rua de tijolinhos dourados. Giovanni olhava a lista de material, entregue junto com a carta de Hogwarts, e então voltava a olhar para as lojinhas. - Vamos começar por ali - apontou para uma loja com a vitrine repleta de maniquins com roupas de baile, de passeio, entre outras coisas. Um letreiro reluzente dizia Madame Malkin: roupa para todas as ocasiões. Entraram fazendo soar a sineta sobre a porta, chamando atenção de uma bruxa gordinha com uma fita métrica em volta do pescoço toda agitada que parecia extremamente atarefada.
- Hogwarts também, querida? - falou apressada olhando a menina e depois as pessoas que a acompanhavam. Lily apenas confirmou com um aceno da cabeça
- A senhora aceita cheque? - perguntou o inexperiente Giovanni tirando um talão da carteira, enquanto a bruxa riu animadamente e algumas crianças que ouviram também riam. Ele olhou todos sem entender, um pouco zangado por ser motivo de gozação novamente.
- Não, senhor. Vai terá de ir até o gringotes e trocar seu dinheiro trouxa por dinheiro bruxo é fácil de achar é um prédio grande e branco no fim da rua. Enquanto isso posso tirar as medidas das vestes de sua filha, tudo bem?
- Ahn...ok..vamos, Amélia? Lilian pode se cuidar , não é filha? - sorriu ao obter uma resposta positiva e depois de advertir a filha a não sair dali até os pais voltarem fechou a porta atrás de si deixando Lilian sozinha com a bruxinha simpática.
- Venha, querida fique em pé aqui...- ela apontou um dos vários banquinhos dispersos pela sala, ao redor muitas estandes com rolos de panos e pilhas de vestes prontas. No mesmo momento a porta abriu-se e mais uma vez a sineta tocou e pela porta passaram dos bruxos da mesma idade de Lily. Ambos eram altos como ela e gargalhavam como se algo muito engraçado tivesse acabado de acontecer. O mais alegre tinha os cabelos castanho escuros espetados como se nunca tivessem visto uma escova na vida e possuia belos e alegres olhos azuis, esbelto e por isso parecia ser bem ágil já o outro tinha um ar mais charmoso e arrancou uma quantidade de suspiros maior das gaortinhas no interior da loja. Mais encorpado com longos cabelos negros e olhos de mesma cor parecendo duas amistosas continhas pretas.
- Viu a cara dele, Sirius?? - dizia marotamente o bruxo dos cabelos rebeldes - "Você me paga, Potter!!" - com um ar imponente e uma expressão metida imitava alguém, de conhecimento de ambos visto Sirius ria vigorosamente com a palhaçada. - Bah! Se eu ligasse para o que o Seboso diz eu estaria lou....co - as palavras custaram a sair quando ele virou-se para o interior da loja e vira a linda menina dos cabelos vermelhos em cima do banquinho, um olhar perdido e abobado apoderou-se de Thiago Potter. O garoto parecendo hipinotizado. Sirius percebeu o olhar do amigo e passou a mão na frente dos olhos de Thiago sem obter um resultado satisfatório. Foi quando Sirius Black fixou o olhar aonde os de Thiago estavam focados e achou divertida a situação.
- Nada de bagunça vocês dois ouviram? - a bruxa os olhora acusadora e desconfiada, balançando a varinha enquanto a fita métrica magicamente tirava as medidas de Lilian a garota surpresa pelo modo como a fita planava no ar.
- Somos santos, Madame Malkin. Aliás está esplendorosa essa manhã se me permite dizer. - Sirius foi até a bruxa e beijou-lhe a mão cavalheiramente, com um ar sedutor o que fez a velha soltar uma risadinha encabulada com a outra mão dando um tapinha jovial no ombro do rapaz.
- Se seu amigo não fosse tão gentil eu já teria expulsado você da minha loja Potter! - não obtendo resposta madame malkin chegou mais perto de Thiago o obversando atenta e curiosamente - Potter?? Está me ouvindo, garoto?
- Claro...estou...estou!! - riu corando visivelmente
- Vieram pegar as vestes também não é? A mãe de vocês já tinha incomendado. Eu já pego só vou terminar de tirar as medidas dessa mocinha bonita - lilian corou também perante ao elogio.
- E bota bonita nisso... - murmurou o abobalhado Thiago.
- Sirius Black, ao seu dispor - Sirius educamente estendendo a mão que foi acolhida pela de Lilian que se cumprimentaram. - E esse abobalhado é meu amigo Thiago Potter.
- Isso...isso... - Thiago foi na direção de Lilian para cumprimentá-la também e tropeçou desajeitadamente numa muda de roupas no chão, procurando logo se recompor, porém o ato provocou risadas em Lily que o olhava com certo ar fascinado reparando na beleza estonteante do garoto.
- Sou Lilian Evans - disse oferecendo a mão para Thiago, porém madame Malkin deu um tapinha na mão de Lilian para que essa voltasse a postura reta e braços esticados para terminar a prova.
- Depois poderão cumprimentar-se e ainda terão todo um ano letivo em Hogwarts. - Dizia madame Malkin vestindo uma túnica em Lilian alfinetando o pano e vários lugares.
- Você vai cursar Hogwarts também? - espantou-se Thiago, talvez fosse óbvio isso, mas talvez por ainda estar abobado com a presença da bruxinha não tinha pensado nas coisas com clareza. O espanto do amigo arrancou risadas de Sirius que cruzara os braços e encostara no balção. - Mas isso é ótimo!! Muito bom mesmo! Realmente!!! - os olhos dele brilhavam com a possibilidade de estar todos os dias ao lado da menina.
- Vou sim! E estou tão empolgada. - os pequenos olhos verdes de Lilian brilharam com a idéia das aulas o que fez Thiago suspirar.
A sineta tocou mais uma vez e pela porta os pais de Lilian Evans voltaram com um saco cheio de ouro. - Negócio complicado esse de nuques, galeões e...qual é mesmo a outra moedinha, querida? - Giovanni falava sem prestar muita atenção nas duas novas figuras presentes na loja
- Sicles, meu amor, Sicles! - respondeu Amelia achando tudo muito divertido olhando então para a filha e depois para Sirius e Thiago - Quem são esses dois rapazes simpáticos, são seus novos amiguinhos? - as vezes Lilian desejava que a mãe não falasse como se ela ainda fosse um bebê.
- Vão estudar em Hogwarts também, mãe. Sirius e Thiago. - ambos os garotos saudaram o casal com o "alô" amistoso e sonoro, sorridentes.
- É bom ver que já está bem entrosada, Lih - sorriu giovanni aproximando-se da filha e olhando as vestes ainda meio remendadas sem os toques finais. - Até que são bonitas não são? Quando ficarma prontas?
- Agora mesmo - respondeu madame Malkin agitando a varinha e então linhas, tesouras e agulhas voaram no ar em volta de Lih fazendo os remendos, costurando, cortando, ajeitando todos os pontos marcados pela bruxa que precisavam de reparo e num minuto as vestes de Lily estavam impecáveis na medida certa, caindo como uma luva na bruxa. Então tirou as vestes da menina pela cabeça e dobrou-as magicamente junto com mais duas iguais e cachecois, luvas e outros acessórios necessário ao decorrer dos anos e embrulhou tudo. O homem deu algumas das moedas douradas de dentro do saco para Madame malkin e pegou o pacote, agredecido.
- Vamos, Lih? - perguntou estendendo a mão para a filha que apenas concentiu com a cabeça e se despediu dos novos amigos com um saudoso "Até Logo" com a promessa de se verem no expresso para Hogwarts. E Lilian ao lado de seus pais saiu pelo Beco a fora para terminar a lista de compras acenando alegremente para Sirius e Thiago que a observavem de dentro da loja enquanto madame Malkin entregava os pacotes de ambos.
- Que garota não, Sirius?? - thiago colou o rosto ao vidro da porta afim de vê-la por mais alguns instantes - Tão...Tão...bonita!
- O Potterzinho está apaizonadinho! - zombou sirius colocando a mão na cabeça de Thiago e bagunçando, se possível, ainda mais seus cabelos rindo.
Thiago fechou a cara para o amigo com a brincadeira, mas depois de um tempo riu também e os dois também saíram para comprar o restante do material e por algum estranho motivo os pensamentos do pequeno Potter viajavam até a doce Evans pensando em como seria o reencontro.
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